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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX

LICENCIATURA EM MÚSICA

Letícia Damaris Costa de Oliveira

RELATÓRIO FINAL DO
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
(ESPAÇO NÃO ESCOLAR)

Belo Horizonte
2016
INTRODUÇÃO
O estágio é uma das partes mais importante da formação acadêmica. É o
momento de colocar a teoria em prática, relacionar com a realidade propriamente
dita. É o espaço no qual é exigido relatório do que é visto, e logo após acrescentar
fundamentos teóricos sob aquela atividade exercida. Um momento de identificar a
área que eu quero me especializar. Como futura professora necessária conhecer o
campo de estágio é um meio essencial de adquirir bases empíricas sólidas.

1. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR


Meu primeiro contato com a escola foi na sede antiga, situada no mesmo
bairro do novo local. O novo local é um ambiente harmonioso, possui duas salas
pequenas bem decoradas, um estúdio, um banheiro e uma recepção. Também
possui um espaço externo que lembra uma pequena vila, onde acontecem os
recitais dos alunos. A escola é frequentada por diversos públicos e faixas etárias
diferentes. Além disso, ao redor da instituição tem muita movimentação por causa do
comércio local.

1.1 Caracterização da Unidade Escolar Geral:

a) Nome da Instituição: Musicoteca Escola de Música

b) Localização: Rua Dom Joaquim Silvério, 558, Bairro Coração Eucarístico, Belo
Horizonte/MG, CEP: 30535-620

c) Rede de ensino:
( ) pública: ( ) municipal ( ) estadual ( ) federal
(x) privada

d) Aulas oferecidas:
( x ) Canto ( x ) Violão ( x ) Cavaquinho ( x ) Baixo ( x ) Teclado ( x ) Saxofone
( x ) Bateria ( x ) Guitarra ( x ) Musicalização ( x ) Musicalização Infantil
( x ) Prática em conjunto
e) Turno (s) de funcionamento:
(x) manhã (x) tarde (x) noite

1.2 Caracterização da Unidade Escolar Específica do Segmento Educação


Infantil:
a) Estrutura física da Instituição:
( 1 ) banheiro unissex
( 1 ) estúdio (com bateria e amplificadores de guitarra e baixo)
( 2 ) salas de aula (equipadas com instrumentos musicais)
( 1 ) recepção
( 1 ) depósito
( 1 ) área externa

b) Descrição das condições e de sua utilização:


A Musicoteca é uma escola pequena e organizada. Possui diversos
instrumentos para o uso durante as aulas. Além disso, as salas disponíveis não tem
tratamento acústico, inclusive, o estúdio. No entanto, aos poucos o dono está
reestruturando a escola.

c) Número de turmas (por turno e séries/ciclos) e carga horária por turno e


número de alunos (por turno e séries/ciclos):

TURNO HORÁRIO Tempo TURMA Nº alunos

30 min. Musicalização 4
Infantil

Violão 5

MANHÃ 08h às 12h Guitarra 2

50 min. Bateria 3

Canto 1
Piano 5

Cavaquinho 1

TOTAL TURNO DA MANHÃ 7 modalidades 21

Piano 1

Violão 6

Guitarra 2
TARDE 13h às 50 min
18h
Bateria 2

Canto 5

Baixo 3

TOTAL TURNO DA TARDE 6 modalidades 19

Piano 3

Violão 6
NOITE 18h às 50 min
21h Guitarra 2

Saxofone 2

Canto 1

Baixo 1

TOTAL TURNO DA NOITE 6 modalidades 15

TOTAL ALUNOS 55

d) Número de professores em exercício (por grau e ciclos/séries; por nível de


carreira – P1, P2, etc.):
Ao todo são 12 (doze) professores, sendo 07 (sete) ativos. A maioria possui curso
superior de música.
e) Número de profissionais técnico-administrativos (por cargo e turno) -
pedagogos (as); coordenadores (as) pedagógicos (as):

TURNO CARGO QUANTIDADE

INTEGRAL DIRETOR 1

MEIO HORÁRIO RECEPCIONISTAS 2

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 3

1.2 Gestão educacional da unidade:

A ESCOLA COMO ESPAÇO SOCIOCULTURAL:


Caracterização social, econômica e cultural dos profissionais da escola,
alunos e comunidade: A escola está localizada na região noroeste de Belo
Horizonte, no bairro Coração Eucarístico, seu entorno vai da classe média a alta,
também possui vários comércios e a faculdade PUC.

