Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Espaço Confinado
Espaço Confinado
2
Espaço Confinado
Espaço Confinado
© SENAI - SP - 2008
Coordenação Maristela de Sá
Luiz Manoel Patricio
3
Espaço Confinado
4
Espaço Confinado
Sumário
páginas
1.0 Definições de Espaços Confinados 11
1.1 Norma Regulamentadora 33 11
1.2 Definição segundo a OSHA (Occupacional Safety and Health Administration) 11
1.3 Definição segundo a NIOSHI (The National Institut Occupacional Safety and Health) 11
5
Espaço Confinado
6
Espaço Confinado
10.7.7 Adultos 64
10.8 Parada cárdio-respiratória. 64
10.8.1 Sinais 64
10.8.2 Primeiros socorros para RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar) 64
10.9 Afogamento 66
10.9.1 Crises convulsivas 66
10.9.2 Primeiros socorros 66
10.10 Contusão 67
10.10.1 Primeiros socorros 67
10.11 Ferimento ou ferida 67
10.11.1 Primeiros socorros 67
10.12 Ferimento nos olhos 67
10.12.1 Ferimentos com presença de objeto encravado 67
10.13 Fratura, entorse e luxação. 68
10.13.1 Sinais 68
10.13.2 Primeiros socorros 68
10.14 Hemorragias 68
10.14.1 Primeiros socorros 68
10.15 Estado de choque 69
10.15.1 Sinais e sintomas 69
10.15.2 Primeiros socorros 69
10.16 Queimaduras 69
10.16.1 1° grau 70
10.16.2 Primeiros socorros 70
10.16.3 2° grau 70
10.16.4 Primeiros socorros 71
10.16.5 3° grau 71
10.17 Queimadura por fogo 71
10.18 Choque elétrico 72
10.19 Efeitos da corrente elétrica no corpo humano 72
10.20 Transporte de vítimas 73
10.21 Imobilização para retirada de acidentados 73
11.0 Referências 75
7
Espaço Confinado
8
Espaço Confinado
Introdução
Esta apostila constitui-se em uma referência para que o aluno acompanhe as aulas do curso
de Espaço Confinado para qualificação de Trabalhador Autorizado e Vigia, conforme Norma
Regulamentadora 33.
Este curso tem como objetivo capacitar profissionais para trabalharem em Espaço
Confinado.
¾ Definições;
¾ Proteção respiratória;
9
Espaço Confinado
10
Espaço Confinado
Qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação humana contínua, que possua
meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
1.3 Definição segundo a NIOSHI (The National Institut Occupacional Safety and Health)
Uma área em que, pela concepção, tem abertura e saída limitadas, ventilação natural
desfavorável que pode conter ou produzir contaminantes perigosos e que não é concebida
para ocupação contínua.
Classe “A”
11
Espaço Confinado
Classe “B”
Classe “C”
12
Espaço Confinado
1- Espaços confinados abertos por sua parte superior e de uma profundidade que dificulta a
sua ventilação natural.
13
Espaço Confinado
14
Espaço Confinado
Existem cinco categorias de riscos que podem ser encontradas dentro e fora de um espaço
confinado:
− Riscos físicos;
− Riscos químicos;
- Riscos biológicos;
- Riscos ergonômicos;
- Riscos de acidentes (ou mecânicos)
São diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, trazendo-
lhes conseqüências danosas ao organismo. Podemos resumi-los conforme tabela abaixo:
15
Espaço Confinado
16
Espaço Confinado
Como sabemos, o tecido da nossa pele é constituído de micro poros. São eles os
responsáveis pela respiração e por manter o equilíbrio térmico do nosso organismo além de
eliminar substâncias indesejáveis.
Por esses poros, podemos ter a entrada indevida de substâncias tóxicas. Essa via de
absorção é responsável por oito por cento dos casos de contaminação.
17
Espaço Confinado
Ingestão (gastrointestinal)
Irritantes
• Irritantes Primários:
Quando exercem apenas ação local. Estas substâncias atuam sobre a membrana mucosa
do aparelho respiratório e sobre os olhos, levando à inflamação, hiperemia
(avermelhamento), desidratação, destruição da parede celular, necrose (destruição) e ao
edema (inchação).
Os menos solúveis serão pouco absorvidos pelas vias aéreas superiores, alcançando o
tecido pulmonar, onde produzem seu efeito.
