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Este artigo é escrito com base em estudos bibliográficos sobre o Mercado de Varejo,
Canais de Distribuição, Gestão de Estoques e Tecnologia da Informação utilizada
conjuntamente para embasar o estudo sobre o Programa de Reposição Contínua de
Mercadorias e suas vantagens.
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Introdução
Historicamente as empresas têm dado uma especial atenção à gestão de recursos.
A interação da empresa com o meio em que rodeia é um fator importante, visto que, a
empresa não é um organismo isolado e, integrar-se como parte ativa junto dos seus
fornecedores e clientes se torna questão fundamental para alcançar seus objetivos diante
do mercado, alcançando vantagens competitivas. É importante para uma atividade
normal de uma empresa, criar e manter relações não só com clientes e fornecedores,
mas também com concorrentes, clientes de clientes, consultores, organizações
governamentais, instituições de ensino e pesquisa, etc. A operação de uma dada
empresa é baseada na criação de laços de cooperação, comunicação e informação
internamente e externamente com uma rede de parceiros de negócios, ao qual exige da
empresa um forte investimento que deve ser considerado como objetivo a ser alcançado.
O sucesso empresarial é resultado de uma série de decisões estratégicas que atua em
todos os departamentos da empresa. Na logística assim como em outras áreas da
empresa, presenciamos uma verdadeira revolução tecnológica em termos de
disponibilidade de informação e meios de comunicação eficazes e eficientes. Neste
sentido, dois aspectos são apontados por vários estudiosos, como relevantes para a
permanência das organizações no ambiente em que estão inseridas. O primeiro, tem
relação em prever o futuro, o que nesse novo contexto, pode fornecer indicações de
caminhos seguros para a organização trilhar. O segundo, inclui a capacidade da
organização em agregar valor aos seus produtos e serviços, o que leva a organização a
gerenciar não só aspectos financeiros, mas também qualidade, inovação e outros
atributos.
A valorização da logística na estratégia empresarial, tendo uma visão de
processo sistêmico, através de planejamento, organização e controle efetivo das
atividades, promove o melhor nível de rentabilidade nos serviços e distribuição aos
clientes e consumidores. Dentre as atividades logísticas, a gestão dos estoques exerce
papel fundamental no nível de serviço ao cliente, pois devido ao seu próprio conceito,
se torna a base do fluxo de negócios, ao qual influenciam diretamente na rentabilidade
da empresa. O processo de gestão dos estoques está condicionado às estratégias e
conceitos formulados pelos gestores, discriminados em teorias e modelos
diversos.Tradicionalmente, os estoques estando diretamente ligados à demanda, ao qual
a imprecisão da demanda futura, em complemento com as dificuldades em estimar os
custos causados por faltas, e com a exigência da manutenção de um ótimo nível de
serviço, a tendência é manter os estoques acima do necessário, absorvendo os custos
extras inerentes ao estoque excedente. A armazenagem de mercadorias prevendo seu
uso futuro exige uma sincronização entre a oferta e a demanda, de maneira a tornar a
manutenção desnecessária. Devemos sempre ter o produto de que se necessita, mas
nunca podemos ter estoque, esse é o dilema das empresas com relação à gestão de
estoques.
O presente artigo busca mostrar o método de Reposição Contínua com base no
Gerenciamento de Inventário pelo Fornecedor - GIF ( Vendor Managed Inventory
-VMI) que é uma das ferramentas do REC – Resposta Eficiente ao Consumidor
(Efficient Consumer Response- ECR) para o gerenciamento e controle do nível de
estoque, do setor varejista integrado ao fornecedor, bem como a determinação do
processamento de pedido, e que satisfaça plenamente os objetivos de toda a cadeia de
suprimento, ao qual busca-se a otimização da manutenção de estoques à custos mínimos
e, principalmente, um melhor nível de serviço ao cliente.
