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Jesus é o prometido Messias
TÍTULO
Mateus, que significa “presente do Senhor”, era o outro nome de Levi (9:9), o
publicano que deixou tudo para seguir a Cristo (Lc 5:2728). Mateus foi um
dos doze apóstolos (10:3; Mc 3:18; Lc 6:15; At 1:13). Em sua própria lista
dos Doze, ele chama a si mesmo explicitamente de “o publicano” (10:3). Em
nenhum outro lugar da Escritura o nome de Mateus está associado ao termo
“publicano”; os outros evangelistas sempre empregam o seu antigo nome,
Levi, quando se referem ao seu passado pecaminoso. Isso é prova de
humildade por parte de Mateus. Como acontece com os outros três
Evangelhos, esse livro é conhecido pelo nome do seu autor.
AUTOR E DATA
Nem a canonicidade e nem o fato de esse Evangelho ter sido escrito por
Mateus foram desafiados pela igreja primitiva. Eusébio (por volta de 265339
d.C.) cita Orígenes (185254 d.C., aproximadamente):
Entre os quatro Evangelhos, que são os únicos indiscutíveis na Igreja de
Deus debaixo do céu, aprendi pela tradição que o primeiro foi escrito
por Mateus, que havia sido publicano, mas que posteriormente tornouse
apóstolo de Jesus Cristo, e foi preparado para os convertidos do
judaísmo (História eclesiástica, 6:25).
Está claro que esse Evangelho foi escrito numa data relativamente antiga
— antes da destruição do templo em 70 d.C. Alguns estudiosos propuseram
datas como 50 d.C. Veja uma discussão mais ampla sobre algumas das
questões relacionadas à autoria e à datação desse Evangelho, especialmente
“O problema sinótico” na Introdução a Marcos.
CENÁRIO E CONTEXTO
414
O tom judaico do Evangelho de Mateus é notável, e isso já fica evidente logo
na genealogia de abertura, que Mateus remonta somente até Abraão. Em
contrapartida, objetivando mostrar Cristo como o redentor da humanidade,
Lucas prossegue até chegar a Adão. O propósito de Mateus é, de certo modo,
mais estreito: demonstrar que Cristo é o Rei e o Messias de Israel. Esse
Evangelho faz mais de sessenta citações de passagens proféticas do AT,
enfatizando como Cristo é o cumprimento de todas elas.
A probabilidade de que o público de Mateus fosse predominantemente
judaico fica ainda mais evidente a partir de diversos fatos: Mateus
normalmente cita os costumes judaicos sem explicálos, diferentemente dos
outros Evangelhos (cf. Mc 7:3; Jo 19:40). Ele se refere constantemente a
Cristo como o “Filho de Davi” (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30; 21:9,15;
22:42,45). Mateus inclusive respeita a sensibilidade judaica em relação ao
nome de Deus, usando a expressão “reino dos céus”, ao passo que os outros
evangelistas falam do “reino de Deus”. Todos os principais temas do livro
estão baseados no AT e são abordados à luz das expectativas messiânicas de
Israel.
O uso que Mateus faz do idioma grego pode sugerir que ele estava
escrevendo na condição de judeu palestino para judeus helenistas de outros
lugares. Ele escreveu como testemunha ocular de muitos dos acontecimentos
que descreveu, dando testemunho de primeira mão sobre as palavras e obras
de Jesus de Nazaré.
Seu propósito é claro: demonstrar que Jesus é o tão esperado Messias da
nação judaica. A abundância das citações do AT é especialmente planejada
para demonstrar o elo entre o Messias da promessa e o Cristo da História.
Esse propósito nunca sai do foco de Mateus e ele até mesmo acrescenta vários
detalhes incidentais das profecias do AT como prova das declarações
messiânicas de Jesus (por exemplo: 2:1718; 4:1315; 13:35; 21:45; 27:9
10).
PRINCIPAIS PERSONAGENS
Jesus — o prometido Messias e Rei dos judeus (1:1—28:20).
Maria — a mãe de Jesus, o Messias (1:1—2:23; 13:55).
José — marido de Maria e descendente de Davi; transferiu a linhagem
real para Jesus (1:16—2:23).
João Batista — profeta e precursor que anunciou a vinda de Cristo
(3:115; 4:12; 9:14; 11:219; 14:112).
