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Algoritmos de tecnologia de grupo


para projetos de células de manufatura

Alexandre Augusto Massote


Faap/FEI/Unisanta. São Paulo – SP [Brasil]
massote@fei.edu.br

Este trabalho apresenta algoritmos aplicados para solucionar


problemas relacionados à formação de células de máquinas e
famílias de peças, que é uma das etapas fundamentais nos pro-
jetos de células de manufatura. Para isso foram selecionados
três algoritmos heurísticos: o rank order clustering (ROC),
o direct clustering analysis (DCA) e o cluster identification
algorithm (CIA), além de um modelo de Programação Intei-
ra de Kusiak (1987) e um algoritmo usando redes neurais de
Malakooti e Yang (1995). Nesta pesquisa, são apresentadas
também três medidas de desempenho para avaliar a qualida-
de do método de agrupamento, além de ilustrações numéricas
e análise dos resultados obtidos com a aplicação de cada um
deles. Finalmente, são discutidas as vantagens e as limitações
da aplicação desses métodos para o projeto de células de ma-
nufatura, usando-se a simulação.
Palavras-chave: CIA. DCA. ROC. Tecnologia de grupo.

Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006 31


1 Introdução máquinas, enquanto n colunas referem-se às pe-
ças. Considera-se aij = 1 para a peça j, que requer
A tecnologia de grupo (em inglês group operação na máquina; e aij = 0 para a peça i, que
technology [GT]) é um enfoque moderno aplica- não precisa de operação.
do ao estudo de sistemas de manufatura que vem Este é o ponto de partida tanto para o de-
sendo utilizado por muitas indústrias, tais como senvolvimento quanto para a implementação das
job shops e de produção tipo batch. Destaca- várias técnicas voltadas à formação de células. O
se a sua importância nos projetos de células de objetivo dos algoritmos de formação de famílias
manufatura. Tradicionalmente, para a organiza- máquinas-peça é rearranjar as linhas e as colunas
ção dos sistemas de produção em massa, eram da matriz de incidência, de tal maneira que a ma-
usados layouts em linha e, para outros tipos de triz resultante fique com todos os elementos iguais
produção, layouts por processos. Nesses tipos a 1 agrupados em blocos na diagonal, em que cada
de estruturas, a redução dos tamanhos dos lotes bloco na matriz rearranjada indique um grupo
poderia acarretar uma elevação dos custos como de peças e o correspondente grupo de máquinas.
os de set-up. A GT invalidou essa relação e, em Dessa forma, as famílias de peças e as células de
decorrência disso, obteve economia mesmo nos máquinas podem ser identificadas. Uma perfeita
pequenos lotes. A GT é, portanto, uma técnica estrutura de blocos diagonais poderá ser constitu-
que propicia, de maneira simplificativa, a melho- ída caso seja possível formar células de máquinas e
ria da produtividade em sistemas de produção, famílias de peças de modo que cada família possa
tais como reduções de ciclos de fabricação e de ser processada em uma única célula de máquinas.
material em processo, garantindo os prazos de A Ilustração 1a mostra uma matriz de incidência
entrega e menor movimentação de materiais. inicial com 10 máquinas e 12 peças. A Ilustração
O problema básico que envolve a GT é a 1b é a matriz resultante depois do agrupamento
identificação de células de máquinas e das famílias em três células de máquinas-peça distintas. Nes-
de peças. Em razão disso, procura-se identificar e sa ilustração, pode ser observado que a família de
explorar as semelhanças entre produtos, peças e peças 1 é composta das peças 1, 9, 10, 11 e 6, e a
processos de manufatura. Em relação às peças, se- célula de máquinas 1, das máquinas 1, 7 e 10. As-
gundo Groover (1987), existem três maneiras para sim, a família de peças 1 é processada pela célula
identificá-las: inspeção visual, classificação e co- de máquinas 1; a família de peças 2, pela célula de
dificação, e análise do fluxo de produção. Outras máquinas 2, e a família 3, pela célula 3.
técnicas de análise para formação de famílias e Quando não se consegue perfeitamente tal
células, tais como as de King e Nakornchai (1982) estrutura, as peças e as máquinas são agrupadas
e Kusiak (1987), chamadas máquinas-peça, com com o objetivo de minimizar os elementos excep-
base nos atributos de fabricação, ou operações ne- cionais para um dado número de células de má-
cessárias para a fabricação de uma família, têm quinas. Esses elementos são os que estarão fora
sido desenvolvidas desde a análise do fluxo de pro- da diagonal 1, representando o número total de
dução proposta por Burbidge (1971). processamentos que as peças terão em máquinas
As operações necessárias para a fabricação de outras células. O agrupamento final, na Ilus-
das peças nas máquinas podem ser representadas tração 2, mostra essa situação. Vale observar que
na forma de uma matriz, chamada matriz de in- a matriz final será diferente quando se usar em
cidência {aij}, que tem m linhas a representar as distintos métodos de agrupamento.