Social: A equipe de profissionais é variada e os alunos também, incluindo os com


deficiência motora e mental. No entanto, há poucas crianças negras.

Econômico: Classe média ou alta.

Cultural: São organizados dois eventos para o recital dos alunos, eles acontecem
ao final do primeiro e do segundo semestre.

O uso dos espaços da escola: As salas e o estúdio são os espaços utilizados com
mais frequência pela escola.

Os tempos escolares: As de musicalização infantil são em grupo e duram 30min.


As aulas individuais e em grupo duram 50min. A escola funciona de segunda a
sábado, sendo que, no sábado há uma turma de musicalização destinada a todos os
alunos matriculados em alguma aula de instrumento na escola.

1.3. Outros aspectos pedagógicos:


A musicoteca é voltada para as necessidades do aluno. A metodologia de
ensino é adaptada de acordo com que o aluno deseja alcançar nas aulas do seu
instrumento específico.
Todas as aulas de instrumento específico são individuais, e como bônus, a
escola oferece um curso gratuito para a prática de musicalização em conjunto aos
sábados. A musicalização infantil não se enquadra nas aulas de musicalização aos
sábados, pois, a mesma já tem por si só, a função de socialização dos alunos.

1.4 Reflexões sobre a Instituição Escolar e Análise do PPP:


A escola não possui um PPP.

2. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS


2.1 – Observação Panorâmica: No geral, as aulas são voltadas para a prática e a
parte performática do aluno. Utiliza-se diversos recursos pedagógicos como:
notebook (playback e música para acompanhamento, instrumentos musicais
artesanais, teclado, etc.
Na aula observada de violão, o professor instruiu a aluna nas músicas do
repertório, passo a passo. Quando a aluna não conseguia executar um trecho, o
professor pedia para repassar novamente o trecho até conseguir.
Na aula de teoria e percepção, o conteúdo é repassado com dinâmica.
Porém, os alunos não participam tanto da aula, e a atenção é mais voltada para a
resposta dos exercícios do que pela interação no processo.
Na musicalização infantil, as aulas também são dinâmicas, um exercício
seguido do outro. Tudo que é transmitido às crianças tem uma ludicidade fortemente
presente, e essa característica é fundamental para a musicalização infantil. No
entanto, um aluno tem resistência a determinadas atividades, e essa situação me
deixou intrigada para ajudar a professora e o aluno a tentar desvendar este mistério.
A professora é super atenciosa e transmite bastante confiança aos alunos,
permanece com o seu papel de resgatar o interesse do aluno para as atividades nos
momentos de resistência do aluno. Vygotsky (1991) postula que a motivação é um
dos fatores principais para o sucesso da aprendizagem e, portanto, não se pode
pensar no aluno sem o professor, pois este último irá motivar aquele a aprender,
numa relação dialógica, tanto dentro da escola como fora dela. Nesse sentido, o
professor é o sujeito motivador e/ou estimulador na aprendizagem como um todo,
visto que, ele é o responsável pelas estratégias de ensino na sala de aula.

