Você está na página 1de 14

Mateus

Jesus é o prometido Messias

TÍTULO
Mateus, que significa “presente do Senhor”, era o outro nome de Levi (9:9), o
publicano que deixou tudo para seguir a Cristo (Lc 5:27­28). Mateus foi um
dos  doze  apóstolos  (10:3;  Mc  3:18;  Lc  6:15;  At  1:13).  Em  sua  própria  lista
dos Doze, ele chama a si mesmo explicitamente de “o publicano” (10:3). Em
nenhum outro lugar da Escritura o nome de Mateus está associado ao termo
“publicano”;  os  outros  evangelistas  sempre  empregam  o  seu  antigo  nome,
Levi,  quando  se  referem  ao  seu  passado  pecaminoso.  Isso  é  prova  de
humildade  por  parte  de  Mateus.  Como  acontece  com  os  outros  três
Evangelhos, esse livro é conhecido pelo nome do seu autor.

AUTOR E DATA
Nem  a  canonicidade  e  nem  o  fato  de  esse  Evangelho  ter  sido  escrito  por
Mateus foram desafiados pela igreja primitiva. Eusébio (por volta de 265­339
d.C.) cita Orígenes (185­254 d.C., aproximadamente):

Entre os quatro Evangelhos, que são os únicos indiscutíveis na Igreja de
Deus  debaixo  do  céu,  aprendi  pela  tradição  que  o  primeiro  foi  escrito
por Mateus, que havia sido publicano, mas que posteriormente tornou­se
apóstolo  de  Jesus  Cristo,  e  foi  preparado  para  os  convertidos  do
judaísmo (História eclesiástica, 6:25).

Está claro que esse Evangelho foi escrito numa data relativamente antiga
— antes da destruição do templo em 70 d.C. Alguns estudiosos propuseram
datas  como  50  d.C.  Veja  uma  discussão  mais  ampla  sobre  algumas  das
questões  relacionadas  à  autoria  e  à  datação  desse  Evangelho,  especialmente
“O problema sinótico” na Introdução a Marcos.

CENÁRIO E CONTEXTO

414
O tom judaico do Evangelho de Mateus é notável, e isso já fica evidente logo
na  genealogia  de  abertura,  que  Mateus  remonta  somente  até  Abraão.  Em
contrapartida,  objetivando  mostrar  Cristo  como  o  redentor  da  humanidade,
Lucas prossegue até chegar a Adão. O propósito de Mateus é, de certo modo,
mais  estreito:  demonstrar  que  Cristo  é  o  Rei  e  o  Messias  de  Israel.  Esse
Evangelho  faz  mais  de  sessenta  citações  de  passagens  proféticas  do  AT,
enfatizando como Cristo é o cumprimento de todas elas.
A  probabilidade  de  que  o  público  de  Mateus  fosse  predominantemente
judaico  fica  ainda  mais  evidente  a  partir  de  diversos  fatos:  Mateus
normalmente  cita  os  costumes  judaicos  sem  explicá­los,  diferentemente  dos
outros  Evangelhos  (cf.  Mc  7:3;  Jo  19:40).  Ele  se  refere  constantemente  a
Cristo  como  o  “Filho  de  Davi”  (1:1;  9:27;  12:23;  15:22;  20:30;  21:9,15;
22:42,45).  Mateus  inclusive  respeita  a  sensibilidade  judaica  em  relação  ao
nome de Deus, usando a expressão “reino dos céus”, ao passo que os outros
evangelistas  falam  do  “reino  de  Deus”.  Todos  os  principais  temas  do  livro
estão baseados no AT e são abordados à luz das expectativas messiânicas de
Israel.
O  uso  que  Mateus  faz  do  idioma  grego  pode  sugerir  que  ele  estava
escrevendo  na  condição  de  judeu  palestino  para  judeus  helenistas  de  outros
lugares. Ele escreveu como testemunha ocular de muitos dos acontecimentos
que descreveu, dando testemunho de primeira mão sobre as palavras e obras
de Jesus de Nazaré.
Seu propósito é claro: demonstrar que Jesus é o tão esperado Messias da
nação  judaica.  A  abundância  das  citações  do  AT  é  especialmente  planejada
para  demonstrar  o  elo  entre  o  Messias  da  promessa  e  o  Cristo  da  História.
Esse propósito nunca sai do foco de Mateus e ele até mesmo acrescenta vários
detalhes  incidentais  das  profecias  do  AT  como  prova  das  declarações
messiânicas  de  Jesus  (por  exemplo:  2:17­18;  4:13­15;  13:35;  21:4­5;  27:9­
10).