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Os canais de distribuição podem ser vistos como um conjunto de organizações
interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para
o consumo ou uso. Os canais não só satisfazem a demanda através de produtos e
serviços no local, em quantidade, qualidade e preços corretos, tem papel fundamental no
estimulo à demanda, através das atividades promocionais dos componentes ou
equipamentos atacadistas, varejistas, representantes e outros. É uma rede orquestrada
que cria valor aos usuários finais, através da geração das utilidades de forma, posse,
tempo e lugar principalmente. É só através da distribuição que produtos e serviços
públicos e privados se tornam disponíveis aos consumidores, já que o produto precisa
ser transportado para aonde os consumidores tem acesso, ser estocado e trocado por
outro tipo de recurso par que se possa ter acesso a ele. Verifica-se então que os quatro
tipos de utilidade (forma, tempo, lugar e posse) são inseparáveis, não existe um produto
completo que não compreenda essas quatro formas, sejam estas voltadas para um
objeto, idéia ou serviço. São realizadas diversas funções mercadológicas para satisfazer
a demanda por produtos e serviços, para que as empresas se tornem viáveis no longo
prazo, sempre devem facilitar o processo de busca dos consumidores, reduzir o seu
tempo de espera e estocagem. Podem ser definidos como uma rede organizada de
agencias e instituições combinadas, que desempenham atividades necessárias para ligar
produtores a usuários. O que demonstra a necessidade de os participantes do canal
atuarem de maneira coordenada, compartilhando objetivos comuns no que se refere a
imagem do produto e serviços a serem oferecidos, os participantes (produtores,
atacadistas e varejistas) tem o apoio dos facilitadores dos canais de distribuição, que são
as empresas de pesquisa de mercado, de transporte, de seguros, de propaganda,
depósitos, instituições financeiras e consultores. Este tem como principal diferença, em
relação aos intermediários, o fato de não tomarem posse do produto. Os canais evoluem
procurando ajustar-se as mudanças macroambientais, o aparecimento de canais de
distribuição, incluindo intermediários e organizações de apoio, pode ser entendido como
uma resposta a necessidade de eficiência nos processos de troca, minimizando
discrepâncias em suprimentos, rotinização e facilitação do processo de busca. Essa
evolução ocorre desde a chamada distribuição dos mercados de massa (anos 50 e 60),
caracterizada, principalmente, por vendas diretas e/ou pela rede do distribuidor,
passando por evolução e ampliação do uso da rede do distribuidor nos anos 70 e 80,
com distribuição segmentada usando marketing direto, e chegando a conhecida matriz
dos anos 90. Os canais de distribuição existem para aumentar a eficiência do processo,
facilitar o processo de busca para torna-los mais disponíveis, melhorar o contato com os
consumidores antes, durante e o após venda. Os agentes que fazem parte do canal
existem para desempenhar funções, tais como carregamento de estoques, geração de
demanda, vendas, distribuição física, serviço pós-venda, crédito etc... . Os agentes dos
canais de distribuição realizam as atividades de negociação envolvendo compra, venda e
transferência de títulos, podendo ter diversos níveis, dependendo do número de
membros, os que não fazem parte desse fluxo não estão no eixo do canal e são
consideradas empresas facilitadoras.
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Fluxo de pagamentos existentes no sistema, um dos aspectos mais motivadores da
temática sobre canais de distribuição, porque é a possibilidade de estudar o
comportamento de seus integrantes, funções que desempenham, possibilidades de
melhora pela presença de empresas facilitadoras e principalmente, pela forma como se
relacionam. São de fundamental importância a motivação, as relações de conflito e
cooperação, e como se dão os contratos entre seus participantes e forma de melhora
destes. De maneira geral, os relacionamentos entre os membros do canal tendem a ser
de longo prazo, com base em confiança e compromisso, reconhecimento mutuo e, mais
do que isso, em um sentimento de que o sucesso de um dos agentes depende do dos
demais no canal. Trocar de canal envolve custos bastante elevados, desde os ligados a
procura por novos canais até os relativos a especificidades da força de vendas, perda de
vendas, liquidação de estoques, treinamento e outros, formando uma grande barreira à
saída. O canal deve trabalhar integrado, com vistas à satisfação do consumidor final, em
um processo estável e rentável para todos os seus agentes.
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tempo gasto desde a averiguação de que o estoque necessita ser reposto até a entrega
efetiva do material no almoxarifado da empresa.
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pois, dessa forma, teriam muito mais flexibilidade na hora de vender, podendo prometer
prazos curtos ou mesmo imediatos para as entregas. O não atendimento de um pedido,
no rompimento, na quantidade e prazo solicitado pelo cliente, traz, certamente, prejuízo
à empresa. Embora seja muito difícil quantificar monetariamente esse prejuízo. Os
principais itens responsáveis por elevados estoques são, matéria-prima e material em
processo não necessários ao balanceamento ótimo do ciclo de produção, produto
acabado que não possa ser vendido e/ou acima do nível necessário para satisfazer a
futura demanda e a capacidade de produção.
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Diversos relatórios para administração por fornecedor, pedido de compra ou material.