2.2 - Relato de uma aula detalhada com fundamentos teóricos


28/06 – 9:50 – Aula de musicalização Infantil (2 alunos de 3 a 4 anos)
O primeiro momento da aula inicia-se com a professora pedindo para os
alunos fecharem os olhos e adivinhar qual era instrumento que ela estava tocando.
Assim, ao adivinhar, a professora entrega o instrumento para os alunos tocarem na
canção “bom dia” e “Olá, tá tudo bem?”, que são canções para saudar o coleguinha.
Essas duas músicas de saudação, são trabalhadas nelas alguns conceitos musicais,
como o silêncio na hora das pausas, e a percepção quando a professora pede para
os alunos só tocarem os instrumentos no momento que ela solicita.
Em seguida, ela diz “muito bom” e convoca os alunos para cantar a canção
“Vou subir a serra, depois vou descer...” com outro instrumento solicitado por ela
(chocalhos diversos). Nesta música, os alunos trabalham com o corpo em um trecho
que canta-se a escala natural de dó maior, utilizando o chocalho, própria voz, por
meio dos movimentos com o braço de
acordo com a figura abaixo:

Figura 1 - Kodály 1 manossolfa - Fonte: Blog de Educação Musical


No desenho acima, as crianças estão fazendo um gesto para simbolizar as
alturas musicais que são nomeadas como “silabação rítmica” para a memorização
dos intervalos e das alturas. Esse método chama-se manossolfa que, resgatado por
Kodály do solfejo medieval, consiste em reconhecer as alturas através dos sinais
manuais específicos para cada nota, e assim, permite a conscientização das
distâncias intervalares e a melhoria da afinação. Podemos dizer que a manossolfa é:
...é uma técnica vista por Kodály como facilitadora inicial para compreensão
sonora dos graus da escala, os exercícios podem ser feitos a uma ou duas
vozes, nos exercícios a duas vozes a percepção da relação intervalar entre
as notas fica mais clara, com isso se abre um horizonte de possibilidades de
exercícios para se exercitar a percepção dos alunos. (SILVA, 2013, p. 11 )

No entanto, a professora utiliza deste recurso com instrumento percussivo, e


a voz acaba ficando para segundo plano. Mesmo diante deste fato, podemos
perceber que há um sentido teórico na atividade proposta, e os alunos executam a
performance.
O próximo momento é com a flauta doce. Com este instrumento, a professora
começa a introduzir algumas técnicas para a utilização do mesmo: o sopro e a nota
si, por ser mais fácil de posicionar os dedos na flauta. Neste momento, o aluno 1
perde o interesse pela aula, rejeitando a flauta e dizendo: “não quero”. A professora
insiste de uma forma delicada para o aluno pegar a flauta e tocar, mas o aluno 1 se
emburra, e acaba indo para o canto da sala, com os braços cruzados e a cara
fechada. A professora insiste mais duas vezes, e como ela não consegue resgatar o
aluno naquele período, ela dá continuidade a aula com o aluno 2. As flautas são
utilizadas em determinado momento da música “O pato” para dar alusão ao pato, e
na música “No meio da floresta” a coruja (Aqui a flauta é desmontada, e utiliza-se
apenas a parte superior dela). Na música 1 utiliza-se a nota si na flauta. Percebi que
o aluno 2 tem uma postura adequada para utilizar a flauta, porém, a nota soa
desafinada. Tenho consciência de que, nesta fase de aprendizagem, o que vale de
fato, é a participação da criança nas atividades proposta pela professora. Sendo
assim podemos mencionar que:
O jogo musical das crianças menores, como exemplo, costuma valorizar
aspectos de ordem qualitativa, referentes à potência do sonoro, à sonoridade
à conquista do material. As conexões entre a escuta e a produção de gestos
geram percursos de produção sonora movidos pela experimentação, pelo
mergulho em planos expressivos que misturam a imitação e a criação de
possibilidades.(BRITO, 2012, p. 69)