Na exposição imediata ou aguda, estes agentes provocam nas vias aéreas superiores:
rinite, faringite, laringite, com quadro clínico de dor, coriza, espirros, tosse e irritação. Nas
vias aéreas inferiores, eles provocam: bronquite, broncopneumonia e edema pulmonar, com
quadro clínico de tosse e dispnéia (dificuldade para respirar).
18
Espaço Confinado
Os efeitos irritantes dessas substâncias são atribuídos essencialmente a uma excitação dos
receptores neurais na conjuntiva e nas membranas mucosas do sistema respiratório, que
desencadeiam processos dolorosos e uma série de reflexos (motor, secretor e vascular).
Exemplos de substâncias químicas com efeitos irritantes primários: ácidos, amônia, cloro,
soda cáustica, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, etc.
• Irritantes Secundários:
Quando ao lado da ação irritante local há uma ação geral, sistêmica. São substâncias
químicas que, além de ocasionarem irritação primária em mucosas de vias respiratórias e
conjuntivas, são absorvidas e distribuídas, indo atuar em outros sítios do organismo, como
sistema nervoso e sistema respiratório.
Exemplo de substância química com efeito irritante secundário: gás sulfídrico (H2S).
19
Espaço Confinado
Asfixiantes
• Asfixiantes Simples - São gases fisiologicamente inertes, cujo perigo está ligado à sua alta
concentração, pela redução da pressão parcial de oxigênio. São substâncias químicas que
têm a propriedade comum de deslocar o oxigênio do ar e provocar asfixia pela diminuição
da concentração do oxigênio no ar inspirado, sem apresentarem outra característica em
nível de toxicidade. Algumas dessas substâncias são liquefeitas quando comprimidas.
Exemplos de substâncias químicas com efeitos asfixiantes simples: etano, metano, propano,
butano, GLP, acetileno, nitrogênio, hidrogênio, etc.
• Asfixiantes Químicos - São substâncias que produzem asfixia mesmo quando presentes
em pequenas concentrações, porque interferem no transporte do oxigênio pelos tecidos.
São substâncias que produzem anóxia tissular (baixa oxigenação dos tecidos), quer
interferindo no aproveitamento de oxigênio pelas células.
Exemplo de substância química com efeito asfixiante químico: monóxido de carbono (CO).
Anestésicos
Os hidrocarbonetos derivados do petróleo, pela sua alta afinidade pelo sistema nervoso, rico
em gordura, possuem esta propriedade.
20
Espaço Confinado
A saber:
Assim, um vapor a uma determinada concentração pode exercer seu efeito principal como
um anestésico, enquanto que, em baixas concentrações sem efeitos anestésicos, lesiona o
sistema nervoso, o sistema hematopoético (formador de células sangüíneas) e outros
órgãos. Contudo, esta classificação é umas das mais aceitas, já que colocar agentes
químicos em uma determinada classe é uma tarefa difícil.
3.4.1 Asfixia
3.4.2 Deficiência de O2
21
Espaço Confinado
3.5 Intoxicação
A concentração de produtos tóxicos acima de limites de tolerância pode produzir
intoxicações agudas ou doenças. As substâncias tóxicas em um ambiente confinado podem
ser: gases ou pó fino em suspensão no ar.
3.5.4 Nitrogênio N2
É um gás inerte, incolor, inodoro, insípido e impróprio para a respiração e para a combustão,
aproximadamente 79% do ar atmosférico é composto de nitrogênio. O nitrogênio atua como
um asfixiante porque desloca o oxigênio do ambiente.
22
Espaço Confinado
23
Espaço Confinado
24
Espaço Confinado
Risco Mecânico
25
Espaço Confinado
A mistura de combustível e oxigênio que se acenderá é diferente para cada gás combustível
específico. Este ponto crítico, definido como limite de explosividade, fica entre o Limite
Inferior de explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE).
26
Espaço Confinado
Observações:
A norma (NBR 14787) determina que os serviços em ambientes confinados podem ser
realizados até no máximo 10% do limite inferior de explosividade.
27
Espaço Confinado
Fonte: ABPA
28
Espaço Confinado
É uma condição encontrada no ambiente confinado que supõe uma ameaça direta de morte
ou conseqüências adversas irreversíveis à saúde dos trabalhadores envolvidos, impedindo a
sua fuga da atmosfera perigosa.
