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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia – CCT


Unidade Acadêmica de Física
Disciplina: Física Experimental II

Aluno: Paulo Guilherme S. de Góes Matrícula:21011767


Professor: Lincoln Araújo Turma: 03

Reflexão da Luz

Data de realização:01/03/2011
Data de entrega: 15/03/2011

Campina Grande – PB
- Introdução
Reflexão é o fenômeno que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio
de origem, após incidir sobre um objeto ou superfície. Os espelhos planos apresentam
bastantes utilidades diversificadas, desde as domésticas até como componentes de
sofisticados instrumentos ópticos.
Os espelhos geralmente são feitos de uma superfície metálica bem polida. É comum,
usar-se uma placa de vidro onde se deposita uma fina camada de prata ou alumínio em
uma das faces, tornando a outra um espelho.

- Materiais Utilizados
-Fonte de luz branca 12V - 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e
sistema de posicionamento do _lamento;
-Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala
lateral de 700mm;
-Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
diafragma com uma fenda;
-Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø60mm, DF 120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
-Cavaleiro metálico;
-Suporte para disco giratório;
-Disco giratório Ø23cm com escala angular e subdivisões de 1o;

1-Reflexão da luz em espelhos planos


1.1-Montagem e Metodologia:
Para dar inicio ao experimento montou-se o equipamento utilizado no experimento
da seguinte forma:

Figura 1. Método de
montagem do equipamento.

Em seguida, colocou-se
em um lado do cavaleiro
metálico um diafragma de
uma fenda e, do outro lado,
uma lente convergente com
distância focal 12cm. O
motivo para o acoplamento
da lente convergente consiste no ajustamento que a lente realiza nos raios luminosos,
colocando os raios refratados de forma paralela, facilitando as observações no
experimento.
Ajustou-se a posição da lente convergente de forma que os raios luminosos da
lâmpada incidissem diretamente no foco da mesma.
Ligou-se a fonte de luz e ajustou-se o raio luminoso de forma que incidisse no
centro do disco giratório. Colocou-se um espelho plano no disco giratório e girou-se o
disco de forma que o ângulo de incidência variasse de 10º em 10º. Anotou-se as
medidas obtidas na Tabela I.
1.2 Análise e discussão dos dados:

Tabela 1.1: Valores medidos do ângulo de reflexão para diferentes ângulos de


incidência.
Ângulo de incidência (I) Ângulo de reflexão (R)
0º 0º
10º 10º
20º 20º
30º 30º
40º 40º
50º 50º
60º 60º
70º 70º

Com base nos valores da tabela percebeu-se que a uma relação entre o ângulo de
incidência e o ângulo de reflexão, que é dado da seguinte forma:
I = R onde: i  Ângulo de incidência;
RÂngulo de reflexão.
Através de observações retiradas de experimentos desse tipo, registraram-se
algumas leis:
1ª Lei da reflexão: O raio de luz incidente (RI), a reta normal mo ponto de
incidência(NI), e o raio de luz refletida(IR’) são coplanares, ou seja, pertencem ao
mesmo plano.
2ª Lei da reflexão: O ângulo de reflexão (R) é sempre igual ao ângulo de incidência (I).

1.3 Conclusões: Com a realização do experimento, foi possível perceber-se as


propriedades e as leis que regem os espelhos planos quanto a reflexão da luz.

2- Associação de espelhos planos


2.1 Montagem e metodologia:
Montamos o experimento com base a figura 1.1 da apostila.

Figura 1.1
Colocou-se os espelhos planos no disco
giratório, de forma que se formasse um ângulo de
60º entre os mesmos. Logo em seguida, colocou-
se um objeto qualquer entre os dois espelhos e
contaram-se o número de imagens formadas
pelos espelhos. Fez-se o mesmo procedimento
para os ângulos de 30º, 45º, 90º e 120º, anotando
os resultados obtidos na Tabela II.