Quanto ao aluno 1, ele apreciou cada momento da aula, mesmo não


participando ativamente. Na próxima atividade que foi dada, o aluno 1 voltou a
participar. Atividade consistia em marchar em roda com a música “Marcha
Companheiro”, e nesta atividade foi trabalhada a pulsação e a intensidade. Os
alunos cantaram com a professora e se divertiram bastante. Para fechar a última
atividade da aula, foram cantadas mais três canções para as crianças cantarem e
explorarem os instrumentos (caxixi e chocalho).
Observei que todos os alunos interagiram com a brincadeira musical (exceto
um no momento da flauta). Percebi também, a valorização da performance das
crianças e a apreciação dos próprios alunos durante a atividade. Segundo Ilari e
Broock (2013, p.19) “A apreciação fomenta o desenvolvimento tanto quanto pode
facilitar a sua manifestação. Sua relevância musical é inquestionável, pois ela é
capaz de oportunizar os alunos uma vivência acessível e extremamente rica”.
No final da aula, é realizado um momento para as crianças relaxarem, o que
eu achei bem interessante. Acredito que essa abordagem é para desacelerar os
alunos. Ainda convém mencionar que, a professora tem propostas e atividades
semelhantes, e as aulas são planejadas semestralmente para os alunos fixarem as
atividades.

3. INTERVENÇÃO
A fim de aumentar o leque das crianças, o objetivo do meu projeto de
intervenção é apresentar outros instrumentos para apreciação e exploração. Dessa
forma, resolvi aplicar as canções já existentes no repertório das crianças para o
descobrimento de novos timbres, contudo, abordando conteúdos do ensino de
música. Visto isso que:
As brincadeiras cantadas infantis são talvez uma das primeiras
manifestações do jogo musical com regras. [...] Mas a organizar a música,
ou organizá-la entre crianças quando ela é produzida, é uma preocupação
que toma sua verdadeira dimensão na criação coletiva. (DELALANDE,
2000, p. 51)

Vale ressaltar que, todas as canções e brincadeiras que eu utilizarei como base para
a intervenção, já fazem parte do repertório de atividades da escola, portanto, é de
costume na vivência das crianças.
Ciszevski (2010, p.4) afirma que “assim, o professor precisa estar atento para
ser capaz de observar e conservar as respostas naturais das crianças” . Assim,
estarei atenta a cada reação das crianças para que atividade flua e aconteça
harmoniosamente. Para tanto, entende-se que:
[...] na etapa da educação infantil, especialmente entre três e cinco anos, elas
tendem a reconhecer o fato musical como atividade que integra som e gesto;
o corpo; a voz; os materiais... Interessam-se pelo objeto sonoro, pelo
material/produto sonoro com o qual estabelecem relações, pela
interdependência entre fazer e escutar, entre gesto e produto. É o som que
interessa. Por isso, costumo dizer que para elas o instrumento é, de certa
maneira, o “lugar da música” e que todo material pode ser um instrumento
musical: o chão de madeira, a mesa, uma garrafa etc. As possibilidades se
ampliam consideravelmente!.(BRITO, 2012, p. 69-70)

AULA 1 - 06/05/2017 15 min


A primeira aula será assim: Vou fazer a brincadeira de quem adivinha o som
dos instrumentos. No primeiro momento, os instrumentos (Pandeiro, tamborim, reco-
reco e chocalho) estarão dentro da mochila, e assim, pedirei para os alunos
fecharem os olhos e descobrir qual é o instrumento que está sendo tocado. A
medida que eles forem adivinhando, perguntarei se o instrumento é grave ou agudo.
Em seguida, após a descoberta, entregarei o instrumento na mão dos alunos e darei
um tempo para eles explorarem o instrumento (1 min), e depois os convidarei para
cantar uma canção do repertório deles. No total são 4 instrumentos musicais, ou
seja, será executada quatro canções escolhida pela professora ou por eles para a
exploração dos instrumentos novos.