É a condição da atmosfera que não oferece nenhum tipo de risco à vida ou à saúde dos
trabalhadores envolvidos. Nesta condição temos a garantia de que as condições ambientais
não serão alteradas durante a realização da atividade.
Na avaliação dos riscos para encontrarmos alguma das situações acima, temos que avaliar
várias situações, entre elas o limite de tolerância.
É a máxima concentração de gás ou vapor que uma pessoa normal pode respirar durante
uma jornada de trabalho de 8 horas diárias e 5 dias por semana, sem que apareçam
sintomas de envenenamento ou doenças ocupacionais.
29
Espaço Confinado
Procedimentos:
Observação:
30
Espaço Confinado
Para um eficiente controle do risco, faz-se necessário uma perfeita avaliação do mesmo.
Para isso são utilizados detectores de gases e vapores, explosímetros, termômetros
especiais, entre outros. Segue abaixo, alguns procedimentos para essas avaliações.
Estas medições prévias devem efetuar-se desde o exterior (amostragem remota) ou desde
zonas seguras.
31
Espaço Confinado
Devemos ter precauções especiais em locais ou ambientes “mortos”, em que não foi
possível produzir a necessária renovação de ar, pois pode ter se acumulado substâncias
contaminantes.
O instrumento de leitura direta pode ser portátil ou fixo em lugares que por seu alto risco
requer um controle continuado. Para medições a distâncias grandes, temos que ter especial
precaução para os possíveis erros de medição, em especial é fácil de produzir condensação
de vapores no interior da condução de captação. Quando falamos de medição de gases
temos que conhecer as suas unidades de medidas.
a) ppm (parte por milhão): significa partes de poluentes por milhão de partes de ar
respirado.
b) mg/m3: significa miligramas de gás por metro cúbico de ar que se respira. É uma unidade
peso por volume.
Observação
32
Espaço Confinado
A porcentagem de oxigênio não deve ser inferior a 19,5%. Se não for possível manter esse
nível com aporte de ar fresco, deverá realizar-se o trabalho com equipamento respiratório
semi-automático ou automático, segundo o caso.
No caso de uso de maçaricos (chama aberta) o serviço só deverá ser liberado se o ponteiro
permanecer no 0% (zero).
33
Espaço Confinado
Muitos espaços podem ser adequadamente testados do mesmo portal que foi usado para a
entrada. Se isto não for possível, será necessário abrir várias janelinhas ou aberturas.
Uma pessoa competente deve conduzir o teste atmosférico. Ele deve ser treinado, ter
experiência e habilidade para:
O espaço deve ser testado imediatamente antes de qualquer entrada pela possibilidade de
três riscos, sendo eles:
34
Espaço Confinado
A ordem dos testes é importante. Testes de níveis de oxigênio devem ser feitos em primeiro
lugar, ou simultaneamente. Isto é necessário porque muitos detectores portáteis de gás
podem dar uma leitura errada da Inflamabilidade em atmosferas com deficiência ou
enriquecidas de oxigênio.
3o – A atmosfera deve ser verificada durante a entrada para se certificar que continua
seguro;
Quando o selo for quebrado no recinto que pode conter grande concentração de tóxicos, o
equipamento protetor deverá ser usado para proteger os funcionários de vazamentos de
gases.
A pessoa que é responsável pelo teste deve esperar o tempo apropriado para que o
instrumento usado permita que uma amostra seja retirada e analisada. Se condições
aceitáveis existirem, os resultados devem ser anotados na permissão de entrada e a
entrada deve então proceder.
O espaço confinado deve ser verificado na sua superfície, meio e fundo por causa da
estratificação de gases e vapores. Espaços longos e horizontais como vagões devem ser
testados nos seus espaços representativos ao longo do seu comprimento, ou seja no meio e
em ambos os cantos. Nos Estados Unidos, a OSHA requer um teste a cada 1,20cm.
35
Espaço Confinado
Este método pode ser tão simples quanto anexar um monitor em um funcionário enquanto o
trabalho está sendo realizado.
O monitoramento contínuo pode detectar rapidamente até mesmo uma mudança mínima na
atmosfera. Os monitores são equipados com alarmes automáticos e sonoros, Os
trabalhadores são avisados de uma condição de risco iminente antes que fique perigoso.
