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Apoio:
Gás LP
WORLD LP GAS ASSOCIATION
NO BRASIL
Nova proposta
de valor para um
Gás LP abundante
Texto e edição
Sindigás Volume 2 | 2a Edição
Edição visual
Conceito Comunicação Integrada
Agosto 2008
Nova Proposta
de Valor do Gás LP
à Sociedade Brasileira
Apresentação
Missão do Sindigás
Coordenar esforços para o amadurecimento
do setor de Gás LP no Brasil, buscando posicionamento
relevante deste combustível na sociedade.
Gás LP é um combustível
produzido no Brasil,
Participação próxima de 4%
moderno, competitivo e Gás na matriz energética*
ecológico que contribui
para o desenvolvimento da
LP através da diferenciação e
diversificação do uso
sociedade nas residências,
no trabalho, transporte, no
comércio, na indústria (*) Matriz de consumo final energético,
e na agropecuária. excluindo o consumo próprio
do setor energético
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2020
2025
2030
2
E no Brasil, o Gás LP somente é utilizado
como gás de cozinha?............................................... Pg. 13
3
Como se caracteriza o mercado de Gás LP nos países
desenvolvidos com forte cultura na utilização
dessa fonte de energia?............................................ Pg. 15
4
Que lições o Brasil pode aprender da
experiência dos países culturalmente desenvolvidos
em termos da utilização do Gás LP?............................ Pg. 17
5
Quantas marcas de Gás LP atuam em cada
região do Brasil? A situação existente é adequada?....... Pg. 18
6
O Gás LP pode ser considerado
um gênero de primeira necessidade?........................... Pg. 19
7
Sendo um produto de consumo básico, por que muitas famílias
de menor renda não estão podendo arcar com o
custo do Gás LP? Qual a alternativa para essas famílias?.Pg. 19
15
Existem fundamentos para que as
restrições ao uso do Gás LP sejam mantidas?................................... Pg. 31
16
Por que não existe um mecanismo de desconto no Gás LP para
famílias de baixa renda, como se faz com gás natural e eletricidade?... Pg. 33
17
Como se poderia ajudar efetivamente as famílias mais carentes
a deixarem de consumir lenha e passarem a utilizar Gás LP?.............. Pg. 36
18
Por que o Gás LP é geralmente mais competitivo que o
gás natural para o uso residencial de baixo volume?
Isso aparece na conta do consumidor?........................................... Pg. 37
19
Por que, no Brasil, o aquecimento de água residencial
é feito preferencialmente por eletricidade?..................................... Pg. 39
20
O Gás LP pode contribuir para reduzir a eletrotermia?....................... Pg. 41
21
O Gás LP pode ajudar na prevenção dos riscos de racionamento
de energia elétrica e de desabastecimento de gás natural?................ Pg. 43
22
O Gás LP pode ser aplicado na agricultura brasileira?........................ Pg. 44
23
De que forma o Gás LP pode ser empregado na avicultura?................ Pg. 46
24
Com o álcool e o GNV já posicionados como combustíveis
alternativos, há espaço para o Gás LP em uso automotivo?................ Pg. 47
25
Com os diversos usos citados anteriormente, a participação
do Gás LP na matriz energética poderia ser ampliada?....................... Pg. 49
26
Que benefícios teria a sociedade com o maior uso do Gás LP?............ Pg. 50
27
Qual poderia ser a participação do governo
na construção desses benefícios?.................................................. Pg. 52
28
Que papel pode cumprir o setor (Sindigás e empresas associadas)
para melhorar a percepção atual e estimular o uso do Gás LP?............ Pg. 53
Quais são as principais
aplicações do Gás LP
nos países desenvolvidos
1
com forte cultura
no uso desse energético?
E no Brasil, o Gás LP
2
somente é utilizado
como gás de cozinha?
E 78 1 18 3
89 1 9 1
Classe social
C 93 4 3
B 88 11 1
A 74 25 1
Em percentual (%)
Tipo de combustível
GLP GN Lenha/Carvão Não possui
Classe social aproximada por faixa de renda média domiciliar: classe E (abaixo de R$ 700),
classe D (entre R$ 700 e R$ 1.400), classe C (entre R$ 1.400 e R$ 4.200),
classe B (entre R$ 4.200 e R$ 10.500) e classe A (acima de R$ 10.500).