AULA 2 - 06/05/2017 15 min


A brincadeira será da seguinte forma: Cada criança receberá um chapéu de
jornal que eu levarei pronto para sala de aula. Em seguida, perguntarei: Vocês
conhecem a brincadeira do soldado? Seguindo o diálogo, a crianças estarão em
roda e pé, chamarei pelo nome de cada criança para receber o chapéu. Com os
chapéus na cabeça, começaremos a cantar a canção do marcha soldado. Depois
disso, perguntarei: Amigos, tá faltando alguma coisa pra gente virar soldado, o quê
será? Esperarei a resposta deles. Isso mesmo, precisamos marchar!
Em roda, começarei a cantar junto com eles, marcando o pulso regular com o
pandeiro e o tambor, seguindo a marcha com os pés, parados no mesmo lugar.
Logo após, pedirei que marchem pela sala, em movimento. Agora será a vez de
marchamos como animais. O intuito é trabalhar o pulso regular e a intensidade,
portanto, o elefante representará a intensidade mais forte e a formiga será a
intensidade leve.
Agora é a hora de trabalhar o andamento. Pedirei então que marchem como
uma tartaruga para trabalharmos o andamento mais lento, e a raposa mais rápida.
Segundo Carneiro (2006) “Gardner (1997/1973, p.77-110) observou a
capacidade de alguns bebês manterem um pulso regular, de compreender estados
de humor das pessoas através de sons, gestos e expressões faciais, e de
reconhecer canções”.
AULA 3 - 11/05/2017 20 min
Essa atividade consiste em fazer o som conforme o gráfico abaixo. O
instrumento utilizado será a voz. No primeiro quadro a criança irá emitir um som do
grave para o agudo. No segundo quadro, vai emitir o som do agudo para o grave,
porém com pequenas pausas. No terceiro quadro, será um som contínuo até o fim
da linha. No quarto também será um som contínuo, mas dessa vez terá pausas,
conforme o desenho. No quinto, as crianças vão emitir o som do agudo para o
grave. E no sexto, será com pausas do grave para o agudo. Para melhor
assimilação dos gráficos, irei acompanhar a grafia com a caneta para guiar os
alunos.

Figura 2 - Exercício para reconhecimento sons - Fonte: Livro Coleção Educação musical
Brito destaca a importância da grafia musical não tradicional na musicalização
infantil:
“[...] apesar da leitura e escrita musicais tradicionais não serem conteúdos
próprios da educação infantil, o conceito de registro de um som (ou grupo de
sons) pode começar a ser trabalhado com crianças de três anos, desde que
em situações significativas de interação e apropriação dos sons e de
construção de sentidos“. (Brito, 2003, p. 178)

3.1.3 Objetivo Geral


● Desenvolver a percepção e exploração dos instrumentos.

3.1.4 Objetivos Específicos


● Pulso;
● Andamento;
● Intensidade;
● Timbre.
● Altura (grave e agudo)
● Sons curtos e longos

3.1.5 Planos de aula


a) Instituição de ensino: Escola Infantil Arte do Saber LTDA – Jardim

b) Segmento: Musicalização Infantil.


Quantidade de alunos: 2
Idade: 3 a 4 anos.

c) AULA 1: 05/07 - 15min


c.1) Objetivos:
- Explorar timbres;
- Perceber a diferença entre agudos e graves.
- Percepção.

c.2)Objetivos específicos:
- Reconhecer graves e agudos.

c.3) Procedimentos Metodológicos:


- Conversar com os alunos sobre a atividade;
- Aluno irá adivinhar qual é o instrumento que está sendo tocado;
- Exploração do instrumento adivinhado;
- A criança irá explorar o instrumento junto com a canção que será tocada no
violão.

c.4) Recursos Didáticos:


- Pandeiro, tamborim, reco-reco, chocalho e violão.

c.5) Resultados Esperados:


- A exploração dos timbres dos instrumentos e o reconhecimento de grave e
agudo
d) AULA 2: 06/07- 15 min
d.1) Objetivos:
- Iniciação do pulso regular, intensidade e andamento.

d.2) Objetivos específicos:


- Pulso, Intensidade e andamento.

d.3) Procedimentos Metodológicos:


- Colocar o chapéu de jornal nas crianças;
- Convidá-las para marchar em roda com o instrumento escolhido por ele;
- Pedir para cantar a canção e tocar o instrumento;
- Pedir para não cantar e nem tocar. Apenas escutar os pés batendo no chão;
- Pedir para marchar igual um elefante(forte), em seguida igual uma formiga
(fraco), tartaruga (lenta) e raposa (rápida).

