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15/04/2018 Um Sonho de Liberdade - 1994 (Resenha) | Canto dos Clássicos

Bom, antes de começar uma breve resenha deste incrível filme, não posso deixar de falar da sua origem, que
possui raízes em um dos mestres do terror da literatura Stephen King, mas acredite: nesse conto, não há nada
de terror, e sim uma triste, mas fascinante abordagem sobre a vida, coragem e oportunidades.

Com o título original “Rita Hayworth and Shawshank Redemption” um dos contos da coletânea do livro “As
Quatro Estações” de Stephen King deu origem ao filme dirigido por Frank Darabont, distribuído pela Warner
Bros. e lançado no ano de 1994 chamado aqui no Brasil de Um Sonho de Liberdade.

O longa é ambientado em 1946, e nos apresenta o protagonista Andy Dufresne (Tim Robbins), um jovem e
bem sucedido banqueiro que tem a sua vida radicalmente modificada ao ser condenado por um crime que
nunca cometeu, o homicídio de sua esposa e do amante dela. Ele é mandado para uma prisão que é o fim do
mundo para qualquer um, a Penitenciária Estadual de Shawshank, no Maine. Lá ele irá cumprir – em
sequência – duas penas perpétuas.

Andy, logo é apresentado a Warden Norton (Bob Gunton), um agente penitenciário corrupto e completamente
desprezível (que fará você ter vontade de bater na tela), ele usa a Bíblia como arma de controle, mas de fiel não
tem nada. Sem contar o Capitão Byron Hadley (Clancy Brown) que trata os internos como animais e acaba
muitas vezes por espancá-los.

Felizmente, nosso protagonista faz amizade com Ellis Boyd Redding(Morgan Freeman), um prisioneiro que
cumpre pena há 20 anos e controla o “mercado negro” da instituição. Com ele, Andy passa a maior parte do
tempo e juntos aprendem muitas coisas.

https://www.cantodosclassicos.com/um-sonho-de-liberdade-1994-resenha/ 1/2
15/04/2018 Um Sonho de Liberdade - 1994 (Resenha) | Canto dos Clássicos

O diálogo do filme é muito rico e poderoso, junto com ele tiramos muitas lições como as escolhas que devem ou
não ser tomadas, qual o caminho a ser seguido e etc… A narração constante na voz de Morgan Freeman nos
mostra essas sensações durante quase todo o filme, e uma das principais falas, que resume bem e faz uma
síntese muito interessante é:

“Sei que alguns pássaros não podem viver numa gaiola. Suas penas brilham demais. E,
quando eles voam, você fica contente, porque sabia que era um pecado prendê-los.”

Um Sonho de Liberdade nos mostra, também, um contraste muito forte entre prisão e liberdade, fixada na frase
de Red: “Primeiro você detesta esses muros, depois se acostuma a eles até que você precisa deles” – um
exemplo claro desse contexto é o caso de Brooks Hatlen (James Whitmore), o bibliotecário de Shawshank que,
após 50 anos dentro da prisão, teve concedida sua liberdade condicional. O que seria alegria para outros
detentos tornou-se um verdadeiro caos para o velho, o qual, segundo seu amigo Red, já pertencia àquele
lugar. Quando fora da cadeia, Brooks narra as dificuldades que teve em se adaptar a vida social fora de lá, as
quais resultaram em seu suicídio.

“Queridos companheiros, é inacreditável como tudo anda rápido aqui fora. Vi um


automóvel uma vez quando era criança, mas agora estão em toda parte. O mundo mudou
e se transformou numa grande correria. O Comitê da Condicional me colocou neste lugar
chamado “Brewer” e me arranjou um emprego de empacotador na Food-Way. (…) Cansei
de ter medo o tempo todo. Eu decidi partir. Duvido que se importarão com um ladrão
velho como eu.”

Bom, o filme é um completo mar de anestesias e, ao terminá-lo, você para por alguns minutos e pensa em tudo
o que viu e ouviu percebendo assim a importância e contribuição que ele trouxe para a sétima arte. No IMDb
Um Sonho de Liberdade possui a melhor nota entre todos os outros filmes, acho um exagero, mas o site resume
a opinião do público, e querendo ou não, é uma bela obra que merece ser vista ao menos uma vez, fica aqui,
aquela clássica dica (:

https://www.cantodosclassicos.com/um-sonho-de-liberdade-1994-resenha/ 2/2

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