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COMPLEMENTOS DE ELETROMAGNETISMO

ECF5703
09/05/2019
Análise do Roteiro: Lei de Faraday – demonstrações experimentais e teoria; campos não
conservativos; fem x ddp.

Com o intuito de apresentar um parecer sobre a construção do roteiro e a


participação dos colegas em sala e, excepcionalmente, terminando a atividade em casa,
tecerei comentários sobre as respostas apresentadas em cada uma das questões e,
posteriormente, descrever como foi o processo de construção do roteiro e uma análise
mais geral sobre essa atividade.

Questão 1

A primeira questão da lista conseguiu alcançar seus objetivos. Buscando definir


os conceitos básicos da Lei de Faraday e do campo elétrico que é gerado na variação do
campo magnético, os colegas chegaram a respostas próximas do que estipulamos no
gabarito.

Questão 2

A questão dois apresenta um quadro que merece ser destacado. Os colegas


todos conseguiram observar como funciona o experimento, narrando o que enxergaram.
Entretanto, algumas pessoas escreveram que a variação do campo magnético gera uma
corrente elétrica, sem explicar o processo que leva a isso. Isso pode ser configurado ou
como uma certa pressa ao escrever a resposta ou como um problema na explicação do
experimento levado para a aula.

Questão 3

Os colegas, nessa etapa do roteiro, alcançaram respostas satisfatórias apenas


nos dois primeiros itens. Nos demais, muitos deixaram em branco ou cometeram erros
no desenho dos gráficos. Em geral, os que fizeram corretamente as curvas, apresentaram
apenas duas funções, uma seno e outra cosseno, sinalizando as funções respectivas a
cada um desses comportamentos. Essa foi a questão mais longa e com maior rigor
matemático do roteiro. Acredito que gerou bastantes dificuldades e, por conta disso,
tivemos que terminar essa atividade em casa. Uma média de 20% das pessoas não
terminou de fazer a atividade em casa.
Questão 4

A questão quatro apresenta bastantes respostas coerentes com o que estávamos


buscando. Os colegas que responderam tiveram redações diversificadas e utilizaram
diferentes termos para definir a diferença entre ddp e fem. Alguns apresentaram
fórmulas matemáticas e concluíram com a leitura que fazem dessas equações. O número
de abstenções (respostas em branco) se deu por conta de, provavelmente não terem
conseguido chegar nessa pergunta durante a aula e também não terminaram o roteiro em
casa.

Questão 5

A questão cinco apresenta maior número de respostas em branco. Os motivos


parecer ser uma possível observação de dificuldade e também o fato de que não tivemos
tempo na aula para terminar toda a lista. Um terço das pessoas não responderam e os
demais apresentaram respostas divergentes. Algumas iguais ao do gabarito e outras com
resultados diferentes. Talvez o fato de não ser uma aplicação direta da Lei de Faraday
possa ter confundido os colegas.

Questão 6

A última questão do roteiro apresentou, com exceção dos colegas que não
responderam, um bom retorno. Praticamente todos que responderam apresentaram
argumentos coerentes com o que imaginávamos como resposta. Um estudante se
mostrou em dúvida e sem condições de responder e apresentou os motivos para a
confusão. Um outro apresentou uma resposta bastante sucinta, sem justificar o motivo
por concordar com a afirmação do enunciado.

Olhar geral

O desenvolvimento dessa atividade pode ser analisado em três etapas. Sendo


elas a construção do roteiro, a resolução do mesmo em sala de aula e a correção do
mesmo. As observações sobre cada um desses passos serão descritas a seguir.

Construção do Roteiro

A construção do roteiro foi a etapa mais trabalhosa do desenvolvimento dessa


atividade. Foram mais de três semanas estudando o tema e buscando uma linha a ser
seguida. A orientação da professora e as reuniões para a elucidação de dúvidas e o
direcionamento do roteiro foram fundamentais para essa atividade ser concluída. Essa
importância se dá pois houve uma mistura de dificuldades e proposições que
acompanharam esse processo.

