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CATÓLICA DO TOCANTINS

DISCIPLINA: ARQUITETURA E URBANISMO

PROFESSORA: CLÁUDIA PIMENTEL

RESUMO: CAPÍTULO 1. URBANIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO

Esdras Souza
Giovanna Félix
Jéssica Peixoto
João Antônio
Matheus Cirqueira
Natalha Oliveira

PALMAS-TO

Agosto/2018
RESUMO: CAPÍTULO 1. URBANIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO

Trabalho complementar apresentado à


disciplina Arquitetura e Urbanismo como
requisito parcial para obtenção da nota
bimestral no Curso de Engenharia Civil pela
Faculdade Católica do Tocantins.
Professora: Cláudia Pimentel

PALMAS-TO

2018

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Referência bibliográfica: François Ascher; Os novos princípios do urbanismo.

Urbanização e Modernismo

Palavras-chave: Sociedade, Indivíduo, Urbanismo, Modernização.

Imagine a dificuldade de viver em lugar onde existam pessoas com


diferentes tipos de pensamentos e características, imagine a necessidade de
ordena-las de forma que possamos garantir uma boa qualidade de vida para
todos. As cidades são grandes respostas para tais questionamentos, um
emaranhado de aço e concreto que abrigam milhares e milhares de pessoas com
perfis e necessidades diferentes. O que explica o fenômeno pelo qual podemos
conviver juntos em um mesmo lugar é a mobilidade adquirida por meio do
processo de urbanização. O tamanho e sucesso das cidades depende dos
meios de transportes, da armazenagem de pessoas em construções cada vez
mais altas, da gestão urbana dos fluxos e do abastecimento das necessidades
do saneamento, o crescimento e evolução das cidades só se tornam possíveis
após a utilização das técnicas urbanísticas. O fato é que as cidades estão e
serão moldadas de acordo a sociedade e as necessidades da época em que se
encontram, portanto o urbanismo necessita entender acima de tudo a lógica que
existe por trás de uma comunidade.

É bastante comum ouvir a expressão de sociedade moderna que possui o


objetivo de se distinguir de uma época mais distante, mais antiga. O fato é a
sociedade passa constantemente por processos de transformação, por tanto
falar de modernização seria o mais correto uma vez que a diferenciação entre
uma sociedade e outra está ligada a um principio fundamental: mudança. A
modernização acontece bem antes do que, naturalmente conseguimos enxergar
na história, e o autor, destaca que ela decorre de três manifestações, que
acontecem na sociedade. Sendo as mesmas: Individualização, racionalização e
diferenciação social. A individualização acontece, quando há mais processos
individualizados, com logicas de apropriação e domínios individuais, que vão

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ocupando o lugar das logicas coletivas. Separando a sociedade por indivíduos e
não grupos.

Racionalização, acontece quando ocorre-se a substituição progressiva da


tradição pela razão na determinação dos atos. A repetição da lugar as escolhas
individuais, usando o conhecimento derivado da experiência e o saber cientifico
mobilizada pela a técnica. E por último a diferenciação social acontece pela
diversificação das funções de grupos e indivíduos no interior de uma mesma
sociedade. Sabe-se que os três componentes que o autor cita não são os únicos,
que influenciam a modernização, mas atuam com grande relevância.

A modernização não é um processo contínuo, podendo ser distinguida em


3 grandes fases. Sendo a primeira qualificada como tempos modernos ou Idade
Moderna, que acontece do fim da Idade Média ao começo da revolução
industrial. É nessa fase da história que há a transformação de pensamento e do
lugar da religião na sociedade, a emancipação da política, o desenvolvimento
das ciências, expansão progressiva do capitalismo mercantil e posteriormente
industrial. As cidade se expandiram, as comunicações se tornaram mais velozes,
estradas foram construídas mudando a paisagem de cada localidade.

