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Governança Na Administração Pública PDF
Governança Na Administração Pública PDF
Uberlândia
Mar/2010
FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA
Autorizada pela Portaria no 577/2000 – MEC de 03/05/2000
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
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Mar/2010
FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA
Autorizada pela Portaria no 577/2000 – MEC de 03/05/2000
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e-mail: jairobjunior@yahoo.com.br
e-mail: flaviacristinac@hotmail.com
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Resumo.
O Brasil como o resto do mundo está inserido em uma nova realidade globalizada onde a
informação torna-se cada vez mais valiosa para qualquer tipo de relação que exista entre as
pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Neste ambiente onde os processos estão cada vez mais
complexos, surgem grandes desafios para os governos de qualquer país que optou pela
Democracia como Regime de Governo. Se por um lado a transparência pública é cobrada
pela sociedade que elegeu seus representantes, por outro esta mesma transparência traz a
tona os fatos, que geraram e geram fraudes não somente do lado do Governo, mas também
das empresas e da população enquanto elementos constituintes da Nação. Este trabalho foi
desenvolvido com o foco voltado para a contribuição que as soluções de Tecnologia da
Informação, na forma de softwares desenvolvidos ou contratados pelo Governo, aplicados na
promoção da transparência pública e no combate às fraudes de modo geral está
proporcionando ao Brasil, o que já foi feito até o momento e quais as vantagens conquistadas
utilizando a tecnologia da informação no apoio a esta nova realidade governamental
enfrentada pelas Instituições Públicas brasileiras.
Palavras-Chave: Governança, transparência, fraudes.
Abstract.
Brazil as the world is part of a new global reality where information becomes increasingly
valuable to any relationship that exists between people, whether physical or juridical. In this
environment where processes are increasingly complex, there are enormous challenges for
governments of any country that has opted for democracy as a system of government. On the
one hand, public transparency is charged by the society that elected representatives, on the
other hand this same transparency brings out the facts, that create and generate fraud not just
on government but also businesses and the population as components of the nation. This work
was developed with a focus on the contribution that the solutions of information technology in
the form of software developed or contracted by the government, used to promote public
transparency and to combat fraud in general is giving to Brazil, which has been done so far
and what the advantages won by using information technology to support this new reality
faced by government public institutions in Brazil.
Keywords: Governance, transparency, fraud.
1. Introdução
Um dos assuntos do momento no Brasil é sobre a ética das pessoas de modo geral
frente às suas responsabilidades enquanto cidadãos membros desta Nação que há anos carrega
alguns slogans bem conhecidos de todos, tais como “O Brasil é o país do futuro”, “O Brasil é
a bola da vez”, “Este é um país que vai pra frente”, dentre outros. Em se falando de tecnologia
da informação o Brasil já está no futuro, pois os investimentos tecnológicos que se tem
presenciado aqui até então, estão alinhados com o resto do mundo.
Neste grande território há empresas grandes e robustas, como também pequenas e
médias que se preocupam com a gestão da informação, não reduzindo esforços para que os
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2. Governança Global
internacional.
O cenário mundial marcado por problemas financeiros e ambientais e necessidades
sócio-econômicas que afetam a qualidade de vida dos seres humanos traz a tona uma
discussão de criação de uma nova ordem mundial conforme diz Mezzono (2009).
A necessidade de uma Governança Global aumenta a cada dia, pois os problemas
enfrentados pelo mundo e as necessidades de uma maior interação entre as Nações, obrigam a
utilização, pelos países, de todos os recursos possíveis e disponíveis, no combate aos eventos
negativos que trazem prejuízos, permanentes ou não, à vida humana na Terra.