Profissionais que podem ser expostos a substâncias muito perigosas podem ser solicitados
a recolher amostra de dispositivo pessoal. Essas bombas de bateria leve são utilizadas pelo
profissional durante a entrada.
O dispositivo é usado depois da entrada para avaliar o nível da exposição, para determinar a
efetividade da ventilação e cumprir com a regulamentação.
Os profissionais que são monitorados desta maneira recebem treinamento especial e são
equipados com EPI especial.
36
Espaço Confinado
5.1 Introdução
Não sendo possível eliminar, deverão ser implantadas medidas para controle dos riscos.
Poderão ser empregadas técnicas e/ou dispositivos específicos para cada um deles.
• Energias residuais;
• Sinalização;
• Monitoramento das condições ambientais;
• Controle de acesso ao interior do espaço confinado, entre outras.
5.3 Ventilação
37
Espaço Confinado
- natural;
- mecânico
- Sistemas combinados.
38
Espaço Confinado
Insuflador
5.4.4 Exaustão
Este método puxa o ar para fora do espaço. Ar fresco é impelido para dentro do espaço
através de aberturas disponíveis.
Isto pode ter um efeito maior que o fornecimento de ventilação se o exaustor puder ser
colocado perto de onde contaminantes estiverem concentrados.
Exaustor
39
Espaço Confinado
Qualquer dos sistemas de fornecimento de ventilação pode ser usado para ventilação geral,
o ar contaminado é diluído pelo ar que entra antes de ser expelido. A ventilação geral
funciona bem quando a deficiência de oxigênio é o risco principal.
Quando usado durante operações de risco, tais como trabalho em temperaturas elevadas,
teste atmosférico ou monitoramento contínuo é necessário.
Respiradores também podem ser necessários. Para a ventilação geral ser efetiva, os
contaminantes não devem ser altamente tóxicos e sua concentração deve ser baixa.
Ventilação Local com Exaustor é uma maneira excelente de controlar materiais tóxicos
inflamáveis dentro do espaço. Use um exaustor local de ventilação durante um trabalho de
temperatura elevada, operações de trituração ou limpeza com solventes.
40
Espaço Confinado
Deve ser reconhecido, no entanto que, em alguns espaços, não é possível obter ou manter
este nível com segurança. Como resultados existem muitas medidas que podem ser usadas
para prevenir a introdução de fontes de ignição, incluindo:
A maioria dos detectores portáteis de gases são classificados dessa maneira. Os aparelhos
intrinsecamente seguros vêm com uma identificação (Ex).
41
Espaço Confinado
5.10 Respiradores
Respiradores são equipamentos que devem ser fornecidos pela empresa aos funcionários
que trabalham em espaço confinado e necessitam deste para o uso constante.
- Purificadores de ar;
- Suprimento de ar.
- Removedor particular;
- Removedores de gás e vapor;
- Combinação dos dois.
Estes respiradores contam com uma vedação rígida, então um teste de selagem é
essencial.
42
Espaço Confinado
43
Espaço Confinado
Quando usamos esses equipamentos estamos buscando uma maior segurança contra as
prováveis fontes de ignição.
• Carga eletrostática;
• Rotor/ coletor – escova de equipamentos elétricos;
• Motores a combustão.
e) Ondas eletromagnéticas:
• Celulares;
• Bip´s;
• Pager;
• Rádio comunicadores (Nextel).
f) Eletricidade estática:
• Manuseio de tubos plásticos.
44
Espaço Confinado
• Bloqueadores de válvulas;
• Raqueteamento;
• Bloqueadores de chaves elétricas;
• Placas de sinalização e advertência;
• Vestimentas especiais e equipamentos de comunicação.
45
Espaço Confinado
- Capacitação de pessoal;
- Implementação de procedimentos para execução de trabalhos em espaço confinado;
- Garante informações aos trabalhadores quanto aos riscos existentes e meios de
prevenção de acidentes;
- Cuida da parte burocrática, adequando documentação e arquivando documentos
emitidos;
- Especifica atribuições aos elementos da equipe envolvida nos trabalhos.
Quando os serviços forem suspensos por algum dos motivos abaixo, nova permissão
deverá ser emitida:
- Troca de turno dos empregados;
- Parada para refeição;
- Parada devido alteração das condições climáticas;
- Defeito ou quebra em algum equipamento;
- Parada para reinicio em outro dia.
