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LICENCIATURA EM MÚSICA
RELATÓRIO FINAL DO
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
(ESPAÇO NÃO ESCOLAR)
Belo Horizonte
2016
INTRODUÇÃO
O estágio é uma das partes mais importante da formação acadêmica. É o
momento de colocar a teoria em prática, relacionar com a realidade propriamente
dita. É o espaço no qual é exigido relatório do que é visto, e logo após acrescentar
fundamentos teóricos sob aquela atividade exercida. Um momento de identificar a
área que eu quero me especializar. Como futura professora necessária conhecer o
campo de estágio é um meio essencial de adquirir bases empíricas sólidas.
b) Localização: Rua Dom Joaquim Silvério, 558, Bairro Coração Eucarístico, Belo
Horizonte/MG, CEP: 30535-620
c) Rede de ensino:
( ) pública: ( ) municipal ( ) estadual ( ) federal
(x) privada
d) Aulas oferecidas:
( x ) Canto ( x ) Violão ( x ) Cavaquinho ( x ) Baixo ( x ) Teclado ( x ) Saxofone
( x ) Bateria ( x ) Guitarra ( x ) Musicalização ( x ) Musicalização Infantil
( x ) Prática em conjunto
e) Turno (s) de funcionamento:
(x) manhã (x) tarde (x) noite
30 min. Musicalização 4
Infantil
Violão 5
50 min. Bateria 3
Canto 1
Piano 5
Cavaquinho 1
Piano 1
Violão 6
Guitarra 2
TARDE 13h às 50 min
18h
Bateria 2
Canto 5
Baixo 3
Piano 3
Violão 6
NOITE 18h às 50 min
21h Guitarra 2
Saxofone 2
Canto 1
Baixo 1
TOTAL ALUNOS 55
INTEGRAL DIRETOR 1
TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 3
Cultural: São organizados dois eventos para o recital dos alunos, eles acontecem
ao final do primeiro e do segundo semestre.
O uso dos espaços da escola: As salas e o estúdio são os espaços utilizados com
mais frequência pela escola.
3. INTERVENÇÃO
A fim de aumentar o leque das crianças, o objetivo do meu projeto de
intervenção é apresentar outros instrumentos para apreciação e exploração. Dessa
forma, resolvi aplicar as canções já existentes no repertório das crianças para o
descobrimento de novos timbres, contudo, abordando conteúdos do ensino de
música. Visto isso que:
As brincadeiras cantadas infantis são talvez uma das primeiras
manifestações do jogo musical com regras. [...] Mas a organizar a música,
ou organizá-la entre crianças quando ela é produzida, é uma preocupação
que toma sua verdadeira dimensão na criação coletiva. (DELALANDE,
2000, p. 51)
Vale ressaltar que, todas as canções e brincadeiras que eu utilizarei como base para
a intervenção, já fazem parte do repertório de atividades da escola, portanto, é de
costume na vivência das crianças.
Ciszevski (2010, p.4) afirma que “assim, o professor precisa estar atento para
ser capaz de observar e conservar as respostas naturais das crianças” . Assim,
estarei atenta a cada reação das crianças para que atividade flua e aconteça
harmoniosamente. Para tanto, entende-se que:
[...] na etapa da educação infantil, especialmente entre três e cinco anos, elas
tendem a reconhecer o fato musical como atividade que integra som e gesto;
o corpo; a voz; os materiais... Interessam-se pelo objeto sonoro, pelo
material/produto sonoro com o qual estabelecem relações, pela
interdependência entre fazer e escutar, entre gesto e produto. É o som que
interessa. Por isso, costumo dizer que para elas o instrumento é, de certa
maneira, o “lugar da música” e que todo material pode ser um instrumento
musical: o chão de madeira, a mesa, uma garrafa etc. As possibilidades se
ampliam consideravelmente!.(BRITO, 2012, p. 69-70)
Figura 2 - Exercício para reconhecimento sons - Fonte: Livro Coleção Educação musical
Brito destaca a importância da grafia musical não tradicional na musicalização
infantil:
“[...] apesar da leitura e escrita musicais tradicionais não serem conteúdos
próprios da educação infantil, o conceito de registro de um som (ou grupo de
sons) pode começar a ser trabalhado com crianças de três anos, desde que
em situações significativas de interação e apropriação dos sons e de
construção de sentidos“. (Brito, 2003, p. 178)
c.2)Objetivos específicos:
- Reconhecer graves e agudos.
e.3)Procedimentos Metodológicos:
- Pedir para que os alunos emitam um som com a voz;
- Seguir a figura emitindo o som conforme solicitado;
- Guiar as crianças com uma caneta passando por cima da grafia;
- Repetir o processo duas vezes.
