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Memória RAM

A memória RAM é um componente essencial não apenas nos PCs, mas


em qualquer tipo de computador. Por mais que exista espaço de
armazenamento disponível, na forma de um HD ou memória flash, é sempre
necessária certa quantidade de memória RAM e, naturalmente,
quanto mais, melhor.

A memória RAM é volátil, ou seja, não grava de modo


permanente os dados nela contidos. RAM significa Random
Access Memory, Memória de Acesso Aleatório, em inglês, e
esta nomenclatura se deve ao fato de que o sistema acessa
dados armazenados de maneira não-sequencial, ao contrário
de outros tipos de memória. Quando a alimentação do sistema
é cortada, tudo que foi guardado é perdido.

O sistema é bastante útil para o processamento de


dados, pois disponibiliza espaço para informações cruciais,
que podem ser acessadas de maneira quase imediata, ao
contrário de outras formas de armazenamento, como discos
rígidos, CDs ou DVDs. O sistema operacional, assim como aplicativos e dados
em uso são armazenados na memória RAM, permitindo que o processador
trabalhe estas informações rapidamente.

Graças ao uso da memória swap, é possível rodar a maioria dos


sistemas operacionais modernos com quantidades relativamente pequenas de
memória. No caso do Linux, é possível inicializar uma instalação enxuta (em
modo texto, com pouca coisa além do Kernel e o interpretador de comandos)
com apenas 4 MB de memória. O problema é que com pouca memória o
sistema fica extremamente lento, como qualquer um que já tentou usar o
Windows XP ou uma distribuição Linux recente, com o Gnome ou KDE em um
PC com menos de 128 MB de memória pode dizer.

A sigla "RAM" vem de "Random Access Memory", ou "memória de


acesso aleatório", indicando a principal característica da memória RAM, que é
o fato de permitir o acesso direto a qualquer um dos endereços disponíveis e
de forma bastante rápida.
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Ao carregar um programa, ele é lido no HD (ou outra mídia de


armazenamento) e é transferido para a memória RAM, para só então ser
executado pelo processador. A memória RAM oferece tempos de acesso
brutalmente mais baixos que o HD e trabalha com taxas de transferência muito
mais altas, mas possui a desvantagem de perder os dados armazenados
quando o micro é desligado, daí a necessidade de salvar os arquivos
periodicamente.

É também por causa disso que o processo de boot é refeito cada vez
que você liga o micro. Durante o boot, o sistema operacional, drivers,
bibliotecas e aplicativos são novamente copiados para a memória, junto com
suas configurações e preferências.

A única forma de evitar repetir o demorado processo de boot é manter a


memória RAM ativa, ou salvar seu conteúdo no HD, recuperando-o no próximo
boot. Essas são as estratégias usadas pelas opções de suspender e hibernar,
disponíveis tanto no Windows quanto em várias distribuições Linux.

Ao suspender, a maioria dos componentes do sistema são desligados,


incluindo o HD, a placa de vídeo e a maior parte dos componentes da placa-
mãe. Mesmo o processador entra em um estágio de baixo consumo, onde a
maior parte dos componentes internos são desativados e o clock é reduzido.
Praticamente, os únicos componentes que continuam realmente ativos são os
módulos de memória. Graças a isso o PC acaba consumindo (geralmente)
menos de 20 watts de energia e pode voltar ao estágio original muito
rapidamente.

Ao hibernar, o conteúdo da memória RAM é copiado para uma área


reservada do HD e o micro é desligado. Ao ligar novamente, o conteúdo da
memória é restaurado e temos o sistema de volta, sem precisar passar pelo
processo normal de boot. O problema da hibernação é que a restauração
demora muito mais tempo, já que é necessário ler 512 MB, 1 GB ou mesmo 4
GB de dados (equivalentes à quantidade de memória RAM instalada) a partir
do HD, o que muitas vezes demora mais do que um boot completo.

Num chip de memória RAM, cada bit é formado pelo conjunto de um


transistor e um capacitor. O transistor controla a passagem da corrente elétrica,
enquanto o capacitor a armazena por um curto período. Quando o capacitor
contém um impulso elétrico, temos um bit 1 e quando ele está descarregado,
temos um bit 0.
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Quando falo em "capacitor", tenha em mente que não estamos falando


em nada similar aos capacitores eletrolíticos da placa-mãe. Os "capacitores"
usados nos chips de memória são extremamente pequenos e simples,
basicamente dois pequenos blocos de metal ligados ao transistor, que
conservam o impulso elétrico por apenas uma fração de segundo.

