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DIREITO CONSTITUCIONAL

MATERIAL- AULAS 1 A 3

EMENTA

EMENTA: 1- TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL 1.1 INTRODUÇÃO; 1.2


CONSTITUCIONALISMO; 1.3 SISTEMAS CONSTITUCIONAIS E DIVISÃO DE PODERES; 2
CONSTITUCIONALIDADE; 3 SISTEMAS CONSTITUCIONAIS E DIVISÃO DE PODER: 3.1 Formas de
governo; 3.2 Sistemas de governo; 3.3 Federação
LEGISLAÇÃO CITADA:
1. Constituição Federal
2.

SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIA CITADA:


1

1- TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL


01
1. 1INTRODUÇÃO
Nas primeiras aulas será estudado a teoria geral do direito constitucional e sua base
teórica. Mais especificamente o direito constitucional material, posteriormente será examinado o direito
processual constitucional.
A Constituição é a lei maior e fundamental de um estado e dela decorrem as demais
leis: Leis Complementares, ordinários, medidas provisórias, resoluções.... Sistema piramidal de Hans Kelsen.
O estado de direito tradicionalmente apresentado nos concursos passa pelo
absolutismo (com o propósito de civilização o soberano), estado liberal e estado social.
O absolutismo surgiu como solução ao senhores feudais e aos seus vassalos. Com o
passar dos anos cresceu altamente a população dos vassalos e em nome da ordem surgiu o absolutismo, onde
o monarca era o estado. Com o passar do tempo percebeu se que o bem mais fundamental não era o
soberano, mas sim o individuo, necessitando de direitos liberais, limitando o poder do estado (direitos de
primeira dimensão).
O liberalismo veio com o propósito de limitar o poder do soberano, hoje são
principalmente representados em nossa CRFB em seu artigo 5º.
O estado social surgiu pois o estado liberal não abrangia toda a população, onde
grupos populacionais necessitavam de um agir do estados para suprir direitos mínimos sociais (direitos de
segunda dimensão) (art. 6º da CRFB).

1.2. CONSTITUCIONALISMO
Quando se fala a constitucionalismo se fala a instrumento que limita o poder.
Constitucionalismo é uma resultante de movimentos sociais, doutrinarias a fim de limitar o poder estatal.
Existe a supremacia do individuo exercida pela democracia e por seus direitos fundamentais. Quando se fala
em limitação dos poderes entende-se como a separação dos poderes (legislativo, executivo e judiciário) e pela
federação.
Na divisão dos poderes de Montesquieu há a separação em três poderes, mas não
como conhecemos aqui. Na versão francesa do livro era dividido em executivo e legislativo. O legislativo se
subdividia em Câmara dos Lordes e Câmara comum. A Constitucional brasileira copiou o modelo federalista
americano.
O dispositivo Constitucional que traz as clausula pétreas está no art. 60, §4º, da
CRFB1 (Cláusula de barreira é obstáculo a prejudicar a essência do texto constitucional, clausula pétrea seria
imutável).
O legislador não pode abolir direitos dos cidadãos, mas poderá ampliá-los como
aconteceu com a EC 45.
Os estados federados são autônomos (competência tributária, legislativas, próprias
constituições estaduais) mas sempre respeitando a Constituição Federal- poder constitucional decorrente.

3. SISTEMAS CONSTITUCIONAIS E DIVISÃO DE PODERES


1. 3.1 Formas de governo
Fala-se em república e monarquia. O ultimo significa o poder nas mãos do soberano
e indubitável.
A monarquia parlamentar significa que o rei reina, porém não governa. O rei
representa o estado nas relações internacionais. Em relação ao orçamento e a administração surge a figura do
Primeiro Ministro como chefe de governo. Para rei não há eleição, mas transmissão do trono hereditário.
A república federativa do Brasil é formada pela união dos estados e municípios e tem
como característica a eleição periódica para o chefe de estado.

1.3.2 Sistemas de governo


No presidencialismo o presidente é chefe de estado e de governo. Sufrágio popular e
possibilidade de perda de mandato por impeachment.
No parlamentarismo o chefe de governo é o primeiro ministro que exerce em
conjunto com o parlamento e o chefe de estado pode ser tanto o monarca quanto o presidente.
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISTA
Presidente governa sozinho com auxílio de seus O primeiro ministro governa com auxilio do
ministros de livre nomeação e exoneração. parlamento e age mediante confiança. Se o primeiro
Teoricamente não precisa de apoio do legislativo. ministro perde a confiança o chefe de governo é
No Brasil há o presidencialismo de coalizão eis que destituído e nomeado outro. Depende de um apoio
para inovações legislativas precisa do apoio do parlamentar.
legislativo. Dualidade entre um chefe de estado e um chefe de
Multipartidarismo faz com que o presidente tenha governo.
que fazer coalizões temporárias com partidos para Bipartição do poder legislativo (Câmara alta= lordes/
aprovar determinadas leis. câmara baixa= comum).

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§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
1.3.3 Federação
A Federação consubstanciada nos estados federados possuem garantia
constitucional e é clausula pétrea. Caso o legislador queira melhorar isso será possível.
A EC45/04 que incluiu a razoável duração do processo. O que não pode é abolir ou
reduzir, majorar pode.
O professor aduz que é melhor escolher o termo clausula de barreira que é uma
vedação para abolir alguns institutos como a federação, enquanto as cláusulas pétreas são imutáveis, não
podendo nem melhorar.

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