Os doze discípulos — Simão Pedro, André, Tiago, João, Filipe,
Bartolomeu, Tomás, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão,
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Judas Iscariotes; doze homens escolhidos por Jesus para auxiliálo em
seu ministério na terra (4:1822; 5:1; 8:1827: 9:9—28:20).
Líderes religiosos — eram os fariseus e os saduceus; dois grupos
religiosos unidos pelo ódio a Jesus (3:710; 5:20; 9:1134; 12:1045;
15:120; 16:112; 19:19; 21:23—28:15).
Caifás — sumo sacerdote e líder dos saduceus; realizou um
julgamento ilegal que levou à morte de Jesus (26:34,5768).
Pilatos — governador romano que ordenou a crucificação de Jesus no
lugar de Barrabás (27:165).
Maria Madalena — seguidora devota de Jesus; primeira pessoa a vê
lo depois da ressurreição (27:56—28:11).
TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS
Uma vez que Mateus está preocupado em proclamar Jesus como Messias, o
Rei dos Judeus, um interesse pelas promessas do reino constantes do AT
transparece ao longo de todo esse Evangelho. A expressão que marca a
assinatura de Mateus — “o reino dos céus” — ocorre 32 vezes nesse livro (e
em nenhum outro lugar da Escritura).
A genealogia de abertura é feita de modo a apresentar as credenciais de
Cristo como rei de Israel, e o restante do livro completa esse tema. Mateus
demonstra que Cristo é o herdeiro da linhagem real e, também, que Cristo é o
cumprimento de dezenas de profecias do AT com relação ao rei que viria. Ele
oferece prova atrás de prova para estabelecer a prerrogativa real de Cristo.
Todos os outros temas históricos e teológicos do livro giram em torno deste.
PALAVRASCHAVE
Jesus: em grego, lēsous — 1:1; 4:23; 8:22; 11:4; 19:1; 24:1; 26:52; 27:37 —, equivalente ao nome hebraico
Yeshua (Josué), literalmente, “o Senhor salvará”. Nos dias do AT, o nome Jesus era um nome judeu comum (Lc
3:29; Cl 4:11), no entanto, seu significado expressa a obra redentora de Jesus na terra. O anjo enviado a José
afirmou a importância do nome de Jesus: “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (1:21). Depois de
Jesus ter se sacrificado pelos pecados de seu povo e ressuscitado dentre os mortos, os primeiros apóstolos o
proclamaram como o único Salvador (At 5:31; 13:23).
Cristo: em grego, Christos — 1:1,18; 2:4; 11:2; 16:20; 23:8; 26:68; 27:22 —, significa literalmente “o Ungido”.
Muitos falam de Jesus Cristo sem perceber que o título Cristo é, na verdade, uma confissão de fé. Messias, o
equivalente hebraico para Cristo, foi usado no AT para se referir a profetas (1Rs 19:16), sacerdotes (Lv 4:5,16) e
reis (1Sm 24:6,10), no sentido de que todos eles eram ungidos com óleo. Essa unção simbolizava uma dedicação
divina ao ministério. Jesus Cristo, como o Ungido, seria o Profeta, Sacerdote e Rei supremo (Is 61:1; Jo 3:34).
Com sua confissão dramática, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16:16), Pedro declarou sua fé em Jesus
como o prometido Messias.
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Bemaventurado: em grego, makarios — 5:35,11; 16:17; 24:46 —, significa literalmente “feliz”. Esse termo
aparece na literatura clássica grega, na Septuaginta (a tradução grega do AT) e no NT para descrever o tipo de
felicidade que vem apenas de Deus. No NT, makarios é normalmente escrito na forma passiva: Deus é aquele que
abençoa alguém ou o torna bemaventurado.
Reino dos céus: em grego, hē Basileia tōn ouranōn — 3:2; 4:17; 5:3,10; 10:7; 25:1 —, significa literalmente
“reino de Deus”. A fim de demonstrar respeito e honra, os judeus evitavam dizer o nome de Deus em voz alta. Em
vez disso, muitas vezes usavam a palavra céus como alternativa para se referir a Deus, uma vez que ela também
aponta para o reino de Deus. Jesus proclamou seu reino como residente no coração de seu povo. Esse reino
espiritual exigia arrependimento interior, e não apenas submissão exterior; fornecia libertação do pecado, em vez
da libertação política que muitos judeus desejavam.
