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Projeto de pesquisa
Início: Maio/2016
Provável conclusão: Dez/2016
Centro Universitário da FEI
Projeto de pesquisa
RESUMO DO PROJETO
A análise estrutural tem por objetivo determinar os efeitos (deslocamento, esforços e tensões) das
ações solicitantes em uma estrutura para verificar os estados limites últimos e de serviço (ELU e ELS).
Este projeto de pesquisa tem como objetivo realizar uma análise comparativa dos resultados obtidos por
meio de diferentes modelos estruturais para a consideração da distribuição de carregamentos horizontais
em edifícios. Serão analisados modelos estruturais planos e tridimensionais. Para isto, serão realizadas
diferentes análises estruturais, por meio do software baseado no método dos elementos finitos ANSYS,
das estruturas de dois edifícios diferentes. Nessas análises serão consideradas a influência dos diferentes
modelos de consideração da distribuição dos carregamentos horizontais nos subsistemas estruturais
verticais. Os três modelos de cálculo utilizados são: modelo de pórticos planos independentes com área de
influência, pórticos planos associados e pórticos espaciais. Serão realizadas as análises elástica linear e
elástica não linear geométrica considerando os três modelos de cálculo escolhidos. Os resultados serão
comparados e discutidos.
Palavras-chave:
1. Análise Estrutural.
2. Método dos Elementos Finitos.
3. Pórticos planos associados.
4. Pórticos espaciais.
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I. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Martha (2010) a análise estrutural moderna pode ser dividida em quatro níveis como
ilustrado na Figura 1. O primeiro nível representa o mundo físico, ou seja, a Estrutura Real tal como é
construída. O Modelo Estrutural representa o segundo nível é o modelo analítico utilizado para
representar matematicamente a estrutura que está sendo analisada. Para chegar ao terceiro nível, ocorre a
chamada Discretização da estrutura, que nada mais é que a passagem do Modelo Estrutural (2º nível) para
o Modelo Discreto (3º nível) que é concebido dentro das metodologias de cálculo dos métodos e análise.
O Modelo Computacional representa o quarto nível e é o modelo mais utilizado nos dias de hoje devido à
facilidade com que se tem para trabalhar com estruturas mais complexas, onde a estrutura é resolvida
através do auxílio de softwares, tais como o ANSYS, que é baseado no método dos elementos finitos, e o
A análise estrutural tem por objetivo determinar os efeitos (deslocamento, esforços e tensões) das
ações solicitantes em uma estrutura para verificar os estados limites últimos e de serviço (ELU e ELS).
As estruturas podem ser estudadas considerando uma Análise Linear e Não Linear.
pressuposição de três condições, sendo elas: Linearidade, onde o aumento de carga na estrutura é
diretamente proporcional aos aumentos de deslocamento, deformações e tensões; Elasticidade, onde não
há deformações permanentes da estrutura; e Estática, onde as cargas são aplicadas lenta e gradualmente
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até atingirem suas magnitudes totais. Caso alguma dessas pressuposições não seja válida, deve-se
Na Figura 2 é ilustrada a relação “Força x Deslocamento” para a as análises linear e não linear.
considerar a ação do vento nas estruturas em que esta ação possa produzir efeitos estáticos e/ou dinâmicos
significativos, ou seja, a influência dos ventos não depende única e exclusivamente da altura do edifício,
mas, principalmente, da intensidade com que esse esforço lateral soicita a estrutura.
Em Barros (2003) foram estudadas quatro estruturas simples e distintas, em concreto armado,
constituídas por pórticos de 16 pavimentos tipo e pé-direito de 3 metros de altura cada. A primeira e a
segunda estrutura possuem dois planos verticais de simetria, a terceira estrutura possui apenas um plano
vertical de simetria enquanto a quarta estrutura não possui nenhuma simetria. Foram usados quatro
diferentes modelos de análise estrutural para cada uma das estruturas, sendo três deles modelos planos,
Pórticos Planos Independentes com Áreas de Influência (PPI-AI); Pórticos Planos Independentes
Compatibilizados no Topo (PPI-CT) e Pórticos Plano Associados (PPA), e quarto modelo de análise
considerou o Pórtico Espacial (PE). Este último foi tomado como referência por ser considerado o que
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mais se aproxima do real comportamento da estrutura. Este estudo permitiu uma comparação entre esses
quatro modelos. Concluiu-se que os 3 Modelos planos, PPI-AI , PPI-CT, PPA devem ser limitados aos
casos em que o projetista de estruturas sabe antecipadamente, pela experiência passada, que os resultados
com ele obtidos são da mesma ordem de grandeza que os resultados obtidos com o Modelo PE.