Estes sistemas baseados no Kardex, os estoques são determinados entre o ponto máximo
e mínimo, no qual estes ainda são baseados no sentimento (feelling) do departamento de
marketing ou comercial para identificar o momento de geração do ressuprimento e das
quantidades máximas desejadas. Portanto apresar das informações constantes no
sistema, e de relatórios disponíveis o pedido e a quantidade depende do analista e da
decisão tomada das quantidades desejadas até o próximo pedido. A questão que se
coloca neste momento é de escolher a melhor política de atendimento, ou seja, a que
minimiza os custos logísticos totais para determinado nível de serviço. E qual deverá ser
a melhor solução para efetuar a política estabelecida, no caso o menor custo para o
melhor nível de serviço, ou seja, obter o estoque correto no tempo certo ao menor custo
necessário. A definição de uma política de estoques depende de definições claras para
questões de quanto pedir, quando pedir, quanto manter em estoques de segurança e onde
localizar. A resposta para cada uma dessas questões passa por diversas análises,
relativas ao valor agregado do produto, à previsibilidade de sua demanda e às exigências
dos consumidores finais em termos de prazo de entrega e disponibilidade de produto. A
decisão pela redução contínua dos níveis de estoque na cadeia de suprimentos depende
da necessidade do aumento da eficiência operacional de diversas atividades, como
transporte, armazenagem e processamento de pedidos.
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O GIF dispensa uma das atividades que mais tomam tempo do gestor de
estoques que é controlar os níveis de inventário de cada item e fazer o pedido quando
eles atingirem o seu ponto mínimo. As informações de venda são inseridas
automaticamente no banco de dados através do PDV e informando ao sistema o
posicionamento dos estoques, sem que haja necessidade de ingerência humana neste
processo. O fornecedor recebe arquivos relatando estoques e vendas item à item
periodicamente do varejista, através de troca eletrônica de dados - TED, ou via Internet.
Assim o fornecedor pode programar melhor sua produção e entrega se tiver uma maior
visibilidade da demanda, esta programação se evidencia na diminuição e até mesmo
extinção de distorções praticadas por cada membro da cadeia de suprimentos, quanto
maior qualidade de informações a cadeia obtiver da demanda estoques mais ajustados a
cadeia irá obter. Por outro lado quanto mais afastado o consumidor estiver dos elos da
cadeia pior será a visibilidade da demanda.
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REVISÃO DE LITERATURA
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comunicação entre computadores. Na reposição contínua o papel do vendedor
(fornecedor) e comprador (cliente) muda radicalmente, pois muda o processo de pedido,
devido à reorganização do reabastecimento.
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transporte utilizado pelos clientes. Os estoques recebidos no centro de distribuição
permitem o atendimento da demanda consolidada das lojas pertinentes ao cliente
(varejista). Com a Separação na doca os estoques são recebidos no Centro de
Distribuição não é armazenada, mas rolada para embarque para as lojas de varejo em 24
horas normalmente. Minimiza o armazenamento de produtos no centro de distribuição
do varejista Isso pode ser paulatinamente aplicado para finalmente cobrir a maior parte
do volume do varejista.
Considerações Finais
A logística é considerada fator chave para o incremento do nível de serviço ao
cliente, através das atividades primárias da logística que são: transporte, manutenção de
estoques e processamento de pedido e várias atividades de apoio adicionais.
Particularmente, o estoque consome grande soma do capital, e ao mesmo tempo é
necessário para manter o nível de serviço ao cliente. A administração dos níveis de
estoques deve ser cuidadosamente aplicado, dentre as técnicas existentes, tendo em vista
a preocupação de dirigir esforços em minimizar o inventário e almejar o nível de
serviço desejado, objetivando qual a melhor política de atendimento de nível de serviço
e o custo de manutenção de estoque.
O modelo de reposição contínua, através do gerenciamento de estoque pelo
fornecedor, é um importante instrumento de gestão de estoques para todos os tipos de
organizações, especialmente para aquelas do setor varejista. Para a aplicabilidade deste
modelo necessita de conceitos desenvolvidos sob a visão sistêmica da logística. Os
conceitos logísticos avançam até o conceito do modelo de gerenciamento da cadeia de
suprimento e da resposta eficiente ao consumidor, dos quais necessitam de algumas
ferramentas para a sua efetivação. Dentre as ferramentas necessárias, a tecnologia da
informação é fator preponderante para o sucesso do modelo. O gerenciamento da cadeia
de suprimento se constitui de relações entre fornecedores, clientes e clientes de clientes,
tornando-se elos desta cadeia de suprimentos. A reposição contínua do fornecedor para
o varejista, é a materialização da integração entre os elos da cadeia, o qual caracteriza a
gestão dos estoques do varejista pelo fornecedor o principal fundamento dessa
integração entre organizações, justificando o diferencial competitivo.