d.4) Recursos Didáticos:


- Chapéu feito de jornal, violão,tamborim, reco-reco, chocalho pandeiro e
tambor.

d.5) Resultados Esperados:


- Percepção do pulso e do andamento pelos alunos.

e) AULA 3: 05/06 – 20min.


e.1) Objetivos:
- Reconhecer os sons curtos e longos, bem como as alturas (grave e agudo)
e introdução a grafia musical não-tradicional.

e.2) Objetivos específicos:


- Sons curtos e longos;
- Alturas (Grave e Agudo).

e.3)Procedimentos Metodológicos:
- Pedir para que os alunos emitam um som com a voz;
- Seguir a figura emitindo o som conforme solicitado;
- Guiar as crianças com uma caneta passando por cima da grafia;
- Repetir o processo duas vezes.

e.4) Recursos Didáticos:


- Atividade da figura 2 deste relatório;
- voz
e.6) Resultados Esperados:
Que os alunos consigam executar a tarefa apresentada, além de
reconhecerem os objetivos propostos nessa atividade.

3.2 Relatório da Intervenção


1º Aula:
Inicialmente, ao chegar na sala, vi que estava presente apenas o aluno1.
Esperamos alguns minutos o aluno 2, mas ele não chegou. Então, a professora deu
início a aula dela com a música “bom dia”, no qual a letra tinha um momento
comprimentar as pessoas que estavam na sala. Assim que a professora terminou a
atividade, pedi a ela permissão para iniciar a minha intervenção.
Sentada à frente do aluno, pedi que fechasse os olhos para tentar adivinhar o
nome do instrumento conforme o som dele. O primeiro instrumento foi o tamborim. O
aluno não conseguiu adivinhar, conforme eu havia imaginado, no entanto, expliquei
a história do instrumento e em qual ocasião/estilo o instrumento é utilizado. No
momento seguinte, entregou-se o instrumento para a exploração, perguntei se era
grave ou agudo aquele instrumento. A criança raspou a mão e analisou o
instrumento. Seguiu-se a mesma ideia com os outros instrumentos (pandeiro, reco-
reco), e ele, novamente não adivinhou o nome dos instrumentos, exceto na hora que
toquei o chocalho. Ele adivinhou o chocalho, pois, nas aulas da professora tem
sempre um chocalho nas suas atividades. Durante a intervenção, cantamos e
tocamos com o violão, canções do repertório comum das aulas para a utilização do
instrumento novo. Como eu só tinha um dia para aplicar as minhas intervenções, eu
emendei uma atividade na outra. Portanto, começamos a cantar a música “marcha
soldado”.

2º Aula: Partindo da canção que estava sendo cantada, por coincidência pela
professora, peguei os chapéus de jornais e coloquei na cabeça da professora, na
minha e na do aluno. Disse a ele: Pegue seu instrumento,aluno2 e vamos marchar.
No segundo momento pedi para que andassem marchando pela sala e que agora
marcharemos como animais. O Aluno 1 estava com o pandeiro, a professora com o
violão, e eu com o tambor. O primeiro animal solicitado foi o elefante. Neste
momento, eu pedi para ouvíssemos apenas o som dos pés o aluno 1 marchava mais
forte. O segundo foi a formiguinha, e marchou bem fraquinho. Na terceira foi a vez
da tartaruga. marchamos lentamente, e por fim a raposa, marchamos bem rápido.

O aluno interagiu o tempo inteiro com a brincadeira. Fiquei muito satisfeita


com o resultado da atividade. Foi bem dinâmica e com muitas expressões corporais.
O pulso não foi certo o todo momento. A ideia da atividade era possibilitar a criança
a desenvolverem a expressão por meio da música, agregando a capacidade de
sentir, viver e apreciar a canção dada. Encerrei a atividade comemorando com o
aluno e com a professora.
Por fim, achei que as atividades tiveram sucesso. Tive um problema do aluno
2 não comparecer na aula, e com isso, as atividades poderiam ter sido mais
dinâmicas. Não consegui realizar a terceira atividade por questões de tempo.

