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Coaching Education

1.1. Introdução

O Coaching é uma profissão que vem crescendo com o passar dos anos

Este trabalho tem por objetivo abordar a história, conceitos, metodologias e resultados
do Coaching. Visa também mostrar os benefícios que podem ser obtidos com esta
prática, tanto para o Coachee, quanto para o Coach.

1.2. História do Coaching

Segundo GOLDSMITH, Marshall; LYONS, Laurence (2003), “coach é uma


palavra francesa antiga que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar
para outro”. Era o nome atribuído à carruagem, meio de transporte utilizado nos século
XIII a XVIII.
Posteriormente, este termo passou a ser utilizado nas universidades inglesas para
descrever o tutor particular. Aquele que ajuda o aluno a obter sucesso em universidades.
Em seguida, houve também a aplicação desta expressão no mundo dos esportes, para
denominar o técnico de atletas, que treina um desportista ou uma equipe, visando o
estado desejado: a vitória.
Em 1972, autor Thimonthy Gallwey lançou o livro “The Inner Game of Tennis” (“O
jogo interno do tênis”), apresentando uma adaptação de práticas de psicologia utilizadas
no treinamento de jogadores de tênis, para o mundo corporativo. Os conceitos de
Gallwey também foram transportados à vida pessoal e ao desenvolvimento humano.
Surge então, uma nova conotação para a palavra Coach: um profissional habilitado para
ajudar a levar um indivíduo à realização de suas metas e seus ideais, a partir do
autoconhecimento. O conjunto de técnicas utilizadas por este profissional para levar
pessoas ao alcance de seus melhores desempenhos em diversos âmbitos, chama-se
Coaching.
De acordo Loes (2011), “o método de Gallwey, basicamente, propõe que todos nós já
possuímos boa parte das habilidades que desejamos ter, só precisamos de alguém que
nos ajude a fazê-las aflorar. E o coach, ou técnico, é essa pessoa”.

Ao longo do tempo, outros autores e estudiosos contribuíram consideravelmente para a


disseminação e o aprimoramento das técnicas de Coaching. Alguns deles são:

Bernd Isert – Fundador e Presidente do Metaforum Internacional - Academia Mundial


de Competências (Berlin - Alemanha), publicou três livros sobre coaching e é um dos
grandes cientistas do comportamento humano na atualidade.

John Whitmore – Autor do livro “Coaching para Performance”, lançado em 1992,


apresenta uma evolução dos métodos apresentados em “The Inner Game of Tennis”,
criando o modelo GROW, considerado um dos pilares do Coaching.

Tomas Leonard – Fundou a Coach University (Universidade do Coach) em 1991. Três


anos mais tarde, inaugurou o International Coach Federation (IFC), a primeira federação
internacional de Coaches.
Vikki Brooke - Concluiu seu doutorado sobre a História de Coaching, com um projeto
monumental e ambicioso, que ainda é o texto mais completo sobre o assunto. Em sua
tese, Brooke traça a influência dos precursores do Coaching nas áreas relacionadas à
psicologia, desenvolvimento humano, motivação, combinado com negócios e liderança.

1.3. Definição de Coaching

Seguem abaixo as definições Coaching por diversos autores:

GALLWEY, (1972) citado por WHITMORE (2002, p. 8), diz: "Coaching é uma relação
de parceria que liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho
delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensiná-las"
“É um trabalho que tem o objetivo de liberar o potencial de uma pessoa para maximizar
sua performace, ajudá-la a aprender em vez de ensiná-la”

Timothy Gallwey

“É um trabalho para alcançar metas e o desenvolvimento de competência”

John Whitmore

“Profissão que busca atender as necessidades dos clientes em atingir metas, solucionar
problemas e desenvolver novas habilidades. É um processo de aprendizagem e
desenvolvimento de competências mentais e emocionais direcionada à conquista de
objetivos e obtenção de resultados”.

Walther Hermann

“Uma forma de estímulo e acompanhamento em longo prazo adaptada às necessidades


de desenvolvimento individuais e sistêmicas”

BERND ISERT

"Pode ser visto como um processo de desenvolvimento humano, que envolve interação
estruturada, e focada e o uso de estratégias, ferramentas e ténicas apropriadas para
promover uma uma a desejada e sustentável mudança desejada e sustentável para o
benefício do coachee e, potencialmente, para de outros envolvidos"

(Tatiana Bachkirova, Elaine Cox and David Clutterbuck, 2009, p. 3)

Fonte: The Complete Handbook of Coaching - Elaine Cox,Tatiana Bachkirova

"Uma conversa poderosa que te inspira a criar a vida que você quer"

(Jeni Mumford, 2007, p. 9)

Fonte: Life Coaching For Dummies


O Coaching, mais que um treinamento, é entendido como uma disciplina, uma arte, um
procedimento uma técnica e também um estilo de liderança. Pessoalmente, o entendo
como - ainda um processo de aprendizagem".

