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Disciplina: Materiais Elétricos e

Magnéticos.

Prof. Sandro R. Zang – sala 116-2


Departamento das Engenharias de Telecomunicações e Mecatrônica (DETEM)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Campus Alto Paraopeba - Ouro Branco/MG
Comportamento Óptico

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Introdução

 Comportamento Óptico: Modo como os


materiais refletem, absorvem ou transmitem a
luz visível;
 Intimamente relacionado ao comportamento
elétrico;
 Os vidros são exemplos clássicos do
comportamento óptico dos materiais.
 A indústria de Telecom envolve diversas
aplicações de novas formas sofisticadas do
comportamento óptico  Fibra óptica, por
exemplo;
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Introdução

 A luz visível faz parte do espectro eletromagnético

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Introdução
 Propriedades ópticas:
 Índice de Refração: tem relação com a natureza da
reflexão da luz na superfície do material e da
transmissão através do seu volume.
 Transparência: é limitada pela natureza de qualquer
microestrutura.
 Coloração: resulta da absorção de certos
comprimentos de onda da luz.
 Luminescência: Absorção de energia seguida pela
emissão de luz visível.
 Refletividade e Opacidade nos metais: Consequência
direta da alta densidade de elétrons condutores nesses
materiais.
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Introdução
 Materiais importantes devido suas características
ópticas:
 Lasers
 Fibra Óptica
 Tela de Cristal Líquido
 Fotocondutores: Material que apresenta maior
condutividade quando exposto a uma fonte de luz.
Os fotocondutores são usados em fotodetectores,
que são utilizados em fibra óptica para registrar a
luz e convertê-la em pulsos elétricos.
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Comportamento Óptico

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Luz Visível

 Parte do espectro eletromagnético que pode ser


percebida pelo olho humano; c
 Comprimento de onda de 400 a 700 nm; 
 Velocidade da luz no vácuo é 2,998x108 m/s. f

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Luz Visível
 Natureza ondulatória da luz (onda eletromagnética);
 Campos elétrico (E) e magnético (H) são senoidais e
perpendiculares.
 O comprimento de onda (λ) e a velocidade da luz (c)
são característicos e relacionado com a frequência.
1
c  2,998 108 m / s c
 0 0 f 

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Comportamento Óptico

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Fótons

 partícula elementar mediadora da força


eletromagnética;
 Pacotes de energia;
 A energia de determinado fóton pode ser
calculada por:

c
E  hf  h 

h é a constante de Planck (6,626 . 10-34 Js)
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Fótons

 Exemplo 1:
 Calcule a energia de um fóton na extremidade de
menor comprimento de onda (violeta/azul) do
espectro visível.

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Fótons

 Exemplo 1:
 Calcule a energia de um fóton na extremidade de
menor comprimento de onda (violeta/azul) do
espectro visível.
h é a constante de Planck (6,626 . 10-34 Js)

c 34 2,998  10 8
17
E  hf  h   6, 626 10  0, 04966 10 J
 400 10 9

 18
E   0, 04966 10 J 
17 6, 242 10 eV
 3,1 eV
J
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Comportamento Óptico

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Índice de Refração

 Propriedade óptica fundamental;

 Relação entre a velocidade da


luz no vácuo (c) e a velocidade
da luz em um determinado
meio;
Ângulo de
vvac n2 sin i incidência
n  
vmeio n1 sin  r
Ângulo de
refração

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Índice de Refração
 Os valores típicos de n para
cerâmicas e vidros vão de 1,5 a
2,5;
 Para os polímeros vão de 1,4 a 1,6.
 Isso indica que a velocidade da luz
nos sólidos é consideravelmente
menor.
Ângulo de
vvac n2 sin i incidência
n  
vmeio n1 sin  r
Ângulo de
refração

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Índice de Refração
 Cerâmicas e Vidros

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Índice de Refração
 Polímeros

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Índice de Refração
 O índice de refração está
diretamente associado ao brilho dos
materiais (Ex. diamante);
 Resultado de um alto valor do
índice de refração.
 Permite múltiplas reflexões
internas da luz.
 A adição de chumbo ao vidro de
silicato aumenta o índice de
refração dando a aparência de
vidraria de cristal.
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Índice de Refração
 A transmissão da luz dentro da fibra óptica é possível
graças a uma diferença de índice de refração entre o
revestimento e o núcleo,
 sendo que o núcleo possui sempre um índice de
refração mais elevado, característica que aliada
ao ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita
o fenômeno da reflexão total