PRINCIPAIS PERSONAGENS
Jesus — o prometido Messias e Rei dos judeus (1:1—28:20).
Maria — a mãe de Jesus, o Messias (1:1—2:23; 13:55).
José — marido de Maria e descendente de Davi; transferiu a linhagem
real para Jesus (1:16—2:23).
João Batista  —  profeta  e  precursor  que  anunciou  a  vinda  de  Cristo
(3:1­15; 4:12; 9:14; 11:2­19; 14:1­12).
Os  doze  discípulos  —  Simão  Pedro,  André,  Tiago,  João,  Filipe,
Bartolomeu,  Tomás,  Mateus,  Tiago  (filho  de  Alfeu),  Tadeu,  Simão,

415
Judas Iscariotes; doze homens escolhidos por Jesus para auxiliá­lo em
seu ministério na terra (4:18­22; 5:1; 8:18­27: 9:9—28:20).
Líderes  religiosos  —  eram  os  fariseus  e  os  saduceus;  dois  grupos
religiosos unidos pelo ódio a Jesus (3:7­10; 5:20; 9:11­34; 12:10­45;
15:1­20; 16:1­12; 19:1­9; 21:23—28:15).
Caifás  —  sumo  sacerdote  e  líder  dos  saduceus;  realizou  um
julgamento ilegal que levou à morte de Jesus (26:3­4,57­68).
Pilatos — governador romano que ordenou a crucificação de Jesus no
lugar de Barrabás (27:1­65).
Maria Madalena — seguidora devota de Jesus; primeira pessoa a vê­
lo depois da ressurreição (27:56—28:11).

TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS
Uma vez que Mateus está preocupado em proclamar Jesus como Messias, o
Rei  dos  Judeus,  um  interesse  pelas  promessas  do  reino  constantes  do  AT
transparece  ao  longo  de  todo  esse  Evangelho.  A  expressão  que  marca  a
assinatura de Mateus — “o reino dos céus” — ocorre 32 vezes nesse livro (e
em nenhum outro lugar da Escritura).
A genealogia de abertura é feita de modo a apresentar as credenciais de
Cristo  como  rei  de  Israel,  e  o  restante  do  livro  completa  esse  tema.  Mateus
demonstra que Cristo é o herdeiro da linhagem real e, também, que Cristo é o
cumprimento de dezenas de profecias do AT com relação ao rei que viria. Ele
oferece  prova  atrás  de  prova  para  estabelecer  a  prerrogativa  real  de  Cristo.
Todos os outros temas históricos e teológicos do livro giram em torno deste.

PALAVRAS­CHAVE

Jesus:  em  grego,  lēsous  —  1:1;  4:23;  8:22;  11:4;  19:1;  24:1;  26:52;  27:37  —,  equivalente  ao  nome  hebraico
Yeshua (Josué), literalmente, “o Senhor salvará”. Nos dias do AT, o nome Jesus era um nome judeu comum (Lc
3:29;  Cl  4:11),  no  entanto,  seu  significado  expressa  a  obra  redentora  de  Jesus  na  terra.  O  anjo  enviado  a  José
afirmou  a  importância  do  nome  de  Jesus:  “porque  ele  salvará  o  seu  povo  dos  seus  pecados”  (1:21).  Depois  de
Jesus  ter  se  sacrificado  pelos  pecados  de  seu  povo  e  ressuscitado  dentre  os  mortos,  os  primeiros  apóstolos  o
proclamaram como o único Salvador (At 5:31; 13:23).