Mateus registra cinco grandes sermões: o sermão da montanha (capítulos
5 a 7), o comissionamento dos apóstolos (capítulo 10), as parábolas sobre o
reino (capítulo 13), um sermão sobre a semelhança do crente com uma
criança (capítulo 18) e o sermão sobre a segunda vinda (capítulos 24 e 25).
Cada sermão termina com alguma variação da frase “Quando Jesus acabou de
dizer essas coisas” (7:28; 11:1; 13:53; 19:1; 26:1). Isso se torna um padrão
que sinaliza o início de uma nova seção narrativa. Uma longa seção de
abertura (capítulos 1 a 4) e uma breve conclusão (28:1620) servem de capa
para esse Evangelho, que se divide naturalmente em cinco partes, cada uma
com um sermão e uma seção narrativa. Alguns veem um paralelo entre essas
cinco partes e os cinco livros de Moisés no AT.
O conflito entre Cristo e o farisaísmo é outro tema comum no Evangelho
de Mateus, mas ele se propõe a mostrar o erro dos fariseus em benefício do
público judaico, e não por razões pessoais ou de engrandecimento próprio.
Mateus omite, por exemplo, a parábola do fariseu e do publicano, muito
embora essa parábola o colocasse sob uma luz favorável.
Mateus também menciona os saduceus com mais frequência do que
qualquer outro Evangelho. Tanto os fariseus como os saduceus são
geralmente retratados de maneira negativa e mostrados para servir de
advertência. A doutrina deles é um fermento que deve ser evitado (16:1112).
Embora esses grupos fossem doutrinariamente opostos um ao outro, eles
estavam unidos no ódio a Cristo. Para Mateus, eles simbolizavam todos
aqueles em Israel que rejeitavam a Cristo como Rei.
A rejeição ao Messias de Israel é outro tema constante de Mateus, pois
em nenhum outro Evangelho os ataques contra Jesus são retratados de
maneira tão forte como aqui. Desde a fuga do Egito até a cena da cruz,
Mateus pinta um retrato mais vivo da rejeição a Cristo do que qualquer outro
evangelista; em seu relato sobre a crucificação, por exemplo, nenhum ladrão
se arrepende e nenhum amigo ou ente querido é visto aos pés da cruz. Na
morte de Cristo, ele é abandonado até mesmo por Deus (27:46). A sombra da
rejeição nunca é retirada da história.
417
Ainda assim, Mateus o retrata como um rei vitorioso que um dia virá
“nas nuvens do céu com poder e grande glória” (24:30).
PRINCIPAL DOUTRINA
Jesus é o Messias — também chamado de Cristo; profetizado no AT
como o tão esperado Salvador que morreria pelos pecados do mundo
(2:1718; 4:1315; 13:35; 21:45; 27:910; Gn 49:10; Dt 18:1518;
2Sm 7:1214; Is 52:13—53:12; Dn 9:26; Mq 5:25; Mc 1:1; Lc 23:2
3; Jo 4:26; At 18:28).
O CARÁTER DE DEUS
Deus é acessível — 6:6; 27:51.
Deus é bom — 5:45; 19:17.
Deus é santo — 13:41.
Deus é longânimo — 23:37; 24:4851.
Deus é perfeito — 5:48.
Deus é poderoso — 6:13; 10:28; 19:26; 22:29.
Deus é providente — 6:26,3334; 10:9,2930.
Deus é incomparável — 19:17.
Deus é o único Deus — 4:10; 19:17.
Deus é sábio — 6:8,18; 10:2930; 24:36.
Deus se ira — 10:28; 25:41.
DESAFIOS DE INTERPRETAÇÃO
Um desafio é o cronograma de Mateus. Uma comparação entre os Evangelhos
revela que Mateus coloca os fatos livremente fora de ordem. Em geral, ele
apresenta uma abordagem temática à vida de Cristo baseada nos cinco
sermões de Jesus:
O sermão da Montanha (capítulos 5 a 7).
O comissionamento dos apóstolos (capítulo 10).
As parábolas do reino (capítulo 13).
A semelhança do crente com uma criança (capítulo 18).