Para evitar a perda dos dados, a placa-mãe inclui um circuito de refresh,


que é responsável por regravar o conteúdo da memória várias vezes por
segundo (a cada 64 milissegundos ou menos), algo similar ao que temos num
monitor CRT, onde o canhão de elétrons do monitor precisa atualizar a imagem
várias vezes por segundo para evitar que as células de fósforo percam seu
brilho.

O processo de refresh atrapalha duplamente, pois consome energia (que


acaba sendo transformada em calor, contribuindo para o aquecimento do
micro) e torna o acesso à memória mais lento. Apesar disso, não existe muito o
que fazer, pois a única solução seria passar a usar memória SRAM, que é
absurdamente mais cara.

A principal diferença é que na memória SRAM cada célula é formada por


4 ou 6 transistores, em vez de apenas um. Dois deles
controlam a leitura e gravação de dados, enquanto os demais
formam a célula que armazena o impulso elétrico (a célula
continua armazenando um único bit). As memórias SRAM são
muito mais rápidas e não precisam de refresh, o que faz com
que também consumam pouca energia. Além de ser usada
como memória cache, a memória SRAM é muito usada em
palmtops e celulares, onde o consumo elétrico é uma questão crítica.

Seria perfeitamente possível construir um PC que usasse memória


SRAM como memória principal, mas o custo seria proibitivo. Foi por causa do
custo que as memórias DRAM passaram a ser utilizadas em primeiro lugar.

Mesmo utilizando um único transistor por bit, os módulos de memória


RAM são formados por um número assustador deles, muito mais que os
processadores e outros componentes. Um módulo de memória de 1 GB, por
exemplo, é formado geralmente por 8 chips de 1 gigabit cada um ( 8 gigabits =
1 gigabyte). Cada chip possui então mais de 1 bilhão de transistores e
capacitores e o módulo inteiro acumula mais de 8 bilhões de conjuntos.
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Apesar dessa brutal quantidade de transistores, os chips de memória


são relativamente simples de se produzir, já que basta repetir a mesma
estrutura indefinidamente. É muito diferente de um processador, que além de
ser muito mais complexo, precisa ser capaz de operar a freqüências muito mais
altas.

Memória RAM é indispensável para qualquer tipo de usuário, desde


aqueles que têm interesse em jogos até os que utilizam processadores de texto
mais pesados. O acesso de dados diretamente no disco rígido não traz a
agilidade que é necessária para a maior parte dos aplicativos utilizados hoje
em dia, e o fato de um pente de memória não ser um componente caro demais
garante que todo usuário deve tentar manter seu sistema atualizado nesse
aspecto.
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Memória Cache

Na área da computação, cache é um dispositivo de acesso rápido,


interno a um sistema, que serve de intermediário entre um operador de um
processo e o dispositivo de armazenamento ao qual esse operador acede. A
vantagem principal na utilização de uma cache consiste em evitar o acesso ao
dispositivo de armazenamento - que pode ser demorado - armazenando os
dados em meios de acesso mais rápidos

A memória cache surgiu quando se percebeu que as memórias não


eram mais capazes de acompanhar o processador em velocidade, fazendo
com que muitas vezes ele tivesse que ficar "esperando" os dados serem
liberados pela memória RAM para poder concluir suas
tarefas, perdendo muito em desempenho. Se na época do
386 a velocidade das memórias já era um fator limitante,
imagine o quanto este problema não atrapalharia o
desempenho dos processadores que temos atualmente.
Para solucionar este problema, começou a ser usada a
memória cache, um tipo ultra-rápido de memória que serve
para armazenar os dados mais frequentemente usados pelo
processador, evitando na maioria das vezes que ele tenha
que recorrer à comparativamente lenta memória RAM. Sem ela, o desempenho
do sistema ficará limitado à velocidade da memória, podendo cair em até 95%.

São usados dois tipos de cache, chamados de


cache primário, ou cache L1 (level 1), e cache secundário,
ou cache L2 (level 2). O cache primário é embutido no
próprio processador e é rápido o bastante para
acompanhá-lo em velocidade. Sempre que um novo
processador é desenvolvido, é preciso desenvolver
também um tipo mais rápido de memória cache para
acompanhá-lo. Como este tipo de memória é
extremamente caro (chega a ser algumas centenas de vezes mais cara que a
memória RAM convencional) usamos apenas uma pequena quantidade dela.
Para complementar, usamos também um tipo um pouco mais lento de memória
cache na forma do cache secundário, que por ser muito mais barato, permite
que seja usada uma quantidade muito maior.

Fontes:
http://www.guiadohardware.net/termos/memoria-cache

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cache

http://www.guiadohardware.net/termos/memoria-ram

http://www.infowester.com/memoria

Sites Acessados em 03 de setembro de 2010, aproximadamente às 17h00min .

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