2.2 Análise e discussão dos dados:


Observou-se que para um ângulo de 60º entre os espelhos formavam-se 5
imagens.
Para concretizar este resultado, calculou-se o número teórico de imagens
para o respectivo ângulo através da Lei de Gauss:

360º
Nteórico=  1 , onde  é o ângulo entre os espelhos planos

Assim,
360º 360º
N teórico  1  1  6 1  5
 60º
Esse resultado condiz com o número de imagens observadas nos espelhos.

Tabela II
Ângulo entre os espelhos Nteórico Nmedido
30º 11 11
45º 7 7
60º 5 5
90º 3 3
120º 2 2

A relação matemática que estima o número de imagens formadas entre dois


espelhos planos é um pouco restrita, porém, pois esta só produz valores concretos se os
ângulos entre os dois espelhos forem múltiplos de 360º. Outrossim, os valores gerados
serão valores decimais, não indicando um número de imagens real.
Outra observação importante é a de que se o ângulo entre os espelhos planos for
nulo, ou seja, se os espelhos estiverem paralelos uns aos outros, o número de imagens
será infinito. Isso pode ser conferido através da Lei de Gauss:

 360º 
lim   1  
0
  
2.3 Conclusões: Com o experimento realizado foi possível observar uma outra
importante propriedade dos espelhos planos: o número de imagens formadas quando
dois espelhos planos são associados.

3-Reflexão da luz: Espelhos planos

3.1 Montagem e metodologia: Montamos o experimento com base a figura 1.1


da apostila.

Uma vez montado o


equipamento, colocou-se o
espelho côncavo no disco
giratório. Posicionou-se a
lente convergente, a qual está
acoplada ao cavaleiro
metálico, de forma que os
raios refratados fossem
paralelos entre si.
Ajustou-se o feixe luminoso central de forma que este seguisse paralelamente ao
eixo principal do espelho côncavo.

3.2 Análise e discussão dos dados: Foi possível determinar os principais


elementos de um espelho côncavo, os quais estão demonstrados na imagem abaixo:

Figura 1: Elementos principais de um espelho côncavo

-Centro de curvatura (C): é o centro da esfera que deu origem ao espelho;


-Raio de curvatura (R): é o raio da esfera que deu origem ao espelho;
-Vértice (V): é a interseção entre o eixo principal e a calota esférica;
-Foco (F): quando um feixe de raios paralelos incide sobre um espelho esférico de
Gauss, paralelamente ao eixo principal, origina um feixe refletido convergente, no
caso do espelho côncavo, e divergente, no espelho convexo. Esses raios refletidos
ou seus prolongamentos vão se encontrar em um ponto chamado foco principal. Ele
se encontra no ponto médio entre o vértice e o centro de curvatura do espelho, ou
seja, f = c/2, onde c é a distância entre o ponto C e V, e f é a distância entre o ponto
F e V;
-Eixo principal: é a reta que passa pelo centro de curvatura e sai perpendicular ao
vértice do espelho;
Pelas observações experimentais e pela teoria já existente, define-se o ponto de
cruzamento do feixe refletido com o eixo principal do espelho côncavo como sendo
o foco do espelho, e também percebe-se que esse foco é real.
As propriedades do raio luminoso para um espelho côncavo podem ser escritas:
-Todo raio de luz que incide passando pelo centro de curvatura reflete-se sobre
si mesmo;

-Todo raio de luz que incidir paralelamente ao eixo principal reflete-se passando
pelo foco;

-Todo raio de luz que incidir no espelho passando pelo foco, reflete-se
paralelamento ao eixo principal;

-Todo raio de luz que incidir no vértice reflete-se de tal forma que o ângulo
incidente e de reflexão são iguais em relação ao eixo principal.

3.3Conclusões
Com o experimento realizado, foi possível observar e enunciar as
propriedades dos espelhos côncavos e, de forma prática, constatar a presença de um
foco real no mesmo.

4-Reflexão da luz em espelhos convexos

4.1 Montagem e metodologia: Montamos o experimento com base a figura


1.1 da apostila.
Uma vez montado o equipamento, colocou-se o espelho convexo no disco
giratório. Posicionou-se a lente convergente, a qual está acoplada ao cavaleiro metálico,
de forma que os raios refratados fossem paralelos entre si.
Ajustou-se o feixe luminoso central de forma que este seguisse paralelamente ao
eixo principal do espelho convexo.