Cristo: em grego, Christos — 1:1,18; 2:4; 11:2; 16:20; 23:8; 26:68; 27:22 —, significa literalmente “o Ungido”.
Muitos  falam  de  Jesus  Cristo  sem  perceber  que  o  título  Cristo  é,  na  verdade,  uma  confissão  de  fé.  Messias,  o
equivalente hebraico para Cristo, foi usado no AT para se referir a profetas (1Rs 19:16), sacerdotes (Lv 4:5,16) e
reis (1Sm 24:6,10), no sentido de que todos eles eram ungidos com óleo. Essa unção simbolizava uma dedicação
divina ao ministério. Jesus Cristo, como o Ungido, seria o Profeta, Sacerdote e Rei supremo (Is 61:1; Jo 3:34).
Com  sua  confissão  dramática,  “Tu  és  o  Cristo,  o  Filho  do  Deus  vivo”  (16:16),  Pedro  declarou  sua  fé  em  Jesus
como o prometido Messias.

416
Bem­aventurado:  em  grego,  makarios  —  5:3­5,11;  16:17;  24:46  —,  significa  literalmente  “feliz”.  Esse  termo
aparece  na  literatura  clássica  grega,  na  Septuaginta  (a  tradução  grega  do  AT)  e  no  NT  para  descrever  o  tipo  de
felicidade que vem apenas de Deus. No NT, makarios é normalmente escrito na forma passiva: Deus é aquele que
abençoa alguém ou o torna bem­aventurado.

Reino  dos  céus:  em  grego,  hē  Basileia  tōn ouranōn  —  3:2;  4:17;  5:3,10;  10:7;  25:1  —,  significa  literalmente
“reino de Deus”. A fim de demonstrar respeito e honra, os judeus evitavam dizer o nome de Deus em voz alta. Em
vez disso, muitas vezes usavam a palavra céus como alternativa para se referir a Deus, uma vez que ela também
aponta  para  o  reino  de  Deus.  Jesus  proclamou  seu  reino  como  residente  no  coração  de  seu  povo.  Esse  reino
espiritual exigia arrependimento interior, e não apenas submissão exterior; fornecia libertação do pecado, em vez
da libertação política que muitos judeus desejavam.

Mateus registra cinco grandes sermões: o sermão da montanha (capítulos
5 a 7), o comissionamento dos apóstolos (capítulo 10), as parábolas sobre o
reino  (capítulo  13),  um  sermão  sobre  a  semelhança  do  crente  com  uma
criança  (capítulo  18)  e  o  sermão  sobre  a  segunda  vinda  (capítulos  24  e  25).
Cada sermão termina com alguma variação da frase “Quando Jesus acabou de
dizer  essas  coisas”  (7:28;  11:1;  13:53;  19:1;  26:1).  Isso  se  torna  um  padrão
que  sinaliza  o  início  de  uma  nova  seção  narrativa.  Uma  longa  seção  de
abertura (capítulos 1 a 4) e uma breve conclusão (28:16­20) servem de capa
para esse Evangelho, que se divide naturalmente em cinco partes, cada uma
com um sermão e uma seção narrativa. Alguns veem um paralelo entre essas
cinco partes e os cinco livros de Moisés no AT.
O conflito entre Cristo e o farisaísmo é outro tema comum no Evangelho
de Mateus, mas ele se propõe a mostrar o erro dos fariseus em benefício do
público  judaico,  e  não  por  razões  pessoais  ou  de  engrandecimento  próprio.
Mateus  omite,  por  exemplo,  a  parábola  do  fariseu  e  do  publicano,  muito
embora essa parábola o colocasse sob uma luz favorável.
Mateus  também  menciona  os  saduceus  com  mais  frequência  do  que
qualquer  outro  Evangelho.  Tanto  os  fariseus  como  os  saduceus  são
geralmente  retratados  de  maneira  negativa  e  mostrados  para  servir  de
advertência. A doutrina deles é um fermento que deve ser evitado (16:11­12).
Embora  esses  grupos  fossem  doutrinariamente  opostos  um  ao  outro,  eles
estavam  unidos  no  ódio  a  Cristo.  Para  Mateus,  eles  simbolizavam  todos
aqueles em Israel que rejeitavam a Cristo como Rei.
A  rejeição  ao  Messias  de  Israel  é  outro  tema  constante  de  Mateus,  pois
em  nenhum  outro  Evangelho  os  ataques  contra  Jesus  são  retratados  de
maneira  tão  forte  como  aqui.  Desde  a  fuga  do  Egito  até  a  cena  da  cruz,
Mateus pinta um retrato mais vivo da rejeição a Cristo do que qualquer outro
evangelista; em seu relato sobre a crucificação, por exemplo, nenhum ladrão
se  arrepende  e  nenhum  amigo  ou  ente  querido  é  visto  aos  pés  da  cruz.  Na
morte de Cristo, ele é abandonado até mesmo por Deus (27:46). A sombra da
rejeição nunca é retirada da história.