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Índice de Refração
 reflexão total

ncasca nnucleo sin i  ncasca sin r


(menor)
r

i nnúcleo
(maior)

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Índice de Refração
 reflexão total

ncasca nnucleo sin i  ncasca sin r


(menor)

r

i nnúcleo
(maior)

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Índice de Refração
 reflexão total

ncasca nnucleo sin i  ncasca sin r


(menor)

r

i
nnúcleo
(maior)

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Índice de Refração
 Exemplo 2:
Quando a luz passa de um meio com índice de refração
maior (SiO2 – Vidro de Silica) para um meio com índice de
refração menor (ar), existe um ângulo de incidência crítico,
θc, além do qual nenhuma luz atravessa a interface. Esse θc é
definido quando θrefração = 90o. Qual é o θc para a luz que
passa do vidro de sílica para o ar? Sendo o índice de
refração da sílica igua a 1,458.

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Índice de Refração
 Exemplo 2:
Quando a luz passa de um meio com índice de refração
maior (SiO2 – Vidro de Silica) para um meio com índice de
refração menor (ar), existe um ângulo de incidência crítico,
θc, além do qual nenhuma luz atravessa a interface. Esse θc é
definido quando θrefração = 90o. Qual é o θc para a luz que
passa do vidro de sílica para o ar? Sendo o índice de
refração da sílica igua a 1,458.
sin c 1

θi sin i nr o
sin 90 1, 458
vidro 
sin  r ni
ar
c  43,3 o

θr
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Refletância

 Parte da luz que atinge um


material transparente é
refletida;

 O ângulo de reflexão é igual


ao ângulo de incidência.

 A refletância (R) é definida


como a fração de luz
refletida na interface entre
dois materiais.

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Refletância
 A refletância (R) é
relacionada ao índice de
refração através da Fórmula
de Fresnel:
2
2
 n1 
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 
R
2
 n1 
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 

 n 1 
2

 Para θi = 0  R   
 n 1 
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Refletância

 Materiais com alto n são


altamente refletivos;
 Em alguns casos a refletividade
é desejável (revestimento com
esmaltes brilhantes);

 Em outros casos não, como no


uso de lentes, onde a alta
refletividade produz perdas
indesejadas de luz;
 O que fazer?!
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Refletância
Revestimentos especiais podem minimizar esse problema.

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Refletância
Revestimentos especiais podem minimizar esse problema.

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Refletância
 A aparência de um material é afetada pelas
intensidade relativas de reflexão especular (devido à
superfície média) e difusa (devido à rugosidade).

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Refletância
 Melhor ilustrado pelos diagramas polares;
 Indicam a intensidade da reflexão em uma
determinada direção
 Na difusa o brilho é constante, independente de θ
Especular Difusa

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Refletância
 Exemplo 3:
Sabendo que o índice de refração do Epóxi é em torno 1,60,
calcule a refletância sabendo que a incidência do feixe é
normal.

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Refletância
 Exemplo 3:
Sabendo que o índice de refração do Epóxi é em torno 1,60,
calcule a refletância sabendo que a incidência do feixe é
normal.
2
2
 n1 
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 
R
2
 n1 
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 

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Refletância
 Exemplo 3:
Sabendo que o índice de refração do Epóxi é em torno 1,60,
calcule a refletância sabendo que a incidência do feixe é
normal.
2
2
 n1 
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 
2 2
R n1  1 1, 6  1
R R
 n1 
2
n1  1 1, 6  1
n1 cos i  n2 1   sin i 
 n2 

R  0,0532

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Refletância
 Exemplo 4:
Compare a refletância (incidência normal) do vidro de sílica
com a do PbO puro (monóxido de chumbo - n=2,6).

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Refletância
 Exemplo 4:
Compare a refletância (incidência normal) do vidro de sílica
com a do PbO puro (monóxido de chumbo - n=2,6).

2
1, 458  1
R Vidro de silica   0, 035
1, 458  1
2
2, 6  1
R PbO   0,198
2, 6  1
R PbO  5, 7  R Vidro de silica

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Comportamento Óptico

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Transparência, Translucidez e Opacidade

 O grau de transmissão da luz através de um


material é indicado pelos termos transparência,
translucidez e opacidade.