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD); Análise Booz Allen e Sindigás.
3
com forte cultura na utilização
dessa fonte de energia?
Residencial/Comercial 90%
Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN 2007); Análise Booz Allen e Sindigás
4
culturalmente desenvolvidos em
termos da utilização do Gás LP?
O mercado de Gás LP em nosso país evoluiu nos últimos anos, mas ainda tem
um grande caminho a percorrer. Mesmo para um país em amadurecimento,
existem algumas amarras críticas do mercado nacional que precisam ser trata-
das para que o Brasil se desenvolva plenamente. Dentre elas, destacam-se:
• O Gás LP não é percebido pela sociedade e pelas autoridades como um
energético moderno, limpo, versátil e eficiente, dificultando o posiciona-
mento adequado e sua aplicação eficiente na matriz energética brasileira;
• O governo ainda influencia excessivamente o mercado, mantendo proibi-
ções ao uso do Gás LP para aquecimento de piscinas, saunas, caldeiras e
todos os tipos de motores, e restringindo o uso em aplicações nas quais
o energético poderia ser extremamente adequado e competitivo;
• O propano e o butano, componentes do Gás LP, são vendidos mistura-
dos sem qualquer tipo de diferenciação, limitando o desenvolvimento
de aplicações mais modernas que requerem qualidade superior e maior
eficiência;
• A cadeia de distribuição ainda é excessivamente fragmentada, possuindo
diversos elos intermediários até o produto alcançar o consumidor final,
reduzindo a eficiência e limitando o contato com o cliente.
Quantas marcas de Gás LP atuam
5
em cada região do Brasil? A
situação existente é adequada?
Excetuando-se os estados da Amazônia, por suas peculiaridades, atual-
mente existem, em média, mais de 3 marcas competindo em cada estado
brasileiro. Isso é resultado da abertura do mercado, que permite a qualquer
empresa, desde que cumpra as normas estabelecidas pela ANP, participar
da distribuição de Gás LP sem restrições territoriais. Ou seja, o consumi-
dor tem à sua disposição diversas opções de empresas para efetuar sua
compra. Com isso, o consumidor pode (e deve) pesquisar e escolher aquela
que ofereça a melhor combinação de preço e serviço. A observação de
outros mercados e de outros países indica que a situação atual do mercado
brasileiro de distribuição de Gás LP permite o estabelecimento da plena
competição, especialmente quando o consumidor tem o poder de escolha
do melhor fornecedor sempre que for comprar o seu gás.
6
considerado um gênero de
primeira necessidade?
Sim. De acordo com o IBGE, cerca de 85% dos lares brasileiros utilizam pre-
dominantemente Gás LP para o preparo de alimentos. Isso significa que o
Gás LP é o principal combustível usado para cozinhar, independentemente da
classe social.
O consumo de Gás LP ainda possui baixíssima elasticidade-renda entre as
classes sociais, isto é, o volume consumido não varia proporcionalmente à
renda do consumidor. Uma família de classe A, por exemplo, com renda fami-
liar mensal acima de R$ 10.500, consome pouco mais de 150kg de Gás LP ao
ano, enquanto uma família de classe E, com renda mensal abaixo de R$ 700,
gasta cerca de 100kg de Gás LP. A elasticidade-renda é baixa, pois enquanto
no período entre 1990 e 2006 a renda familiar aumentou 88%, o consumo
de Gás LP cresceu apenas 15%. Este efeito é característico dos produtos de
uso básico, a exemplo do Gás LP, tais como pasta de dente, sabonete, arroz e
papel higiênico, entre outros.
7
Gás LP? Qual a alternativa
para essas famílias?
Em 2002, houve um significativo crescimento dos custos dos produtores e
distribuidores de Gás LP, em decorrência de uma série de fatores, como o fim
8.000
7.000
Mil Tep
6.000
5.000
4.000
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Lenha Gás LP
8,1
8,3
8,8
10,7
9,0
12,2
10,2
12,9
9,2
13,6
90,4
90,0
89,8
89,5
89,5
88,9
88,0
87,9
87,3
85,9
86,4
85,2
84,4
1992 1993 1994 1995 1996 1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Gás LP Lenha
Fonte: Balanço Energético Nacional (BEN-2007), PNAD (IBGE), Análise Booz Allen.
