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MABUSE
No seu livro O Surrealismo no cinema, 1953, Ado Kyrou inova a crítica de cinema
padrão (desde os anos ’20), trazendo para a discussão questões do erotismo e outras,
pouco usuais na linha especializada da área técnica cinematográfica. Entre elas,
Kyrou comenta também a questão do crime já levantada na Antologia do Humor Negro
de Breton, 1939-1950, principalmente a partir de autores como Thomas De Quincey,
Edgar Allan Poe, sem falar em Jonathan Swift e o Marquês de Sade. Crime aqui
acrescentado do viés terrorista e suas implicações de romper limites da segurança
pessoal/e/ou individual.
Vale lembrar que este filme teve sua exibição proibida na Alemanha por mais de duas
décadas. Sublinho que, longe de ser um filme policial, suas mortes estranhas e
mesmo bizarras, contribuem decisivamente para a sensação de uma cosia secreta. E,
como sempre, Fritz Lang navega bem longe das praias do amor, dos filmes onde o
amor é central.