417
Ainda  assim,  Mateus  o  retrata  como  um  rei  vitorioso  que  um  dia  virá
“nas nuvens do céu com poder e grande glória” (24:30).

PRINCIPAL DOUTRINA
Jesus é o Messias — também chamado de Cristo; profetizado no AT
como o tão esperado Salvador que morreria pelos pecados do mundo
(2:17­18;  4:13­15;  13:35;  21:4­5;  27:9­10;  Gn  49:10;  Dt  18:15­18;
2Sm 7:12­14; Is 52:13—53:12; Dn 9:26; Mq 5:2­5; Mc 1:1; Lc 23:2­
3; Jo 4:26; At 18:28).

O CARÁTER DE DEUS
Deus é acessível — 6:6; 27:51.
Deus é bom — 5:45; 19:17.
Deus é santo — 13:41.
Deus é longânimo — 23:37; 24:48­51.
Deus é perfeito — 5:48.
Deus é poderoso — 6:13; 10:28; 19:26; 22:29.
Deus é providente — 6:26,33­34; 10:9,29­30.
Deus é incomparável — 19:17.
Deus é o único Deus — 4:10; 19:17.
Deus é sábio — 6:8,18; 10:29­30; 24:36.
Deus se ira — 10:28; 25:41.

DESAFIOS DE INTERPRETAÇÃO
Um desafio é o cronograma de Mateus. Uma comparação entre os Evangelhos
revela  que  Mateus  coloca  os  fatos  livremente  fora  de  ordem.  Em  geral,  ele
apresenta  uma  abordagem  temática  à  vida  de  Cristo  baseada  nos  cinco
sermões de Jesus:

O sermão da Montanha (capítulos 5 a 7).
O comissionamento dos apóstolos (capítulo 10).
As parábolas do reino (capítulo 13).
A semelhança do crente com uma criança (capítulo 18).
O sermão sobre a segunda vinda (capítulos 24 e 25).

418
Mateus  não  faz  qualquer  tentativa  de  seguir  uma  cronologia  rígida.  Ele
lida  com  temas  e  conceitos  amplos,  sem  estabelecê­la.  Já  os  Evangelhos  de
Marcos e Lucas seguem uma ordem cronológica mais precisa. As passagens
proféticas  apresentam  um  desafio  interpretativo  em  particular.  O  sermão  no
monte  das  Oliveiras,  por  exemplo,  contém  alguns  detalhes  que  evocam
imagens da destruição violenta de Jerusalém em 70 d.C. As palavras de Jesus
em 24:34 têm levado alguns a concluir que todas as coisas foram cumpridas
— ainda que não literalmente — na conquista romana ocorrida naquela era,
forçando o intérprete a encontrar nessas passagens sentidos espiritualizados e
alegóricos. A abordagem correta é analisar o contexto histórico e a gramática,
o  que  gera  uma  interpretação  consistentemente  futurística  de  profecias
cruciais (veja a seção “Respostas para perguntas difíceis” para mais detalhes
sobre essa questão).