8
Gás LP na matriz energética
brasileira nos últimos anos?
6%
5%
4%
3%
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
9
Gás LP na matriz energética
brasileira no futuro?
70,8% 66,9%
2006 2015
Outros GN Eletricidade GLP
10
De onde é obtido o Gás LP
produzido no Brasil?
14,0 13,4
Oferta Demanda
MM Tons
12,0
10,0 9,8
8,0
6,0 7,7
4,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2020 2025 2030
11
O Brasil já é
auto-suficiente em Gás LP?
3,5
3,0
2,5
2,1
1,9
1,8
1,7
1,3
0,3
0,7
MM Tons
-0,8
-0,7
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2020 2025 2030
-0,9
-0,5
-0,4
-1,6
-2,1
-2,4
12
de formação do preço
do Gás LP nos produtores?
13
com o provável excedente
de Gás LP?
15
que as restrições ao uso do
Gás LP sejam mantidas?
16
renda, como se faz com
gás natural e eletricidade?
17
consumir lenha e
passarem a utilizar Gás LP?
18
Isso aparece na
conta do consumidor?
São Paulo
180
160 Eletricidade 115%(2)
140 mais cara que Gás LP
Economia por domicílio
120 com Gás LP no banho(3)
R$ / Mês
60
40 GN 148% mais
20 caro que Gás LP
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Botijão de GLP“Equivalente”(1)
Rio de Janeiro
250
200
Eletricidade 148%(2)
Economia por domicílio mais cara que Gás LP
150
R$ / Mês
50
GN 81% mais
caro que Gás LP
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
GLP Gás Natural Eletricidade Botijão de GLP“Equivalente”(1)
Energia para Iluminação e Cocção Energia para Aquecimento
Nota: Para todos os energéticos foram considerados os preços cheios conforme informado, não foi considerado descontos
por acordos específicos. (1) Energia equivalente a botijão de GLP - e.x. 1 Botijão de GLP Equivalente = 16,41m3 de GN e 168
kWh. (2) Considera diferenças de eficiência (eletricidade é 20% mais eficiente que GLP e GN no aquecimento de água).
(3) Foi considerado o consumo de energia equivalente no aquecimento de água
para uma família de 4 pessoas, com 12 minutos de banho com um chuveiro de 5,0 kW de potência.
Fonte: Preço do GLP - ANP, preço do Gás Natural - SP èComgás e RJ èCEG, Eletricidade - SP èEletropaulo e RJ èLight,
19
é feito preferencialmente
por eletricidade?
Excesso estrutural no
uso da eletrotermia 22%
68
46
45
42
42
33
33
31
31
10
10
26
24
16
17
6
14
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Alemanha
Finlândia
França
Irlanda
Itália
Holanda
Portugal
Suécia
Espanha
Reino
Unido
Japão
EUA
Média
Brasil
Fonte: ECI, Eurostast, Euromonitor, Programa SAVE, IEEJ, PUC-PROCEL, Análise Booz Allen
20
para reduzir
a eletrotermia?
21
e de desabastecimento
de gás natural?
10% GN
6% OC
22
O Gás LP pode ser aplicado
na agricultura brasileira?
24
há espaço para o Gás LP
em uso automotivo?
Sim, por exemplo, o uso de Gás LP em frotas de ônibus urbanos nas prin-
cipais metrópoles é a única alternativa viável no Brasil para redução da
poluição gerada por estes veículos. A utilização de Gás LP contribui com
uma redução de mais de 90% na emissão de partículas, 80% de monóxido
de carbono (CO) e 50% de óxidos de nitrogênio (NOx), na comparação
com o diesel.
