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- O díodo representa um dispositivo electrónico projectado para permitir que a corrente flua
numa única direcção. As suas características principais são a sua corrente (Id), a corrente de
saturação (Is), a tensão de polarização (Vo) e a tensão equivalente térmica (Vt). O díodo ideal é
um perfeito condutor numa direcção (caso a polarização seja directa) e um isolante perfeito
noutra (polarização inversa). Por sua vez, o díodo real não tem a mesma eficácia do díodo ideal
uma vez que é afectado pela temperatura ambiente e pelo material utilizado para a sua
construção. Os díodos são amplamente usados em circuitos rectificadores de tensão,
eliminando as tensões negativas de sinais DC. Dependendo da disposição, podem até
transformar um sinal sinusoidal num sinal contínuo. Para além das aplicações anteriores,
também são usados em circuitos lógicos simples. As equações associadas são: Id=Is.(e(Vd/n.Vt)
– 1) e Vt=(K.T)/q;
+Modelos para o díodo: modelo simplificado, modelo de díodo com tensão de barreira e
resistência interna, modelos de pequenos sinais.
-No modelo simplificado a resistência interna do díodo (Rd) assume normalmente valores
reduzidos e a tensão (Vd=V) pode ser aproximado para 0,7V no caso do díodo de Silício. O
modelo de tensão de barreira e resistência interna inclui uma resistência linear calculada a
partir do declive da parte linear da curva de transcondutância. No entanto, isto não é
geralmente necessário uma vez que o seu valor é bastante constante.
Há aplicações em que o díodo é polarizado para operar em um ponto sobre a curva i (do
gráfico). Neste caso, a tensão do díodo é obtida através da soma das duas componentes CA e
CC. Assim é possível sobrepor um pequeno sinal de CA a valores de CC. Este modelo contém
também uma resistência incremental que é inversamente proporcional à corrente do díodo
(Id). A análise do modelo de pequenos sinais é realizada através do Teorema da Superposição
utilizando 3 passos: a realização da análise CC para determinar o ponto de operação (Q = (VD,
ID)), determinar a resistência incremental (Rd) e por fim substituir o díodo pela resistência
incremental e anular todas as fontes CC.
- A variação do pequeno sinal Vgs vai provocar a variação da corrente (Id) que por sua vez irá
procurar a variação de V0. Se as variações em Vgs forem pequenas a relação é linear. Na
utilização do modelo de pequenos sinais para o transístor MOS-FET, o resto do circuito do em
questão permanece inalterado e as fontes de tensão contínua são substituídas por
curtocircuitos. Isto resulta do facto de que a tensão aos terminais de uma fonte de tensão
contínua ideal não varia, pelo que a tensão de sinal aos seus terminais será sempre zero. O
circuito resultante pode então ser usado para realizar a análise de sinal pretendida e, em
particular, calcular o ganho de tensão. A variação do pequeno sinal Vgs vai provocar a variação
da corrente (Id) que por sua vez irá procurar a variação de V0. Se as variações em Vgs forem
pequenas a relação é linear. Exemplos de modelos de pequenos sinais para transístores MOS-
FET: modelo π, modelo π aumentado, modelo T e modelo T aumentado.
- O oscilador de Pierce tem por base um inversor cuja saída é realimentada para a entrada e
confere ao circuito frequências de oscilação estáveis e bem definidas, mas apresenta
limitações na integração. Desta forma, a frequência de oscilação é determinada pela
frequência de ressonância do cristal e não por componentes resistivos e capacitivos. A
exatidão possível de atingir com um cristal é muito elevada (quer ao baixo erro na definição do
valor nominal da frequência de oscilação como na sua variação devido a factores exteriores
como a temperatura ou a humidade). O modelo cristal de Quartz apresenta dois tipos de
ressonância (ressonância paralela e ressonância em série), a frequência de oscilação do
oscilador é representada por frequência de ressonância de oscilador de Quartz e depende da
temperatura da frequência de oscilação. O oscilador de Pierce é utilizado em muitos produtos,
como por exemplo o receptor de um GPS.