 Transparência: capacidade de transmitir uma


imagem clara;

 Translucidez: significa que uma imagem difusa é


transmitida;

 Opacidade: significa perda total de transmissão;

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Transparência, Translucidez e Opacidade
 Translucidez e Opacidade
 O grau de espalhamento e opacidade, dependem do
tamanho e concentração dos poros;
 O efeito de espalhamento é maximizado por tamanhos de
poros ou partículas no intervalo entre 400 e 700 nm

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Comportamento Óptico

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Cor
 O fenômeno da cor está associado ao da
opacidade dos materiais.
 Nas cerâmicas, vidros e polímeros a opacidade
é devido ao mecanismo de espalhamento;
 Já nos metais, a opacidade ocorre através do
mecanismo de absorção relacionado à
condutividade elétrica;
 Os elétrons de condução absorvem fótons na
região da luz visível, dando uma opacidade
característica a todos os metais;
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Cor

 Já para as cerâmicas e vidros a ausência de


elétrons de condução é responsável por sua
transparência;

 Entretanto, Existe um mecanismo de


absorção para estes materiais que leva a
propriedade óptica conhecida como COR;

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Cor

 A coloração em vidros e
cerâmicas é produzida
pela absorção seletiva
de certos intervalos de
comprimento de onda
dentro do espectro
visível, devido a
transições de elétrons
nos íons do metal de
transição.

 Ex da figura: cor
transmitida é o azul

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Cor

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Comportamento Óptico

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Luminescência

 Absorção de fótons na região visível do espectro,


acompanhada pela reemissão de fótons de luz
visível;
 Emissão de luz visível que acompanha
absorção de outras formas de energia (térmica,
mecânica e química);
 Em geral, os átomos de um material emitem
fótons de energia eletromagnética quando
retornam ao estado fundamental após ficarem
em um estado excitado devido a absorção de
energia.
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Luminescência

 O tempo de reemissão é o fator de distinção de


dois tipos de luminescências:
 Fluorescência: reemissão ocorre rapidamente
(em menos de cerca de 10 ns);
 Fosforescência: reemissão ocorre em tempos
maiores que 10 ns.
 Fenômeno presente em muitos sulfetos e óxidos
cerâmicos, normalmente produzido pela adição
controlada de impurezas.

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Luminescência

 Exemplos:
 Lâmpada Fluorescente: tubo de vidro recoberto
internamente por um filme de tunstato ou silicato;
 A luz UV gerada no tubo a partir de uma descarga
luminescente de mercúrio faz com que o
revestimento interno fluoresça e emita luz branca.
 Tela de TV (tubo): O interior da tela é revestido
por fósforo que fluoresce quando um feixe de
elétrons é varrido de um lado para outro.

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Luminescência
Exemplo 5:
Calcule o intervalo de magnitudes das transições de energia
que estão envolvidas na absorção da luz visível por íons de
um metal de transição.

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Luminescência
 Exemplo 5:
Calcule o intervalo de magnitudes das transições de energia
que estão envolvidas na absorção da luz visível por íons de
um metal de transição.
Solução: Esse intervalo está associado ao intervalo de
energia de um foton para os extremos do espectro de luz
visível.
c 19 6, 242  1018
eV
E400 nm ( azul )  h   4,97 10 J  3,1 eV
 J
c 19 6, 242  10 18
eV
E700 nm ( vermelho )  h   2,84 10 J  1, 77 eV
 J
E  1, 77 eV a 3,1eV
h é a constante de Planck (6,626 . 10-34 Js)
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Comportamento Óptico

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Reflexão e Opacidade dos Metais

 Como vimos anteriormente, nos


metais a opacidade ocorre
através do mecanismo de
absorção do espectro inteiro de
luz visível relacionado à
condutividade elétrica.
Metal
 Entre 90% a 95% da energia
absorvida é reemitida pela
superfície na forma de luz
visível. Os 10% a 5% é
dissipado como calor.
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Reflexão e Opacidade dos Metais
 A cor característica dos diversos
metais é resultado da dependência
da refletividade com o
comprimento de onda
 O cobre (vermelho alaranjado) e o
ouro (amarele) tem uma baixa
Metal
reemissão dos comprimentos de
onda na faixa do azul.
 O alumínio e a prata (brilhantes) é
resultado da reemissão uniforme
(ou seja, luz branca)
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Comportamento Óptico

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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Lasers

 Normalmente as fontes de luz tradicionais são


incoerentes;
◦ As transições eletrônicas que produzem as
ondas de luz ocorrem aleatoriamente, de modo
que as ondas luminosas estão fora de fase entre
si.
 Os Lasers (amplificação de luz por emissão
estimulada de radiação) foram descobertos no
final dos anos 50;
 Fonte de luz coerente, em que todas as ondas de
luminosidade estão em fase.
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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Lasers
 Al2O3 monocristalino, também conhecido como safira,
ou rubi quando contém Cr2O3 suficiente para fornecer cor
vermelha.
 O rubi é iluminado por fótons com λ = 560nm, a partir da
lâmpada pulsada de xenônio, excitando elétrons de nos
íons de Cr+3 de seus estados fundamentais para os
estados excitados.