As dificuldades se deram por uma limitação conceitual sobre o tema e construir


uma atividade tendo esses problemas tornou a atividade mais difícil de ser concluída.
Mesmo a apostila e o trabalho indicado pela professora não foram suficientes para eu ter
uma ideia do caminho que eu deveria levar os meus colegas a refletir com as questões
propostas.

Sobre a duração do roteiro, houve uma dualidade entre tentar fazer algo mais
curto por conta das vezes em que não deu tempo de discutirmos tudo em sala de aula e
de deixar conceitos que pareciam interessantes de serem discutidos e que poderiam
gerar dúvidas a serem sanadas em aula, com ajuda das professoras. O resultado foi uma
atividade que parecia não ser tão longa como se mostrou e nem tão difícil quando
pareceu pelo desenvolvimento da mesma na sala e na correção dos trabalhos entregues
pelos colegas. Entretanto, o resultado pareceu diferente.

Atividade em Sala

A atividade em sala de aula teve pontos positivos e negativos. Os pontos


positivos foram as participações das professoras e a do colega Marcos que contribuíram
bastante para a minha compreensão e, acredito, dos demais colegas também. Os
primeiros itens da questão número três gerou muitas dificuldades para todos e, com a
ajuda dos colegas que fizeram essas etapas, conseguimos compreender e discutir de
forma satisfatória tais pontos. Pelo desenvolvimento obtido, acredito que o roteiro ficou
muito extenso ou muito aprofundado, sendo o único até hoje que precisou ser terminado
em casa por conta de termos discutido apenas metade dele em conjunto. Isso é um ponto
negativo pois pode, além de não termos uma discussão com as professoras, gerar
insegurança em todos sobre o quanto estamos aprendendo. Foi uma coisa que me
ocorreu no dia e, também, no momento de análise dos roteiros.

Durante a atividade, diferentes colegas solicitaram a minha ajuda e acredito


que fui capaz de auxilia-los em suas dificuldades. Nos períodos de discussão, fiquei um
tanto retraído pois senti que as professoras colocaram suas explicações ao discutir com
os colegas e a minha participação ali era dispensável para o seguimento da conversa.
O que eu concluí dessa participação foi a confirmação de uma dificuldade que
tenho nesse assunto pois me portei de forma mais tímida e isso pode denotar certa
inabilidade de dissertar sobre o tema e que os meus colegas podem ter ficado assustados
com as questões escolhidas para a atividade. Em comparação com outros roteiros,
acredito que tenha sido o mais difícil e trabalhoso já proposto e isso torna mais difícil a
avaliação do mesmo.

Avaliação dos Roteiros

As dificuldades que observei durante a aula em que fizemos o roteiro foram


confirmadas pelas respostas analisadas nesse terceiro momento da atividade. Muitos
colegas não responderam todas as questões e isso demonstra os problemas já citados. A
necessidade de propor o término do roteiro em casa pode ter gerado essa quantidade de
respostas em branco pois muitos colegas podem não ter tempo de estudar e fazer esses
roteiros novamente em casa.

O número de roteiros entregues foi igual a catorze. Desses, cinco chegaram


com pelo menos metade das questões em branco. Os itens discutidos em sala de aula
tiveram respostas satisfatórias. Em geral, os colegas que conseguiram responder todas
as questões tiveram desempenho satisfatório se comparado ao gabarito proposto para
essas questões. É notável que se esforçaram para desenvolver o melhor tipo de trabalho
que puderam. Chamou a atenção que um dos colegas, na última questão, expos que não
era capaz de responder e salientou suas dúvidas na resposta. Isso demonstra, ao meu ver,
grande lucidez em reconhecer o espaço de aprendizado, e não de acerto/erro, que as
professoras da disciplina promovem com essas atividades.

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