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A jornada do deserto de Sim a Refidim ............................................................................... 2
Águas da Rocha ................................................................................................................... 4
Guerra contra Amaleque .................................................................................................... 6
Bibliografia........................................................................................................................... 13
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BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
Introdução
Esse capítulo é uma coleção de questionamentos feitos por pessoas em situação de
desespero:
— Por que vocês estão discutindo comigo? Por que estão tentando o Senhor?
— Por que você nos tirou do Egito, para nos matar de sede, a nós, a nossos
filhos e aos nossos rebanhos?
1. Toda a congregação dos filhos de Israel partiu do deserto de Sim, fazendo suas paradas,
segundo o mandamento do Senhor, e acamparam em Refidim; mas ali não havia água
para o povo beber.
2. Então o povo discutiu com Moisés e disse: — Dê-nos água para beber. Moisés
respondeu: — Por que vocês estão discutindo comigo? Por que estão tentando o Senhor?
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3. Mas ali o povo estava com sede de água e murmurou contra Moisés, dizendo: — Por
que você nos tirou do Egito, para nos matar de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos
rebanhos?
Essa foi uma acusação muito severa contra Moisés e, contra Deus, afinal não foi essa a
intenção do Senhor ao tirá-los do Egito. Ao invés de gratidão, os israelitas demonstram uma
incredulidade terrível: “Que comeremos? E que beberemos? O que? Onde? Como? –Moisés
porém sabia que todas as respostas e soluções sempre estão em Deus!
4. Então Moisés clamou ao Senhor: — Que farei com este povo? Daqui a pouco vão me
apedrejar.
“O pedido de Moisés não foi um incidente isolado. Sua vida era caracterizada
pela oração (cf. 15:25; 32:30-32; Números 11:2,11; 12:13; 14:13,19)”
(MACARTHUR, 2019, p. 105)
Os israelitas acabaram de ver o maná cair do céu e agora, estão prontos para apedrejar
Moisés!
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Águas da Rocha
5. O Senhor respondeu: — Passe adiante do povo e leve com você alguns dos anciãos de
Israel. Leve também o bordão com que você feriu o rio Nilo e siga em frente.
Os anciãos são convocados a testemunharem o milagre de Deus.
6. Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá
água; e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.
A rocha era um símbolo de Cristo (1Co 10.4). Confira Deuteronômio 32.4,15,18,31,37; 1
Samuel 22.2,47; Salmos 18.2; 27.5; 62.6,7; Isaías 32.2.
Horebe – “Usado nas Escrituras como termo intercambiável com Sinai. Pode
ter uma referência mais ampla, à cadeia de montanhas da qual o Sinai é um
dos picos.” (HARRISON, 2017, p. 108)
De acordo com Cohen (2019, p. 54) Horebe significa “seco”, “deserto”. [...] é
o nome da cordilheira, e Sinai, um dos pontos salientes (Hengstenberg e
Robinson).
“As águas de “Meribá” são mencionadas nos dois locais(Êx 17:7; Nm 20:13).
[...] Paulo escreve que os israelitas “beberam da mesma bebida espiritual;
pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhavam, e essa rocha era
Cristo” (1 Co 14:4). [...] E as águas não eram somente físicas, mas também
espirituais.” (DOBSON, 2019, p. 107)
Quem poderia beber antes da pedra ferida? Israel poderia ter comtemplado
essa rocha e morrer de sede ao mesmo tempos que a contemplava, porque
antes que fosse ferida pela vara de Deus não podia dar refrigério. As correntes
da garça deviam emanar do “Cordeiro de Deus”; porém era necessário que o
Cordeiro fosse morto. [...] “...O dom do Espírito Santo” é o resultado da obra
consumada pelo Filho de Deus sobre a cruz. “promessa do Pai...” (Lc 24:49)
[...] Antes de a rocha se ferida a corrente de benção estava retida e o homem
nada podia fazer. (MACKINTOSH, 2018, p. 181)
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7. E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da discussão dos filhos de
Israel e porque tentaram o Senhor, dizendo: — Está o Senhor no meio de nós ou não?
✓ Massá significa: “tentação, provocação, provação”
✓ Meribá significa: “reclamação, conflito, contenda”
“Assim como temos no maná uma figura de Cristo, de igual modo temos uma
figura do espírito Santo na água brotando da rocha. “Se tu conheceras o dom
de Deus (Cristo)... tu lhe pedirias, e ele te daria água vida” – quer dizer, o
Espírito. [...] Foi assim também que os judeus, tendo a presença de Cristo com
eles, pediram um sinal do céu, tentando-o” (MACKINTOSH, 2018, p. 182)
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Guerra contra Amaleque
8. Então vieram os amalequitas e atacaram Israel em Refidim.
Mackintosh (2018, p. 183) faz uma importante observação nessa parte do capítulo:
“Assim acontece com esse capítulo: a rocha é ferida e as águas brotam dela,
e lemos imediatamente, “então veio Amaleque e pelejou contra Israel.”.