[...] Precisamos de uma visão da prosperidade humana no mais pleno sentido da palavra
- um despertar para as possibilidades de bem-estar espiritual e material hoje ao nosso
alcance [...] O conceito de segurança global precisa ser ampliado do tradicional foco na
segurança dos estados para incluir a segurança de todos os povos e a segurança do
planeta [...] Chegou a hora de construir um fórum global para prover lideranças
inovadoras no campo econômico, social e ambiental [...] O conceito da natureza
espiritual do homem introduz uma nova dimensão na questão da igualdade - a dimensão
da plenitude humana. Um relacionamento de igualdade requer cooperação no lugar de
competição, flexibilidade no lugar de rigidez, gentileza no lugar de grosseria, e
humildade no lugar da arrogância [...] Toda a humanidade deve preservar os valores
básicos do respeito à vida, à liberdade, à justiça e à equidade, do respeito mútuo, da
solidariedade e da integridade [...] Enquanto as mulheres forem impedidas de atingir as
suas mais altas possibilidades ou potencialidades, os homens serão incapaz de alcançar
a grandeza que poderia ser sua. A mulher em função de ser mãe é a primeira educadora
de cada nova geração[...] A produção de energia nuclear em maneira segura, assim
como a utilização pacífica de plutônio e urânio altamente enriquecido proveniente do
desarmamento nuclear a serviço da Humanidade são problemas da Governança Global
[...] A avaliação de nossa atitude básica em relação à Natureza e o equilíbrio que deve
existir entre as realidades física e espiritual a qual afeta todos os aspectos da vida do
Homem na Terra são interdependentes. (RCGG, 2010).
As vantagens oferecidas pela criação de uma Governança Global são inúmeras com o
objetivo de prover à sociedade uma vida digna e plena onde o bem estar social não está
resumido somente no material e sim também no espiritual, pois qualidade de vida inclui
também o crescimento das qualidades humanas. A Governança Global busca proporcionar a
todos os habitantes do Planeta melhores condições de vida focando na qualidade e
equalização dos recursos econômicos, social e do meio-ambiente, ajudando na concretização
dos entendimentos entre pessoas e instituições, eliminando barreiras, quebrando paradigmas e
proporcionando um crescimento sustentável na condição de vida do Planeta.
3. Governança Corporativa
Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e
monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de
Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas
práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da
sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade. (IBGC,
2009, p.06).
Uma sociedade por ações ou por cotas atualmente deve se preocupar com inúmeros
atores e seu ambiente para obter sucesso na sua administração e atingir seus objetivos. A
prestação de contas desta sociedade não se restringe mais a um grupo pequeno de pessoas,
sendo que atualmente os stakeholders (acionistas, clientes, empregados, governo,
fornecedores, dentre outros) são bastante diversificados.
A Governança Corporativa tem um importante papel na administração de tais
sociedades, já que é um sistema que dirige e acompanha a organização com o objetivo de
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zelar pela sua saúde financeira e manter sua imagem positiva frente ao mercado, valorizando
suas ações.
Vale destacar que a definição que a Organization for Economic Cooperation and
Development (OECD) elaborou é outra também muito conhecida.Segundo ela, a GC
é o sistema pelo qual corporações empresariais são dirigidas e controladas. Esta
estrutura especifica a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes
participantes de uma empresa, tais como: conselheiros, executivos e acionistas, entre
outros. (ARAÚJO, 2009, p.08).
A abertura do capital de uma empresa se faz necessário para que a mesma possa crescer
ocupando posições na economia que não poderia ser conseguido com o capital fechado. O que
parece ser simples e vantajoso também tem seu preço, já que a administração de uma
organização de capital aberto exige um desdobramento na atenção à prestação de contas para
com os stakeholders da empresa. Todos os passos e resultados das estratégias adotadas pela
organização agora serão acompanhadas por todos os interessados tendo como objetivo
principal o resultado financeiro.
“A governança corporativa tornou-se um tema dominante nos negócios por ocasião da
safra de escândalos corporativos em meados de 2002 – Enron, Worldcom e Tyco, para citar
apenas alguns.” (WEILL e ROSS, 2006, p.4).
A governança corporativa já existia antes dos escândalos de 2002 que abalaram as
bolsas dos Estados Unidos, existia em função da concorrência de mercado de empresas
multinacionais inseridas em uma economia globalizada existente no mundo. Os escândalos
das bolsas americanas obrigaram a um aprimoramento da governança corporativa em função
da necessidade das empresas resgatarem sua imagem frente aos stakeholders para preservar e
valorizar os preços de suas ações.