2º Aula: Partindo da canção que estava sendo cantada, por coincidência pela
professora, peguei os chapéus de jornais e coloquei na cabeça da professora, na
minha e na do aluno. Disse a ele: Pegue seu instrumento,aluno2 e vamos marchar.
No segundo momento pedi para que andassem marchando pela sala e que agora
marcharemos como animais. O Aluno 1 estava com o pandeiro, a professora com o
violão, e eu com o tambor. O primeiro animal solicitado foi o elefante. Neste
momento, eu pedi para ouvíssemos apenas o som dos pés o aluno 1 marchava mais
forte. O segundo foi a formiguinha, e marchou bem fraquinho. Na terceira foi a vez
da tartaruga. marchamos lentamente, e por fim a raposa, marchamos bem rápido.
4. CONCLUSÃO
O estágio no Espaço Não-Escolar acrescentou experiências práticas na
minha formação. Avaliei, observei e conheci a área na qual desejo me especializar.
A instituição me permitiu conhecer a rotina das crianças no espaço escolar. Em todo
o percurso do estágio o ensino musical foi abordado por meio do lúdico, pois nesta
faixa etária os jogos e as brincadeiras fazem com que as crianças compreendam os
conteúdos a partir de suas capacidades cognitivas.
Durante o processo de escolha e planejamento da intervenção, descobri que
podemos abordar inúmeros conteúdos musicais por meio das canções folclóricas
presentes na rotina da Educação Infantil. Vale complementar que, a existe uma
grande importância no diálogo entre os pilares da filosofia, psicologia e a pedagogia
na prática musical. Esta trinca auxilia na elaboração das atividades e na
compreensão das fases de desenvolvimento.
É necessário pensar em uma boa estratégia para a abordagem durante as
aulas. A comunicação do educador deve ser concisa para que os alunos entendam o
que será desenvolvido na sala de aula. Além do mais, é importante fazer um
planejamento com atividades extras, a fim de evitar a quebra de ritmo entre um
exercício e outro.
No decorrer do estágio surgiram alguns problemas no planejamento da aula.
Pensei em algumas intervenções com um grau de dificuldade maior, porém não
condiziam com o período de desenvolvimentos das crianças. Logo escolhi uma
atividade que fosse mais simples. Além disso, abordei mais de um conteúdo musical
durante uma atividade.
Por meio desses dados, percebi como é importante a educação musical ser
iniciada neste período de desenvolvimento da criança,no qual ela está se inserindo
no universo existente em sua volta, e como o seu corpo pode influenciar todo o
meio.
Por fim, a busca pelo conhecimento na área é fundamental. Foi uma
experiência única para o meu crescimento como educadora.
REFERÊNCIAS
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: propostas para a formação
integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.
GUIA, Rosa Lúcia dos Mares; BRAGA, Matheus. Coleção Educação Musical, Volume 1.
Belo Horizonte: Editora Educacional, 2011.
NUNES, Nádia. Uma Abordagem Pedagógica Para A Teoria Das Inteligências Múltiplas,
2014. Disponível em:
<http://old.angrad.org.br/_resources/_circuits/article/article_1857.pdf/>. Acesso em:
07/07/2017.
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento
Humano. Trad. Carla Filomena Marques Pinto Vercesi. 10ª ed. Porto Alegre: Artmed.
2010/2007.
SILVA, Carlos Fagner Costa e. O Aprendizado do Solfejo pelo método Kodály. Rio de
Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Letras e Artes
Instituto Villa-Lobos,2013. Disponível em:
<http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/carlossilva.pdf> Acesso em: 07 de
Julho de 2017.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente, 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ANEXOS
Sala de aula de canto, musicalização infantil e teoria e percepção. Fonte: Letícia Damaris
Fachada Musicoteca e Pátio Interno - Fonte: Letícia Damaris