Sendo assim, a pesquisa bibliográfica e fundamentação teórica tornaram claros
os conceitos em que este artigo se baseou.
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Referências
HIRANO, S. Pesquisa Social: projeto e planejamento. 2 ed. São Paulo: T.A. Queiroz,
1988.
http://www.scribd.com/doc/3568760/Artigo-VMI
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8/3/2010
Fronteiras do VMI – Vendor Managed Inventory
Artigos / Entrevistas
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O VMI (Vendor Managed Inventory) consiste na gestão do elo seguinte, baseado nas informações de estoque e demanda. É um
tema que está em alta no Brasil e deve ser conduzido como um diferencial competitivo.
Utilizando informações simples, ele proporciona uma excelente gestão para os clientes e para o fornecedor. Em resumo, o
processo de VMI utiliza inputs como Modelo de Negócio, Previsão de Demanda, Venda Real e Estoque para gerar outputs
como Gestão da Malha do Cliente, Gestão da Malha do Fornecedor, Balanceamento de toda a Cadeia e KPI´s (Key
Performance Indicators).
A utilização de uma plataforma de tecnologia que suporte este novo processo é fundamental para que a empresa tenha
segurança e tranquilidade de que a gestão será possível operacionalmente.
A quantidade de clientes e quais clientes devem ser considerados potenciais para um projeto como este é a primeira definição
que o fornecedor deve ter. Localização, relacionamento, disponibilidade de tecnologia, faturamento, market share, potenciais
de melhoria devem ser considerados no momento da definição dos clientes.
Logo após a definição dos clientes, um plano de apresentação do conceito deve ser estruturado para futuras reuniões e
aprovações, que normalmente são acordadas entre a alta gerência. Com a aprovação do conceito, o projeto poderá ser iniciado
e conduzido dentro de um escopo que foi pré-definido.
A definição do escopo delimita minhas fronteiras e facilita o foco nos resultados. Em muitos casos, as empresas encaram
o VMI como uma oportunidade para se aproximar dos seus clientes e fortalecer a tão sonhada fidelização.
Um dos escopos possíveis pode ser a reposição dos produtos com base no real consumo ou até mesmo com base em uma
previsão de vendas, que poderá ser acordada com o cliente ou calculada através de algoritmos matemáticos. Um outro escopo
pode ser na disponibilização de uma plataforma de tecnologia em que o cliente consiga analisar e confirmar os pedidos de
compra, calculados com base em um modelo de negócio próprio.
Dentro de uma organização, existem diversas áreas que poderiam ser beneficiadas com este tipo de iniciativa, supply, vendas,
marketing, trade marketing, entre outras podem receber informações do mercado para auxiliar a tomada de decisão.
Portanto, defina seus objetivos com o VMI e encontre seu escopo ideal para iniciar um Projeto!!
Por SCM Supply Chain Mix - Camilo Manfredi *
http://intelog.net/site/default.asp?
TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=627271&Template=../artigosnotici
as/user_exibir.asp&ID=172274&Titulo=Fronteiras%20do%20VMI
%20%u2013%20Vendor%20Managed%20Inventory
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http://www.supplychainmix.com.br/2010/03/fronteiras-do-vmi-–-vendor-managed-
inventory/
O que é?
Vendor Managed Inventory (VMI) significa Inventário Gerenciado pelo Fornecedor. Na prática, quer dizer que o
fornecedor passa a ser responsável por manter os níveis de inventário do cliente em valores pré-estabelecidos. O
fornecedor passa a ter acesso aos dados de inventário do cliente (normalmente via EDI) e é responsável por gerar
ordens de compra para seu próprio material.
É importante entender que não se trata de material em consignação, já que no VMI a propriedade do material em
inventário é do cliente.
A implementação de um processo de VMI envolve fortes mudanças nas empresas participantes. Mesmo com contratos
detalhados, a confiança e senso de parceria passam a ser a base do relacionamento.
Obviamente, existem benefícios e riscos associados a um programa de VMI. Para alavancar os benefícios, é
importante que, como em qualquer programa, as atividades sejam bem planejadas,executadas e lideradas.