Novas regras financeiras foram definidas e novas responsabilidades, através de
legislação, foram atribuídas aos executivos das empresas nos Estados Unidos. Agora os CEOs
(Chief Executive Officer) devem atestar a exatidão das contas de suas organizações assumindo
toda a responsabilidade, tudo isso resultou no aumento do nível de auto-regulação refletindo
diretamente na área de TI.
A Governança Corporativa é o conjunto de processos, costumes, políticas, leis e
regulamentos que respaldam uma empresa frente aos stakeholders quanto ao seu real valor no
mercado.
Num mundo globalizado a transparência passa a ser uma medida de valor e o valor de
mercado passa a ser um diferencial competitivo. Quanto mais transparente uma organização
se apresentar perante as pessoas interessadas, maior confiabilidade terá no mercado
melhorando o seu valor.
seus balanços social e ambiental são levantados e publicados, ocorre uma ampliação
dos indicadores de desempenho e, com isso, a responsabilidade corporativa é
ampliada. (ARAÚJO, 2009, p.10-11).
4. Governança de TI
Governança de TI busca o compartilhamento de decisões de TI com os demais
dirigentes da organização, assim como estabelece as regras, a organização e os
processos que nortearão o uso da tecnologia da informação pelos usuários,
departamentos, divisões, negócios da organização, fornecedores e clientes, e também
determinarão como a TI deverá prover os serviços para a empresa. (FERNANDES e
ABREU, 2006, p.11-12).
O objetivo principal da TI é gerar valor para o negócio da organização e para isso deve
usar de recursos gerenciais que a ajude a garantir suas metas. Para conseguir cumprir o que foi
planejado e acordado com a alta direção, busca alinhar os investimentos de tecnologia da
informação às estratégias da empresa, com o objetivo de agregar valor aos seus serviços e
produtos.
Com o CONIP realizado em 2005 deu-se início a uma nova etapa no poder público
relativo à interatividade, fornecimento e captação de informações dos governos Federal,
Municipais e Estaduais através da web. A Gestão Eletrônica de Documentos também foi
discutida na busca de agilizar a disponibilidade de algum documento para o contribuinte,
como também para reduzir os arquivamentos físicos e ao mesmo tempo garantir durabilidade
ao documento arquivado.
Nesse ano de 2005, a Governança de TI ganhou ênfase também no serviço público
sendo discutida no Congresso Regional de Informática Pública em Brasília. É deu início de
esforços realizados na área governamental brasileira com o intuito de reduzir os custos na
gestão pública, aumentar a agilidade e transparência dos serviços prestados ao cidadão.
De acordo com CONIP (2005) com o domínio de uma boa Governança de TI os
governos Federal, Estadual e Municipal acreditam que possam, através de esforços voltados
para o uso adequado da tecnologia da informação, oferecer um serviço mais eficiente com
maior eficácia ao cidadão e às instituições de modo geral participantes da Nação Brasileira,
visto que os temas tratados na segunda edição do CONIP trata da transparência, do combate
às fraudes, documentos e certificações digitais, integrando processos, serviços e programas
sociais.
A busca pela transparência e eficiência vem de encontro também ao crescimento da
consolidação da democracia, que teve início em 1985 com a eleição de Tancredo Neves para
Presidente do Brasil, como também da necessidade dos Governos Federal, Estadual e
Municipal de arrecadarem os tributos com mais eficiência e aplicá-los, gerando benefícios
para a sociedade com uma menor margem de erro possível.
Integração de Processos
Esta temática pretende mostrar as vantagens de integrar as atividades do governo em
rede, fundamental para o sucesso da entrega de serviços eletrônicos, tanto nas
esferas federal, estadual e muncipal como entre poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. Aqui governo e tecnologia entram no debate atingindo áreas como Saúde,
Educação, Segurança Pública, Judiciário, Legislativo, técnicas e métodos como
mobile, software livre, gestão eletrônica de documentos, segurança da informação,
entre outros. (CONIP, 2005).