Os elétrons
nos íons de Lâmpada
Cr3+ são de xenônio
excitados

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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Lasers
 Embora alguns elétrons possam cair diretamente para o
estado fundamental, outros decaem para um estado
metaestável, intermediário, onde podem ficar por até 3 ms
antes de decair para o estado fundamental.
 Esse decaimento produz emissão de fótons que disparam
uma avalanche de emissões dos elétrons restantes no
estado metaestável, o resultado é um pulso de laser de
alta densidade.
 Com λ=694,3nm.

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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Lasers

 Lasers de Arsenieto de Gálio também são


bastante comuns;
 Os fótons de luz visível são produzidos pela
recombinação de elétrons e buracos através do
espaçamento entre as bandas de energia.
 Esses pares Elétron-buraco são produzidos pela
aplicação de uma ddp.
 O espaçamento entre as bandas de energia, Eg,
precisa estar em um intervalo apropriado para
que o λ do fóton resultante esteja na região de
400 a 700nm.
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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Lasers

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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Fibras Ópticas

 Fibras Ópticas:
 Só foi possível depois da descoberta do laser.
 Transmissão de dados a longas distâncias;
 Primeira fibra foi desenvolvida em meados dos
anos 70;
◦ Perdas de 20 dB/Km
◦ λ = 630 nm
 Na década de 80, fibras de silica foram
desenvolvidas:
◦ 0,2 dB/Km
◦ 1,6 µm (faixa do infravermelho)
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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Fibras Ópticas
 Fibras Ópticas:
 Material fotônico: transmissão de sinal pelos fótons em
vez dos elétrons. Alta capacidade.
 Alta capacidade de transmissão de dados digitais.
 A luz se propaga no
interior da fibra com
grande eficiência por
causa da reflexão interna
total, sem perdas por
refração.

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Sistemas e Dispositivos Ópticos: Fibras Ópticas
 Fibras Ópticas:
• Núcleo grande (até 100 µm)
• Problemas de espalhamento
• Adequadas para pequenas distâncias.
• aplicação: Endoscópios médicos.

• variação parabólica no índice de


refração, trajetórias helicoidais em vez
de zigue-zagues.
• Pulso menos distorcido.
• Aplicação: em redes locais.

• Fibra monomodo.
• núcleo estreito ( 5 e 8 µm).
• luz se propaga paralelamente a fibra.
• Pouca distorção do pulso digital
• Aplicação: em grandes distâncias.

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Sistemas e Dispositivos Ópticos:
 Exemplo 6:
Um laser de rubi produz um feixe de fótons monocromáticos
com um comprimento de onda de 694,3 nm. Calcule a
frequência dos fótons e a energia dos fótons
correspondentes.

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Sistemas e Dispositivos Ópticos:
 Exemplo 6:
Um laser de rubi produz um feixe de fótons monocromáticos
com um comprimento de onda de 694,3 nm. Calcule a
frequência dos fótons e a energia dos fótons
correspondentes.
c E  h f
f 

E   6, 63 1034   432 1012 
3 10 8
f  E  2,8 1019 J  6, 242 1018 eV / J
694,3 109

f  432 THz E  1, 74 eV

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Sistemas e Dispositivos Ópticos:
 Exemplo 7:
Para uma fibra monomodo com índice de refração n =
1,460, quanto tempo será preciso para que um único pulso
de luz percorra uma distância de 1 Km ao longo de uma
linha de televisão a cabo?

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Sistemas e Dispositivos Ópticos:
 Exemplo 7:
Para uma fibra monomodo com índice de refração n =
1,460, quanto tempo será preciso para que um único pulso
de luz percorra uma distância de 1 Km ao longo de uma
linha de televisão a cabo?
vvac
n
vmeio

3 108
vmeio   2, 0547 108 m / s
1, 460

1103
t  4,8 s
2, 0547 108

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