CRISTO EM MATEUS
Mateus escreve principalmente aos judeus, defendendo Jesus como Rei e Messias de Israel. Ao citar em seu
Evangelho passagens proféticas do AT mais que sessenta vezes, ele enfatiza como Cristo, sendo o Messias, é
o  cumprimento  de  todas  elas.  Mateus  demonstra  a  realeza  de  Cristo  ao  se  referir  constantemente  a  ele  por
“Filho de Davi” (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30; 21:9,15; 22:42,45).

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Parábola Mateus Marcos Lucas

1. Candeia debaixo de uma vasilha 5:14­16 4:21­22 8:16­


17;
11:33­
36

2. O homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha e o insensato que 7:24­27 6:47­49


construiu a sua casa sobre a areia

3. O remendo de pano novo em roupa velha 9:16 2:21 5:36

4. Vinho novo em vasilha de couro velha 9:17 2:22 5:37­38

5. O semeador 13:3­23 4:2­20 8:4­15

6. O joio 13:24­
30

7. O grão de mostarda 13:31­ 4:30­32 13:18­


32 19

8. O fermento 13:33 13:20­


21

9. O tesouro escondido 13:44

419
10. A pérola de grande valor 13:45­
46

11. A rede 13:47­
50

12. A ovelha perdida 18:12­ 15:3­7


14

13. O servo impiedoso 18:23­
35

14. Os trabalhadores na vinha 20:1­16

15. Os dois filhos 21:28­
32

16. Os lavradores perversos 21:33­ 12:1­12 20:9­19


45

17. O banquete de casamento 22:2­14

18. A figueira 24:32­ 13:28­ 21:29­


44 32 33

19. As dez virgens insensatas e prudentes 25:1­13

20. Os talentos 25:14­
30

21. A semente que germina 4:26­29

22. O homem que sai de viagem 13:33­
37

23. O credor e os dois devedores 7:41­43

24. O bom samaritano 10:30­
37

25. O amigo importuno 11:5­13

26. O rico insensato 12:16­
21

27. Os servos vigilantes 12:35­
40

28. O servo fiel e o servo perverso 12:42­
48

29. A figueira estéril 13:6­9

30. O grande banquete 14:16­
24

31. Construir uma torre e o rei que pretendia sair à guerra 14:25­
35

420
32. A moeda perdida 15:8­10

33. O filho perdido 15:11­
32

34. O administrador astuto 16:1­13

35. O rico e Lázaro 16:19­
31

36. Servos inúteis 17:7­10

37. A viúva persistente 18:1­8

38. O fariseu e o publicano 18:9­14

39. As dez minas 19:11­
27

ESBOÇO
I. (Prólogo) O Advento do Rei (1:1—4:25)

A.  Seu nascimento (1:1—2:23)
1.  Sua linhagem (1:1­17)
2.  Sua chegada (1:18­25)
3.  A adoração que recebeu (2:1­12)
4.  Seus adversários (2:13­23)
B.  Seu ingresso público no ministério (3:1—4:25)
1.  Seu precursor (3:1­12)
2.  Seu batismo (3:13­17)
3.  Sua tentação (4:1­11)
4.  Seu ministério inicial (4:12­25)

II. A autoridade do Rei (5:1—9:38)

A.  Primeiro Sermão: o sermão da montanha (5:1—7:29)
1.  Retidão e felicidade (5:1­12)
2.  Retidão e discipulado (5:13­16)
3.  Retidão e a Escritura (5:17­20)
4.  Retidão e moralidade (5:21­48)
5.  Retidão e prática religiosa (6:1­18)
6.  Retidão e coisas materiais (6:19­34)
7.  Retidão e relações humanas (7:1­12)
8.  Retidão e salvação (7:13­29)
B.  Primeira narrativa: os milagres autenticadores (8:1—9:38)