A integração dos processos é um grande passo a ser dado pelos governos em âmbito
Federal, Estadual e Municipal buscando a consolidação do uso da tecnologia da informação
como recurso de apoio aos serviços entregues por estes governos. A utilização de uma
plataforma de rede é de fundamental importância na agilidade de atendimento ao contribuinte,
tanto para fornecer informações quanto para que o mesmo possa prestar contas e pagar seus
tributos, sem falar na integração entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
promovendo a eficiência nos serviços internos e externos destes três poderes.
Nos anos seguintes a 2005 foi dado continuidade aos eventos do CONIP sendo cada
ano com um tema diferente do anterior, mas sempre com o foco em aprimorar o serviço
público através do apoio oferecido pela tecnologia da informação.
Todas estas iniciativas com base no uso da tecnologia da informação para o apoio ao
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serviço público surgem com o amadurecimento das instituições privadas e públicas, nacionais
e internacionais, no uso das melhores práticas e recursos na busca da eficiência do provimento
de serviços e produtos de TI através da Governança de TI.
6. Transparência Governamental
Em geral a corrupção se aproveita da ausência de controles, o que por
conseqüência impede o aparecimento dos fatores de transparência e justiça. Em
resumo, o melhor fiscal é a própria população, pois é quase impossível aos poderes
executivo, legislativo e judiciário fiscalizarem todas as ações que estão sendo
realizadas no país em termos de intenção e realização de fraudes. (MANSUR, 2009,
p.178).
Segundo Mansur (2009) a ausência de controle das atividades dos processos relativos
aos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário inibe a transparência e a justiça
permitindo aos indivíduos fraudulentos atuarem com certa liberdade, pois pela ausência de
controle conseguem burlar a justiça tornando a fraude, que é uma mentira, em uma
“realidade” que esconde a verdade.
A transparência no governo de instituições públicas é essencial para dar base ao ato
lícito como também para aumentar a credibilidade do país frente aos investidores
internacionais que arriscam seus investimentos quando, através da bolsa, compram ações do
Brasil e das empresas brasileiras. Tudo isso, como um efeito dominó, influenciará diretamente
na economia, pois a falta ou a entrada de dinheiro estrangeiro afetará os projetos sociais, de
saúde, de educação, investimento em infra-estrutura, dentre outros.
Conforme a Governança Corporativa orienta, uma sociedade por ações ou por cotas
deve se preocupar em prestar contas a inúmeros atores representados pelos stakeholders
(acionistas, clientes, empregados, governo, fornecedores, dentre outros). No caso do Governo
Brasileiro a relação é um pouco parecida, pois a imagem do governo refletirá nos
investimentos estrangeiros proporcionados pelo principal stakeholder, o investidor estrangeiro
disposto a colocar seus dólares nas ações do Brasil e das empresas brasileiras. Assim a
transparência governamental do Governo Brasileiro é de extrema importância para dar
respaldo e estímulo ao investidor estrangeiro na compra de ações tanto do governo quanto de
empresas privadas.
Abaixo seguem alguns sites do governo como também de ONGs que proporcionam
transparência tanto para o governo quanto para o contribuinte:
http://www.portaltransparencia.gov.br/
Fornece informações bem detalhadas sobre Transferência de Recursos e Gastos
Diretos do Governo permitindo agrupar Despesas, Receitas e Convênios desde
Estados e Municípios até o favorecido. Este portal está ligado diretamente à
Controladoria Geral da União.
• TRANSPARÊNCIA BRASIL
http://www.transparencia.org.br/.
Segundo Mansur (2009) existem 4 categorias para a corrupção e fraudes que seriam:
• Governamental - Desvio de verbas e superfaturamento no Executivo,
Legislativo e Judiciário.
• Cidadão Comum - Pirataria e compras sem notas e em conseqüência o não
recolhimento de impostos e taxas.