A segunda fase é a da Revolução Industrial, que foi uma fase de transição para
nonos processos de manufatura, passando então para a produção por
máquinas, a fabricação de novos produtos químicos e também o uso crescente
de energia a vapor. Vê-se também o pensamento técnico ocupando um lugar
central na sociedade e a constituição do Estado do bem-estar.

Como toda mudança gera consequências, cada uma dessas fases trouxe para
a sociedade modos de pensamentos diferentes, figuras dominantes, formas de
organização, princípios e modos de concepção e organização do território,
gerando com suas implantações crises de todos os tipos, econômicas, sociais,
políticas e religiosas.

A cada uma das duas primeiras fases da modernização, correspondeu uma


mudança na maneira de utilizar e gerir os territórios e as cidades. E as mudanças
que se vislumbram no urbanismo atual apontam para uma terceira revolução
urbana moderna.

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Bom, então vamos falar de revolução. A primeira modernidade trouxe o
renascimento e os tempos modernos, o antigo modelo de sociedade
caracterizado pelo sistema medieval deu lugar a uma cidade mais clássica que
se apresentava por meio da perspectiva do indivíduo, por meio de praças,
avenidas e jardins urbanos que constituíam uma verdadeira obra arquitetônica.
As ruas se alargaram abrangendo dessa forma os primeiros conceitos de
mobilidade, as cidades se estenderam e deram origem a novas populações. A
cidade é moderna por que foi criada por indivíduos modernos, com novas
técnicas e ciência voltada para a urbanização.

A segunda revolução industrial começou com a revolução agrícola onde


expulsou do campo grandes quantidades de agricultores. Esse processo
provocou um enorme crescimento demográfico nas cidades, acarretando um
crescimento espacial acelerado, gerando ao mesmo tempo um empobrecimento
de uma parte da população urbana.

Com isso, surgem novas concepções de cidade, marcadas pelas mesmas


lógicas que gerenciavam o mundo industrial dominante. O urbanismo moderno
aplica os princípios estabelecidos na indústria. A noção-chave é a da
especialização: o taylorismo a sistematizará na indústria, onde tratará de
decompor e simplificar as tarefas para tornar sua realização mais rentável. O
urbanismo moderno vai coloca-la em prática sob a forma de zoneamento que
mais tarde, Le Corbousier levará ao extremo. Uma de suas preocupações
constantes foi a necessidade de uma nova planificação urbana, mais adequada
à vida moderna.

Na cidade da revolução industrial, a mobilidade das pessoas, das informações e


dos bens assume igualmente um lugar novo e mais importante. A primeira
necessidade é adaptar as cidades as novas exigências da produção, do
consumo e das trocas mercantis. Isso requer uma malha de grandes vias de
circulação entre estações e grandes lojas, redes de água, saneamento, energia
(gás, eletricidade, vapor) e comunicação (telégrafo, telefone e correio expresso).

Com a Revolução Industrial foi preciso adaptar as cidades as novas exigências


de produção, do consumo e das trocas mercantis. Com isso, requisitava-se de
uma malha de grandes vias de circulação entre estações e grandes lojas, além

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de energia (gás, eletricidade e vapor), rede de água, de esgoto e comunicação
(telegrafo telefone e correio expresso).

O crescimento das cidades desencadeou um grande processo de mobilização


técnica e cientifica, a eletricidade por exemplo teve um papel super importante
no pontencial crescimento das cidades. Os territórios urbanos foram sendo
modificados conforme a mobilidade destinada ao local, bairros e residenciais se
diferenciavam entre alta renda e industriais. Todos os fundadores do urbanismo
como Haussmann, Cerdã e Le Corbousier estavam preocupados com o
processo de adaptação das cidades à sociedade industrial.

O fato principal é que o modernismo existe devido a base social ao qual é


instalado, as cidades são completamente moldadas as ações, necessidades,
hábitos e cultura de uma época. O indivíduo é o principal objeto de estudo do
urbanismo o que fortalece ainda mais as relações entre ambos os lados.

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