No meio da diversidade de temas políticos que colocam em pauta a evolução de uma
nação, um dos que tem ligação direta com todos os setores da sociedade e economia é o desenvolvimento urbano. Desde a migração crescente da zona rural para a zona urbana, um dos mercados que mais afetaram o sistema político foi o imobiliário, uma vez que o mesmo esteja integralmente ligado a como a sociedade se comporta em uma sociedade. Mas o crescimento urbano realmente foi digno divisão e posição justa perante as comunidades? Segregação, favelização, dificuldade no acesso a diversos níveis sociais como cultura, saúde, transporte, lazer, dentre outros, são uns dos pontos mais diretos que mostram como o crescimento urbano sem regularização pode afetar de forma negativa comunidades e camadas mais inferiores das classes econômicas. A reforma urbana é um conjunto de ideias que propõe através de políticas públicas, projetos e leis, reorganizar a forma como os cidadãos vem se colocando em suas habitações. Muito se discute sobre a especulação imobiliária e sua influência direta na segregação social no que se diz ter uma habitação digna de um crescimento social. A valorização dos bens imóveis tem alguns critérios de mercado que fazem seus preços subirem ou descerem, a valorização do ambiente considerando sua estrutura toda em si, programas culturais, lazer, qualidade de transporte, saúde são uns desses parâmetros para designar o quanto vale o determinado imóvel. Mas o que fazer quando a valorização imobiliária cresce acima da capacidade do cidadão de conseguir pagá- lo? Indo mais além, o poder aquisitivo parece ser inversamente proporcional ao crescimento da especulação imobiliária, onde o crescimento do mercado faz com que menos tenhamos poder sobre ele. Essa força de mercado de imóveis é tão avassaladora que força os cidadãos de baixa renda a se renderem e migrarem pra zonas de habitação que englobam menores qualidades de vida, um acesso extremamente reduzido a padrões de nível social alto, a exemplo mais influente em futuro próximo, escolas públicas de baixa qualidade, favelização, possibilidades mais baixas de emprego, segurança afetada de forma negativa. O ciclo vicioso que expulsa a classe baixa de todos os locais que o “progresso” chega é tão agressivo que seja a ser comum e fazer parte do convívio econômico e de pensamentos de uma parcela daqueles que não participam dele. Uma vez que seja um dos maiores fatores da segregação e criação de muros na sociedade. Não se pode deixar de citar programas sociais que superficialmente ajudam ao programa de habitação por parte do estado, mas que estudado de forma mais íntegra, ajuda somente a colocar o ciclo de separação social de forma mais intensa, o que mostra também a complexidade que a reforma urbana se representa. O Programa “Minha Casa, Minha vida” é um programa do estado que foca na habitação de uma parcela da comunidade que atende aos critérios financeiros e de necessidade, de forma que tal habitação tem o seu padrão de construção... O governo paga empreiteiras privadas para a criação de habitações de no mínimo 39 m² e com valor fixo de 76 mil reais... Mas onde se encontra o problema e as contradições com as verdadeiras ideias da reforma urbana? Dos maiores vilões da distribuição igualitária urbana, está a iniciativa privada que exclusivamente só fazem seus trabalhos com visão em lucro. Incluir tal tipo de empreendimento em um projeto social não atrai nenhum tipo de vantagem.... Em um olhar um pouco crítico sobre o programa citado convém a perceber que por definir um preço fixo para cada habitação dessa, é viável que as empreiteiras usem os seus piores terrenos que sejam aprovados pela Caixa Econômica Federal para que o máximo de lucro seja tirado dessas construções, além da qualidade de materiais mais baixa e outros meios que sejam cada vez mais para seus interesses. Mais uma tática de empurrar as classes baixas para mais longe dos centros urbanos, dificultando cada vez mais a sua ligação direta com as qualidades sociais que se escassa por padrões que a reforma urbana tenta derrubar. Por fim a reforma urbana tem alguns ideais principais, que aponta para a inclusão de todas classes sociais em um mesmo meio urbano, a redução da especulação imobiliária que dará um maior poder aquisitivo sobre o mercado tal citado. Planos como uma política de inquilinato mais favorável, que estabeleçam médias de valores, tolerância a despejos.... Alteração direcionamento dos projetos sociais para dentro dos centros urbanos, para os locais de melhor habitação e que tenha melhor qualidade de vida, econômica social e ambiental.