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Uma barra sujeita a uma força normal de tração (compressão) sofrerá internamente com tensões
normais. Tais tensões causarão um alongamento (encurtamento) na barra (ΔL). A relação entre o
alongamento (encurtamento) (ΔL) e o comprimento inicial da barra (L) é chamada de deformação:
Δ𝐿 = 𝐿𝑓 − 𝐿
Δ𝐿 𝐿𝑓 − 𝐿
𝜀= =
𝐿 𝐿
Observa-se que, até certo ponto (limite de proporcionalidade) da curva, tensões e deformações são
diretamente proporcionais: quanto maior a tensão aplicada, maior a deformação. Diz-se, assim, que
a barra tem um comportamento elástico neste trecho.
A relação linear da função tensão-deformação foi apresentada por Robert Hooke em 1678 e é
conhecida por LEI DE HOOKE, definida como:
𝜎 = 𝐸𝜀
Onde:
𝜎: tensão normal (𝜎 = 𝑁/𝐴), unidade no SI: [N/m²],;
𝜀: deformação (𝜀 = Δ𝐿/𝐿), unidade no SI: [m/m];
E: módulo de elasticidade, unidade no SI: [N/m²];
A lei de Hooke é válida para a fase elástica dos materiais. A razão de proporcionalidade entre tensão
e deformação é chamada de Módulo de Elasticidade (E).
Na prática, o módulo de elasticidade é a grandeza que mede a “resistência” que um material tem à
deformação.
Em termos de força e área, temos:
𝜎 = 𝐸𝜀
𝑁 Δ𝐿
𝜎= 𝜀=
𝐴 𝐿
𝑁 Δ𝐿
=𝐸
𝐴 𝐿
Onde:
N: força de tração (compressão), unidade no SI: [N]
A: área da seção transversal [A], unidade no SI: [m²]
L: comprimento inicial [D], unidade no SI: [m]
ΔL: alongamento (encurtamento)[D], unidade no SI: [m]
𝜀: deformação, unidade no SI: [m/m]
E: módulo de elasticidade, unidade no SI: [N/m²]
Exemplo 1: Uma barra de aço de 100 mm de comprimento com uma seção reta quadrada de 20 mm
de lado, é puxada em tração com uma carga de 80000 N e experimenta um alongamento de 0,1
mm. Considerando-se que a deformação seja inteiramente elástica, calcule o módulo de elasticidade
do aço.
𝐿 = 100 𝑚𝑚 = 0,1 𝑚
𝐴 = 0,020 ∗ 0,020 = 4 ∗ 10−4 𝑚2
𝑁 = 80000 𝑁
Δ𝐿 = 0,1 ∗ 10−3 𝑚
𝑁 Δ𝐿
=𝐸
𝐴 𝐿
80000 0,1 ∗ 10−3
=𝐸
4 ∗ 10−4 0,1
𝑁 𝑁 𝐺𝑁
𝐸 = 2 ∗ 1011 2
= 2 ∗ 102 ∗ 109 2 = 200 ∗ 2 = 200 𝐺𝑃𝑎
𝑚 𝑚 𝑚
Exemplo 2: Um corpo-de-prova de concreto cilíndrico de 15 cm de diâmetro e comprimento 30 cm
sofre uma compressão de 800 kN e consequentemente um encurtamento de 0,6 mm. Determine o
módulo de elasticidade do concreto ensaiado.
𝑑 = 15 𝑐𝑚 = 0,15 𝑚
𝐿 = 30 𝑐𝑚 = 0,30 𝑚
Δ𝐿 = 0,6 𝑚𝑚 = 0,6 ∗ 10−3 𝑚
𝑁 = 800 𝑘𝑁 = 800 ∗ 103 𝑁
𝜋 ∗ 𝑑 2 𝜋 ∗ 0,152
𝐴= = = 0,0176 𝑚2
4 4
𝑁 Δ𝐿
=𝐸
𝐴 𝐿
𝑁 𝑁
𝐸 = 2,27 ∗ 1010 = 22,7 ∗ 10 9
= 22,7 𝐺𝑃𝑎
𝑚2 𝑚2
Material frágil: se rompe antes de sofrer grandes deformações. Costuma ter tensão de ruptura na
compressão bem mais elevada que a tensão de ruptura na tração. Exemplos: concreto e vidro.
Na engenharia estrutural, concreto e aço são dois dos materiais mais utilizados. Suas características
mecânicas podem ser determinadas por ensaios de tração e compressão.
No concreto armado, utiliza-se a principal propriedade de cada um de seus componentes:
- Aço: resistência à tração;
- Concreto: resistência à compressão;
a) Ensaio de tração e a curva de tensão-deformação obtida idealizada para determinação da tensão
de tração característica do aço (fyk) e módulo de elasticidade:
𝜎 = 𝐸𝜀
Δ𝐿 0,16 ∗ 10−3
𝜀= = = 0,0008
𝐿 0,20
𝑓𝑐𝑘 = 25 ∗ 109 ∗ 0,0008 = 20000000 𝑃𝑎 = 20 ∗ 106 𝑃𝑎 = 20 𝑀𝑃𝑎
* Valores razoáveis:
Peças de fácil concretagem, com pouca armadura e pouco confinadas (pisos industriais): 6 à 8 cm
Peças de difícil concretagem, com muita armadura e muito confinadas (pilares): 9 à 11 cm
*Influência no valor do slump: as proporções de mistura, teor de ar, temperatura do concreto,
temperatura do ambiente, etc.
- Pega do concreto
*Início do tempo de pega: momento de início da do endurecimento do concreto. Por volta de 3
horas.
*Fim do tempo de pega: momento final do enrijecimento do concreto e início do ganho da
resistência mecânica. Por volta de 6 horas.
- Cura do concreto
É a técnica que visa à hidratação do concreto com o objetivo de diminuir os efeitos da evaporação
da água na estrutura concretada.
*Tempo de cura: mínimo de 7 dias e máximo de 28 dias.