421
1.  A cura de um leproso (8:1­4)
2.  A cura do servo do centurião (8:5­13)
3.  A cura da sogra de Pedro (8:14­15)
4.  Multidões são curadas (8:16­22)
5.  Os ventos e o mar são repreendidos (8:23­27)
6.  A cura de dois endemoninhados (8:28­34)
7.  Um paralítico é curado e perdoado (9:1­8)
8.  Um publicano é chamado (9:9­13)
9.  Uma pergunta é respondida (9:14­17)
10.  Uma menina é ressuscitada (9:18­26)
11.  Dois homens cegos são curados (9:27­31)
12.  Um mudo fala (9:32­34)
13.  As multidões são vistas com compaixão (9:35­38)

III. O objetivo do Rei (10:1—12:50)

A.  Segundo sermão: o comissionamento dos Doze (10:1­42)
1.  Os homens do Mestre (10:1­4)
2.  O envio dos discípulos (10:5­23)
3.  Sinais do discipulado (10:24­42)
B.  Segunda narrativa: a missão do Rei (11:1—12:50)
1.  A identidade de Jesus é declarada pelos discípulos
de João (11:1­19)
2.  Ais lançados sobre os impenitentes (11:20­24)
3.  Descanso oferecido aos cansados (11:25­30)
4.  Senhorio sobre o sábado é declarado (12:1­13)
5.  Oposição fomentada pelos líderes judaicos (12:14­
45)
6.  Relacionamentos  eternos  definidos  pela  linhagem
espiritual (12:46­50)

IV. Os adversários do Rei (13:1—17:27)

A.  Terceiro sermão: as parábolas do reino (13:1­52)
1.  Os tipos de solo (13:1­23)
2.  O trigo e o joio (13:24­30,34­43)
3.  O grão de mostarda (13:31­32)
4.  O fermento (13:33)
5.  O tesouro escondido (13:44)
6.  A pérola de grande valor (13:45­46)

422
7.  A rede (13:47­50)
8.  O dono de uma casa (13:51­52)
B.  Terceira narrativa: o conflito do reino (13:53—17:27)
1.  Nazaré rejeita o Rei (13:53­58)
2.  Herodes manda matar João Batista (14:1­12)
3.  Jesus alimenta os cinco mil (14:13­21)
4.  Jesus caminha sobre as águas (14:22­33)
5.  Multidões buscam cura (14:34­36)
6.  Os escribas e fariseus desafiam Jesus (15:1­20)
7.  Uma mulher cananeia demonstra fé (15:21­28)
8.  Jesus cura as multidões (15:29­31)
9.  Jesus alimenta os quatro mil (15:32­39)
10.  Os fariseus e saduceus pedem um sinal (16:1­12)
11.  Pedro confessa a Cristo (16:13­20)
12.  Jesus prediz a sua morte (16:21­28)
13.  Jesus revela a sua glória (17:1­13)
14.  Jesus cura um jovem (17:14­21)
15.  Jesus profetiza a sua traição (17:22­23)
16.  Jesus paga o imposto do templo (17:24­27)

V. A administração do Rei (18:1—23:39)

A.  Quarto  sermão:  a  semelhança  do  crente  com  uma  criança


(18:1­35)
1.  Um chamado a ter fé como uma criança (18:1­6)
2.  Uma advertência contra os escândalos (18:7­9)
3.  A parábola da ovelha perdida (18:10­14)
4.  Um padrão para a disciplina na igreja (18:15­20)
5.  Uma lição sobre o perdão (18:21­35)
B.  Quarta narrativa: o ministério em Jerusalém (19:1—23:39)
1.  Algumas lições do Rei (19:1—20:28)
a.  Sobre o divórcio (19:1­10)
b.  Sobre o celibato (19:11­12)
c.  Sobre os filhos (19:13­15)
d.  Sobre entrega (19:16­22)
e.  Sobre quem pode ser salvo (19:23­30)
f.  Sobre a igualdade no reino (20:1­16)
g.  Sobre a sua morte (20:17­19)
h.  Sobre a verdadeira grandeza (20:20­28)
2.  Alguns feitos do Rei (20:29—21:27)