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Peças Durante as duas últimas décadas, muitos


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
métodos foram desenvolvidos para resolver o pro-
1 1 1 1
blema referente à formação de famílias máquinas-
2 1 1 1 1
3 1 1 1
peça. Também são considerados muitos critérios
de desempenho, tais como custo total de movimen-
Máquinas

4 1 1 1
5 1 1 1 1 tação, utilização média das máquinas, tempo mé-
6 1 1 1 1 dio de set-up e de fabricação e outros. Chu (1989)
7 1 1 1 1
classifica esses métodos como manipulação de ma-
8 1 1 1 1
triz, agrupamento hierárquico e não-hierárquico,
9 1 1 1
10 1 1 1 1 programação matemática, técnicas gráfica e heu-
rística. Os primeiros algoritmos desenvolvidos
(a)
basearam-se, principalmente, na manipulação de
Peças matriz. Nesse método, linhas e colunas são rear-
1 9 10 11 6 2 4 7 12 1 5 8 3 ranjadas para a obtenção da diagonal de blocos,
1 1 1 1 1
da qual as células de máquinas e famílias de peças
7 1 1 1 1 1
são obtidas. Pode-se citar o rank order clustering
10 1 1 1 1 1
(ROC) de King (1980), o direct clustering analysis
Máquinas

2 1 1 1 1
5 1 1 1 1 (DCA) de Chan e Milner (1982) e o cluster identi-
8 1 1 1 1 fication algorithm (CIA) de Kusiak e Chow (1987).
3 1 1 1 No agrupamento hierárquico, as similaridades e
4 1 1 1
as diferenças entre máquinas são computadas e
6 1 1 1 1
agrupadas de modo que minimizem as diferenças
9 1 1 1
e maximizem as similaridades. Como exemplos
(b)
de algoritmos de agrupamento hierárquico, têm-
Ilustração 1: Matriz de incidência
se o single linkage algorithm (SLA) de McAuley
Obs.: antes do agrupamento (a); depois do
agrupamento (b).
(1972) e o average linkage algorithm (ALA) de
Fonte: O autor. Seifoddini (1989). Métodos de agrupamento não-
hierárquicos diferentemente dos de agrupamento
hierárquico são, por natureza, repetitivos. O não-
Peças
hierárquico é usado nos algoritmos Zodiac de
2 7 11 12 5 8 9 1 3 6 4 10 13 Chandrasekharan e Rajagopalan (1987) e Grafics
1 1 1 1 1 de Srinivasan e Narendran (1991).
6 1 1 1 1 1 1 Os problemas de formação de células têm
7 1 1 1 1 1
sido analisados também usando-se o modelo
Máquinas

2 1 1 1 1
p-median de Kusiak (1987), a programação dinâ-
5 1 1 1 1
9 1 1 1 1
mica de Steudel e Ballakur (1987) e a programa-
3 1 1 ção inteira de Boctor (1991). Essas técnicas são
4 1 1 1 1 empregadas para resolver problemas de pequenas
8 1 1 dimensões, enquanto, nos de grandes dimensões,
Ilustração 2: Matriz de incidência final o método heurístico tem sido usado com mais
Fonte: O autor. eficiência, porque os algoritmos existentes para

