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OS MAPAS NA ANTIGUIDADE E NA IDADE MÉDIA

BOM SUCESSO
2019
OS MAPAS NA ANTIGUIDADE E NA IDADE MÉDIA

Trabalho apresentado à Disciplina de


Geografia, da Escola Cidadã Integral Padre
Aristides, como exigência avaliativa do 1°
Bimestre.

BOM SUCESSO
2019
RESUMO

A arte de produzir mapas é uma das formas de representação gráfica mais antigas da
humanidade, e provavelmente foi desenvolvida antes mesmo da escrita. Por isso, podemos dizer
que a história dos mapas se confunde com a própria história humana. Estudos e documentos
históricos encontrados em várias partes do mundo comprovam que os mapas fizeram parte da
cultura de muitos povos antigos, como dos árabes, babilônios, romanos, egípcios, chineses,
indianos, entre outros. Na Idade Média, houve um retrocesso na produção cartográfica europeia.
Isso por causa da expansão do cristianismo (religião abraâmica monoteísta centrada na vida e
nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento.), os
mapas começaram a ser elaboradas muitas vezes com bases em explicações bíblicas.

PALAVRAS-CHAVES: Antiguidade. Cristianismo. Cartográfica. Idade Média. Mapas.


ABSTRACT

The art of producing maps is one of the oldest forms of graphic representation of mankind, and
was probably developed even before writing. So we can say that the history of maps is confused
with human history itself. Studies and historical documents found in various parts of the world
prove that maps were part of the culture of many ancient peoples, such as the Arabs,
Babylonians, Romans, Egyptians, Chinese, Indians, among others. In the Middle Ages, there
was a setback in European cartographic production. This is because of the expansion of
Christianity (the monotheistic Abrahamic religion centered on the life and teachings of Jesus
of Nazareth, as presented in the New Testament). Maps have often been drawn up on the basis
of biblical explanations.

KEYWORDS: Antique. Christianity. Cartographic. Middle Ages. Maps


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5
2 OS MAPAS NA ANTIGUIDADE ...................................................................................... 6
3 OS MAPAS NA IDADE MÉDIA ....................................................................................... 8
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO

Ao longo da história, as representações cartográficas têm evoluído, acompanhando o


desenvolvimento tecnológico da nossa civilização. Novas técnicas e ferramentas foram e
continuam sendo desenvolvidas e podem ser utilizadas na confecção de mapas cada vez mais
diversos, fidegnos à realidade e de fácil entendimento.
Por isso, faz-se apresentar um pouco sobre tais épocas sobre a Cartografia na
Antiguidade e na Idade Média. Dado o exposto, esse será o principal objetivo do presente
trabalho.
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2 OS MAPAS NA ANTIGUIDADE

Os mapas são a mais antiga representação do pensamento geográfico. Registros que


mostram que eles existiam na Grécia antiga e no Império Romano, entre outras civilizações da
Antiguidade. Os primeiros eram feitos de madeira, esculpidos ou pintados, ou desenhados sobre
a pele de animais. Suas funções incluíam conhecer as áreas dominadas e as possibilidades de
ampliação das fronteiras, demarcar territórios de caça e representar a visão de mundo que esses
povos tinham. “Desde sempre, o homem registra o espaço onde vive. Trata-se de uma
necessidade social”, explica Marcello Martinelli, professor de Cartografia Estratégica no
Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
Mais do que uma ferramenta de orientação e localização, os mapas se transformaram
num recurso importante para a expansão das civilizações, e o seu desenvolvimento foi colocado
a serviço do poder. Eles foram fundamentais para a definição de estratégias militares e para a
conquista de outros povos. Na época das grandes navegações e dos descobrimentos marítimos
(entre os séculos XV e XVI), por exemplo, os cartógrafos estavam presentes em cada expedição
realizada. Sua função não era exatamente ajudar na localização, mas registrar e tornar pública
a descoberta de novos territórios.
A cartografia nunca foi uma ciência neutra, que representa exatamente o espaço ou a
realidade. Por trás de todo mapa, há um interesse (político, econômico, pessoal), um objetivo
(ampliar o território, melhorar a área agrícola etc.) e um conceito (o direito sobre determinada
região, o uso do solo etc.). “O mapa é uma representação adaptada da realidade. Por isso, nunca
é isento”, diz Carla Gimenes de Sena, doutora em Pesquisa em Geografia e Cartografia da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), campus de Ourinhos.
Antes mesmo de surgir a escrita por volta de 4.000 a.C. os homens usavam mapas para
se comunicarem uns com os outros e para registrar descobertas de todos os tipos, como água,
terra altas e planícies. Para que essa comunicação fosse bem eficiente eles usavam símbolos
que atualmente são conhecidos na cartografia. A idéia era simples: facilitar a localização de
qualquer coisa ou local específico fazendo uso de pontos de referência.
A Cartografia é a arte e a ciência de fazer mapas, os mais antigos que temos notícias e
que foram preservados são dos Babilônios por volta do ano 2.300 a.C. Entre os gregos a ciência
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da cartografia era considerada muito antiga e na época de Aristóteles o conceito de uma Terra
esférica já era mencionado e foi aceito pelos geógrafos da época, isso no ano 350 a.C.