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Mansur (2009) diz que a corrupção se aproveita da falta de controle sendo um dos motivos
que impede a transparência e a justiça de atuarem em favor da sociedade. Ainda nos revela
que o melhor fiscal é a própria população, pois devido ao grande número de ações, em todos
os níveis, que são executadas no país, é impossível que os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário somente, fiscalizem com sucesso, combatendo ou inibindo as fraudes.
A população, enquanto aliada do Governo, ajudando a fiscalizar as fraudes (controle)
devem fazer a denúncia quando necessário ao Ministério Público (justiça) para que o mesmo
possa tomar as devidas providências cabíveis e legais para impedir ou punir os responsáveis.
A transparência também vai ajudar a população fazer sua fiscalização através da
disponibilização dos dados governamentais, para isso é necessário que estes dados
disponibilizados pelas instituições do governo, logicamente através de lei, tenham
confiabilidade e veracidade, para que a atuação da população tenha como resultado uma
fiscalização de cunho verdadeiro. A Governança de TI vem dar apoio à transparência de
informações necessárias, utilizando práticas e métodos para garantir confiabilidade e
veracidade dos dados que serão fiscalizados pela população e por todas as instituições legais
que tenham esta função.
A fraude e a corrupção são problemas mundiais que têm exigido maior atenção dos
governos e dos órgãos de controles internos e externos. Em casos recentemente
ocorridos no Brasil, os quais ficaram conhecidos por ‘Mensalão’, ‘Vampiros’,
‘Sanguessugas’, ficou evidente a necessidade de atuação no combate às fraudes e à
corrupção. Os órgãos de controle precisam atuar de forma mais efetiva e ágil para a
minimização de perdas. (CARDOZO, 2007).
Fraude e corrupção são problemas que afetam de forma brutal os recursos dos
governos de vários países em todo o mundo.
O Brasil como uma nação pertencente ao grupo dos países emergentes está se
destacando como um grande exportador mundial, principalmente de alimentos, e com isso o
superávit de sua balança comercial se torna maior a cada ano, exigindo um controle cada vez
maior principalmente sobre suas finanças, para que o dinheiro arrecadado possa ser aplicado
da melhor forma possível gerando qualidade de vida para os brasileiros.
Pode-se imaginar que, quanto maior a arrecadação fiscal mais complexo deve ser o
controle sobre o contribuinte, pois o valor que as fraudes podem tirar dos cofres públicos
tornam-se cifras consideráveis que farão diferença se deixarem de ser revertidas para a
sociedade em forma de saúde, educação, geração de empregos dentre outras.
A Governança de TI vem trazer aos administradores dos recursos públicos soluções e
ferramentas para que o controle contra fraudes e corrupção no Brasil possa ser feito com
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solidez e perenidade. Várias soluções e ferramentas já estão sendo viabilizadas para conter o
avanço das fraudes no país, algumas mais importantes são comentadas a seguir neste trabalho.
O Brasil pretende implantar a partir de 2009 uma carteira de identidade inteligente –
o chamado Registro de Identidade Civil (RIC). A novidade vai reunir em um só
documento informações pessoais, número de CPF e título de eleitor. E contará com
um chip para armazenar as características físicas e biométricas do cidadão, para
facilitar a identificação do portador. As informações de identificação do cidadão
serão enviadas para um banco de dados do Instituto Nacional de Identificação, no
qual ficarão armazenadas. (LAURANS, 2009).
Assim como os DETRANs de São Paulo, Rio de Janeiro, dentre vários outros dos
estados brasileiros, o DETRAN de Minas também adere à identificação biométrica a ser
utilizada no processo de formação de condutores, na habilitação e renovação da Carteira
Nacional de Habilitação. Seguindo a tendência em identificação pessoal sem fraudes, o
Estado de Minas Gerais dá um grande passo para a segurança do processo de habilitação de
condutores buscando reduzir o número de ausências e compensação fraudulenta dos
condutores nos cursos de formação, garantindo também uma maior segurança nas vias
urbanas e rodovias já que exige a presença do candidato e condutores nos processos que
envolvem a emissão da CNH.