Em Fontes (2005) foi feita a análise linear de um edifício de oito pavimentos e mais o subsolo,
analisando separadamente as cargas verticais e horizontais, através dos modelos estruturais de Pórticos
Planos Associados, Pórtico Espacial, Pórtico Espacial com Lajes e Pórtico Espacial com Lajes e Trechos
Rígidos. Na análise das cargas horizontais, pode-se perceber que os resultados dos modelos se mostraram
próximos entre si, quanto aos deslocamentos laterais no topo do edifício, com exceção do deslocamento
Ainda em Fontes (2005) pode-se notar que os resultados obtidos, tornam-se mais realistas com a
introdução de trechos rígidos entre os pórticos, já que com isso, a interseção de vigas e pilares não se
A Figura 3 ilustra os resultados dos deslocamentos nas direções x e y para os modelos Pórticos
Planos Associados (PPA), Pórtico Espacial (PE), Pórtico Espacial com Lajes (PEL) e Pórtico Espacial
com Lajes e Trechos Rígidos (PELTR). No gráfico da Figura 3 nota-se a grande diferença de
Em Camargo (2012) foi realizada uma análise comparativa de diferentes sistemas estruturais para
um edifício comercial de aço com 20 pavimentos, pé direito único igual a 3,5 m e dimensões de 45 x 20
m. Nesta análise foram levados em conta os efeitos de vizinhança em edificações, que raramente são
formas diferentes, a primeira com a força horizontal sendo aplicada sem excentricidade, resultando
fachada devido aos efeitos de vizinhança com o intuito de ocasionar, além do tombamento, a torção do
edifício. Observou-se que quando comparadas as duas situações (com e sem os efeitos de vizinhança)
vizinhança foram levados em conta. Sendo assim, pode-se afirmar que na análise dos esforços laterais
atuantes em uma estrutura há a necessidade de se revisar todas as premissas prescritas na norma vigente,
Segundo Almeida (2009) cabe ao engenheiro definir o tipo de modelo estrutural que deverá ser
utilizado e o quanto ele será refinado e detalhado de acordo com a estrutura que será calculada. Vale
lembrar que modelo estrutural simplificado não necessariamente é sinônimo de modelo estrutural ruim, já
que se pode utilizar o modelo mais simples para o pré-dimensionamento de uma estrutura.
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Ainda em Almeida (2009) foram analisados os esforços laterais em um edifício de 16 andares, com
altura total de 48 metros através de quatro diferentes modelos estruturais: o Modelo 1, onde só está
presente o elemento de barra FRAME e diafragmas rígidos em cada andar; os Modelo 2 e Modelo 3
consideram pilares e vigas como elementos de barra FRAME , as lajes como elementos de casca SHELL
e o eixo das vigas é considerado no plano médio da laje; e o Modelo 4, onde as vigas foram modeladas
com elementos de barra FRAME e as lajes com elementos de casca SHELL, que foi o que mais se
aproximou da real estrutura, já que neste há a presença das conexões OFFSET, que traz resultados
bastante diferentes dos encontrados nos demais modelos, principalmente do Modelo 1. Sendo assim,
devido a essa diferença discrepante entre os resultados, recomenda-se o uso do Modelo 4 em escritórios
de projetos para a modelagem dos edifícios de andares múltiplos, substituindo o Modelo 1, que é um dos
Segundo Chagas (2012) existem diversos modelos estruturais propostos para simular a estrutura
real. Neste trabalho foram analisados os modelos com Vigas Contínuas, Pórtico Plano Simplificado,
Vigas Discretizadas em Grelha, Vigas e Lajes Discretizadas em Grelha, Laje Modelada com EF de Casca,
Pórtico Plano, Pórtico Espacial sem Laje, Pórtico Espacial com Grelha de Vigas e Lajes e Pórtico
Espacial com Laje Modelada por EF a fim de comparar os momentos fletores obtidos nas vigas e indicar
as particularidades de cada um. Verificou-se que para um pré-dimensionamento que prevê vigas que se
apoiam em vigas, os modelos de vigas contínuas, pórticos simplificados e planos, não são recomendados,
já que estes não preveem um deslocamento em conjunto dos dois elementos, o que acarretaria em um
Ainda em Chagas (2012) nota-se que apesar de os modelos mais simples apresentarem bons
resultados e serem aceitos, a utilização do método dos elementos finitos fornece resultados mais próximos
da realidade e que normalmente resultam em esforços inferiores aos demais, ou seja, com isso, o
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engenheiro consegue projetar uma estrutura otimizada, ganhando tempo para a realização do apropriado
Este projeto de pesquisa tem como objetivo realizar uma análise comparativa dos resultados
obtidos por meio de diferentes modelos estruturais para a consideração da distribuição de carregamentos
horizontais em edifícios. Serão analisados modelos estruturais planos e tridimensionais. Para isto, serão
realizadas diferentes análises estruturais, por meio do software baseado no método dos elementos finitos
ANSYS, das estruturas de dois edifícios diferentes. Nessas análises serão consideradas a influência dos
Pórticos espaciais.
II.2. Metodologia
experimentais de referência são utilizados o acervo disponível na biblioteca Pe. Ademar Moreira S.J. e no
portal de periódicos da CAPES. Para a realização das modelagens numéricas será utilizado o software de
II.2.2. Métodos
Para a realização da pesquisa primeiramente será necessária a realização de uma profunda revisão
bibliográfica para o levantamento dos estudos e resultados realizados sobre o tema. Definidos a geometria
dos dois pórticos dos edifícios os modelos estruturais serão analisados por meio do software baseado no
método dos elementos finitos ANSYS. Serão realizadas as análises elástica linear e elástica não linear
discutidos.
Revisão bibliográfica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MARTHA, L. F. Análise de Estruturas – Conceitos e Métodos Básicos. Rio de Janeiro: Elsevier.
2010. 524 p.
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto -
Procedimentos. Rio de Janeiro. 2014.
[4] BARROS, C. B. C. Considerações Sobre Alguns Modelos Clássicos Para Análise Estrutural De
Edifícios De Andares Múltiplos Sujeitos á Ação De Forças Laterais. 2003. 187 f. Dissertação
(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Esrtuturas) – Escola de Engenharia da Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
[5] FONTES, F. F. Análise Estrutural de Elementos Lineares Segundo a NBR 6118:2003. 2005. 137
f. Dissertação (Mestrado em Engenharia das Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, São
Carlos.
[8] CHAGAS, D. P. Análise comparativa entre modelos estruturais para edifícios de concreto
armado. 2012. 74 f. TCC (Graduação em Engenharia de Produção Civil) - Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Curitiba, 2012.