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resolver problemas de otimização demandam um mente conveniente para formação de fractional
grande tempo de processamento, e na maioria das cell, desde que exista movimentação de material
vezes, um tempo inviável do ponto de vista prá- somente entre células e células resto.
tico. Vohra e colaboradores (1990) sugeriram um Recentemente, novas técnicas, tais como re-
enfoque com base em redes para formação de cé- conhecimento do padrão de Wu e colaboradores
lulas, e Askin (1991) vem usando o caminho ha- (1988) e de Harhalakis Nagi e Proth (1990), agru-
miltoniano para rearranjar a matriz de incidência pamento fuzzy e sistemas especialistas (KUSIAK,
de máquinas e peças. 1990) têm sido aplicadas para resolver esses pro-
Vale observar que todos esses algoritmos blemas. E, mais recentemente ainda, pesquisas
apontam para o agrupamento de um conjunto de com redes neurais artificiais (em inglês artifitial
máquinas em células e de famílias de peças. Esse neural network [ANN]) têm mostrado a sua efi-
enfoque tem dado boas soluções para problemas ciente aplicação na solução de problemas de agru-
em que as famílias de peças e as células de máqui- pamento máquinas-peça, especialmente os de
nas existam naturalmente. Entretanto, apresenta grandes dimensões, como mostram McLave e Ra-
falha quando existem vários elementos excepcio- machardran (1991) e Kaparthi e Suresh (1992).
nais após a diagonalização dos blocos. Nesses ca- Sistemas paralelos, tais como redes neurais,
sos, a melhor alternativa seria tentar a formação podem ser usados para observar e comparar dife-
de fractional cell, que inclui parte das máquinas rentes soluções em um intervalo de tempo muito
agrupadas em células e as demais agrupadas em pequeno e mesmo para solucionar problemas de
uma célula de “resto”, que funciona como um job grandes dimensões. Uma revisão detalhada dessa
shop. O uso prático deste método pode ser obser- proposta é feita por Dagli e Huggahalli (1991;
vado no estudo de Wemmerlov e Hyer (1989). 1993).
Segundo Murthy e Srinivasan (1995), em- Moon (1990) propôs uma ativação iterativa
bora a idéia de formação de fractional cell venha e um modelo de competição em que a rede neu-
sendo mencionada na literatura de GT, como ral estabelece, inicialmente, as similaridades das
em Burbidge (1971) e Greene e Sadowski (1983), peças, das máquinas e a relação máquinas-peça
que consideram a idéia de célula-resto, observa- obtida da matriz máquinas-peça; por isso, são
se pouca pesquisa nessa área. Pela constituição agrupadas usando-se redes neurais que ativam
de célula-resto é possível reduzir o número de unicamente cada grupo de peça e de máquinas.
elementos excepcionais existente em uma gran- Em razão disso, esse modelo requer a computação
de quantidade de problemas. Na formação tipo de similaridades entre cada par de peças e de má-
fractional cell, apesar da movimentação de peças quinas. Outra aplicação de redes neurais com o
de uma célula para uma célula-resto ser permiti- intuito de solucionar o problema de formação de
da, ela deve ser evitada, principalmente, entre cé- células é a busca da melhoria da eficiência.
lulas. Na análise, enquanto o movimento de uma
célula para outra é tratado como um elemento
excepcional o de uma célula para uma célula- 2 Alguns algoritmos aplicados
resto não é considerado como um elemento ex- em GT
cepcional. O objetivo é minimizar os elementos A seguir serão apresentados alguns algorit-
excepcionais. Se uma solução é obtida sem ne- mos aplicados em GT. Para verificar melhor o
nhum elemento excepcional, a matriz é perfeita- potencial dos métodos aplicados na solução dos

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problemas de formação de grupos máquinas- 2.2 DCA


peça, os algoritmos foram selecionados de modo Chan e Milner (1982) desenvolveram este al-
que abrangessem três grupos distintos: heurístico, goritmo que consiste nos seguintes passos:
otimizante e usando redes neurais. Os algoritmos
heurísticos estão descritos na ordem cronológica 1) Determinar o número total de elementos
de seus respectivos desenvolvimentos, o otimizan- 1 em cada linha e em cada coluna na matriz de
te é um modelo de programação inteira de Kusiak incidência;
(1987) enquanto o algoritmo, usando redes neu- 2) Rearranjar as linhas na ordem crescente
rais, foi proposto por Malakooti e Yang (1995). do número total de elementos 1;
3) Rearranjar as colunas na ordem decrescen-
2.1 ROC te do número total de elementos 1;
King (1980) desenvolveu este algoritmo que 4) Repetir os passos de 1 a 3 até que não haja
consiste nos seguintes passos: nenhuma mudança de posição dos elementos da
matriz.
1) Para cada linha da matriz de incidência,
designar um peso binário e calcular o peso deci- 2.3 CIA
mal equivalente; Kusiak e Chow (1987) aplicaram o concei-
2) Rearranjar as linhas da matriz na ordem to apresentado por Iri (1968) no desenvolvimento
decrescente dos valores dos pesos decimais equi- deste algoritmo. O CIA permite checar a existên-
valentes; cia de grupos mutuamente separáveis na matriz
3) Para cada coluna da matriz obtida no pas- de incidência. O algoritmo consiste nos seguintes
so 2, designar um peso binário e calcular o peso passos:
decimal equivalente;
4) Rearranjar as colunas da matriz na ordem 1) Estabelecer o número da iteração k = 1;
decrescente dos valores dos pesos decimais equi- 2) Selecionar uma linha i na matriz de inci-
valentes; dência e desenhar uma linha horizontal hi;
5) Repetir os passos de 1 a 4 até não haver 3) Para cada elemento igual a 1 encontrado
mais mudanças de posições dos elementos em na linha hi, desenhar uma linha vertical vj passan-
cada linha ou coluna. do por esse elemento;
4) Para cada elemento igual a 1 encontrado
Os pesos para cada linha i e coluna j são cal- na linha vj, desenhar uma linha horizontal hk pas-
culados da seguinte forma: sando por esse elemento;
n = no de peças e m = no de máquinas 5) Repetir os passos 3 e 4 até não ser mais
possível desenhar linhas passando por um ele-
n mento igual a 1 pertencente a uma linha vj ou hk.
linha i : Σ aik · 2n-k Todos os elementos que estão no cruzamento de
k=1

uma linha hk com uma linha vj formam a célula de


máquinas MC-k e a família de peças PF-k;
n
6) Definir uma nova matriz de incidência ini-
coluna j : Σ aik · 2n-k
k=1 cial, retirando as linhas e as colunas (máquinas e

