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3-RenascimentoCultural e Cientifico
3-RenascimentoCultural e Cientifico
A música tornou-se uma arte independente e não simplesmente um instrumento auxiliar das
cerimônias religiosas. Além da música sacra, desenvolveram-se a profana e a arte do canto
coral. Compositores e músicos, em suas criações e interpretações uniam a habilidade técnica,
emoção, conseguindo efeitos extraordinários.
Até o advento do renascimento, só era possível, na pintura, transpor para a tábua ou para a parede
duas dimensões: comprimento e largura. Era impossível captar no plano a profundidade, a luz ou
o volume. É por esse motivo que a perspectiva, tanto aqui quanto na arquitetura, passa a ser um
elemento de fundamental importância. Graças e ela os pintores renascentistas conseguem criar o
que até então era inconcebível: espaços reais sobre uma superfície plana.
As figuras, dispostas numa composição estritamente simétrica, a variação de cores frias e quentes
e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade. A
reprodução da figura humana, a expressão de suas emoções e o movimento ocupam lugar
igualmente preponderante. Os temas a representar continuam sendo de caráter estritamente
religioso, mesmo que, agora, com a inclusão de um novo elemento...
... a burguesia, que queria ser protagonista da história do cristianismo. Não é de admirar, portanto,
que as pessoas se façam retratar junto com a família numa cena do nascimento de Cristo, ou
ajoelhadas ao pé da cruz, ao lado de Maria Madalena e da Virgem Maria. Até mesmo os
representantes da Igreja se rendem a esse curioso costume. Muito diferentes no espírito, embora
nem por isso menos valiosos, são os resultados obtidos paralelamente nos países do norte.
Os mestres de Flandres, deixando de lado as medições e a geometria e recorrendo à câmara
escura, também conseguem criar espaços reais no plano, embora sem a precisão dos italianos. A
ênfase é colocada na tinta (são eles os primeiros a utilizar o óleo) e na reprodução do natural de
rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou
resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade.
Sandro Botticcelli, ao desenhar este belo Nascimento de Vênus,
inspirou-se na mitologia clássica greco-romana; ele queria reconciliar
o pensamento cristão com o pensamento pagão da Antiguidade.
A ARQUITETURA NO RENASCIMENTO
Os arquitetos do renascimento conseguiram, mediante a medição e o estudo de antigos templos e
ruínas, assim como pela aplicação da perspectiva, chegar à conclusão de que uma obra
arquitetônica completamente diferente da que se vira até então não era nada mais que pura
geometria euclidiana. O módulo de construção utilizado era o quadrado, que aplicado ao plano e
ao espaço deu às novas edificações proporções totalmente harmônicas. As ordens gregas de
colunas substituíram os intermináveis pilares medievais e se impuseram no levantamento das
paredes e na sustentação das abóbadas e cúpulas. São três as ordens mais utilizadas: a dórica, a
jônica e a coríntia, originadas do classicismo grego. A aplicação dessas ordens não é arbitrária.
Elas representam as tão almejadas proporções humanas: a base é o pé, a coluna, o corpo, e o
capitel, a cabeça. As primeiras igrejas do renascimento mantêm a forma da cruz latina, o que
resulta num espaço visivelmente mais longo do que largo. Entretanto, para os teóricos da época, a
forma ideal é representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega, mais freqüente nas igrejas do
renascimento clássico. As obras da arquitetura profana, os palácios particulares ou comunais,
também foram construídas com base no quadrado. Vistos de fora, esses palácios se apresentam
como cubos sólidos, de tendência horizontal e com não mais de três andares, articulados tanto
externa quanto internamente por colunas e pilares. Um pátio central, quadrangular, tem a função
de fazer chegar a luz às janelas internas. A parede externa costuma receber um tratamento rústico,
sendo a almofadilha mais leve nos andares superiores. A ordem das colunas varia de um andar
para outro e costuma ser a seguinte: no andar térreo, a ordem toscana, uma variante da arquitetura
romana, no pavimento principal, a jônica, e no superior, a coríntia. A divisão entre um nível e
outro é feita por diferentes molduras e uma cornija que se estende por todo o piso de cada andar,
exatamente abaixo das janelas. Têm geralmente forma retangular e são coroadas por uma
finalização em arco ou triângulo.
Vista da Cúpula da Basílica de São Pedro,
Catedral de Florença Vaticano
Michelangelo trabalhou
durante quatro anos na
pintura do teto da
Capela Sistina, no
Vaticano, onde concebeu
e realizou grande
número de cenas do
Antigo Testamento. A
cena mais
representativa é a da
criação do homem, em
que Deus estende a mão
para tocar a de Adão.
Ao morrer, com aproximadamente 67 anos, Leonardo da Vinci deixou cerca de
quatro mil páginas, com desenhos, anotações, projetos de
máquinas e tratados científicos. Entre seus projetos,
encontramos máquinas voadoras, máquinas de guerra
(capazes de lançar bombas à distância), máquinas têxteis,
esboços precisos de músculos, de nervos e do cérebro
humano. Ao lado, uma das páginas deixadas por Da Vinci, na
qual se pode ver o projeto de um laminador movido por roda
hidráulica.
A revolução científica do Renascimento trazia revelações no
campo da medicina que contrariavam dogmas da época.
Vessálio, o pai da moderna anatomia, comprovou que o homem
possui o mesmo número de costelas que a mulher. Harvey
demonstrou que o sangue não circula em uma única direção.
A EXPANSÃO DO RENASCIMENTO CULTURAL
PELA EUROPA:
William Shakespeare: Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo
Inglaterra Thomas Morus: Utopia