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O que é escarificação ?
Apesar de o uso de produtos químicos como ácido sulfúrico, ácido clorídrico, hidróxido
de sódio, soda cáustica ou hidróxido de potássio parecer óbvio no caso de
uma escarificação química, estes produtos nunca devem ser usados para esta prática
pois devem ser usados produtos totalmente solúveis em água e que não queimem em
alguns segundos já que sua remoção tem que ser rápida e precisa antes que causem uma
queimadura mais profunda do que o desejado. Tais soluções precisariam ser
neutralizadas antes de serem removidas da pele e a água não faria isso, espalhando elas
e causando grandes queimaduras por onde passassem.
Vale lembrar que uma escarificação química é mais dolorosa do que uma tatuagem e
oferece riscos à saúde, diferente da escarificação comum.
Escarificação por abrasão: É um método muito raro de se fazer uma escarificação por
ser muito doloroso. Na escarificação por abrasão, normalmente uma ferramenta é
utilizada para “roer” a pele até formar a arte desejada. Um outro motivo para não se
fazer uma escarificação por abrasão é o fato de que durante o processo muito sangue e
resíduos de pele são espalhados no local, tornando-o menos estéril e assim, inadequado
para a prática de modificação corporal.
Escarificação com máquina de tatuagem: É a escarificação feita com uso da máquina de
tatuagem mas sem tinta e passando a agulha várias vezes pelo mesmo local. Este tipo
de escarificação cria uma cicatriz menos visível mas muito mais rica em detalhes, quase
como uma tatuagem transparente.
A escarificação no Brasil
Hoje em dia, a técnica mais comum introduz esses pigmentos com o uso
de agulhas especiais na segunda camada do tecido epitelial (pele), na região da derme.
Mas há outras técnicas utilizadas, como a sumi, que usa o bambu em lugar de agulhas.
A tatuagem surgiu primeiramente entre tribos e clãs, como fator distintivo de grupo.
Estima-se que isso ocorreu há pelo menos 3500 anos atrás. Inclusive, foi comprovada
uma tatuagem em uma múmia do século VII dos nossos tempos – e há ainda quem
diga que é um sintoma da modernidade. Depois, com as evoluções sociais e da própria
tatuagem passou a ser o que é hoje, ou seja, mais uma expressão da personalidade, uma
marca particular do indivíduo.
Outra forma de uso da tatuagem era para marcar os fatos que marcavam fases da vida,
dentre eles o nascimento, a puberdade, a reprodução e a morte. Em tempos modernos, a
tatuagem se disseminou primeiro entre marinheiros para, décadas depois se tornar
comum entre presidiários. Foi por conta disso que, por um longo tempo tatuados foram
marginalizados.
O crescimento das tattoos em peles femininas é algo recente. Sendo hoje visto como
algo normal, foi outrora visto como bizarrice tamanha ao ponto de mulheres tatuadas se
tornarem atrações em circo. Mas nem sempre foi motivo de entretenimento, houve ainda
momentos de utilização de tatuagens para fins terríveis, como para marcação
de prisioneiros judeus, que foram numerados durante a Segunda Guerra Mundial.
OTZI
Um acaso levou à descoberta de uma múmia de cinco mil anos, congelada e soterrada
nos Alpes do Tirol, na fronteira entre a Itália e a Áustria. Ela foi batizada como Ötzi, o
homem de gelo, por ter sido encontrada no maciço de Ötzal. A descoberta gerou uma
série de pesquisas por parte de estudiosos de várias áreas, o que aponta a grande
importância da descoberta, já que é uma das poucas múmias bem conservadas
encontradas na Europa.
Foram encontrados ainda objetos que poderiam apresentar detalhes das condições de
vida dos seres humanos durante o Neolítico. Ötzi vestia roupas feitas de pele de cabra,
veado e urso, ostentando na cintura uma bolsa de couro, onde foi encontrada uma
raspadeira, uma broca, uma lâmina de sílex (rocha utilizada para a fabricação de
instrumentos), uma agulha de osso, um amolador de pedra e alguns fungos,
possivelmente utilizado para fins medicinais.
As armas que ele tinha em seu poder eram um arco incompleto de 1,8 metros de
comprimento e com as flechas também em mau estado de conservação. Ötzi possuía
ainda um instrumento para retalhar animais, tendões de pássaros e alguns pedaços de
galhadas de veados, que foram interpretados pelos arqueólogos como possível matéria-
prima para a construção de projéteis para as flechas.
De coletas de vestígios de seu trato digestivo foi possível indicar que ele se alimentava
de trigo possivelmente moído, utilizado como farinha para a produção de pão, e outras
plantas. Restos em seu intestino indicam que se alimentou também de carne de animais,
como o veado vermelho e cabra montanhesa alpina. Fungos foram encontrados em seu
intestino, o que pode indicar a utilização destes seres vivos na conservação de alguns
alimentos.
Mas quem era este homem? As hipóteses levantadas é que ele poderia ser um prospector
em busca de cobre, um xamã solitário ou um pastor de cabras. As causas de sua morte
pode ter sido o frio, em decorrência de um ferimento de flecha no ombro ou mesmo que
tenha morrido ao fugir de uma tempestade. Não é possível saber precisamente as
condições de vida de Ötzi, mas o que realmente interessa é que seu corpo, que hoje se
encontra no Museu do Homem de Gelo, localizado em Bolzano, na Itália, levanta
muitas dúvidas, mas também aponta vários caminhos de estudo para se conhecer os
estilos de vida de nossos antigos antepassados.
Referência Bibliografica
https://www.mundodastatuagens.com.br/historia-da-tatuagem/
http://www.tintanapele.com/2013/03/escarificacao.html