Até aqui o Senhor tinha lutado POR Israel como vemos em Êxodo 14.14 que diz: “O Senhor
lutará por vocês; fiquem calmos.”. Mas agora, eles entrariam na batalha sob a bandeira do
Senhor que lutaria EM Israel. Assim, ele complementa dizendo:
“sabemos que existe uma grande diferença entre os combates de Cristo por
nós e a luta do Espírito Santo em nós.” (MACKINTOSH, 2018, p. 183)
Amaleque era descendente de Esaú. Pois Elifaz, o primogênito de Esaú (Gn 36.10) teve filho
com sua concubina Timna, mãe de Amaleque: “Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú;
ela deu à luz Amaleque. Estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú.” (Gn 36.12). Os
descendentes de Amaleque passaram a ser chamados de “amalequitas” e o território
ocupado por eles era visível das montanhas de Abarim (Nm 24.20). Nessa investida contra
os israelitas, os amalequitas atacaram os fracos e debilitados na parte de trás do
acampamento para saqueá-lo e despojá-lo. Por causa desse ato covarde, Deus amaldiçoou
permanentemente esse povo (vv. 8,14; Dt 25.17-19).
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9. Com isso, Moisés ordenou a Josué: — Escolha alguns homens e vá lutar contra os
amalequitas. Amanhã eu estarei no alto do monte, e o bordão de Deus estará na minha
mão.
“Iehoshoua“ (Josué): Este nome, transcrito sob a forma de Josué ou de Jesus, significa "Yah
salvará".
“Assim acontece com este capítulo: a rocha é ferida e as águas brotam dela,
e lemos imediatamente, “então veio Amaleque e pelejou contra Israel”
(MACKINTOSH, 2018, p. 183)
10. Josué fez como Moisés lhe havia ordenado e lutou contra os amalequitas. Porém
Moisés, Arão e Hur subiram para o alto do monte.
Hur era filho de Calebe, de Judá (1 Cr 2.19,20). Josefo e os rabinos dizem que
ele era cunhado de Moisés e de Arão, tendo se casado com Miriã.
Provavelmente é o mesmo Hur filho de Calebe e sua esposa Efrate e pai de Uri. Bezaleel,
neto de Hur foi escolhido para trabalhar na construção do Tabernáculo. (Êx 31.2,2,3; 35.30;
38.22; 1Cr 2.19,20,50; 4.1,4; 2Cr 1.5).
“Acredita que ele [Hur] era o filho de Miriâm e Kaléb.” (CHOURAQUI, 1996, p.
220)
Isso é confirmado pelo historiador Flavio Josefo quando diz que Moisés
“combatia com orações [...] rogou a Arão, seu irmão que sustentasse um de
seus braços e a Hur, seu cunhado, que esposara Miriã, sua irmã, que
sustentasse o outro. Assim, os israelitas foram plenamente vitoriosos.”
(JOSEFO, 1990, p. 161)
“As vitórias para ela por Cristo [...] Ele esteve sozinho na cruze só na
sepultura. [...] Como poderia ela vencer Satanás, suportara ira de Deus ou
tirar à morte o seu aguilhão? Era impossível. [...] Estavam fora do alcance dos
pecadores.” (MACKINTOSH, 2018, p. 184)
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11. Quando Moisés levantava a mão, Israel vencia; quando, porém, ele abaixava a mão,
os amalequitas venciam.
“Moisés manteve suas mãos erguidas (segurando a vara de Deus, v. 9), como
uma demonstração de que a vitória de Israel estava nas mãos do Senhor.”
(RADMACHER, ALLEN e HOUSE, 2010, p. 159)
“[...] Hamã é o último dos amalequitas de quem se fala nas Escrituras. [...]
Nenhum amalequita podia entrar na congregação do Senhor [...] E, [...]o
Senhor declara guerra perpétua a Amaleque. [...] Amaleque é uma figura da
carne. [...] O Senhor havia lutado por eles; porém agora luta neles e por meio
deles. ” (MACKINTOSH, 2018, p. 184)
12. Quando as mãos de Moisés ficaram pesadas, pegaram uma pedra e a puseram por
baixo dele, para que Moisés se sentasse. Arão e Hur sustentavam as mãos de Moisés, um,
de um lado, e o outro, do outro; assim as mãos dele ficaram firmes até o pôr do sol.
Dobson lembra o comentário de Justino, o Mártir sobre o evento onde Moisés intercede
pelo povo:
“De acordo com Justino Mártir, Moisés, sem saber, estava imitando a Jesus,
derrotando o mal com a cruz.” (DOBSON, 2019, p. 107)
Procuramos então a declaração do próprio Justino:
“Moisés com os sinais que fez, foi o primeiro que manifestou essa suposta
maldição da cruz. [...] Moisés orava a Deus com as mãos estendidas. [...]