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Quanto o governo gasta com TI? Ninguém sabe. Primeiro problema: o governo não
é um só. Além do governo federal, há os 27 governos dos estados e do Distrito
Federal e as 5.563 prefeituras. Segundo problema: nas três esferas (federal, estadual
e municipal) há várias entidades; e cada uma dessas entidades pode comprar seus
próprios recursos de TI. O que leva ao terceiro problema: governo federal, governos
estaduais e prefeituras não têm um orçamento de TI centralizado. (REIS, 2007,
p.06).
Conforme relata Reis (2007), vice-presidente da e-Stratégia Pública, não tem como
saber o total de gastos em TI no Brasil nas 3 esferas do governo, pois existe liberdade na
aquisição de serviços e produtos de TI na esfera Federal, como na Estadual e na Municipal,
não havendo um orçamento de TI centralizado, o que dificulta mais ainda a apuração de
gastos em tecnologia da informação. Este problema pode influenciar na qualidade de
aplicação dos recursos públicos para a área de tecnologia da informação, exigindo também
uma maior fiscalização e transparência nas Três esferas do governo o que é dificultado por
não existir um orçamento centralizado de TI no Brasil.
O Serpro é o principal comprador de TI. Em 2008, o orçamento do Serpro é de R$
2,15 bilhões; cresceu 20% em relação ao orçamento de 2007, que foi 20% maior que
o orçamento de 2006. Bruno deduz: os gastos de TI no governo federal crescem 20%
ao ano desde 2006, acompanhando o orçamento do Serpro. Contando as compras
fora do Serpro, Bruno estima que o governo federal gaste R$ 2,55 bilhões com TI
em 2008. (REIS, 2007, p.07).
Mais da metade dos órgãos da Administração Pública Federal não planeja de modo
adequado a alocação de recursos na área de Tecnologia de Informação (TI). Essa
conclusão está em relatório elaborado pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia
da Informação (Sefti) do Tribunal de Contas da União (TCU), no qual é feito um
diagnóstico completo do processo de compras e planejamento na área, englobando
também diversos aspectos referentes ao governo eletrônico (e-GOV). (SERPRO-
RTI, 2009).
LINUX.ORG, 2009).
Uma medida importante do Governo Brasileiro, incluída no IN-4, foi a do controle das
fontes e da licença de todos os softwares contratados por ele, ficando disponível no
repositório de Software Público o que vai acabar com a dependência do governo com os
fornecedores de software. Assim o Governo terá controle total sobre os fontes, o que facilita
nas modificações necessárias dos softwares caso haja necessidade, e que também poderá ser
feito pelos seus próprios técnicos de TI ou por outro fornecedor licitado, melhorando as
vantagens de custo e qualidade para o Governo Federal.
[...] o governo ainda vem trabalhando rapidamente na formação de pessoal: Segundo
o Secretário-Adjunto da SLTI (Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação),
Rodrigo Ortiz Assumpção, nos próximos meses e anos o governo formará grandes
quadros de gestão em TI que vão assegurar boas práticas de governança e de
compras no setor. (CONVERGÊNCIA-DIGITAL, 2008).
A adoção do MPS BR pelo Governo também contribuirá para que este projeto tenha
sucesso, na medida em que for exigido por ele, este modelo para as empresas que forem
contratadas no fornecimento de serviço. Nesta exigência o Governo Federal estará não só
estimulando o uso do modelo MPS BR, mas principalmente ajudando as empresas brasileiras
de desenvolvimento de software a melhorarem a qualidade de seus produtos e serviços e
chegar ao mercado internacional que é muito seletivo.
13. Conclusão
Nota-se que o Brasil, em termos de governo, está muito alinhado com os recursos de
TI adotando medidas e desenvolvendo soluções próprias, como é o caso da urna eletrônica,
que tem dado muito resultado em termos de transparência como de segurança valorizando a
Governança de TI e os profissionais da área.
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