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peças) que já fazem parte de uma célula e família, 2) Minkowski ponderado
obtidas nos passos de 2 a 5;
m
7) Se a matriz obtida contiver todos os ele- dij = ( Σ wkaki - akjr)1/r
mentos iguais a zero, significa que todas as máqui- k=1

nas já foram alocadas em uma célula, e todas as


peças, em uma família ou obtiveram-se elementos
excepcionais, que constitui o fim do algoritmo. 3) Hamming
Caso contrário, incrementar a variável k (k = k + 1)
m
que controla o número de iterações e voltar para dij = Σ δ(aki, akj)
k=1
o passo 3.

2.4 Programação inteira Onde:

A maioria dos modelos matemáticos desen- δ(aki, akj) = 1 se aki πakj

volvidos para a solução de problemas de forma- δ(aki, akj) = 0, caso contrário

ção de grupos considera a medida de distância


Kusiak (1987) desenvolveu um modelo de
dij entre as peças i e j (Kusiak, 1987). A distância
programação inteira, conhecido como p-median
dij é uma função simétrica real com as seguintes
model, que é usado para agrupar n peças e p em
características:
famílias. As seguintes variáveis são definidas:

Reflexiva: dii = 0
m = número de máquinas
Simétrica: dij = dji
n = número de peças
Desigualdade triangular: diq ≤ dip + dpq
p = número de famílias de peças
xij = 1 se a peça i pertencer à família j
As medidas de distância mais usadas em pro-
xij = 0 caso contrário
blemas de formação de grupos são:
dij = medida de distância entre as peças i e j
1) Minkowski

m
A função do objetivo é minimizar a soma to-
dij = ( Σ aki - akj )
r 1/r
tal das distâncias entre as peças i e j
k=1

n n

min Σ Σ dij · xij


i=1 j=1

Onde:
r = inteiro positivo sujeito a:
m = número de máquinas
n

Σ xij = 1 , para todos i = 1, ..., n


Dois casos especiais de r são os mais usados: j=1

Distância absoluta: r = 1 n

Σ xjj = p
Distância euclidiana: r = 2 j=1

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xij ≤ xjj, para todo i = 1, ..., n e j = 1, ..., n gr: Número de máquinas pertencentes à cé-
xij = 0 ou 1, para todo i = 1, ..., n e j = 1, ..., n lula r
gr ,min: Número mínimo de máquinas na cé-
Esse modelo foi desenvolvido considerando- lula r
se a possibilidade de haver apenas um plano de g r ,max: Número máximo de máquinas na cé-
operações para cada peça i. Kusiak (1987) desen- lula r
volveu um outro modelo, chamado generalized
p-median model, que relaxa em relação a essa Os passos deste algoritmo são os seguintes:
restrição, ao considerar a existência de mais que
um plano de operações para cada peça i, sendo, Fase 1: Para encontrar os centros das célu-
adicionalmente, os custos de operação associados las.
a cada um desses planos.
1) Colocar ki , β, δ, p e R;
2) Estabelecer t = 1. Gerar vetor peso inicial
2.5 Clustering neural network (CNN)
wr (1); ∆wr (1) = 0, r = 1, 2, ..., R. Colocar s = 1;
Malakooti e Yang (1995) desenvolveram um
3) Entrar com o vetor as;
algoritmo usando redes neurais de aprendizado
4) Computar a distância euclidiana entre a
não-supervisionado para problemas de formação
entrada-padrão e todos os vetores peso
de grupos. O algoritmo é composto de duas fases.
Na fase 1, os centros das células são identificados. Edr = || as - wr (t) || k2 = k1 (as1 - wr1 (t))2 + k2 (as2 - wr2 (t))2 +
Na fase 2, o agrupamento das máquinas é feito
com base na distância entre o vetor de máquinas e ... + kn (asn - wrn (t))2

os centros e entre os limites superior e inferior do


para
número de máquinas designado para cada célula. r = 1, 2, ..., R
O agrupamento das peças é feito de acordo com o
mesmo procedimento.
5) Encontrar a menor distância Edr* = min
Definições:
{Edr }, onde r = 1, 2, ..., R;
6) Desde então, a entrada-padrão as pertence
Ki: Coeficiente na fórmula euclidiana ao r , atualizar
*

