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De acordo com o n.º de sujeitos as obrigações classificam-se em individuais ou em plurais.

As individuais são as que têm um sujeito passivo e ativo.

As plurais quando tem sujeitos ativos e passivos.

Dentro da categoria das obrigações plurais existem as obrigações conjuntas ou solidárias.

As obrigações de sujeitos indeterminados, o credor ou devedor não são individualizados do


acto constitutivo. A lei admite excepções: a pessoa do credor pode não ser determinada ab
initio mas sob pena de a obrigação ser nula tem que ser determinadas – Art511

Nos títulos de crédito (cheques, letras, etc) o direito de crédito inscrito no título, quanto é ao
portador (beneficiário) só permite determinar o credor no momento do pagamento, porque o
direito cartular é autónomo da relação originária.

A par destes títulos são também… os bilhetes de espectáculos.

Regime obrigações conjuntas

As obrigações conjuntas são aquelas em que cada um dos credores ou casa um dos devedores
compete, mesmo nas relações externas, uma fracção do direito comum.

O que corresponde a uma pluralidade de vínculos, haverá tantos vínculos quanto o número de
sujeitos.

Salvo convecção em contrário a parte de cada credor e devedor é fixada pelo princípio da
proporcionalidade.

Exemplo: se o credor só pode reclamar ao devedor a sua quota- parte.

Se A e B devem 10.000€, C só pode reclamar a A 5000.

Este é o regime das obrigações civis (as as obrigações são conjuntas o que difere das
comerciais)

Art 513

Regime de Obrigações Solidárias

A solidariedade entre credor e devedor pode resultar da lei ou da contade das partes (regime
excepcional).

Também pode manifestar-se tacitamente Art 217.

A solidariedade passiva legar pode resultar por exemplo de ser garante de uma obrigação, é o
caso do fiador.
Este regime acresce garantias ao credor.

Estes efeitos devem ser olhados a dois níveis:

1. Relações externas
2. Relações Internas

O devedor solidário tem que efectuar a totalidade da prestação – Art 512 + 518 +519

Nada impede que o credor demande conjuntamente os devedires,

Mas mesmo que o credor prescinda da faculdade de exigir a prestação total, não impede de o
devedor pagar na totalidade – Art763, n.º 2

O credor incorre em mora quando recusa em receber a prestação e permite a consignação em


depósito – Art 841

O regime da solidariedade não impede o credor de demandar conjuntamente os devedores


solidários. E o credor pode ainda renunciar a solidariedade de devedores exigindo a totalidade
da dívida a um dos devedores, por exemplo Art 527º.

Se judicialmente o credor exigir a um a totalidade fica impedido de exigir a outro excepto se


estiver insolvente e, neste caso, pode demandar a outros devedores.

Efeito da solidariedade passiva quanto aos devedores

Desde que um dos devedores satisfaça o crédito do credor os outros devedores ficam
exonerados – Art 523

Contrato Novação – Art 857 + 859

Os devedores que tornam a prestação impossível são solidários e só aquele que torna a
prestação impossível é que responde solidariamente – Art 520.

Relativamente aos danos causados por aqueles que tornam a prestação impossível são
responsáveis perante o credor.

O mesmo regime se aplica à mora, ficando responsável pelos juros.

Cada devedor pode opor ao credor excepções de incumprimento mas não pode valer-se das
excepções dos outros, só pode invocar excepções comuns – Art 514

Quanto ao mecanismo de compensação, se for usado por um deles é oponível a um deles – Art
851, n.º 2

Quanto à prescrição, ela ocorre autonomamente a cada um dos devedores.

Se for interrompida, tem direito de regresso.


O regime do Art 521, n.º1. Se um deles não tiver invocado a prescrição não tem o direito sobre
os outros.

Remissão – Art 863

(renunciar)

A, B, e C devem 30.000€ a D.

D remite a dívida a A.

No mecanismo da remissão, se o credor remite a divida a um dos devedores e reservar o seu


direito por inteiro a um dos devedores, respondem por inteiro mas estes tem direito de
regresso.

Se o credor não reservou o direito por inteiro, os devedores respondem pela sua parte.

Confusão – Art 868

A figura do devedor e credor confunde-se na mesma pessoa

Na mesma pessoa reúne-se o credor e devedor logo a divida extingue-se.

Ex: A, B e C são devedores solidários de D no valor de 30.000€

D morre e A é herdeiro de D, significa que A só pode exigir a B e C os 20.000€, pois quanto à


sua parte houve confusão.

Aquele que diante os deveres solidários satisfazem o credor tem o drt de regresso.

No caso de um dos devedores estar em situação de insolvência a sua quota-parte reparte.

Se o devedor não invocou a prescrição já não pode fazer valer o seu direito de regresso em
relação aos outros. Art 521

Em sede de direito de regresso os co-devedores podem fazer valer contra o devedor/credores


os meios de defesa que tem contra – Art 522º

O caso julgado pode ser oposto desde que o fundamento não respeita pessoalmente aquele
devedor.

No caso de uma insolvência de um dos devedores, a quota-parte desse devedor divide-se


proporcionalmente pelos demais.

Se o devedor do direito de regresso não tiver cobrado o direito de regresso por culpa sua, não
aproveita a repartição, não pode exigir dos outros – Art 526

O devedor que pagou tem direito de regresso quanto aos demais mesmo quando a divida já
esteja prescrita a menos que o devedor…
No caso do credor ter remido a divida de um dos credores não impede- Art 864

Efeitos da solidariedade Ativa

Cada um dos credores tem o direito de exigir a prestação total.

Os credores solidários podem accionar o devedor em conjunto, se houver indemnização. O


regime também é solidário.

O devedor relativamente ao caso julgado – Art 531

A satisfação de um dos devedores aproveita todos.

Antes da partilha os herdeiros ocupam a posição de credor, se houver dividas à herança.

Quanto aos devedores a satisfação da prestação aos credores extingue-se a divida e o devedor
escolhe – Art 528, n.º 1 e Art 532

Se o devedor satisfaz prestação ao credor se for citado judicialmente – Art 528, n.º 2

O devedor pode opor-se a cada um dos credores os meios de defesa a cada um deles
relativamente a um credor determinado é em relação aquele que respeita – Art 514º

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