4.2 Análise e discussão dos dados: Foi possível determinar os principais


elementos de um espelho côncavo, os quais estão demonstrados na imagem abaixo:

Figura 2: Elementos principais de um espelho convexo

Centro de curvatura (C): é o centro da esfera que deu origem ao espelho;


Raio de curvatura (R): é o raio da esfera que deu origem ao espelho;
Vértice (V): é a interseção entre o eixo principal e a calota esférica;
Foco (F): quando um feixe de raios paralelos incide sobre um espelho esférico
de Gauss, paralelamente ao eixo principal, origina um feixe refletido
convergente, no caso do espelho côncavo, e divergente, no espelho convexo.
Esses raios refletidos ou seus prolongamentos vão se encontrar em um ponto
chamado foco principal. Ele se encontra no ponto médio entre o vértice e o
centro de curvatura do espelho, ou seja, f = c/2, onde c é a distância entre o
ponto C e V, e f é a distância entre o ponto F e V;
Eixo principal: é a reta que passa pelo centro de curvatura e sai perpendicular
ao vértice do espelho;
Pelas observações experimentais e pela teoria já existente, define-se o ponto de
cruzamento dos prolongamentos dos feixes refletidos com o eixo principal do espelho
convexo como sendo o foco do espelho, e também percebe-se que esse foco é virtual.
As propriedades do raio luminoso para um espelho convexo podem ser
escritas:
Todo raio de luz que incide perpendicular a superfície, ou seja, em direção ao
centro de curvatura, reflete-se sobre si mesmo;

Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal reflete-se em direção ao


ponto de foco. A condição contrária também é válida, todo raio de luz que incide
no espelho em direção ao ponto de foco reflete-se paralelo ao eixo principal;
Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho reflete-se de tal forma
que o ângulo do raio incidente e o ângulo de reflexão sejam iguais em relação ao
eixo principal.

4.3 Conclusões
Com o experimento realizado, foi possível observar e enunciar as
propriedades dos espelhos côncavos e, de forma prática, constatar a presença de um
foco no mesmo.

5-Distância focal de um espelho côncavo

5.1 Montagem e metodologia: Para dar início ao experimento, montou-se


o equipamento da seguinte forma:

Figura 3: Montagem para o experimento de distância focal de um espelho côncavo

Escolheu-se um espelho côncavo com foco 20cm. Colocou-se o espelho côncavo a uma
distância de 50cm (D0 = 50cm) do objeto (vela acesa). Em seguida, ajustou-se a posição
do anteparo para que a imagem projetasse se mostrasse bem nítida. Uma vez que a
imagem estivesse nítida, mediu-se a distância da imagem ao espelho (Di).
Variou-se a distância D0 e, para cada valor de D0, repetiu-se os procedimentos acima
citados para encontrar o valor da distância focal utilizando a equação de Gauss:
1 1 1
 
f D0 Di
anotando os resultados obtidos na Tabela III.
5.2 Análise e discussão dos dados:

Tabela III
N D0 (cm) Di (cm) f (cm)
1 50,0 31,0 19,12
2 45,0 33,0 19,05
3 42,0 38,0 19,95
4 37,0 43,0 19,88
5 30,0 60,0 20,0

Calculou-se o valor médio dos resultados de f obtidos:

19,12  19, 05  19, 95  19,88  20, 0


f médio   19, 6cm
5
Como já foi visto em teoria, a imagem projetada no anteparo pelo espelho côncavo é
real, sendo também invertida, como se pode perceber em esquema geral de formação de
imagem por espelhos côncavos:

5.1 Conclusões
Com o experimento realizado, foi possível determinar aproximadamente a
distância focal de um espelho côncavo e esquematizá-lo, mostrando como se forma
uma imagem no mesmo.
Referências bibliográficas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Espelhos_esfericos_elementos.PNG,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espelho_c%C3%B4ncavo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espelhos_esf%C3%A9ricos

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