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2º bimestre 2017
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desde de 1974 já existiam ao menos sete RMs criadas pela Ditadura no
contexto do II PND. Estas – no momento de sua criação – já envolviam
processos e funções muito mais complexas do que meramente critérios
demográficos e de ocupação. Por isso a proposta foi rapidamente abortada.
Contudo, o PL estabelecia as diretrizes para a Política Nacional de
Planejamento Regional Urbano (PNPRU) e desenhava o Sistema Nacional de
Planejamento e Informações Regionais Urbanas, lançado, então, bases para
diversas políticas setoriais em áreas como a de Habitação, Saneamento,
Mobilidade e etc. Estas políticas e programas, gradativamente, obtiveram
adesão da sociedade, logo, ganhando legitimidade e auxiliando na criação dos
fundamentos do seria chamado de Funções Públicas de Interesse Comum
(FPIC). É exatamente esse conceito e sua dimensão urbano-regional que dá
sustentação ao próprio Estatuto da Metrópole, pois essa natureza urbano-
regional dos impactos das políticas de Saneamento, Habitação, Mobilidade que
afeta escalas muito mais amplas do que aquelas correspondentes somente a
dimensão dos municípios. O resultado são conformações espaciais tanto para
programas e políticas públicas, quanto institucionais – vide o próprio Estatuto
da Metrópole – para dar conta desta nova realidade que o processo
metropolização-urbanização-produtivo-ambiental engendrou. Em outras
palavras e tentando resumir, pode-se dizer que são existência das FPICs são
um dos fatores chaves que dão liga aos processos de institucionalização de
RMs, AUs e, também, Microrregiões.
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Estatuto da Metrópole foi de clarificar conceitos, definir instrumentos, apontar
fontes de recursos e garantir a montagem de uma institucionalidade capaz que
de garantir estruturas de gestão com mecanismos integradores e participativos.
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determinar a oficialização de RMs e AUs que já estivessem consolidadas,
deveria haver a estipulação de prazos também para que a organização do
arranjo interfederativo e a gestão plena estivessem em funcionamento, não
somente o PDUI, de ordenar a compatibilização dos planos setoriais com o
próprio PDUI. Contudo, os autores ressaltam que o Estatuto da Metrópole joga
mais lenha na necessidade tanto de uma Reforma Política, quanto na revisão
do pacto federativo nacional, pois – via FPICs/reorganização interfederativa
que envolva estados e municípios – há caminhos para novos arranjos de
gestão, sobretudo, se o viés de participação democrática da sociedade civil for
levado a cabo.