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DIARIO ‘Toda a correspondéncia quer oficial, quer relativa a andinclo © assinaturas & Imprensa Nacional — U.E.E., ‘em Luanda, Caixa Postal 1396 — End SUMARIO Conselho de Ministros dos recursos hoteleira de 24 de Ponane Mistral ne 2i8/7e 39 Ge Magee lat legislgho em contro, Ministério da Juventude e Desportos Despacho m38/97: ‘Aprova a criagko da Federaglo Angolana de Desportos para Deficient e os seus estatutos. Deapacho a 36:97: ‘Aprova a criagho da Federagto Angolana de Tackwan-Do © 08 seus ‘status. Banco Nacional de Angola ‘Avivo 22 697: Determine que as instiuigbs financelras independestemente do Tite capital mie relzndo, sto goigas antn 9. ‘lor dos seus fundos peéprioecompattiizados com o grea de Tio de entra dou eeu actves. CONSELHO DE MINISTROS Decreto-Lei_n.*. 6/97 de 18 de Agonto A indiistria hoteleira ¢ similares, como um dos ele- mentos bésicos das infraestruturas turisticas, constitui um facipr para o desenvolvimento turistica do Pafs. Em consequéncia, uma das preocupagSes fundamentais de qualquer politica turistica serd necessariamente a de dotar 0 Pats de éreas propfcias & prética do turismo ¢ de uma rede de estabelecimentos que quantitativa ¢ qualitativamente esteja apta a satisfazer a procura mais variada quer de nacionais quet de estrangeiros. Sexta-feira, 15 de Agosto de 1997 K2R 250 000 000.00 . KaR 115 $00 000.00 . K2R 85750 000,00 __KaR_55 500 000.00 I_Série 38 DAREPUBLICA (0 progo do cada linha publicade nos Difrios da Replica 1.* © 2.* bios 6 de KaR 465,000.00, pare 4 3. frie KaR 665,000.00, acrescido do ‘espestivo imposto do selo,, depeadendo a publi- caplo da 3.* série, de depésio prévio « efecuar ‘4 Tewouraria da Imprensa Nacional — U.E.E. ‘Ane O Decreto-Lei n.* 49399, de 24 de Novembro de 1969, regulador da indéstria hoteleira e similares, foi posto em vigor no Pafs em Margo de 1974, aproximadamente um ano antes da independéncia, tendo resultado deste facto que grande arte das suas disposigdes nunca chegaram na prdtica, emtrarem vigor. Esta circunstincia aliada # fuga maciga dos antigos Proprietérios dos estabelecimentos hoteleiros e similares, bem como ao surgimento de novos proprietétios, tiveram como consequéncia que a intervencio do érgio reitor se processasse de um modo pouco eficaz. Por outro lado, 0 desenvolvimento extraordinério atin- gido pelo turismo no mundo nas dltimas décadas, exige ‘como fenémeno essencialmente dinimico, uma actualizagio constante das suas. normas reguladoras, adaptando-as as ‘novas realidades, Por todas estas razées considerou-se oportuno proceder a revisiio do Decreto-Lei n.* 49399, substituindo-o pelo presente diploma, de modo a dotar o otganismo reitor do turismo dos meios tegais que Ihe permitam, ter uma intervengio mais eficaz. As solugées adoptadas, em certos aspectos, so mera actualizagéo das normas que existam. Nestes termos, ao abrigo das disposigées conjugadas da alinea h) do artigo 112.° © do artigo 113.° ambos da Lei Constitucional, o Governo deereta o seguinte: CAPITULO I Ambito, Atribuigio e Competéncias ARTIGO 1" O presente diploma destina-se a estabelecer as normas respeitantes ao aproveitamento dos recursos turfsticos do Pafs, a0 exercicio da indistria hoteleira e similares e do alojamento turfstico em geral, em ordem a preservar ¢ a valorizar as caracteristicas s6cio-econdmicas locais eo meio ambiente ¢ garantir a qualidade da oferta turistica nacional. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 2¢ 41, Para efeito do estabelecido no artigo anterior sto atribuigbes do Ministétio de Hotelaria ¢ Turismo: 4) fomentar ¢ orientar 0 eproveitamento ¢ a preservago dos recursos turisticos do Pats; b) orientar, disciplinar, fiscalizar ¢ apoiar a, inddstria hoteleira ¢ similar, os meios complementares de alojamento turfstico, os conjuntos turfsticos & ainda os empreendimentos de animagSo, culturais ¢ ‘desportivos de interesse para o turismo; ©) dar parecer sobre todas as operagGes e projectos de Toteamento urbano, desde que incluam qualquer ‘empreendimento de natureza turistica ou se situem em zonas ou regi6es confinantes com empreendi- mentos ou éreas de interesse turfstico, excepto quando tais operagbes se localizem em zonas jé ‘abrangidas por plano de urbanizacio; 4) dar parecer sobre os planos regionais de ordenamento do terrt6rio sujeitos a rectificagfo ou aprovagio do Governo Central; @) propor a definigho de éreas de aproveitamento ¢ desen- volvimento turfstico. 