O Gás LP é um combustível testado e aprovado internacionalmente para
o uso automotivo, ao contrário do GNV, que já passou por uma tentativa
frustrada de viabilidade para ônibus em São Paulo. Na época, o programa
apresentou limitações decorrentes da falta de disponibilidade do com-
bustível em algumas regiões do país. Desta forma, os ônibus usados que
eram vendidos a empresas de cidades do interior tinham dificuldade em
se abastecer de GNV, o que acabou inviabilizando o processo. O programa
também foi descartado devido ao alto tempo para reabastecimento, o
que, por sua vez, exigiria um aumento da frota. No caso do Gás LP, por
não depender de gasodutos ou redes de distribuição, não existe o risco do
mesmo tipo de ocorrência.
No mundo, há milhares de ônibus urbanos rodando com Gás LP há mais de
uma década. Além da redução da poluição do ar, os motores a Gás LP causam
menos poluição sonora. Os motores movidos a Gás LP ainda possuem vida
útil 30% maior que os motores a diesel, e os preços são semelhantes.
26%
77% 84%
60%
21% 15%
Material particulado Óxidos de nitrogênio Monóxido de carbono
Fonte: Clean Air Institute, Propane Council (PERC), CNT e Análise Booz Allen.
25
na matriz energética
poderia ser ampliada?
0,39
0,45
0,26
0,40
0,07
0,22
0,20
9,70
9,75
7,71
6,62
Demanda Demanda Usos na Aquec. na Complem. Comércio e Frota de Substituição Aquec. de Nova Oferta
2007 Projetada Agricultura Avicultura do GN e EE indústria em ônibus da lenha água demanda 2015
2015 (as is) na indústria localidade urbano residencial projetada
remota 2015
Nota: (1) Volume potencial adicional de cada iniciativa projetado para 2015 a partir da
estimativa de potencial atual apresentada nos capítulos anteriores e crescimento anual de
1% a 3.3%, conforme a natureza de mercado impactado. (2) Não inclui o consumo do Setor
Energético Fonte: Análise Booz Allen e Sindigás
26
a sociedade com o
maior uso do Gás LP?
Investimento para compra e Redução do consumo de eletricidade de 3,5 mil GWh/ano de consumo de
instalação de aquecedor de água ponta por domicílio, resultando economia de cerca de R$ 600 por ano para
a Gás LP Aquecimento 2,5 MM de lares em todo o Brasil,...
de água ... equivalente a uma usina interligada com potência de cerca de 730 MW(2)
residencial - Uma usina hidrelétrica deste porte demanda investimentos da ordem
de R$ 2,2 Bi (3)
- No caso de uma termelétrica, representa 35 Milhões de m³ de GN por
ano, ou cerca de 10% do gás importado da Bolívia
Com. e
Aumento do custo de operação Ind. em Aumento na conveniência e considerável redução da poluição
para aqueles que utilizam lenha localidades Redução de cerca de 41% dos custos com energético para empresas que
remotas utilizam atualmente eletricidade
Necessidade de investimento Redução de cerca de 15% da importação de diesel (300 mil m³/ano)
inicial em ônibus (cerca de 25%
Frota
Redução considerável da emissão de poluentes, por exemplo, reduzindo
maior que ônibus a diesel) e de ônibus em 5% a emissão total de NOx em São Paulo (com troca de 20% da frota)
infra-estrutura urbano Redução do custo de operação de R$ 20 mil por ônibus por ano, gerando
uma economia total de R$ 122 MM por ano (considerando 6 mil ônibus)
(1) DALY = Disability-adjusted life year; uma DALY equivale a perda de um ano de vida saudável;
(2) Considera fator de potência de 60%, perda técnica de transmissão e distribuição de 10% e 3,8 pessoas por domicílio;
(3) Investimento médio de R$ 3.000 por KW de potência em hidrelétrica;
(4) Considera eficiência moderada do mecanismo de substituição de lenha.
Fonte: Análises Booz Allen
27
do governo na construção
desses benefícios?
energéticas estruturais)
166
Eliminação Eliminação(3)
26
-37
25
-1,079
Nota: (1) Impacto potencial a valores de 2005. Números positivos representam aumento de
arrecadação. (2) Considera que o consumo de lenha substituído por Gás LP não gera atualmente
receita fiscal. (3) Investimento não recorrente anualmente - ocorre apenas quando da compra dos
aquecedores a Gás LP.
Fonte: Análise Booz allen
28
a percepção atual e
estimular o uso do Gás LP?
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