46
Espaço Confinado
47
Espaço Confinado
O trabalhador deverá passar por exames médicos específicos para comprovar sua aptidão
para trabalhos em locais fechados; Levar em consideração riscos ergonômicos,
psicossociais e claustrofobia; Treinamento quanto ao uso de proteção respiratória.
48
Espaço Confinado
6.1 Introdução
Esses são empregados que entram no espaço para realizar o trabalho. Eles podem ser
funcionários da empresa ou podem ser empregados de uma empreiteira contratada para
trabalhar em espaço confinado.
49
Espaço Confinado
50
Espaço Confinado
7.1 |Introdução
51
Espaço Confinado
52
Espaço Confinado
O item 33.4.1 da NR-33 diz que o empregador deve elaborar e implementar procedimentos
de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:
a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso
de emergência;
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de
resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços
confinados.
O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão
física e mental compatível com a atividade a desempenhar. A capacitação da equipe de
salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes identificados na
análise de risco.
53
Espaço Confinado
54
Espaço Confinado
55
Espaço Confinado
56
Espaço Confinado
Contaminantes Atmosféricos
Fazendo parte das medidas técnicas de controle dos riscos, deverá ser garantido ao
trabalhador ar respirável em quantidade e qualidade suficientes para seu metabolismo. Para
tanto, além da ventilação, poderão ser empregados os Equipamentos de Proteção
Respiratória – EPR.
57
Espaço Confinado
9.4 Respiradores
- Purificadores de ar;
- Suprimento de ar.
- Removedor particular;
- Removedores de gás e vapor;
- Combinação dos dois.
Estes respiradores contam com uma vedação rígida, então um teste de selagem é
essencial.
58
Espaço Confinado
59
Espaço Confinado
10.1 Introdução
Numa situação de emergência as reações dos seres humanos podem variar de pessoa para
pessoa, podendo ser: medo, tensão, coragem e desespero; tanto na vítima como nas
pessoas envolvidas. No entanto, entre todas as reações dos indivíduos envolvidos numa
situação de emergência, destacam-se as reações daqueles que têm conhecimentos em
primeiros socorros, que chamaremos daqui em diante de “socorrista”.
Em caso de acidente, o ferido deverá ser deslocado o mais rápido possível para um dos
hospitais mais próximos. Qualquer tentativa de resgate só deverá ser efetuada por pessoas
devidamente treinadas.
Observação:
Iniciativa: o socorrista deixa de fazer aquilo que vinha fazendo e se dirige a vítima a fim de
prestar ajuda.
60
Espaço Confinado
Observação:
Pela observação podemos identificar alteração ou ausência de respiração, hemorragias
externas, deformidades do corpo, coloração diferente da pele, presença de suor interno,
inquietação e expressão de dor.
10.4 Palpação
Através do toque suave das mãos, podemos identificar: batimentos cardíacos, fraturas, pele
úmida, temperatura alta ou baixa e mãos ou pés frios.
10.5 Diálogo
Ao conversamos com a vítima, podemos avaliar os seguintes pontos: nível de consciência,
sensação e localização da dor, incapacidade de mover o corpo ou parte dele e perda da
sensibilidade de alguma parte do corpo.
Alguns ferimentos têm como agente causador corpos estranhos que atingem parte do corpo
como olhos, pele, ouvidos, nariz ou garganta. Esses órgãos são estruturas frágeis e
importantes e podem ser atingidos por poeira, areia, insetos, vidro, madeira, etc.
61
Espaço Confinado
10.7.1 Olhos
Não tente remover e leve imediatamente ao pronto socorro.
10.7.2 Pele
Verificar se é possível a retirada com pinça ou agulha flambada, se não for possível cobrir
com um pano limpo e encaminhar ao serviço médico. No caso de anzol de pesca, ou similar,
este não dever ser retirado. Levar ao pronto socorro.
10.7.3 Ouvido
Por sentir apenas mal estar, leve a vítima, sem desespero ao pronto socorro. Se for inseto,
aproximar um facho de luz do conduto auditivo, se não sair pingar uma ou duas gotas de
óleo de cozinha dentro do ouvido, esperar alguns minutos e virar a cabeça para o lado.