2. Para o exercicio das atribuigdes que Ihe so cometidas ros termos do mimero anterior e sempre que haja lugar @ intervengio de outras entidades, o Ministério de Hotelaria e Turismo poderd promover reunides com vista a apreciagéo decistio conjunta dos assuntos pendentes. ‘ARTIC 3+ 1. Para 0 desempenho das atribuigtes a que se refere a alinea 5), do n? 1, do artigo 2.*, cabe a0 Ministério de Hotelaria ¢ Turismo: 42) aprovar sem prejuizo da competéacia atribuda a outras entidades nos termos definidos na lei, a localizagio € 08 projectos dos estabelecimentos hoteleiros © similares; ) declarar de interesse para o turismo ou sem intetesse ‘para o turismo, os estabelecimentos hoteleiros ¢ similares; c) qualificar de turfsticos os meios complementares de 4) qualificar o8 empreendimentos de conjuntos tursticos; ‘¢) declarar de interesse para o turismo 0s empreendimen- tos de animacko, culturais e desportivos; f) classificar os estabelecimentos hoteleiros ¢ similares, ‘0s meios complementares de alojamento turistico ¢ proceder a sua reclassificaglo, bem como aprover as. respectivas denominagbes; 2) sutorizar a sbertura dos etabelesimentosrefetidos nas alineas anteriores; 1h figcalizar a exploracio dos estabelecimentos abrangi- dos pelo presente diploma, especialmente no que irespeita ao estado dab instalagBes, a0 servigo ‘prestado aos clientes © os pregos praticados ¢ ‘ordener as providéncias necessérias para corrigit as eficitncias verificadas; 1) conhecer das-reclamagies apresentadas sobre seu funcionamento ¢ instalagbes; 4) aplicar sangSes por infracgSes ao disposto no presente diploma e suas disposig6es regulamentares; 2) determinar 0 encerramento dos estabelecimentos abran- ‘gidos pelo presente diploma, nos casos expressa- ‘mente previstos, . 2, Para a fiscalizagto prevista na alfnea h) do n* 1 deste artigo sfo ainda competentes 0s Srglios de inspecglio de outros Ministérios, em matéria especifica das suas compe ‘éncias. ARTIGO 4* 1, Compete aos Governos das Provincias ¢ aos érgios locais de turismo nos termos estabelecidos neste diploma e suas disposig6es regulamentares: a) dar parecer sobre a localizaio e os projectos dos ‘empreendimentos referidos nas alfneas a) d) do n. 1 do artigo anterior, em conjunto com as demas entidades competentes; ) eprovar a localizagio © os projectos dos estabele- ‘cimentos hoteleiros e similares sem interesse para © turismo; 6) atribuir aos estabelecimentos referidos na alinea anto- ror a respectiva classificagio e autorizar a sua abertura; *d)fiscalizar as instalagdes destes estabelecimentos e orde~ nar as providéncias necessérias para corrigir as eficitncias neles verificadas; ) propor sang6es por infracgdes ao disposto no presente diploma e nas disposigbes regulamentares relativa- mente aos estabelecimentos cuja autorizagso de abertura seja da sus competéncia, 2. Para efeitos do disposto no nimero anterior, apli- ccar-se-4 aos Governos das Provincias ¢ aos érgios locais de. turismo o que neste diploma ¢ suas disposigées regulamen- tares se dispSe para o Ministério de Hotelaria ¢ Turismo, com as necessérias adaptacées. 3. A competéncia prevista nas alineas b), c,d) ¢.e), do nf 1 deste artigo seré exercida pelos Governos das Provincias quando estes estiverem dotados de organizagio ‘de meios humanos adequados para esse fim. 4, A transfertneia de compettncia far-se-4 por diploma legal do Ministro de Hotelaria e Turismo. ARTICO 5 1. Sempre que se verifique a transferéncia de competén- cias previgtas nas alineas 6) ¢ c) do 2. 1 do artigo anterior 08 interessados deverio solicitar ao Ministro de Hotelaria e Turismo, directamente ou por intermédio do Governo da Provincia, o parecer prévio sobre: 4) as condig6es funcionais do projecto e a classificagso méxima que ele permitiré atribuir ao estabeleci- mento, bem como a declaragio relativa ao interesse ‘ow sem interesse para 0 turismo; 2b) 0 interesse turfstico dos empreendimentos de anima- ~ go, cultursis e desportivos; 6) ascondigbes do empreendimento para ser qualiicado de Conjunto turfstico ou de alojamento turistico, I SERIE — N.° 38 — 15 DE AGOSTO DE 1997 421 2. O parecer proferido nos termos do nimero anterior deverd instruir obrigatoriamente 0 pedido de aprovagto do Fespectivo projecto. CAPITULO II Da Definicéo € Classificagio dos Estabelecimentos Dapeng Cera ARTIGO 6* 1, Nenhum estabelecimento pode ser classificado em determinado grupo ou categoria sem satisfazer os requisitos minimos estabelecidos para esse grupo ou categoria. 