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Castelos de Areia.
(Ef. 5:22-6:4)
Introd.
 Quem já teve a oportunidade de ver um castelo de Areia?
Falar do test. Na praia de Albarquel.

Uns castelos de areia são de aparência mais frágil, outros mais fortes.
Mas todos eles, vindo a água os leva e já não conseguimos distinguir o castelo do resto da areia.

Assim são muitos lares hoje. Verdadeiros castelos de Areia, sem sustentação, fundamentos,
aparentemente fortes, mais vindo as provações (água), tudo se desfaz.

E isso acontece também nos lares cristãos. Muitas vezes já não nos distinguimos do resto dos lares do
mundo. (areia)

Precisamos entender que a família é uma instituição divina, criada por Deus e com um propósito bem
definido para ela, honrar e glorificar a Deus.

Ele sabe que as famílias compões as igrejas, a sociedade; e ele é tão esperto, astuto, que sabe que
destruindo as famílias também afectará tantos as igrejas como a sociedade.
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Quando Deus criou a família e seus propósitos para ela, estabeleceu um padrão, e este padrão está a ser
deturpado em nossas casas.
Hoje quero vos falar de um assunto que tem gerado muitas discordâncias, discussões entre cristãos por
toda a história.

Vamos meditar sobre um assunto que eu diria um pouco polémico.

SUBMISSÃO.
i) O que é submissão?
ii) Qual o papel dela no nosso seio familiar?
iii) Como vivê-la em minha casa?

Ef. 5:22 – 6:4

Contexto de Éfeso.
Éfeso era considerada a rainha das cidades da Ásia Menor. Era um ponto de passagem de várias rotas
comerciais. Situavada no extremo ocidente da Ásia (hoje Turquia). Era o porto mais importante no mar
Egeu, principal rota entre Roma e o Oriente.
Cidade de grandes templos a Deuses gregos, grandes teatros, que atraía o turismo a cidade.
Seus moradores eram idólatras a Deusa Ártemis (Diana para os Romanos).
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Paulo escreve esta carta exortando a igreja à unidade no corpo de Cristo, com o propósito de fortalecer
a fé cristã e o propósito da igreja, o corpo de Cristo.
“ A unidade no seio familiar vai reflectir a unidade no corpo de Cristo, igreja do Senhor”.

O pensamento chave nesta carta aos Efésios é que Deus planejou que todas as coisas sejam
encabeçadas por Cristo.

 O que entendemos por submissão?


Geralmente quando se fala de submissão, as mulheres ficam logo com as antenas ligadas.
Porque esta palavra está associada a inferioridade da mulher para com o homem.
Ser submissa não quer dizer que as mulheres são “capachos” dos homens.

V.22/23 – Falar as mulheres.

Segundo a palavra de Deus as mulheres são submissas aos maridos.


No mundo moderno isso não funciona na maioria dos países.

O movimento feminista tem crescido, e encontramos mulheres que querem ocupar o lugar dos maridos na
família. As ordens estão trocadas queridos, contrárias ao padrão de Deus.
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A mulher deve ser submissa ao marido, isso não implica ser inferior a ele, “capacho”, mas implica
reconhecer a liderança do homem na família.

Para estarmos seguros que não interpretamos mal o conceito de liderança no casamento, Paulo especifica de
que maneira a liderança do marido deve ser revelada.

Paulo compara o homem e mulher e Cristo e igreja.


Como o homem é a cabeça, deve amar a mulher com Cristo ama a igreja.
Esqueçamos um pouco a relação homem e a mulher, e olhemos para a relação de Cristo e a igreja.

 Qual a atitude da igreja em relação a Cristo?


Atitude de respeito, amor, obediência, dependência, humildade, etc.
 Qual a atitude de Cristo para com a igreja?
Purificação, amor, compaixão, santificação, sacrifício, etc.

A liderança no casamento segundo as escrituras deixa bem claro que o papel do marido em relação a sua
esposa é semelhante ao de Cristo, sustentar, proteger, amar, sacrificar por ela, encorajando-a ao
crescimento espiritual.

No casamento cada um tem seus privilégios.


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O do marido é considerar primeiramente sua esposa, sacrificando-se por ela em amor, como Cristo fez e
faz à sua igreja.
O da mulher é ser submissa, cuidadosa, adjutora do homem.