(Leonardo Wolk)

Fonte: Coaching - El Arte de Soplar Brasas - L Wolk

O coaching é o processo pelo qual o coach e o cliente formam uma parceria para
identificar e alcançar metas e resultados. Essa parceria cria uma sinergia que deve
possibilitar ao cliente extrair o melhor de si, reforçando todas as características
positivas que demonstra e ajudando-o a desenvolver outras de que não se sentia
capaz.

apud CCATALÃO; PENIM, 2010, p. 237

CATALÃO, João Alberto; PENIM, Ana Teresa. Ferramentas de coaching. Lisboa: Lidel,
2010.

Tomando-se como base estes conceitos, podemos dizer que Coaching é uma profissão

O que não é coaching

“Ao contrário do que a tradução remete, Coaching não é um treinamento e sim um


processo que oferece às pessoas as ferramentas e as oportunidades que elas precisam
para se desenvolverem. Esse processo tem foco no desenvolvimento de performance ou
de carreira. O Coach busca ajudar seu cliente, o Coachee, a conhecer melhor seus
recursos e a fazer melhor uso deles em busca de resultados. O Coach é o ‘olhar externo’
para ajudar o cliente a perceber pontos que, sozinho, muitas vezes ele não consegue
enxergar.”

Paula, 2010

Com base nos conceitos acima, pode-se afirmar que Coaching é uma profissão que
ajuda os clientes a buscarem as respostas sobre suas questões dentro de si mesmas,
estimulando a consciência sobre a auto-responsabilidade e o potencial infinito que todos
possuem. Este é o sentido do título “Inner Game” ou “Jogo Interno” nos livros de
Gallwey. Trata-se dos obstáculos internos que as pessoas se impõem quando não
acreditam em sua própria capacidade.

Gallwey (1972. p.12) diz:

“Uma vez que a mente julga e estabelece uma auto-identidade baseada em crenças
negativas, o papel assumido continuará a esconder o verdadeiro potencial [...] até que o
feitiço hipnótico seja quebrado. A maioria dos jogadores deveria em prestar mais
atenção na antiga sabedoria da filosofia yoga: "Você se torna o que você pensa."

Gallwey (1972. p.7)


Segundo withmore (1992, p. 6), "o oponente dentro da cabeça de alguém é mais
extraordinário do que aquele do outro lado da rede"

Mas, quais são as origens destasde onde vêm estas crenças limitantes? Muitas vezesNa
maioria dos casos, , vêm dacomeçam na infância. Crianças, de uma forma geral,
tendem a acreditar que os adultos têm sempre razão, e esta crençaconvicção esta,
muitas vezes, éfrequentemente endossada pela atitude dos responsáveis. Contudo, sabe-
se que não existem pais perfeitos. Em maior ou menor proporção, todos os pais
cometem errosnão são perfeitos, Em maior ou menor proporção, inconscientemente,
transmitem os erros aprendidos em sua criação para. O perigo esta no fato de que,, seus
filhos. A utilização do medo como recurso didático, por exemplo, pode influenciar
seriamente o comportamento do filho na fase adulta. C conceitos errados aprendidos na
infância, podem sermuitas vezes são assimilados como verdades na fase adultano
futuro.

Campos (2013) diz:

“Nossos pais, embora normalmente bem intencionados, também desempenham um


papel importante no processo de construção de crenças limitantes; primeiro de tudo
porque eles nos ensinam suas próprias crenças limitantes; em segundo lugar porque
muitas vezes utilizam o medo como recurso didático.”

Morais (2013) diz


Porque essas pessoas se sabotam tanto? Talvez elas tenham
vivido uma infância inteira se sentindo inadequadas. Talvez
tenha havido pessoas fazendo-as se sentirem sem direitos,
sem direito de se expressar ou de simplesmente fazer parte da
vida. E assim, ninguém nunca as viu como pessoas
interessantes. E é assim que elas se sentem.

O contrário do contexto acimasupracitado, também pode ser prejudicial. Crianças


superprotegidas oue sem limites, podem tornar-se adultos egocêntricos, caindo na
armadilha de acharem que estão sempre certosda ‘certeza absoluta’, não existindo nada
que acreditando que não há nada que possam precisem melhorar em si mesmos ou não
assumindo assumindo a responsabilidade pelos próprios erros. Neste sentido, Zagury
(1991, p. 13) diz:

“Há uma relação direta entre a falta de limites e a forma distorcida de ver o mundo, [...]
Seria mais ou menos como se jovens criados dessa forma pensassem: "o mundo existe
para o meu prazer, para o meu deleite (aprenderam isso por terem pais que dizem sim a
tudo, superprotegem e não desenvolvem responsabilidade)”
Situações difíceis ou dolorosas ocorridas ao longlo da história de vida de uma pessoa
também podem influenciar suas crenças. Campos (2013), se refere aos traumas como
causas de crenças limitantes graves, que produzem sérios bloqueios na vida das pessoas
como; fobias como medo de nadar, de falar em público, de subir num elevador, de voar
num avião, etc.