Com Cláudio Ptolomeu (por volta do ano 150 de nossa era) a cartografia grega e romana
evoluíram muito e seu “mapa mundi” ficou mundialmente conhecido e uma referência até a
Renascença.
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3 OS MAPAS NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média as representações cartográficas perdem as concepções que os gregos


tinham, passando a representar o mundo com um conceito religioso e os explicando conforme
os ensinamentos bíblicos. Em geral esses mapas apresentavam um quadro conceitual com as
seguintes linhas:
1ª Linha: O mundo era representado em forma retangular dentro de um tabernáculo
chamado de mundo tabernáculo, do tratado Topografia Cristã de Cosme Indicopleustes. No
tratado Topografia Cristã ele nega a ideia de esfericidade da Terra e dos Céus. Indicopleustes
tem uma visão de mundo fechado e finito, em que a terra está inserida dentro de uma caixa
fechada semelhante a um tabernáculo.
2ª Linha: São os mapas isidorinos com o famoso mapa "T" sobre "O", que se originam
no século VII d.C., com o bispo de Sevilha, St. Isidoro (560-636) o qual publica na sua
enciclopédia “Etymologiarum Libri XX” (Etimologias), considerada como a primeira grande
enciclopédia cristã. Nesta linha a representação foi baseada no mapa Orbis Terrarun dos
romanos, adaptado a teologia cristã. Esta representação define uma forma de mapas tripartido,
na maioria circulares, com Jerusalém ocupando o centro da representação e a Ásia na parte
superior do mapa, onde estava representado o paraíso, a Europa fica a esquerda e a África fica
a direita. Estes continentes eram rodeados por um oceano representado pela letra circular "O",
já a letra "T" tinha o seu pé formado pelo Mar Mediterrâneo e os braços pelo Mar Vermelho e
os Canais do rio Don e o Mar de Azov. Esta representação era baseado em interpretações
bíblicas como em Isaías - Is 40:22, “Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos
moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os
desenrola como tenda, para neles habitar”, que fundamentou a representação de uma Terra
circular plana. Bem como na representação de Jerusalém como centro da representação, pois,
segundo a tradição bíblica era a posição original da sua representação, pois assim está escrito:
“Esta é a Jerusalém; no meio das nações eu a coloquei, e suas terras ao redor dela”, bem como
os três continentes conhecidos, Europa, Ásia e África eram tidos como herança deixada por
Noé os seus filhos. A Ásia para os povos semitas descendentes de Sem, a África para os povos
camitas, descendentes de Cã, e finalmente a Europa para os povos descendentes de Jafé.
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3ª Linha: São mapas manuscritos conhecidos como Beatos que tiveram origem nos
escritos do "Comentário sobre o Apocalipse” atribuído a Beato de Liébana, na Espanha. Estas
representações vão trazer o mundo representado de forma retangular readequando o Orbis
Terrarun dos romanos a teologia cristã. Nesta representação além de aparecer os continentes,
europeu, asiático e norte-africano, irá trazer a representação da existência de um quarto
continente, uma terra antípoda para mostrar que havia seres monstruosos nesse lugar.
4ª Linha: São os mapas anglo-normandos que aparecem durante a Idade Média Clássica
(entre os anos de 1000 à 1300) - desenvolvidos pelas escolas de origem francesa e inglesa. Estes
mapas parecem muito ecléticos e interessante, pois, representam a Terra como parte do corpo
de Cristo. Entre este podem ser citados os mapas-múndi, circular do Saltério de Psalter, datado
de 1225 d.C., o mapa Ebstorf de 1234, com 4m de diâmetro e o mapa de Hereford de 1290,
com 1,62 m de diâmetro.
Na Idade Média Clássica São Tomás de Aquino embute na ciência as obras de
Aristóteles defendendo a esfericidade da Terra, mas Jerusalém não poderia ser o centro da Terra
como a Igreja queria. O raciocínio Aristotélico exigia que a Terra fosse esférica e ocupava o
centro do universo o que agradava os teólogos.
No mundo árabe, ao contrário, desde 827 o califa Almamune havia determinado
traduzir do grego a obra de Ptolomeu, Geographike Syntaxis e Almagesto. Desse modo, através
do Império Bizantino, os árabes resgataram os conhecimentos greco-romanos, aperfeiçoando-
os. Foram eles que levaram para a Europa a bússola.
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4 CONCLUSÃO

Diante do exposto, conclui-se que a cartografia evoluiu muito desde os tempos antigos
aos dias atuais, os mapas permitiu que os seres humanos ampliassem cada vez mais o
conhecimento sobre o mundo, alargando as possibilidades de ocupação e apropriação do espaço
geográfico. Mas na Idade Média, influenciados pela expansão do cristianismo, os mapas
passaram a ser elaborados com base em concepções religiosas, muitas vezes de acordo com
explicações bíblicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Wikipédia, a enciclopédia livre. Cartografia. Disponível em <


https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartografia>. Acesso em: 30 mar. 19

Escola de geografia. MAPAS E EVOLUÇÃO DOS MAPAS. Disponível em <


https://escoladegeografia.wordpress.com/2012/03/08/os-mapas/>. Acesso em: 30 mar. 19

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