Figura que imitava a cruz. [...] Ele formava o sinal da cruz, pois era o nome de
Jesus que comandava a batalha. [...] Esse modo de orar sentado numa pedra,
nem Moisés nem ninguém o fizera antes nem o fez depois. A própria pedra,
é um símbolo de Cristo.” (JUSTINO, 1995, p. 251-252)
Há aqui uma interessante relação entre Moisés no cume do monte e Cristo nas alturas
como nosso Grande Intercessor diante do Pai:
“[...] É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também
intercede por nós.” Romanos 8:34 – “Jesus, no entanto,
porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio
imutável. Por isso, também pode salvar totalmente os
que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para
interceder por eles.” Hebreus 7:24,25 (grifo nosso)
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Enquanto Moisés teve que se assentar sobre uma “pedra” para descansar seus joelhos e
precisou do apoio de dois homens, Cristo Jesus tudo suportou por nós!
“Portanto, quando o Senhor, seu Deus, lhes houver dado sossego de todos os
seus inimigos ao redor, na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá por herança,
para que dela tomem posse, apaguem a memória dos amalequitas da face da
terra; não se esqueçam disto.” – Deuteronômio 25:19
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15. E Moisés edificou um altar e lhe deu o nome de O Senhor É Minha Bandeira.
“Os exércitos tinham insígnias com imagens divinas. Israël não tem outro
estandarte, outro ponto de referência além de seu Elohîms sem imagem.”
(CHOURAQUI, 1996, p. 221)
16. E disse: — Porque o Senhor jurou, haverá guerra do Senhor contra os amalequitas de
geração em geração.
Chouraqui (1996, p. 221) traduz assim: “Ele diz: «Sim, a mão no trono de Yah,
guerra de I HV H contra ‘Amalég, de ciclo em ciclo.” (Êxodo 17:16)
Foi a guerra propagada por Eúde (Jz 3.13-15); Baraque (Jz 5.15); Gideão (Jz
6.3); Saul (1 Sm 15); Samuel (1 Sm 15.32,33); Davi (1 Sm 27.8; 30.1-17; 2 Sm
8.12) e concluída pelos símeonitas nos dias de Ezequias (1 Cr 4.42,43).
“Atacavam os fracos e os idosos pelas costas (veja Dt 25:17-19). [...] Saul ate
perdeu seu reinado por fracassar na extinção dos amalequitas (veja 1Sm 15).
Eles foram finalmente exterminados (veja 1Cr 4:43).” (DOBSON, 2019, p. 107)
“Os amalequitas eram descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Gn 36:12, 16),
um homem "impuro e profano" (Hb 12:16). A palavra "profano", em
português, origina-se do latim e significa "de fora do templo", ou seja, que
não é sagrado, algo comum.” (WIERSBE, 2006, p. 278-279)
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“O problema com Amaleque não era apenas uma questão de hostilidade
entre duas nações, mas de uma guerra entre Deus e Amaleque.”
(MACARTHUR, 2019, p. 106)
“Tivesse Israel concebido a ideia que, uma vez destruídas as hostes do Faraó,
o seu conflito havia acabado, e teriam sido tristemente confundidos quando
Amaleque veio sobre eles. O fato é que o conflito deles começou e só então.
Assim é para o crente, porque “...tudo isso lhes sobreveio como figuras, e
estão escritas para aviso nosso” (1 Co 10.11). [...] Somos ensinamos
claramente na Palavra de Deus que o crente traz consigo aquilo que
corresponde a Amaleque, a saber “a carne” – “o homem velho”, a mente
carnal (Rm 6.6; 8.7; Gl 5.17)” (MACKINTOSH, 2018, p. 186)
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ADEYEMO, T. Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova
Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.
CHOURAQUI, A. A Bíblia - Nomes (Êxodo). Tradução de Ivan Esperança Rocha e Paulo
Neves. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1996.
COHEN, A. C. Comentário Bíblico ÊXODO. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
DOBSON, K. Ensinamentos da Torá: conciliando a história judaica com a fé cristã / com
notas de Kent Dobson. Tradução de Maurício Bezerra Santos Silva. 1ª. ed. Rio de Janeiro:
Thomas Nelson Brasil, 2019.
HARRISON, E. F. Comentário Bíblico Moody: volume 1. São Paulo: Batista Regular do Brasil,
v. I, 2017.
JOSEFO, F. História dos Hebreus. Tradução de Vicente Pedroso. Rio de Janeiro: CPAD, 1990.
JUSTINO. Justino de Roma: I e II Apologias / Apologias / Diálogo com Trifão. São Paulo:
Paulus, 1995. - Coleção Patrística.
MACARTHUR, J. Comentário Bíblico MacArthur: desvendando a verdade de Deus, versículo
a versículo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2019.
MACKINTOSH, C. H. Estudos Sobre o Livro de Êxodo. 3ª. ed. São Paulo: Depósito de
Literatura Cristã, 2018.
RADMACHER, E. D.; ALLEN, R. B.; HOUSE, H. W. (Eds.). O Novo Comentário Bíblico Antigo
Testamento. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010.
WALTON, J. H.; MATTHEWS, V. H.; CHAVALAS, M. W. Comentário Histórico-Cultural da
Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2018.
WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Pentateuco / Warren
W. Wiersbe. Tradução de Suzana E. Klassen. 1ª. ed. Santo André, SP: Geográfica Editora, v.
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