O sermão sobre a segunda vinda (capítulos 24 e 25).
418
Mateus não faz qualquer tentativa de seguir uma cronologia rígida. Ele
lida com temas e conceitos amplos, sem estabelecêla. Já os Evangelhos de
Marcos e Lucas seguem uma ordem cronológica mais precisa. As passagens
proféticas apresentam um desafio interpretativo em particular. O sermão no
monte das Oliveiras, por exemplo, contém alguns detalhes que evocam
imagens da destruição violenta de Jerusalém em 70 d.C. As palavras de Jesus
em 24:34 têm levado alguns a concluir que todas as coisas foram cumpridas
— ainda que não literalmente — na conquista romana ocorrida naquela era,
forçando o intérprete a encontrar nessas passagens sentidos espiritualizados e
alegóricos. A abordagem correta é analisar o contexto histórico e a gramática,
o que gera uma interpretação consistentemente futurística de profecias
cruciais (veja a seção “Respostas para perguntas difíceis” para mais detalhes
sobre essa questão).
CRISTO EM MATEUS
Mateus escreve principalmente aos judeus, defendendo Jesus como Rei e Messias de Israel. Ao citar em seu
Evangelho passagens proféticas do AT mais que sessenta vezes, ele enfatiza como Cristo, sendo o Messias, é
o cumprimento de todas elas. Mateus demonstra a realeza de Cristo ao se referir constantemente a ele por
“Filho de Davi” (1:1; 9:27; 12:23; 15:22; 20:30; 21:9,15; 22:42,45).
AS PARÁBOLAS DE JESUS
Parábola Mateus Marcos Lucas
6. O joio 13:24
30
9. O tesouro escondido 13:44
419
10. A pérola de grande valor 13:45
46
11. A rede 13:47
50
13. O servo impiedoso 18:23
35
14. Os trabalhadores na vinha 20:116
15. Os dois filhos 21:28
32
17. O banquete de casamento 22:214
19. As dez virgens insensatas e prudentes 25:113
20. Os talentos 25:14
30
21. A semente que germina 4:2629
22. O homem que sai de viagem 13:33
37
23. O credor e os dois devedores 7:4143
24. O bom samaritano 10:30
37
25. O amigo importuno 11:513
26. O rico insensato 12:16
21
27. Os servos vigilantes 12:35
40
28. O servo fiel e o servo perverso 12:42
48
29. A figueira estéril 13:69
30. O grande banquete 14:16
24
31. Construir uma torre e o rei que pretendia sair à guerra 14:25
35
420
32. A moeda perdida 15:810
33. O filho perdido 15:11
32
34. O administrador astuto 16:113
35. O rico e Lázaro 16:19
31
36. Servos inúteis 17:710
37. A viúva persistente 18:18
38. O fariseu e o publicano 18:914
39. As dez minas 19:11
27
ESBOÇO
I. (Prólogo) O Advento do Rei (1:1—4:25)
A. Seu nascimento (1:1—2:23)
1. Sua linhagem (1:117)
2. Sua chegada (1:1825)
3. A adoração que recebeu (2:112)
4. Seus adversários (2:1323)
B. Seu ingresso público no ministério (3:1—4:25)
1. Seu precursor (3:112)
2. Seu batismo (3:1317)
3. Sua tentação (4:111)
4. Seu ministério inicial (4:1225)
II. A autoridade do Rei (5:1—9:38)
A. Primeiro Sermão: o sermão da montanha (5:1—7:29)
1. Retidão e felicidade (5:112)
2. Retidão e discipulado (5:1316)
3. Retidão e a Escritura (5:1720)
4. Retidão e moralidade (5:2148)
5. Retidão e prática religiosa (6:118)
6. Retidão e coisas materiais (6:1934)
7. Retidão e relações humanas (7:112)
8. Retidão e salvação (7:1329)
B. Primeira narrativa: os milagres autenticadores (8:1—9:38)
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1. A cura de um leproso (8:14)
2. A cura do servo do centurião (8:513)
3. A cura da sogra de Pedro (8:1415)
4. Multidões são curadas (8:1622)