2, Sem prejutzo da observancia do estabelecido no né- ‘mero anterior, na classificacSo de um estabelecimento deverd ainda ter-se em conta a ponderago equilibrada dos factores a seguir indicados, nos termos a estabelecer em regulamento: 42) localizagko do empreendimento; D> byorivet da servico e ds instlagbess ¢) a existéncia de equipamentos complementares. 3. Para além dos requisitos mfnimos a que se refere 0 AS 1 deste artigo poderio ainda ser exigidos requisitos ‘especiais para os estabelecimentos localizados nas éreas de interesse para o turismo a fixar no diploma que as criar. ARTIGO 74 1. A classificagéo atribufda a um estabelecimento poders ser revista, a todo 0 tempo, oficiosamente, a pedido do Governo da Provincia, do respectivo érgto local de turismo, ou # requerimento do interessado, verificada a alteragdo dos ‘Pressupostos que determinaram. 2. A desclassificagéo teré lugar, independentemente da aplicagfio de qualquer sangSo, quando pelo deficiente estado de Conservago das instalacSes ou reiteradas deficiéncias de servigo, 0 estabelecimento nfo corresponder 80 grupo ou categoria em que estiver inclufdo. D___ 3: Quando a desclassificagio tiver como causa o defi- ‘clente estado de conservagio das instalagbes, 56 poderd ser executada se 0 interessado depois de notificado das obras a ‘efectuar as nfo realizar dentro do prazo que for fixado em fungio das caracterfsticas das mesmas ¢ do seu custo. Det Eatabcser Hoteoe ARTIGO 8" 1, Sto estabelecimentos hoteleiros os destinados a Proporcionar slojamento, mediante remuneragio, com ou sem fornecimento de refeig6es e outros servigos acessérios, ‘ou de apoio. 2. Nilo se consideram estabelecimentos hoteleiros: 42) as instalagdes que, embora com o mesmo fim, sejam explorados sem intufto lucrativo e cuje frequencia seja restrita a grupos limitados, teis como albergues de juventude ¢ semelhantes; 5) 08 meios complementares de alojamento turstico; €) 08 conjuntos turisticos, 3, Néo se considera exercfcio da indistria hoteleira « ‘aceitagtio de héspedes em casa particular, com carfcter estfvel e até 20 méximo de tres. : 4. 8 vedado aos estabelecimentos hoteleiros alojar os seus Clientes em casas particulares. ARTIGO 92 1. Os estabelecimentos hoteleiros classificar-se-fo nos ‘grupos a seguir definidos, com as categorias que forem estabelecidas em regulamento: Grupo 1 — Hotéis. Grupo 2 — Pensbes. Grupo 3 — Pousadas. Grupo 4 — Estalagens. Grupo 5 — Moiéis. Grupo 6 — Hotis-apartamentos. Grupo 7 — Aldeamentos turisticos. Grupo 8 — Hospedarias ou casas de héspedes. 2. Os estabelecimentos que, de acordo com o disposto em regulamento, oferecam apenas alojamento ¢ pequeno almogo, classificar-se-Bo de residenciais, devendo usar no nome o termo correspondente. 3. As pousadas regular-se-o por legislagio especial. ‘SECCAO IN ‘Dos Estabelectmentos Similares dos Hotelelres ARTIGO 10" 1. Consideram-se estabelecimentos similares dos hote- Jeiros, qualquer que seja a sua denominagio, os destinados a pproporcionar ao pblico mediante remuneragio, alimentos ou bebidas para serem consumidos no proprio estabelecimento. 2. Os estabelecimentos nio compreendidos no némero. anterior em que seja exercida, ainda que necessariamente, alguma das actividades 4 que se refere o mesmo némero ficam, na parte respectiva, sujeitos as disposigbes deste diploma para os estabelecimentos similares, com as necessérias adaptagies, 3. Nio slo havidos como estabelecimentos similares dos +hoteleiros: 4) as casas particulares que proporcionem alimentag&o a /éspedes com carfcter estdvel, no méximo de trés; +b) as cantinas ou refeit6rios de organismos ou empresas que fornegam slimenta¢o apenas a0 respectivo pessoal; €) as cozinhas industriais quando se destinem exclusiva- ‘mente a produzirem refeigSes para consumo fora do estabelecimento; . 4) em geral qualquer estabelecimento de fim nfo lucra- tivo, cuja possibilidade de frequtncia seja restrita a ‘um grupo delimitado, com exclusio do pablico em ~ geal. 4. B vedado 1 prestacéo de servigos anslogos aos dos ‘estabelecimentos similares, com fins lucrativos, nos merca- dos oficiais ou em quaisquer outros locais, excepto quando devidamente autorizados pelos Governos das Provincias ¢

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