10.7.4 Nariz
É um acidente muito comum entre as crianças, pois brincando colocam grãos diversos nas
narinas, brinquedos pequenos, etc. Deve-se comprimir a narina livre e assuar o nariz tendo
cuidado para não ferir a mucosa. Em crianças pequenas que não sabem assuar o nariz,
poderá ser sugado por outra pessoa.
Observação
Nunca introduzir instrumentos ou pinças no nariz. Se não conseguir tirar, encaminhar ao
pronto socorro.
10.7.5 Garganta
Engasgar com objeto, comidas, balas e chicletes podem provocar obstrução das vias aéreas
superiores impedindo a passagem do ar e provocando asfixia, quando encontramos uma
vítima com um corpo estranho na garganta, devemos:
10.7.6 Crianças
Virar com a cabeça para baixo (segurando pelo abdômen) e dar palmadas secas nas
costas.
10.7.7 Adultos
Comprimir a região do diafragma, abraçando a pessoa por trás e comprimindo-lhe, firme e
repentinamente a parte superior do abdômen, o que normalmente possibilita a expulsão do
objeto.
62
Espaço Confinado
Se o corpo estranho for uma espinha de peixe que esteja encravada, não se deve retirá-la,
pois se correria o risco de ferir ainda mais a garganta, neste caso o socorrista deve levar a
vítima ao pronto socorro.
É sempre importante observar a respiração da vítima, verificando se ela não está asfixiada.
Se isto ocorrer efetue com rapidez a manobra de respiração boca-a-boca e leve a um pronto
socorro.
Em todos os casos de corpos estranhos no organismo que não foi possível a retirada deve-
se encaminhar a vítima a um pronto socorro para receber cuidados adequados.
10.8.1 Sinais
Inconsciência, ausência de movimentos respiratórios, ausência de saída de ar pelas vias
aéreas superiores, lábios e unhas azuladas. Quando encontramos estes sinais devemos
aplicar imediatamente a respiração boca a boca, pois o tecido nervoso só resiste a três
minutos sem oxigênio, iniciando lesões cerebrais irreversíveis.
Toda vez que ocorrer uma parada cardíaca haverá uma parada respiratória. As manobras
de reanimação cardíaca e respiratória devem ser realizadas em conjunto.
63
Espaço Confinado
Após a reanimação:
- Acalmar a vítima;
- Agasalhar a vítima;
- Deixá-la deitada.
- Observar e manter os movimentos respiratórios e batimentos cardíacos; transportar para
um pronto socorro com observação contínua.
64
Espaço Confinado
10.9 Afogamento
Qualquer pessoa pode ser vítima de afogamento, não apenas os que não sabem nadar ou
imprudentes, pois os imprevistos acontecem (dores, cãibras, correnteza). Podem ainda
existir situações de enchentes ou inundações surgindo assim vítimas de afogamento,
existem várias formas de se retirar uma pessoa de dentro da água: uma delas é lançar
alguma coisa que ela possa se agarrar para ser resgatada (cordas, varas, remos), outra
maneira é jogar um material que permita que ela flutue até chegar o salvamento.
Caso o socorrista tenha condições, e a situação da água também, e ele se sinta seguro para
se jogar na água e resgatar a vítima, este deve tomar algumas precauções. A vítima pode
estar desacordada quando o salvamento chegar. Se estiver consciente, certamente estará
em pânico e terá grande dificuldade de raciocinar não colaborando com o socorrista, deve-
se então segurá-la por trás, de forma que ela não possa agarrar-se em você e impedi-lo de
nadar.
Quando chegar à margem com a vítima, inicie a avaliação da pessoa, prestando daí os
cuidados necessários, e assim, que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua
remoção para um pronto socorro.
65
Espaço Confinado
10.10 Contusão
É um tipo de traumatismo sem lesão da pele. Uma contusão forte na região abdominal pode
levar ao rompimento de vísceras levando a uma hemorragia interna, que pode evoluir para o
estado de choque.
Observação:
Devemos lavar as mão para realizar estes socorros.
No caso de ferimento por arma de fogo é necessário localizar a entrada do projétil, estancar
a hemorragia se houver.
66
Espaço Confinado
Observação:
Não retirar objetos encravados, mesmo que esteja superficial.
10.13.1 Sinais
Dor intensa, deformidade no local afetado, limitação ou incapacidade de movimentação,
hematoma, sensação de atrito entre os ossos afetados.
Observação
Não tente colocar o osso no lugar – evite movimentos!