R: Número de nós de saída (número de cen-


tros de células) ∆wr* (t+1) = β (ws - wr* (t)) + (1 - β) ∆wr* (t)
m: Número de entradas-padrão (vetor de má-
∆wr* (t + 1) = ∆wr* (t)
quinas)
wr (t): Vetor peso ( vetor do centro da célula) para
as: Vetor de entrada (vetor de máquinas) r = 1, 2, ..., R e r ≠ r*
Edr: Distância euclidiana entre o vetor peso
wr (t) e o vetor de entrada as 7) Estabelecer s = s + 1
β(t): Taxa de aprendizagem Se s < p, t = t + 1 e retornar para o passo 3
δ: Parâmetro de parada Caso contrário, seguir para o passo 8
t: Índice de tempo de treinamento (índice de 8) s = p
iteração) se ∆wr (t + 1) < δ para r = 1, 2, ..., R fim

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Caso contrário, estabelecer s = 1, t = t + 1, e 3 Ilustração numérica
retornar para o passo 3.
Para entender melhor a aplicação dos algo-
ritmos ou métodos apresentados no item (2), to-
Fase 2: Para agrupar o vetor de máquinas m
memos como exemplo o problema cuja matriz de
em R células com um dado limite inferior e supe- incidência é a seguinte:
rior para o número de máquinas em uma célula.
Peças
1) Agrupar m máquinas em R células 1 2 3 4 5 6 7
1 1 1 1
Estabelecer s = 1, e gr = 0, para r = 1, 2,..., R

Máquinas
2 1 1
A máquina s pertencerá à célula r se d (as, xr) 3 1 1 1 1
≤ d (as, xp) para p = 1, 2,..., R, p ≠ r 4 1 1 1
5 1 1 1 1
Estabelecer gr = gr + 1
Ilustração 3: Matriz de incidência aplicada em GT
Se s = m, seguir para o passo 2, caso con-
Fonte: O autor.
trário estabelecer s = s + 1 e retornar ao início do
passo 1.
3.1 Aplicando o ROC
2) Se o decisor estiver satisfeito com o agru-
1) Para cada linha da matriz de incidência,
pamento fim, solicitar para ele o fornecimento de
designar um peso binário e calcular o peso deci-
gr,max e gr,min, que correspondem aos limites supe- mal equivalente:
rior e inferior do número de máquinas na célula r, Peças
r = 1, 2,..., R. 1 2 3 4 5 6 7
Peso binário 26 25 24 23 22 21 20 Peso decimal
3) Checar se o limite superior está satisfeito.
1 1 1 1 41
Para r = 1, 2,..., R, se gr ≤ gr,max, seguir para
Máquinas

2 1 1 20

o passo 4. 3 1 1 1 1 105
4 1 1 1 82
Para cada célula cujo gr > gr,max, encontrar as
5 1 1 1 1 30
(gr – gr,max) máquinas na célula r mais distantes do
Ilustração 4: Passo 1 da aplicação de ROC
centro da célula xr, e designá-las para outra célula Fonte: O autor.

(cujo gr < gr,max) de acordo com as suas distâncias


2) Rearranjar as linhas da matriz na ordem
dos centros das células x1, x 2,..., xr - 1, xr + 1,..., xr.
decrescente dos valores dos pesos decimais equi-
Retornar para o início do passo 3. valentes:
4) Checar se o limite inferior está satisfeito. Peças
1 2 3 4 5 6 7
Para r = 1, 2,..., R, se gr ≥ gr,min, fim.
3 1 1 1 1
Máquinas

Para cada célula cujo gr < gr,min, encontrar 4 1 1 1

as (gr,min – gr) máquinas de outra célula (cujo gr > 1 1 1 1


5 1 1 1 1
gr,min) mais próximas do centro da célula x r, e de-
2 1 1
signá-las para a célula x r. Retornar para o início
Ilustração 5: Passo 2 da aplicação de ROC
do passo 4. Fonte: O autor.

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3) Para cada coluna da matriz obtida no pas- 3.2 Aplicando o DCA


so 2, designar um peso binário e calcular o peso 1) Determinar o número total de elementos
decimal equivalente: 1 em cada linha e em cada coluna na matriz de
incidência:
Peças
1 2 3 4 5 6 7 Peças
3 24 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7
Máquinas

4 23 1 1 1 1 1 1 1 3

Máquinas
1 22 1 1 1 2 1 1 2
5 21 1 1 1 1 3 1 1 1 1 4
2 20 1 1 4 1 1 1 3
Peso decimal 24 20 11 22 3 10 20 5 1 1 1 1 4
2 2 3 3 2 2 2
Ilustração 6: Passo 3 da aplicação de ROC
Fonte: O autor. Ilustração 9: Passo 1 da aplicação DCA
Fonte: O autor.