Benefícios
Para fornecedor e comprador:
o Reforça a parceria entre as empresas.
o Redução dos tempos na cadeia de suprimento.
o Melhor atendimento ao cliente final, ao ter melhor disponibilidade do material em inventário.
o Melhor timing das ordens de compras.
Para o comprador:
o Estabilidade no inventário e menor risco de falta de materiais.
o Redução do custo de emissão e processamento de pedidos.
o Crescimento do nível de serviço.
o Pode manter o foco no serviço ao cliente final.
o Redução do risco.
Para o fornecedor:
o Melhor previsão da demanda, já que tem acesso a dados detalhados de inventário e consumo do comprador.
o Maior facilidade de incorporar promoções no plano de inventário.
o Redução de erros.
Riscos
o Complexidade: o sistema de EDI deve ser testado exaustivamente para garantir de que os dados são
confiáveis.
o Aceitação: os funcionários envolvidos nas duas empresas devem conhecer os objetivos e processos do VMI,
já que a relação fornecedor-comprador muda.
o Comunicação: aumenta a dependência de comunicação entre fornecedor e comprador. Devem-se definir
novos processos entre as empresas.
o Excesso ou Falta de Inventário: devem existir regras claras para casos nos quais sobre ou falte material, e
quando o comprador quer mudar os níveis de inventário.
o Tempo: o VMI envolve um tempo de aprendizado considerável. As empresas envolvidas devem ter isto claro
e aceitar a curva de aprendizagem.
o Resistência: os vendedores do fornecedor podem ser contrários a um sistema que tira o poder de venda de
suas mãos.
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http://ogerente.com/logisticando/2007/03/06/conceitos-basicos-de-vmi-–-vendor-
managed-inventory/
0.2 Processo para Implementação do VMI
Publicado em 12/03/2007 por Luiz de Paiva em Armazéns, Colaboração, Inventário
Encontrei neste site um resumo de como executar um programa de Vendor Managed Inventory (VMI). Estou
publicando aqui esta informação, com modificações mínimas. É importante entender que não se trata de um processo
detalhado, e sim de uma visão geral do que envolve implementar e testar um programa destes.
1 – Obter patrocínio da alta gerência para o programa. O compromisso dos líderes é uma peça chave de todo
programa de melhoria. Eles devem conhecer o esforço que será necessário e os recursos que serão investidos.
2 – Obter aceitação dos funcionários. Toda a equipe deve entender claramente qual é o objetivo do programa e seus
benefícios. A forma de funcionamento do VMI deve ser compreendida por cada um que participará do programa direta
ou indiretamente.
3 – Sincronização de arquivos. O fornecedor e o cliente devem ter seus arquivos sincronizados. Isto inclui a atualização
de arquivos velhos, codificação de partes e mudanças no catálogo de produtos. Esta sincronização servirá para que o
sistema fale a mesma língua nas duas pontas.
4 – Teste do EDI. Devem ser feitos testes exaustivos no sistema de intercâmbio de dados, para garantir a correção das
informações transmitidas. As quantidades em estoque no cliente devem estar corretamente refletidas no sistema do
fornecedor. Para isto, há que realizar simulações com diversos itens em diferentes categorias. Normalmente é
necessário fazer vários ajustes no EDI antes de sua aceitação.
5 – Aprovação e Medições. O cliente deve conhecer e estar de acordo com o plano de estocagem do fornecedor. Isto
tem o objetivo de evitar questionamentos futuros como “Porque nos mandaram este material se não era necessário?”.
Não é somente o ponto de reordem que deve ser aprovado, mas também os níveis de serviço, turnos de inventário,
freqüência de entregas e a quantidade padrão de cada pedido (ou a formula que a determinará). Também é importante
definir os indicadores que serão acompanhados entre as empresas.
6 – Histórico de consumo. O cliente deve informar ao fornecedor o seu histórico de consumo de cada parte nos últimos
1-2 anos. Isto permitirá ao fornecedor criar um plano de produção que não esteja baseado somente no histórico de
pedidos do cliente (que pode levar a decisões erradas).
7 – Atualização final. O cliente dá um comando de atualização de todos os itens via EDI para que a posição mais
recente de todos os itens seja refletida no sistema. Com isto é possível testar o VMI em situações reais.
8 – O cliente faz uma venda e registra os dados em seu sistema. Em períodos regulares (diários a semanais), o cliente
envia um comando que atualiza a posição dos itens vendidos no período.