423
a.  Ele cura dois cegos (20:29­34)
b.  Ele recebe adoração (21:1­11)
c.  Ele purifica o templo (21:12­17)
d.  Ele amaldiçoa uma figueira (21:18­22)
e.  Ele responde a um desafio (21:23­27)
3.  Algumas parábolas do Rei (21:28—22:14)
a.  Os dois filhos (21:28­32)
b.  Os maus lavradores (21:33­46)
c.  A festa das bodas (22:1­14)
4.  Algumas respostas do Rei (22:15­46)
a.  Aos  herodianos,  sobre  o  pagamento  de
impostos (22:15­22)
b.  Aos  saduceus,  sobre  a  ressurreição
(22:23­33)
c.  Aos  escribas,  sobre  o  primeiro  e  grande
mandamento (22:34­40)
d.  Aos fariseus, sobre o maior filho de Davi
(22:41­46)
5.  Alguns pronunciamentos do Rei (23:1­39)
a.  Ai dos escribas e dos fariseus (23:1­36)
b.  Ai de Jerusalém (23:37­39)

VI. A expiação do Rei (24:1—28:15)

A.  Quinto  sermão:  o  sermão  do  monte  das  Oliveiras  (24:1—


25:46)
1.  A destruição do templo (24:1­2)
2.  O sinal do fim dos tempos (24:3­31)
3.  A parábola da figueira (24:32­35)
4.  A lição de Noé (24:36­44)
5.  A parábola dos dois servos (24:45­51)
6.  A parábola das dez virgens (25:1­13)
7.  A parábola dos talentos (25:14­30)
8.  O castigo das nações (25:31­46)
B.  Quinta  narrativa:  a  crucificação  e  a  ressurreição  (26:1—
28:15)
1.  O plano para matar o Rei (26:1­5)
2.  A unção de Maria (26:6­13)
3.  A traição de Judas (26:14­16)
4.  A Páscoa (26:17­30)

424
5.  A profecia da negação de Pedro (26:31­35)
6.  A agonia de Jesus (26:36­46)
7.  A prisão de Jesus (26:47­56)
8.  O julgamento perante o Sinédrio (26:57­68)
9.  A negação de Pedro (26:69­75)
10.  O suicídio de Judas (27:1­10)
11.  O julgamento perante Pilatos (27:11­26)
12.  A zombaria dos soldados (27:27­31)
13.  A crucificação (27:32­56)
14.  O sepultamento (27:57­66)
15.  A ressurreição (28:1­15)