4) Rearranjar as colunas da matriz na ordem


decrescente dos valores dos pesos decimais equi- 2) Rearranjar as linhas na ordem crescente
valentes: do número total de elementos 1:

Peças Peças
1 4 2 7 3 6 5 1 2 3 4 5 6 7
3 1 1 1 1 2 1 1
Máquinas

Máquinas

4 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 4 1 1 1
5 1 1 1 1 3 1 1 1 1
2 1 1 5 1 1 1 1

Ilustração 7: Passo 4 da aplicação de ROC Ilustração 10: Passo 2 da aplicação DCA


Fonte: O autor. Fonte: O autor.

5) Repetir os passos de 1 a 4 até não haver 3) Rearranjar as colunas na ordem decrescen-


mais mudanças de posições dos elementos em te do número total de elementos 1:
cada linha ou coluna.
Peças
Como não há mais mudanças de posição, a
1 2 5 6 7 3 4
solução encontrada é: 2 1 1
Máquinas

1 1 1 1
Peças
4 1 1 1
1 4 2 7 3 6 5
3 1 1 1 1
3 1 1 1 1
5 1 1 1 1
Máquinas

4 1 1 1
1 1 1 1 Ilustração 11: Passo 3 da aplicação DCA
5 1 1 1 1 Fonte: O autor.

2 1 1
4) Repetir os passos de 1 a 3 até que não haja
Ilustração 8: Passo 5 da aplicação de ROC nenhuma mudança de posição dos elementos da
Fonte: O autor. matriz.

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Fazendo-se as mudanças necessárias, com a Peças
1 2 3 4 5 6 7
repetição dos passos 2 e 3, a solução encontrada é:
1 1 1 1

Máquinas
2 1 1
Peças
3 1 1 1 1
2 4 7 1 3 5 6
4 1 1 1
1 1 1 1
Máquinas

5 1 1 1 1
3 1 1 1 1
5 1 1 1 1 Ilustração 15: Passo 3 da aplicação CIA
2 1 1 Fonte: O autor.
4 1 1 1

Ilustração 12: Passo 4 da aplicação DCA


Fonte: O autor. 4) Repetir os passos 2 e 3 até não ser mais
possível desenhar linhas passando por um ele-
3.3 Aplicando o CIA mento igual a 1 pertencente a uma linha v j ou
1) Selecionar uma linha i na matriz de inci- h k. Todos os elementos que estão no cruzamen-
dência e desenhar uma linha horizontal hi: to de uma linha h k com uma linha v j formam a
célula de máquinas MC-k e a família de peças
Peças
PF-k:
1 2 3 4 5 6 7
1 1 1 1
Máquinas

Peças
2 1 1
1 2 3 4 5 6 7
3 1 1 1 1
1 1 1 1
4 1 1 1
Máquinas

2 1 1
5 1 1 1 1
3 1 1 1 1
Ilustração 13: Passo 1 da aplicação CIA 4 1 1 1
Fonte: O autor. 5 1 1 1 1

Ilustração 16: Passo 4 da aplicação CIA


2) Para cada elemento igual a 1 encontrado Fonte: O autor.
na linha hi, desenhar uma linha vertical vj passan-
do por esses elementos:
Como se pôde observar, o algoritmo não en-
Peças
controu uma solução para esse problema, ou seja,
1 2 3 4 5 6 7
a solução final indica a existência de uma única
1 1 1 1
célula de máquinas e uma única família de peças,
Máquinas

2 1 1
3 1 1 1 1 iguais à matriz de incidência.
4 1 1 1
5 1 1 1 1

Ilustração 14: Passo 2 da aplicação CIA 3.4 Aplicando a programação


Fonte: O autor. inteira
Usando-se Hamming para determinar a me-
3) Para cada elemento igual a 1 encontrado dida de distância, obtém-se a seguinte matriz:
na linha vj, desenhar uma linha horizontal hk pas-
sando por esses elementos: p = 2 (duas famílias de peças)

40 Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006


Artigos

Peças X36 - X66 ≤ 0


X46 - X66 ≤ 0
1 2 3 4 5 6 7 X56 - X66 ≤ 0
1 0 2 3 3 4 2 2 X76 - X66 ≤ 0
X17 - X77 ≤ 0
2 2 0 5 2 4 4 0 X27 - X77 ≤ 0
3 3 5 0 4 1 1 5 X37 - X77 ≤ 0
X47 - X77 ≤ 0
d ij = 4 3 2 4 0 3 3 1 X57 - X77 ≤ 0
5 4 4 1 3 0 2 4 X67 - X77 ≤ 0

6 2 4 1 3 2 0 4
7 2 0 5 1 4 4 0

Ilustração 17: Passo 1 da aplicação de Resolvendo-se o modelo anterior, obtém-se a


programação inteira
seguinte solução:
Fonte: Os autores.