5. Os ventos e o mar são repreendidos (8:2327)
6. A cura de dois endemoninhados (8:2834)
7. Um paralítico é curado e perdoado (9:18)
8. Um publicano é chamado (9:913)
9. Uma pergunta é respondida (9:1417)
10. Uma menina é ressuscitada (9:1826)
11. Dois homens cegos são curados (9:2731)
12. Um mudo fala (9:3234)
13. As multidões são vistas com compaixão (9:3538)
III. O objetivo do Rei (10:1—12:50)
A. Segundo sermão: o comissionamento dos Doze (10:142)
1. Os homens do Mestre (10:14)
2. O envio dos discípulos (10:523)
3. Sinais do discipulado (10:2442)
B. Segunda narrativa: a missão do Rei (11:1—12:50)
1. A identidade de Jesus é declarada pelos discípulos
de João (11:119)
2. Ais lançados sobre os impenitentes (11:2024)
3. Descanso oferecido aos cansados (11:2530)
4. Senhorio sobre o sábado é declarado (12:113)
5. Oposição fomentada pelos líderes judaicos (12:14
45)
6. Relacionamentos eternos definidos pela linhagem
espiritual (12:4650)
IV. Os adversários do Rei (13:1—17:27)
A. Terceiro sermão: as parábolas do reino (13:152)
1. Os tipos de solo (13:123)
2. O trigo e o joio (13:2430,3443)
3. O grão de mostarda (13:3132)
4. O fermento (13:33)
5. O tesouro escondido (13:44)
6. A pérola de grande valor (13:4546)
422
7. A rede (13:4750)
8. O dono de uma casa (13:5152)
B. Terceira narrativa: o conflito do reino (13:53—17:27)
1. Nazaré rejeita o Rei (13:5358)
2. Herodes manda matar João Batista (14:112)
3. Jesus alimenta os cinco mil (14:1321)
4. Jesus caminha sobre as águas (14:2233)
5. Multidões buscam cura (14:3436)
6. Os escribas e fariseus desafiam Jesus (15:120)
7. Uma mulher cananeia demonstra fé (15:2128)
8. Jesus cura as multidões (15:2931)
9. Jesus alimenta os quatro mil (15:3239)
10. Os fariseus e saduceus pedem um sinal (16:112)
11. Pedro confessa a Cristo (16:1320)
12. Jesus prediz a sua morte (16:2128)
13. Jesus revela a sua glória (17:113)
14. Jesus cura um jovem (17:1421)
15. Jesus profetiza a sua traição (17:2223)
16. Jesus paga o imposto do templo (17:2427)
V. A administração do Rei (18:1—23:39)
423
a. Ele cura dois cegos (20:2934)
b. Ele recebe adoração (21:111)
c. Ele purifica o templo (21:1217)
d. Ele amaldiçoa uma figueira (21:1822)
e. Ele responde a um desafio (21:2327)
3. Algumas parábolas do Rei (21:28—22:14)
a. Os dois filhos (21:2832)
b. Os maus lavradores (21:3346)
c. A festa das bodas (22:114)
4. Algumas respostas do Rei (22:1546)
a. Aos herodianos, sobre o pagamento de
impostos (22:1522)
b. Aos saduceus, sobre a ressurreição
(22:2333)
c. Aos escribas, sobre o primeiro e grande
mandamento (22:3440)
d. Aos fariseus, sobre o maior filho de Davi
(22:4146)
5. Alguns pronunciamentos do Rei (23:139)
a. Ai dos escribas e dos fariseus (23:136)
b. Ai de Jerusalém (23:3739)
VI. A expiação do Rei (24:1—28:15)
424
5. A profecia da negação de Pedro (26:3135)
6. A agonia de Jesus (26:3646)
7. A prisão de Jesus (26:4756)
8. O julgamento perante o Sinédrio (26:5768)
9. A negação de Pedro (26:6975)
10. O suicídio de Judas (27:110)
11. O julgamento perante Pilatos (27:1126)
12. A zombaria dos soldados (27:2731)
13. A crucificação (27:3256)
14. O sepultamento (27:5766)
15. A ressurreição (28:115)
VII. (Epílogo) A comissão do Rei (28:1620)
SOFRIMENTO, CRUCIFICAÇÃO E RESSURREIÇÃO DE CRISTO
425
ENQUANTO ISSO, EM OUTRAS PARTES DO MUNDO...
A primeira disputa registrada de sumô ocorre no Japão em 23 a.C.
