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econômico. Várias políticas públicas focam na melhoria do acesso a crédito como ferramenta
de desenvolvimento. Microfinanciamento é uma delas.
Nas últimas décadas, microfinanciamento tem crescido bastante, em torno de 19% ao ano
entre 1997-2013, alcançando uma escala onde pode ter efeito macroeconômico. Então, quais
são os impactos agregados e distribucionais de microfinanciamento? É possível, e até mesmo
desejável, utilizar microfinanciamento como uma política de desenvolvimento?
Essas são perguntas que a literatura, focada em microavaliações, não respondeu. Portanto, o
objetivo dos autores é construir um modelo de equilíbrio geral que permite tal análise.
O modelo é baseado no modelo dos próprios autores, de artigo de 2011. Nele, os agentes são
heterogêneos em suas riquezas e na sua ideia empresarial. Em cada período, os agentes
escolhem se irão trabalhar por um salário ou empreender.
Caso, empreendam, eles alugam capital de intermediários financeiros e tem a opção de dar
default sem serem banidos do mercado. Entretanto, o capital vai ser limitado superiormente
por uma restrição endógena de colateral, sendo esse limite o maior estoque de capital
consistente com os empreendedores escolhendo não dar default.
As ideias empresariais sobrevivem a uma taxa constante gamma. Caso a ideia morra, uma
nova ideia é sorteada, independentemente da anterior.
No geral, apesar de não ser perfeita, o modelo calibrado consegue fazer um match na direção
e magnitude do observado pelas microavaliações.