O modelo é: X17 = X27 = X47 = X77 = 1

Min 2X12 + 3X13 + 3X14 + 4X15 + 2X16 + 2X17 +


X33 = X53 = X63 = 1
2X21 + 5X23 + 2X24 + 4X25 + 4X26 +
3X31 + 5X32 + 4X34 + 1X35 + 1X36 + 5X37 +
3X41 + 2X42 + 4X43 + 3X45 + 3X46 + 1X47 +
4X51 + 4X52 + 1X53 + 3X54 + 2X56 + 4X57 + Portanto:
2X61 + 4X62 + 1X63 + 3X64 + 2X65 + 4X67 +
2X71 + 5X73 + 1X74 + 4X75 + 4X76 Família 1 { 1, 2, 4 e 7}
Sujeito a: Família 2 { 3, 5 e 6}
X11 + X12 + X13 + X14 + X15 + X16 + X17 = 1
X21 + X22 + X23 + X24 + X25 + X26 + X27 = 1
X31 + X32 + X33 + X34 + X35 + X36 + X37 = 1
X41 + X42 + X43 + X44 + X45 + X46 + X47 = 1 Peças
X51 + X52 + X53 + X54 + X55 + X56 + X57 = 1
X61 + X62 + X63 + X64 + X65 + X66 + X67 = 1 1 2 4 7 3 5 6
X71 + X72 + X73 + X74 + X75 + X76 + X77 = 1 3 1 1 1 1
X11 + X22 + X33 + X44 + X55 + X66 + X77 = 2
Máquinas

X21 - X11 ≤ 0 1 1 1 1
X31 - X11 ≤ 0 4 1 1 1
X41 - X11 ≤ 0
X51 - X11 ≤ 0 5 1 1 1 1
X61 - X11 ≤ 0 2 1 1
X71 - X11 ≤ 0
X12 - X22 ≤ 0
Ilustração 18: Matriz final de programação
X32 - X22 ≤ 0
X42 - X22 ≤ 0 inteira
X52 - X22 ≤ 0 Fonte: O autor.
X62 - X22 ≤ 0
X72 - X22 ≤ 0
X13 - X33 ≤ 0
X23 - X33 ≤ 0
X43 - X33 ≤ 0
X53 - X33 ≤ 0 3.5 Aplicando o CNN
X63 - X33 ≤ 0
X73 - X33 ≤ 0
X14 - X44 ≤ 0 a1 = [0 1 0 1 0 0 1]
X24 - X44 ≤ 0
X34 - X44 ≤ 0 a2 = [0 0 1 0 1 0 0]
X54 - X44 ≤ 0 a3 = [1 1 0 1 0 0 1]
X64 - X44 ≤ 0 a4 = [0 1 0 1 0 0 1]
X74 - X44 ≤ 0
X15 - X55 ≤ 0
a5 = [1 0 1 1 1 1 0]
X25 - X55 ≤ 0 p=5
X35 - X55 ≤ 0
X45 - X55 ≤ 0
X65 - X55 ≤ 0
X75 - X55 ≤ 0 Fase 1
X16 - X66 ≤ 0
X26 - X66 ≤ 0 Interação 1

Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006 41


1) Estabelecer k1 = k 2 = ... = kn = 1, β = 0,5, π w1 (4) = w1 (3) = [0,5 1 0 1 0 0 1]
= 0,5 w2 (4) = w2 (3) + ∆w2 (4) = [0,5 0 1 0 0,5 0,5 0]
µ = 4, m = p = 5
Fase 2: No exemplo, não serão considerados
2) w1 (1) = a1 = [0 1 0 1 0 0 1], s = 1; ∆wi (1) = os limites superior e inferior. O agrupamento re-
0, para i = 1, 2, ..., 5 sultante para as células de máquinas é:
3) t = 2
a2 = [0 0 1 0 1 0 0] Célula 1: a1 e a3 (máquinas 1 e 3)
4) Computar Ed1 = || a2 - w1 (1) || = 5
2
Célula 2: a2, a4 e a5 (máquinas 2, 4 e 5)
5) Estabelecer Ed1* = Ed1 = 5
6) Ed1* > µ = 4 As peças são agrupadas em famílias, usando-
s = s + 1 = 2, produz um novo centro de gru- se o mesmo procedimento.
po w2 (2) = a2 = [0 0 1 0 1 0 0] O agrupamento resultante para as famílias
∆w1 (2) = ∆w2 (2) = ... = ∆w5 (2) = [0 0 0 0 0 0 0] de peças é:
w1 (2) = w1 (1) + ∆w1 (2) = [0 1 0 1 0 0 1] Família 1: peças 1, 2, 4 e 7.
7) t = 2 < p = 5, retornar para o passo 3 Família 2: peças 3, 5 e 6.