4. CONCLUSÃO
O estágio no Espaço Não-Escolar acrescentou experiências práticas na
minha formação. Avaliei, observei e conheci a área na qual desejo me especializar.
A instituição me permitiu conhecer a rotina das crianças no espaço escolar. Em todo
o percurso do estágio o ensino musical foi abordado por meio do lúdico, pois nesta
faixa etária os jogos e as brincadeiras fazem com que as crianças compreendam os
conteúdos a partir de suas capacidades cognitivas.
Durante o processo de escolha e planejamento da intervenção, descobri que
podemos abordar inúmeros conteúdos musicais por meio das canções folclóricas
presentes na rotina da Educação Infantil. Vale complementar que, a existe uma
grande importância no diálogo entre os pilares da filosofia, psicologia e a pedagogia
na prática musical. Esta trinca auxilia na elaboração das atividades e na
compreensão das fases de desenvolvimento.
É necessário pensar em uma boa estratégia para a abordagem durante as
aulas. A comunicação do educador deve ser concisa para que os alunos entendam o
que será desenvolvido na sala de aula. Além do mais, é importante fazer um
planejamento com atividades extras, a fim de evitar a quebra de ritmo entre um
exercício e outro.
No decorrer do estágio surgiram alguns problemas no planejamento da aula.
Pensei em algumas intervenções com um grau de dificuldade maior, porém não
condiziam com o período de desenvolvimentos das crianças. Logo escolhi uma
atividade que fosse mais simples. Além disso, abordei mais de um conteúdo musical
durante uma atividade.
Por meio desses dados, percebi como é importante a educação musical ser
iniciada neste período de desenvolvimento da criança,no qual ela está se inserindo
no universo existente em sua volta, e como o seu corpo pode influenciar todo o
meio.
Por fim, a busca pelo conhecimento na área é fundamental. Foi uma
experiência única para o meu crescimento como educadora.
REFERÊNCIAS

BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: propostas para a formação
integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.

DELALANDE, F. La musique est um jeu d’enfant. Paris: Editions Buchet/Chastel,1984.

GUIA, Rosa Lúcia dos Mares; BRAGA, Matheus. Coleção Educação Musical, Volume 1.
Belo Horizonte: Editora Educacional, 2011.

FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Música e meio ambiente: ecologia sonora.


São Paulo: Irmãos Vitale, 2004.em: 10 de nov. 2016.

NUNES, Nádia. Uma Abordagem Pedagógica Para A Teoria Das Inteligências Múltiplas,
2014. Disponível em:
<http://old.angrad.org.br/_resources/_circuits/article/article_1857.pdf/>. Acesso em:
07/07/2017.

PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento
Humano. Trad. Carla Filomena Marques Pinto Vercesi. 10ª ed. Porto Alegre: Artmed.
2010/2007.

SILVA, Carlos Fagner Costa e. O Aprendizado do Solfejo pelo método Kodály. Rio de
Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Letras e Artes
Instituto Villa-Lobos,2013. Disponível em:
<http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/carlossilva.pdf> Acesso em: 07 de
Julho de 2017.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente, 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget:


fundamentos do construtivismo. Trad. EsmériaRovai. 5ª ed. São Paulo: Pioneira. 1996/1971.

ANEXOS

Sala de aula de canto, musicalização infantil e teoria e percepção. Fonte: Letícia Damaris
Fachada Musicoteca e Pátio Interno - Fonte: Letícia Damaris

Momentos de atividades na sala de aula - Fonte: Letícia Damaris


Materiais pedagógicos para musicalização infantil - Fonte: Letícia Damaris

Materiais utilizados na intervenção - Fonte: Letícia Damaris

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