VII. (Epílogo) A comissão do Rei (28:16­20)

SOFRIMENTO, CRUCIFICAÇÃO E RESSURREIÇÃO DE CRISTO

425
ENQUANTO ISSO, EM OUTRAS PARTES DO MUNDO...
A primeira disputa registrada de sumô ocorre no Japão em 23 a.C.

RESPOSTAS PARA PERGUNTAS DIFÍCEIS
1.  Os  três  primeiros  Evangelhos  possuem  várias  semelhanças  em  sua
redação. Quem copiou de quem?
É  verdade  que  até  uma  leitura  rápida  de  Mateus,  Marcos  e  Lucas  revela
várias semelhanças notáveis. Compare, por exemplo, Mateus 9:2­8, Marcos
2:3­12  e  Lucas  5:18­26.  Entretanto,  existem  também  diferenças
significativas no modo como cada escritor enxerga a vida, o ministério e os
ensinamentos  de  Jesus.  Essa  questão  sobre  as  semelhanças  e  diferenças
entre  os  Evangelhos  é  conhecida  como  “problema  sinótico”  (sin significa
“juntos”,  e  ótico,  “ver”).  Para  uma  ampla  discussão  sobre  o  “Problema
Sinótico”, veja Marcos: “Desafios de Interpretação”.
2. Por que são necessários três Evangelhos semelhantes?
Uma  análise  criteriosa  dos  Evangelhos,  observando­se  os  pontos  de  vista
dos  escritores  e  os  detalhes  incluídos  por  eles,  gera  duas  importantes
conclusões:  (1)  as  diferenças  entre  os  Evangelhos  destacam  a
independência e o valor deles como parte de um retrato completo e (2) as
semelhanças entre eles afirmam seu assunto e sua mensagem em comum.
Os  relatos  nunca  são  contraditórios,  mas  sim  complementares.  Quando
vistos juntos, apresentam uma compreensão mais plena de Cristo.
3.  Como  as  declarações  proféticas  de  Jesus,  muitas  das  quais  se
encontram em Mateus 24 e 25, devem ser interpretadas?
O  sermão  de  Jesus  no  monte  das  Oliveiras  (Mt  24—25)  contém  alguns
detalhes que sugerem imagens da destruição de Jerusalém em 70 d.C. As
palavras de Jesus em 24:34 já levaram alguns a concluir que todas as coisas
foram  cumpridas  —  ainda  que  não  literalmente  —  na  conquista  romana
ocorrida  naquela  era.  Essa  é  a  visão  conhecida  como  “preterismo”.  Mas
esse é um sério erro interpretativo, que força o intérprete a encontrar nessas
passagens  sentidos  espiritualizados  e  alegóricos  que  não  são  respaldados
pelos métodos exegéticos normais. A abordagem que honra a linguagem e
a história por trás dos textos bíblicos é chamada de hermenêutica histórico­
gramatical, que envolve uma análise da gramática utilizada e do contexto
histórico  para  encontrar  o  significado  intencional  da  passagem.  Isso  faz
mais  sentido  e  resulta  numa  interpretação  consistentemente  futurista  das
profecias cruciais

426
4.  Por  que  a  genealogia  de  Jesus  em  Mateus  é  diferente  daquela
apresentada em Lucas?
As  genealogias  de  Jesus  registradas  em  Mateus  e  Lucas  têm  duas
diferenças  significativas.  A  primeira  é  que  a  genealogia  de  Mateus
descreve  a  ascendência  de  Jesus  por  meio  de  José,  ao  passo  que  Lucas
rastreia a linhagem de Jesus por meio de Maria. A segunda é que Mateus
inicia  sua  genealogia  com  Abraão,  uma  vez  que  sua  preocupação  está
relacionada à ligação judaica com Cristo e ao plano salvador de Deus, ao
passo que Lucas começa sua genealogia com Adão e vê o papel de Cristo
na salvação da humanidade.
5.  Mateus  inclui  algum  material  que  não  é  encontrado  nos  outros
Evangelhos?
Mateus inclui nove eventos exclusivos da vida de Jesus:

O sonho de José (1:20­24).
A visita dos magos (2:1­12).
A fuga para o Egito (2:13­15).
Herodes mata todos os meninos (2:16­18).
Judas se arrepende (27:3­10; mas veja At 1:18­19).
O sonho da mulher de Pilatos (27:19).
Outras ressurreições (27:52).
O suborno dos soldados (28:11­15).
A Grande Comissão (28:19­20).

APROFUNDAMENTO
1.  De  que  maneiras  especiais  Mateus  escolheu  introduzir  a  biografia  de
Jesus?
2.  Escolha  uma  ou  duas  parábolas  do  reino  em  Mateus  13.  Que  ideia
central Jesus estava ensinando por meio dessas parábolas?
3. Na seção chamada de “Sermão da Montanha” (Mt 5—7), sobre quantos
assuntos diferentes Jesus falou?
4. Em seu Evangelho, de que forma Mateus revelou Jesus como Rei?
5.  Que  razões  você  daria  para  Mateus  citar  o  AT  em  seu  Evangelho  com
tanta frequência?
6. De que modo o Evangelho de Mateus informa o seu relacionamento com
Jesus Cristo?

427

Você também pode gostar