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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS -

UNIDADE CURVELO
ENGENHARIA CIVIL
FÍSICA EXPERIMENTAL II

RELATÓRIO 3:TERMOSCÓPIO

Discente: Gabriela Santos de Andrade

Curvelo, MG
2019
1. OBJETIVOS

O termoscópio é instrumento que permite avaliar qualitativamente o aumento ou a


diminuição de temperatura, por meio do deslocamento de uma substância
termométrica no interior do tubo capilar. O experimento consiste em medir a
temperatura e a altura indicada no termocóspio para a água em temperatura
ambiente, água em ebulição e água em equilíbrio com o gelo. Com o objetivo de
compreender o funcionamento do termômetro, construir uma escala termométrica
própria e fazer a conversão dessa escala para a escala Celsius.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O experimento realizado em laboratório foi dividido em quatro etapas. No primeiro


momento no béquer 1, colocamos 50 ml de água em temperatura ambiente.
Medimos a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a
água.

ℎ = 105,0 ± 0,5 𝑚𝑚

𝜃 = ( 30,0 ± 0,5)℃

Na segunda etapa, no béquer 2, colocamos gelo. Quando o gelo começou a derreter


medimos a temperatura e a altura do termoscópio ao entrarem em contato com a
água.

ℎ = (71,0 ± 0,5)𝑚𝑚

𝜃 = 3,0 ± 0,5 ℃

Conseguinte, no béquer 3, colocamos 50 ml de água em temperatura ambiente e


colocamos em cima da chama aquecedora ligada a uma temperatura de 200°C.
Quando a água começou a entrar em ebulição medimos a temperatura e a altura do
termoscópio ao entrarem em contato com a água.

ℎ = (191,0 ± 0,5)𝑚𝑚
𝜃 = (91,0 ± 0,5)℃

No termoscópio, ao longo do tubo capilar, costuma-se existir duas marcas já vindas


de fábrica, mas como o instrumento utilizado no dia era antigo, não conseguimos
registrar este dado. Estas marcas indicam o ponto de fusão, e o ponto de ebulição.
As marcas que fizemos para marcar a altura da água em temperatura ambiente,
ebulindo e fundindo, teoricamente não vão coincidir com as marcas já feitas de
fábrica. Isso pode ser dado por diversos fatores:

 No dia da realização do experimento, a temperatura estava em cerca de


30°C,logo, diferente da temperatura tomada como ambiente, que é de 25°C, o
que também influencia nos valores para ebulição e fusão da água.

 A coluna de mercúrio do termoscópio oscila rapidamente, e como as marcas


foram feitas por uma pessoa, pode ser que não tenhamos conseguido marcar
com precisão a altura correta no devido momento.

 A medida para fusão, ebulição e ambiente foi feita apenas uma vez para
cada, o que nos dá um maior nível de erro, pois quanto maior a quantidade de
dados maior seria a precisão.

Na última fase do experimento, no béquer 3, misturamos a água em ebulição com a


água gelada (sem o gelo) e esperamos entrarem em equilíbrio térmico( a
temperatura dos fluidos se iguala). Medimos então a temperatura e a altura do
termoscópio ao entrarem em contato com a mistura.

ℎ = ( 115,0 ± 0,5)𝑚𝑚

𝜃 = ( 36,0 ± 0,5)℃

A partir dos dados descritos acima, temos a seguinte tabela:


Tabela 01: Escala de Temperatura e Altura
Temperatura 𝜃(℃) ℎ(𝑚𝑚)
Ponto de Fusão ( 3,0 ± 0,5) (71,0 ± 0,5)
Ambiente ( 30,0 ± 0,5) (105,0 ± 0,5)
Mistura ( 36,0 ± 0,5) (115,0 ± 0,5)
Ponto de Ebulição ( 91,0 ± 0,5) (191 ± 0,5)

E o seguinte gráfico 𝜃 = 𝑓(ℎ) com ajuste linear foi gerado:

Gráfico 01: Altura x Temperatura


Tabela 02: Dados referentes ao gráfico 1.

Pelo gráfico temos a seguinte expressão para encontrar a temperatura:

𝜃 = 𝑏 + 𝑎ℎ
Sendo:

𝑏 = ( −48 ± 2)

𝑎 = ( 0,73 ± 0,01)

ℎ = ( 105,0 ± 0,5)

Onde h é a altura encontrada no termoscópio e θ é a temperatura em ℃.

1. Para uma altura de 105 mm (temperatura ambiente), encontramos que a


temperatura é de 28,70 ℃, onde o esperado era 30 ℃, calculando a incerteza
pelo método de derivadas parciais tem que:

2 2 2
𝜕𝜃 2
𝜕𝜃 2
𝜕𝜃 2
𝜎𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = . 𝜎𝑏 + . 𝜎𝑎 + . 𝜎ℎ
𝜕𝑏 𝜕𝑎 𝜕ℎ

𝜎𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = 2,41

Logo;
𝜃 = ( 28 ± 2)℃
Como Curvelo está acima do nível do mar, as temperaturas de ebulição e fusão, são
diferentes de 100°C e 0°C respectivamente, mas a variação de ambas permanecem
a mesma, mesmo tendo valores diferentes para fusão e ebulição
experimentalmente, pois eu saio de uma temperatura maior de fusão, mas meu
ponto de ebulição é menor.

Os erros encontrados podem ter acontecido pelo fato da coluna de mercúrio oscilar
rapidamente assim que deixa de estar em contato com o meio frio ou quente. E
devido a isso a marcação de altura no termoscópio pode ter sido incorreta. Além do
fato de estarmos em um nível diferente do mar e pressão distinta também.

3. CONCLUSÃO

Quando se aquece a água, a temperatura ambiente, as moléculas vão ganhando


energia cinética e entrando no estado de ebulição. Como Curvelo encontra-se acima
do nível do mar, a pressão exercida sobre a superfície é um pouco diferente, logo
influencia na temperatura em que irá ocorrer os processos de ebulição e fusão da
água.

O ponto de ebulição do experimento foi menor 100℃, assim percebe-se que


quanto menor for à pressão externa, mais rápida será para a pressão do vapor,
assim, será menor o ponto de ebulição. E quanto maior for à pressão externa, maior
será também a temperatura de ebulição. Enquanto se a pressão aumentar, a
temperatura de fusão diminui.

Assim pelo experimento, conclui-se, que a pressão influencia na temperatura. Mas


mesmo com vários fatores de alterações, podemos montar uma equação que se
ajuste à nossa escala.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Termoscópio. Disponível em:


https://www.passeidireto.com/arquivo/6291303/relatorio-3-termoscopio.
Acesso em 01 de abril de 2019.
 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de
física. 8. ed. Volume 2. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009.

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