9 – O sistema do fornecedor é atualizado e verifica se o ponto de reordem foi atingido. Caso positivo, um pedido é
criado pelo fornecedor e o comando correspondente é enviado ao cliente. Desta forma o cliente tem conhecimento do
novo pedido. Na fase inicial do VMI, é importante que o cliente revise todos os pedidos emitidos automaticamente para
detectar erros.
10 – O fornecedor prepara o material e gera uma notificação de embarque no sistema, com detalhes sobre o que está
sendo enviado e quando. Ao receber o embarque, o cliente gera uma notificação de recebimento, confirmando a data e
quantidade. Isto permite às empresas identificar divergências e corrigir problemas (no sistema ou na operação).
11 – O fornecedor emite uma nota fiscal pelo sistema, e o fornecedor confirma o pagamento.
http://ogerente.com/logisticando/2007/03/12/processo-para-implementacao-do-vmi/
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1 VMI COMO FORMA EFICIENTE DE REDUÇÃO DO ESTOQUE
Amarildo Nogueira é professor Universitário e palestrante Graduado em Bacharelado em
Sistema de Informação pela Fundação Santo André - FSA.
MBA em Logística Empresarial pela FGV.
Business and Management for Internacional Professional pela Universidade da Califórnia e
pela FGV – Management.
Prof. No curso de Logística na Faculdade Anchieta
e-mail : amarildo.sn@uol.com.br
Com a modernização e o aprimoramento cada vez maior das condições tecnológicas que
temos nos dias de hoje, podemos ter redução do estoque sem que o mesmo comprometa
nosso atendimento.
O VMI é uma ferramenta que possibilita ter em estoque uma quantidade menor de produtos,
que serão reabastecidos conforme a política de estocagem da organização, sem comprometer
o atendimento.
Conforme (Silvio Pires, 2004 p173) por definição de Blatherwick (1998), o termo VMI (Vendor
Managed Inventory – Estoque Gerenciado pelo Fornecedor) foi cunhado no começo dos
anos 1990 nos EUA em projetos implementados por grandes varejistas, como Wal Mart.
Apesar dessa sua origem, a prática logo se popularizou e passou a ser vista por muitas
empresas de manufatura como forma de diminuir, ou frear o crescente poder dos varejistas.
Esta forma de reposição pode ser informatizada utilizando o EDI (Eletronic Data Interchange
– Intercambio Eletrônico de Dados), por e-mail enviando planilhas, ou de forma visual onde o
fornecedor passa em dias pré determinados para verificar se precisa abastecer. Este
abastecimento independente da forma de solicitação ou visualização do mesmo, deve ter
como base o histórico de CMM (Consumo Médio Mensal) para que o fornecedor possa se
programar para atender a necessidade do cliente. Esta ferramenta possibilita a reposição
automática de estoques por parte do fornecedor ao seu respectivo cliente, com base na
demanda real diariamente atualizada e em parâmetros de cobertura previamente definidos.
No VMI é importante que o fornecedor e cliente tenham uma aliança estratégica, trabalhando
em parceria, para que o processo seja realizado da melhor forma possível. O fornecedor tem
a responsabilidade em abastecer o estoque de seu cliente, mas para que isto ocorra sem
muitos problemas é necessário que existam parâmetros acordados entre ambas as partes.
(SILVIO PIRES,2004) sugere quatro elementos necessários para que possa implementar um
VMI em uma Cadeia de Suprimentos, especialmente em um país com dimensões continentais
como o Brasil:
• conhecer a demanda do cliente final (no ponto-de-venda). Porque ela será a
base para o processo de gestão;
• receber as informações com freqüência e a capilaridade necessária, via uma
estrutura TIC ágil e confiável instalada ao longo da Cadeia de Suprimentos;
• existir uma biblioteca de modelos gerenciais de gestão de estoque, de
previsões de vendas e de processos logísticos, tal que possam utilizar modelos
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adequados para se gerenciar as diferentes situações, clientes, produtos, demandas
etc.;
• existir uma ”inteligência gerencial” suficiente para que cada alocação e a
parametrização dos diversos modelos gerenciais disponíveis para as diversas
situações sejam feitas de forma adequada e continuada, sempre respondendo as
eventuais alterações nas condições de contorno impostas ao sistema.
É importante ressaltar que o VMI deve ser implementado quando conhecemos a realidade
dos nossos produtos e os fornecedores que são responsáveis pelo seu reabastecimento
contínuo. Se não existir uma integração entre cliente e fornecedor esta ferramenta não
deverá ser aplicada.
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