Você está na página 1de 6

UNIARP - Curso de Engenharia – 4ª. Fase – Trab.

de Cálculo IV
Nome(s):________________________________________Data:_______Nota:___
1)Usando os critérios de Comparação, de D’Alambert, de Cauchy, de Leibnitz e verifique se as
séries são convergentes ou não.

3𝑛2 −2𝑛
a)∑ (2𝑛2 +2𝑛−5)𝑛
n=1


(−1)𝑛 (𝑛+4)
b)∑( )
2𝑛
n=1


3𝑛
c)∑(3𝑛−4)
n=1


𝑛2 +2𝑛
d)∑(4𝑛3 +3𝑛+3 )
n=1


(−1)𝑛 (𝑛)
e)∑( 2𝑛2 +3
)
n=1


𝑛
f)∑ ( 2𝑛 )
n=1


1
g)∑ ( 2 – e-n)n
n=1

2)Determinar o raio e o intervalo de convergência das séries:



2𝑛 𝑥 𝑛
a)∑ 7𝑛 (𝑛2 +4)
n=0


6(𝑥−3)𝑛
b)∑ 𝑛2 +5
n=0


3𝑛 (𝑥+1)𝑛
c)∑
𝑛2 − 3
n=0


5𝑛 𝑥 𝑛
d)∑ 9𝑛 (𝑛2 +1)
n=0


3𝑛 𝑥 𝑛
e)∑ 2𝑛 (𝑛2 −1)
n=0

3)Descreve o processo para determinar o intervalo e o raio de convergência de uma série de potências.

Obs. O Trabalho pode ser entregue até por 3(três) acadêmicos.


SÉRIES DE FOURIER

Jean-Baptiste Joseph Fourier (1768-1830) físico, matemático e


engenheiro francês. Estudou sistematicamente as séries infinitas, na tentativa de
resolver a equação de onda. Em 1811, em sua obra Teoria Matemática da
Condução do Calor, Fourier explicitou os coeficientes de tais séries (que ficaram
conhecidos como coeficientes de Fourier), embora Euler já conhecesse o formato
dos mesmos e escreveu as séries de senos e cossenos de várias funções.

As séries de Fourier são capazes de representar uma família de funções


periódicas envolvendo tanto funções contínuas como não contínuas. As séries
de Fourier são utilizadas na resolução de equações diferenciais parciais, como a
equação da onda, do calor, problemas envolvendo a equação de Laplace e
problemas concretos de Mecânica e de Física.

Por que aproximar uma função por uma função dada por senos e
cossenos? Para facilitar o tratamento matemático do modelo, uma vez que as
funções trigonométricas seno e cosseno são periódicas de período de 2𝜋,
contínuas, limitadas e de classe C∞, ou seja, são infinitamente diferenciáveis.

Funções periódicas - Uma função f: ℝℝ é periódica de período


fundamental P se f(x + P) = f(x), ∀x, P> 0.

Exemplos:
Representar graficamente as funções:
1) f(x) = sen(x), função de período fundamental P = 2π;
2) f(x) = cos(x), função de período fundamental P = 2π;
3) f(x) = 5, função de período fundamental P = k, k > 0;
4) f(x) = onda triangular, de período fundamental P = 2.

Como as funções sen(x) e cos(x) são 2π-periódicas, tem-se que:


sen(x) = sen(x + 2π) = sen(x + 4π) = sen(x + 6π) = …
cos(x) = cos(x + 2π) = cos(x + 4π) = cos(x + 6π) = ...

Funções periódicas surgem em uma grande variedade de problemas


físicos, tais como as vibrações de uma corda, o movimento dos planetas em
torno do sol, a rotação da terra em torno do seu eixo, o movimento do pêndulo, a
corrente alternada em circuitos elétricos, as marés e os movimentos ondulatórios
em geral.
SÉRIES TRIGONOMÉTRICAS
Definição: Chama-se a série trigonométrica a uma série da
forma a0/2 + a1cos (x) + b1sen(x) + a2cos(2x) + b2sen(2x) + ... ou, sob
uma forma mais compacta.

a0/2 + ∑[ancos (nx) + bnsen(nx)] (1)
n=1

ou

𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
ao/2 + ∑[ancos ( ) + bnsen( )] (2)
𝐿 𝐿
n=1

Obtém-se a forma (2) através de uma transformação linear que leva um


intervalo de amplitude 2L em um intervalo de amplitude 2π.

Em (1) ou (2), para cada n temos um harmônico da série e a0, an e bn


são os coeficientes da série.
a0: constante
an = f(n) e bn = f(n): sequências infinitas.

2(−1)𝑛
Exemplo: an = =
𝑛𝜋

Se a série (1) convergir, a sua soma é uma função periódica f(x) de


período 2π, dado que sen(nx) e cos(nx) são funções periódicas de período 2π.