10.14 Hemorragias
É a perda de sangue causado pelo rompimento de vasos sangüíneos.
67
Espaço Confinado
- Hemorragias graves;
- Queimaduras graves;
- Choque elétrico;
- Infarto agudo do miocárdio;
- Dor intensa;
- Infecção grave;
- Envenenamento químico.
Observação:
Não dar líquidos quando se presta socorro controlando hemorragias, dores e outras
condições, já se está prevenindo e controlando o estado de choque.
10.16 Queimaduras
68
Espaço Confinado
10.16.1 1° grau
Trata-se de uma queimadura mais comum e superficial, a pele fica vermelha com ardor e
ressecada. Não ocorre o aparecimento de bolhas.
10.16.3 2° grau
69
Espaço Confinado
Observação:
Nunca se deve perfurar bolhas ou utilizar algum produto sobre a queimadura (cremes,
pomadas, pó...), pois a pela da bolha serve de proteção contra a entrada de agentes
infecciosas e a água de hidratação para a área afetada.
10.16.5 3° grau
Todas as camadas da pele são atingidas, podendo alcançar músculos e ossos, o ferimento
se apresenta seco, esbranquiçado ou com aspecto carbonizado. Não são muito dolorosos
pois ocorre a destruição dos nervos. As vítimas de queimadura de 3° grau devem sempre
ser encaminhadas ao pronto socorro, pois trata-se de queimadura grave e geralmente põe
em risco a vida do queimado.
70
Espaço Confinado
A eletricidade percorre um fio da mesma forma que a água percorre um cano. À quantidade
de eletricidade que percorre um fio, num determinado tempo, damos o nome de corrente
elétrica, que é a medida de ampères,. Assim como a água é medida em litros.
A eletricidade pode provocar distúrbios em nosso organismo que variam desde uma leve
sensação de desconforto no local até a morte. Estes são gerados por alterações químicas
desencadeados com a passagem da corrente elétrica ou pela transformação da energia
elétrica em calor e dependem de intensidade da corrente.
Os choques elétricos podem acontecer com freqüência, pois cada vez mais vivemos
cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos.
Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é
fundamental, pois qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas. Se a vítima estiver
“presa” à corrente elétrica, não toque na vítima antes de desligar a corrente elétrica.
71
Espaço Confinado
O socorrista deve antes de qualquer coisa, desligar a chave geral ou tirar fusíveis e desligar
da tomada. Se não for possível, deve-se afastar o fio da vítima com um material não
condutor de corrente elétrica como borracha, madeira seca, entre outros. Antes verifique se
seu pés estão secos, ou se você esta pisando em chão molhado. Em seguida faça a
avaliação geral da vítima (ver/ouvir/sentir) e preste o atendimento adequado.
Toda pessoa vitimada por um acidente precisa ser transportada de forma adequada,
conforme o tipo de lesão ocasionada em seu organismo, se alguns cuidados não forem
tomados em relação ao transporte, o estado da vítima pode ser agravado.
Se a vítima estiver com alguma fratura, esta deverá ser imobilizada antes de se efetuar
transporte. Nem sempre uma maca propriamente dita está à nossa disposição e quando
isso ocorrer deveremos improvisar uma, utilizando roupas, cobertores, bandeiras, cordas e o
que estiver à mão que possa ser utilizado com maca.
Lembrando que a melhor maneira de se transportar uma pessoa com suspeita de fratura na
bacia, fêmur ou coluna, é uma superfície dura e rígida (porta ou tábua de madeira).
Uma pessoa que não precise de maca para ser transportada pode ser conduzida com apoio
de socorrista ou carregada no colo ou nas costas. Poderá ainda ser arrastada em cobertor
ou lençol. Quando temos dois ou mais socorrista o transporte fica mais fácil, pois poderemos
fazer uma cadeirinha, transportando-o pelas extremidades, em cadeiras, em rede ou em
bloco com ajuda de várias pessoas.
Observação:
“O transporte de um acidentado deve ser seguro e confortável, nunca oferecer mais risco à
vida”.
72
Espaço Confinado
Lembre-se:
“Nenhum equipamento de imobilização deve ser usado sem treino ou técnica adequados e
as instruções dos fabricantes devem ser observadas”.
73
Espaço Confinado
74
Espaço Confinado
11.0 Referências
75