Seguem abaixo exemplos de algumas típicas crenças limitantes:


- Já cheguei ao meu ápiceEu não preciso melhorar em nada
- Eu não tenho sorte
- Eu não consigo me organizar;
- Eu nunca vou conseguir atingir meus objetivos;
- Eu não tenho direito a ter obter esta conquista;
- Eu não sei como posso resolver este problema;
- Eu não tenho capacidade de aprender isto;
- Eu não consigo, eu não posso, eu não sei.
- Eu sou desse jeito e não consigo mudar;
- Eu não consigo ganhar sem que as outras pessoas percam;
- Eu nunca consigo o que eu quero;
- As outras pessoas são melhores do que eu;
- Isso é muito difícil;
- A culpa foi dele(a);
- Eu não mereço tanto;
- Não existe ganho sem sofrimento;
- Ser melhor do que os outros me realiza;
- Eu não tenho tempo para fazer o que preciso

De que forma o Coaching pode ajudar indivíduos a lidar com estas questões?
Obviamente, o Coaching não pode mudar a história de vida das pessoas ou o cenário em
que se encontram. O que o coaching faz é incentivar a reflexão, o autoconhecimento e a
auto-responsabilidades de seus clientes, denominados Coachees, para que possam
explorar a capacidade infinita que possuem. Segundo Paula (2010): De que forma

“O Coach busca ajudar seu cliente, o Coachee, a conhecer melhor seus recursos e a
fazer melhor uso deles em busca de resultados. O Coach é o ‘olhar externo’ para ajudar
o cliente a perceber pontos que, sozinho, muitas vezes ele não consegue enxergar.”

As técnicas que o Coach utiliza para levar o coachee ao

Para que

quando se copia o comportamento dos genitores. Sabe-se que

não permitir que as armadilhas da auto-sabotagem criadas entre outros


fatores, pelo estresse, pela competitividade ou até por reflexos da criação
recebida na infância, interfiram nas ações do presente e futuro, diminuindo o
equilíbrio emocional, a auto-estima, o autocontrole, a realização dos sonhos e
consequentemente, a qualidade de vida e a felicidade?

“O verdadeiro coaching não se trata de um guru te dizendo como como viver a sua vida.
Sim, você poderia gostar do conforto de um ‘especialista’ que conserte a sua vida, seu
senso de moda, as falhas do seu corpo e a sua angústia emocional. Mas tais consertos
frerquentemente são como uma fita adesiva. Mudanças não perduram, a menos que uma
mudança real surja de dentro de você”.

(Mumford, 2007, p. 9)

O Coach não aconselha, não julga, não foca no passado, Este é o significado da palavra
“Inner”, no título dos livros de Gallwey.

Segundo withmore (1992, p. 6), "o oponente dentro da cabeça de alguém é mais
extraordinário do que aquele do outro lado da rede"

incentivando a reflexão sobre a auto-responsabilidade e os reflexos de suas ações


presentes, no futuro.

Coaching não é aconselhamento, consultoria, terapia ou treinamento. Este é o


significado da palavra “inner”, dos livros de Gallwey.

A arte do coaching

Técnicas

Pesquisas eficiência

Conclusão

Benefícios para o coachee

Benefícios para o coach

http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=0&cod=9399277&indice=0

Referências:

http://coachingsp.wordpress.com/2011/07/14/historia-do-coaching/

http://www.ibccoaching.com.br/ava/
http://ezecutivos.wordpress.com/2009/08/12/pesquisa-revela-eficiencia-dos-coaches-
saiba-como-escolher-um/

http://www.icoachacademy.com/blog/coaching-resources/coaching-models/the-brief-
and-wondrous-history-of-professional-coaching/

http://www.icoachacademy.com/blog/coaching-resources/coaching-models/the-brief-
and-wondrous-history-of-professional-coaching/

http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=0&cod=9399277&indice=0

http://www.istoe.com.br/reportagens/156568_NOS+CRIAMOS+BOA+PARTE+DOS+
NOSSOS+PROBLEMAS+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/o-que-sao-crencas-limitantes-coaching-na-
pratica.php

http://www.marisapsicologa.com.br/autossabotagem.html

Fonte: The Complete Handbook of Coaching - Elaine Cox,Tatiana Bachkirova

Fonte: Life Coaching For Dummies

CATALÃO, João Alberto; PENIM, Ana Teresa. Ferramentas de coaching. Lisboa: Lidel,
2010.
Livro Limites sem traumas

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