Determinação dos coeficientes da série por meio das fórmulas de Fourier

Supõe-se que a função f(x), periódica e de período 2π, pode ser


representada por uma série trigonométrica convergente para f(x) no intervalo
(-π, π), isto é, que seja a soma desta série:

f(x) = ao/2 + ∑[ancos(nx) + bnsen(nx)]
n=1

A série (1) é, então, majorável e pode ser integrada termo a termo de –π


a π. Integrem-se os dois membros da igualdade (1) de –π a π.

∫ f(x)δx = ∫ a0 δx/2 + ∑ [ ∫ ancos(nx) δx + ∫bnsen(nx) δx)]
n=1
donde vem para calcular a0 = 1/π ∫ f(x) δx (I) para calcular os outros coeficientes
da série vem ak = 1/π ∫ f(x) cos (kx) δx (II) e para bk = 1/π ∫ f(x) sen (kx) δx(III).
Os coeficientes definidos pelas fórmulas (I), (II) e (III) chamam-se coeficientes de
Fourier da função f(x) e a série trigonométrica (1) formada com estes coeficientes
é a Série de Fourier da função f(x).

Voltemos, agora, ao problema posto no princípio, em que: quais as


propriedades que deve possuir a função f(x) para que a série de Fourier
convirja e que a sua soma seja igual aos valores da função nos pontos
considerados?

Uma função f(x) diz-se monótona por corte sobre o segmento [a, b] se se
puder decompor esse segmento pelos pontos x1, x2, ...,xn-1, num número
finito de intervalos (a, x1), (x1, x2)...(xn-1, b) de modo que a função seja
monótona em cada intervalo, isto é, que seja ou não crescente ou não
decrescente.

Resulta da definição que se f(x) for monótona por corte e limitada no


segmento [a, b], apenas pode ter pontos de descontinuidade de primeira
espécie. Com efeito, se x = c é um ponto de descontinuidade para a função
f(x), tem-se, em virtude da monotonia da função,

lim f(x) = f(c – 0), lim f(x) = f(C + 0)


xc-o x c+o

isto é, que o ponto c é um ponto de descontinuidade de primeira espécie,


conforme a figura.

Teorema:Se a figura periódica f(x) de período 2π é monótona por corte e


limitada no segmento [-π, π], a sua série Fourier converge em todos os
pontos. A soma da série obtida s(x) é igual ao valor da função f(x) nos pontos
de continuidade. Nos pontos de descontinuidade de f(x) a soma da série é
igual à média aritmética dos limites da função à esquerda e à direita; isto é,
se x = c for um ponto de descontinuidade de f(x)

s(x)x=c = (f(c – o) + f(c+ o))÷2

Este teorema mostra que a classe das funções representáveis por


séries de Fourier é bastante lacta.
SÉRIES DE POTÊNCIAS

As séries de potências são séries de funções que aparecem


com mais frequência nos problemas de engenharia. Por isso deve-se
dar atenção especial ao seu estudo.

Definição: denomina-se série de potências a toda série escrita na forma



⅀ cnxn, com coeficientes constantes cn.
n=0


Quando numa série de potências ⅀ cnxn, a variável x for substituída por
n=0

um valor numérico obtém-se uma série de números que pode convergir ou


não. Isso leva ao problema de determinar o conjunto de valores de x nos quais
uma dada série de potências converge, esse é o conjunto de convergência.

Teorema: para cada série de potências em x, exatamente uma


das seguintes afirmações é verdadeira:

a)A série converge somente em x = 0.


b)A série converge absolutamente em todos o valores reais a x.
c)A série converge absolutamente em todos x de algum
intervalo aberto finito(-R, R), e diverge se x< - R ou x>R. Em cada
um dos pontos x = R ou x = - R, a série pode convergir
absolutamente, convergir condicionalmente, ou divergir,
dependendo da série considerada.

Se uma série de potência ⅀ cnxn, converge para um valor x0 não nulo, en-
n=0

tão converge para todo |𝒙| < | x0|.

Este teorema afirma que o conjunto de convergência para uma série de


potências em x é sempre um intervalo centrado em x = 0. Por essa razão, o
conjunto de convergência de uma série de potências em x é chamado de
intervalo de convergência. No caso em que o conjunto de convergência é o
único ponto x = 0, diz-se que a série tem raio de convergência 0, no caso em
que o conjunto de convergência é (- ∞, + ∞) diz-se que a série tem raio de
convergência + ∞ e no caso em que o conjunto de convergência estende-se de
–R a R, diz-se que a série tem raio de convergência R.

Processo para determinar o intervalo e o raio de convergência de


uma série de potências.

Os procedimentos usuais para determinar o intervalo de


convergência de uma série de potências são: aplicar o critério de
D’Alambert ou da razão, aplicar o critério da Comparação, aplicar o
critério de Leibnitz para as séries alternadas.

Série de potências em termos de (x – a)


Definição: denomina-se série de potências de (x – a) a série ⅀un(x – a)n
n=0

para obter o raio e o intervalo de convergência das séries (x – a) basta fazer



z = (x – a) e encontrar o intervalo de convergência para a série ⅀ unzn.
n=0

Após substituir z por (x – a) na inequação - R< z < R.

Você também pode gostar