Gn. 2:18…” E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora
idónea para ele.”

Ninguém é mais do que o outro.

Sub missão
(abaixo)

 Mas quem toma as decisões?

Este texto não transmite a ideia de que cabe ao marido a decisão final, por ele ser a cabeça da casa.
A tarefa dos cristãos não é a de decidir, mas sim distingui a decisão que Cristo o cabeça sobre tudo e todos
já tomou.

Quando o marido ama a esposa como Cristo ama a igreja, e a mulher for submissa a seu marido, então
ambos alcançaram um discernimento de Deus para tomar as decisões acertadamente em conjunto com a
vontade de Deus.
Seria muito mais fácil se nós compreendêssemos isso.
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Mas nossos lares não vemos esse princípio revelado.


“Ela não é submissa…também não vou amá-la como Cristo ama a igreja (vice-versa).”

V-25 – Falar ao homens

 Como nós homens devemos amar nossas esposas?


i) Devemos estar dispostos a sacrificar tudo por ela;
ii) Dar maior importância ao bem-estar dela;
iii) Ajudando ela no crescimento espiritual;
iv) Cuidar dela como se fosse eu.

Garanto-vos que se amassemos nossas esposas desta maneira, nenhuma delas iria reclamar por serem
submissas a nós.

A união pelo matrimónio faz com que o marido e a mulher tornem-se uma só carne.
Isso não significa que ambos perderam sua personalidade, mas sim, ambos passam a cuidar um do outro,
vivendo com intensidade o outro, aprendendo prever a necessidade do outro, por amor.

Toda esta passagem está ligada ao v. 21, e só conseguiremos ser bons maridos e esposas se
compreendermos que sujeição um para com o outro deve ser feita por amor e respeito por Cristo.
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O homem deve amar a sua esposa como Cristo ama a igreja, e a mulher submeter-se a liderança do marido,
ajudando-o a cumprir a sua missão.

Cap. 6:1 – 4 – Falar aos filhos

Os problemas na família não estão somente ligados aos maridos e esposas, mas também aos filhos.

Os filhos são bênçãos de Deus para o casal.


Durante a gravidez, os pais anseiam a chegada do filhote.

Mas com o passar dos anos, eles crescem e as dificuldades na relação aparecem.
Pais que não entendem os filhos, filhos que não entendem os pais.

 Mas qual a vontade de Deus para os filhos e para os Pais?


Quando olhamos para o texto, é claro, explícito, sem sombra de dúvida.
Os filhos devem obedecer e honrar aos pais, e os seus pais não devem provocar a ira neles.
Há uma diferença entre obedecer e honrar.
Obedecer = agir de acordo com as instruções recebidas;
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Honrar = respeitar e amar.

Se nossa fé for real, se a praticarmos verdadeiramente, ela geralmente será demonstrada em nossa casa.
Filhos e pais têm responsabilidades uns para com os outros.
Os pais devem disciplinar seus filhos quando é necessário, mas a disciplina é para auxiliar o
crescimento/desenvolvimento deles, e não provocar a sua ira, desenvolvendo assim sentimentos de mágoa.

Os filhos devem honrar os pais mesmo que esses sejam exigentes demais; Os pais por sua vez devem cuidar
dos filhos afectuosamente mesmo que estes não sejam obedientes e amáveis.

O ideal é que pais e filhos cristãos relacionem-se com entendimento e amor. Isso só é possível quando
ambos colocam de lado os seus interesses em prol do outro.

Tudo está ligado ao v. 21


Temor do Senhor:

Pv. 19:23…”O temor do SENHOR encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum.”
Pv. 14:27…”O temor do SENHOR é fonte de vida, para desviar dos laços da morte.”
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Conclusão
Ler v.21

Somos igreja do Senhor, instituída por Ele.


Todas as coisas estão encabeçadas Nele, inclusive as nossas famílias.
Nós como cristãos em nossos lares, em nossas famílias, devemos nos diferenciar das demais, sendo um
exemplo em tudo, para que a glória do Senhor resplandeça através de nós.
Deixemos que Deus trabalhe no seio da nossa família, onde predomina sempre a submissão de todos a Cristo
e a sua vontade.
Que Deus nos abençoe...

IBCR-II SETUBAL
Cassius Ribeiro
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