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s210a2019 LLembrar do calabougo para ndo esquecer 0 perigo da injustiga~ Jomal da USP Lembrar do calabougo para nao esquecer o perigo da injustiga No dia 5, semindrio na USP vai reconstituir a meméria de prisdes, asilos e 0 Por Luiz, Prado - Editorias: Cultura - URL Curta; jomal.usp.b1/?p=206144 rg ay BU Campo de concentragéo de Auschwitz, transformado em museu em meméria as vitimas do Holocausto — Foto: Boris Kossoy Calabougos da ditadura militar, campos de exterminio nazistas, sanatérios e hospicios sobem seus muros cimentados na exclusdo e na opressao. Cassam as pessoas da sociedade e arrebatam-lhes direitos, dignidade e vida. Quando seus portées caem e suas cdmaras se esvaziam, a passagem do tempo e 0 siléncio sao catalisadores fulminantes do alzheimer social, do apagamento dos vestigios de crimes e repressdes. Para que os claustros nao voltem a ser erguidos, é preciso tomar seus espagos e fincar a bandeira da meméria nos escombros. Essa é a orientagao que dirige o seminario Espagos de Exclusao: Historia e Memoria, que acontece no dia 5 de novembro na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciéncias Humanas (FFLCH) da USP. Organizado pelo Laboratério de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminagao (Leer), o evento retine ex-presos politicos e pesquisadores da USP e de outras instituigdes. Em comum, as apresentagées e debates alertam para a necessidade de preservar a histéria dos espagos de segregacdo, a fim de que injustigas no sejam repetidas. Maria Luiza Tucci Cameiro, professora da FFLCH e coordenadora do Leer, define espacos de exclusdo como locais de controle dos corpos e das mentes, que podem existir tanto em regimes democraticos quanto autoritarios. “Em distintos momentos, nao s6 0 Estado, mas também a sociedade civil e as comunidades cientificas se mostram preocupadas em isolar determinados cidaddos que no correspondem a ordem instituida’, explica a professora. hitps femal. usp bricuturalebr

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