Peças
Interação 2
1 2 4 7 3 5 6
3) t = 3, a3 = [1 1 0 1 0 0 1]
1 1 1 1
Máquinas

4) Computar Ed1 = || a3 - w1 (2) ||2 = 1 3 1 1 1 1


Ed 2 = || a3 - w2 (2) ||2 = 6 2 1 1
5) Edi* = Ed1 = 1 4 1 1 1

6) Ed1 = 1 < µ = 4 5 1 1 1 1

Então, a3 pertence ao grupo 1 Ilustração 19: Matriz final de CNN


∆w1 (3) = 0,5(x3 - w1 (2)) + 0,5∆w1 (2) = [0,5 0 Fonte: O autor.

0 0 0 0 0]T
∆w2 (3) = [0 0 0 0 0 0 0]
w1 (3) = w1 (2) + ∆w1 (3) = [0,5 1 0 1 0 0 1]
w2 (3) = w2 (2) = [0 0 1 0 1 0 0] 4 Medidas de desempenho
7) t = 3 < p = 5, retornar para o passo 3
Existem vários parâmetros ou metodologias
Interação 3 para avaliar o desempenho de um algoritmo. Para
3) t = 4, a4 = [1 0 1 0 0 1 0] os algoritmos aplicados na solução de proble-
4) Ed1 = 5,25 mas de formação de famílias e células, chamados
Ed 2 = 3 máquinas-peça, Malakooti e Yang (1995), em seus
5) Edi* = Ed 2 = 3 estudos, propuseram três medidas.
6) Ed 2 = 3 < µ = 4
então, a4 pertence ao grupo 2 4.1 Porcentagem de elementos
∆w1 (4) = ∆w1 (3) = [0,5 0 0 0 0 0 0] excepcionais (PEE)
∆w2 (4) = 0,5(a4 - w2 (3)) + 0,5∆w2 (3) = [0,5 0 A qualidade do método de agrupamento
0 0 - 0,5 0,5 0] pode ser avaliada pelo número de elementos ex-

42 Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006


Artigos

cepcionais (CHAN; MILNER, 1982). A porcen- 4.4 Aplicando as medidas


tagem de elementos excepcionais pode ser obtida de desempenho no problema
da ilustração numérica
dividindo-se o número de elementos excepcionais
(NEE) pelo número total de elementos com valor Tabela 1: Desempenho dos algoritmos

1 (N) na matriz final. PEE (%) UM (%) EA (%)

ROC 18,8 72,2 77,3


PEE = NEE / N DCA 12,5 82,4 85,6

CIA – – –

4.2 Utilização das máquinas (UM) Programação inteira 12,5 82,4 85,6

É a porcentagem do tempo em que as máqui- CNN 12,5 82,4 85,6

nas de cada grupo estão em produção (CHAN- Fonte: O autor.

DRASEKHARAN; RAJAGOPALAN; MO-


DROC, 1986). Sendo N1 o número total de 1 nos
grupos, R o número de grupos, m r o número de 5 Considerações finais
máquinas pertencentes ao grupo r e nr o número
de peças que compôem o grupo r, o UM pode ser Os algoritmos heurísticos ROC e DCA, a
programação inteira (método otimizante) e o
calculado da seguinte forma:
CNN obtiveram os mesmos desempenhos para
as três medidas consideradas (porcentagem de
R

UM = N1 / ( Σ mr nr) elementos excepcionais, utilização das máqui-


r=1
nas e eficiência de agrupamento). O CIA, embo-
ra para o exemplo apresentado não tenha obtido
solução, tem apresentado um bom desempenho
4.3 Eficiência de agrupamento
em várias aplicações práticas. Os aspectos com-
(EA) (em inglês grouping putacionais requeridos, apesar de não serem o
efficiency) enfoque deste trabalho, mesmo para a progra-
É uma medida de desempenho de agrupa- mação inteira (utilizado o software Lindo) fo-
ram compatíveis e viáveis quando aplicados ao
mento agregada, definida por Chandrasekharan,
problema estudado. Entretanto, deveriam ser
Rajagopalan e Modroc (1986). Sendo NEE o nú-
estudados, de forma mais profunda, problemas
mero de elementos excepcionais, MN as dimen- de dimensões maiores para que se pudesse de-
sões da matriz de incidência e mr e nr como já defi- terminar o método de solução (ou algoritmo),
nidos anteriormente, o EA pode ser calculado da ideal do ponto de vista computacional, versus as
dimensões dos problemas (matriz de incidência).
seguinte forma:
Como proposta para estudos futuros, aconse-
lhamos a busca em determinar com quais tipos
R

EA = 0,5 UM + 0,5 [1 - NEE / (MN - Σ mr nr)] de problemas os algoritmos estudados tendem a


r=1
falhar ou não propiciam soluções satisfatórias.

Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006 43


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Para referenciar este texto


MASSOTE, A. A. Algoritmos de tecnologia de grupo
para projetos de células de manufatura. Exacta, São
Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006.

44 Exacta, São Paulo, v. 4, n. especial, p. 31-44, 25 nov. 2006

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