RESPOSTAS PARA PERGUNTAS DIFÍCEIS
1. Os três primeiros Evangelhos possuem várias semelhanças em sua
redação. Quem copiou de quem?
É verdade que até uma leitura rápida de Mateus, Marcos e Lucas revela
várias semelhanças notáveis. Compare, por exemplo, Mateus 9:28, Marcos
2:312 e Lucas 5:1826. Entretanto, existem também diferenças
significativas no modo como cada escritor enxerga a vida, o ministério e os
ensinamentos de Jesus. Essa questão sobre as semelhanças e diferenças
entre os Evangelhos é conhecida como “problema sinótico” (sin significa
“juntos”, e ótico, “ver”). Para uma ampla discussão sobre o “Problema
Sinótico”, veja Marcos: “Desafios de Interpretação”.
2. Por que são necessários três Evangelhos semelhantes?
Uma análise criteriosa dos Evangelhos, observandose os pontos de vista
dos escritores e os detalhes incluídos por eles, gera duas importantes
conclusões: (1) as diferenças entre os Evangelhos destacam a
independência e o valor deles como parte de um retrato completo e (2) as
semelhanças entre eles afirmam seu assunto e sua mensagem em comum.
Os relatos nunca são contraditórios, mas sim complementares. Quando
vistos juntos, apresentam uma compreensão mais plena de Cristo.
3. Como as declarações proféticas de Jesus, muitas das quais se
encontram em Mateus 24 e 25, devem ser interpretadas?
O sermão de Jesus no monte das Oliveiras (Mt 24—25) contém alguns
detalhes que sugerem imagens da destruição de Jerusalém em 70 d.C. As
palavras de Jesus em 24:34 já levaram alguns a concluir que todas as coisas
foram cumpridas — ainda que não literalmente — na conquista romana
ocorrida naquela era. Essa é a visão conhecida como “preterismo”. Mas
esse é um sério erro interpretativo, que força o intérprete a encontrar nessas
passagens sentidos espiritualizados e alegóricos que não são respaldados
pelos métodos exegéticos normais. A abordagem que honra a linguagem e
a história por trás dos textos bíblicos é chamada de hermenêutica histórico
gramatical, que envolve uma análise da gramática utilizada e do contexto
histórico para encontrar o significado intencional da passagem. Isso faz
mais sentido e resulta numa interpretação consistentemente futurista das
profecias cruciais
426
4. Por que a genealogia de Jesus em Mateus é diferente daquela
apresentada em Lucas?
As genealogias de Jesus registradas em Mateus e Lucas têm duas
diferenças significativas. A primeira é que a genealogia de Mateus
descreve a ascendência de Jesus por meio de José, ao passo que Lucas
rastreia a linhagem de Jesus por meio de Maria. A segunda é que Mateus
inicia sua genealogia com Abraão, uma vez que sua preocupação está
relacionada à ligação judaica com Cristo e ao plano salvador de Deus, ao
passo que Lucas começa sua genealogia com Adão e vê o papel de Cristo
na salvação da humanidade.
5. Mateus inclui algum material que não é encontrado nos outros
Evangelhos?
Mateus inclui nove eventos exclusivos da vida de Jesus:
O sonho de José (1:2024).
A visita dos magos (2:112).
A fuga para o Egito (2:1315).
Herodes mata todos os meninos (2:1618).
Judas se arrepende (27:310; mas veja At 1:1819).
O sonho da mulher de Pilatos (27:19).
Outras ressurreições (27:52).
O suborno dos soldados (28:1115).
A Grande Comissão (28:1920).
APROFUNDAMENTO
1. De que maneiras especiais Mateus escolheu introduzir a biografia de
Jesus?
2. Escolha uma ou duas parábolas do reino em Mateus 13. Que ideia
central Jesus estava ensinando por meio dessas parábolas?
3. Na seção chamada de “Sermão da Montanha” (Mt 5—7), sobre quantos
assuntos diferentes Jesus falou?
4. Em seu Evangelho, de que forma Mateus revelou Jesus como Rei?
5. Que razões você daria para Mateus citar o AT em seu Evangelho com
tanta frequência?
6. De que modo o Evangelho de Mateus informa o seu relacionamento com
Jesus Cristo?
427