Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A primeira fase desta evolução se deu inicialmente na década de 50, com o surgimento
da escola do planejamento financeiro, que era, na realidade, controle financeiro. Foi
utilizado o enfoque top-down, na qual apenas um estrategista principal era o executivo do
topo da pirâmide organizacional e preconizava uma gestão com ênfase na administração
por objetivos (APO), conceito desenvolvido por Peter Drucker. A preocupação maior nesta
fase era com o cumprimento do orçamento e “seguir as regras”, focada numa visão de curto
prazo, o que acabava inibindo a capacidade empreendedora e quase nada era dito a respeito
da formulação de estratégias.
1
cenários e utilizava a técnica do preenchimento de lacunas existentes entre os pontos da
projeção de referência e os pontos da projeção no cenário desejável. Outra técnica de
análise estratégica usada era a curva de experiência, conceito desenvolvido pelo Boston
Consulting Group (BCG), que prevê a diminuição progressiva dos custos de um produto à
medida que se aumenta a produção. Apesar de ser esta uma importante técnica, deve-se
evitar sua aplicação generalizada, pois ela se presta a produtos ou mercados em crescimento
que não estejam sujeitos a descontinuidade. O maior problema é que esta escola requeria
não somente a previsibilidade, mas também a estabilidade, ou seja, o mundo deveria ficar
parado no decorrer do processo de planejamento, não prevendo descontinuidades.
2
organizações devem utilizar tais modelos numa perspectiva mais sistêmica e,
principalmente, encontrar maneiras de combiná-los com os das outras escolas.
Nos anos de 1990 surgiu a escola da gestão estratégica, que corresponde à quinta fase,
que foi marcada pelo crescimento acelerado das tecnologias. Essa escola tinha como foco o
pensamento sistêmico englobando e interligando as diversas funções administrativas. Além
de “planejar estrategicamente”, era preciso organizar, dirigir, coordenar e controlar também
estrategicamente. Sendo assim, a implementação da gestão estratégica proporcionou uma
visão mais integrada e menos centralizada das funções administrativas. Também essa
escola dá foco nos objetivos financeiros e deve buscar sintonia com os ambientes de
negócio interno e externo para obter maior chance de sucesso. Pode ser considerado um
problema a falta de alinhamento dessa escola com a filosofia organizacional. Apesar disso,
sua característica principal consiste em preparar a empresa para as incertezas do futuro,
através de um planejamento flexível.
3
A estratégia passa a ser analisada não somente no âmbito interno da organização, mas
nas relações interorganizacionais (interação entre organizações diferentes). Alguns
autores, que já haviam feito suas contribuições nas décadas anteriores, passaram a ser
considerados novamente para os estudos e análises das estratégias organizacionais frente
aos desafios do século XXI.
Na busca de melhores resultados e na incerteza das mudanças no ambiente externo à
organização, com a complexidade e as mudanças constantes, poucas organizações
conseguem manter-se competitivas sem desenvolver inter-relações com outras
organizações, assim, as organizações não devem ser vistas de forma isolada, mas
dependentes de relações interorganizacionais.
Conclusão
Referências Bibliográficas:
a) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 8ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2006.
b) Site WIKIPEDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratégia. Acesso em: 17 de
julho de 2014.
c) SCHNEIDER, Luis Carlos. Pensamento Estratégico Organizacional – Origens, Evolução
e Principais Influências. ANPAD.VI Encontro de Estudos em Estratégia. Bento
Gonçalves, RS, de 19 a 21 de maio de 2013.
Obs: Este documento está sujeito a alterações.
4
Comparação entre e Oitava Edição e a Nona Edição do Livro Estratégia de Empresas no
que se refere ao Capitulo 1 - Evolução Do Pensamento Estratégico
A oitava edição apresenta uma análise das escolas de gestão estratégica dividida por
décadas, enquanto que na nona edição, o mesmo assunto apresenta dez diferentes escolas
de gestão estratégica, organizadas em três grupos: Naturezas Prescritiva, Descritiva e
Híbrida.
Essas escolas dez escolas (nona edição), Design, Planejamento, Posicionamento,
Empreendedora, Cognitiva, Aprendizado, Poder, Cultural, Ambiental e
Configuração, foram surgindo em diferentes estágios de desenvolvimento da
administração estratégica. Algumas já chegaram ao pico e declinaram, outras continuam se
desenvolvendo, e há aquelas que continuam pequenas. Nenhuma das dez escolas visualizou
a estratégia como um todo; cada escola apresenta suas soluções de acordo com suas
premissas.
As Escolas de natureza prescritiva (Design, Planejamento e Posicionamento)
preocupam-se mais em como as estratégias devem ser formuladas do que em como elas são
formuladas. Já as de natureza descritiva (Empreendedora, Cognitiva, Aprendizado, Poder,
Cultural e Ambiental) têm se preocupado mais com a descrição de como as estratégias são
e menos com a prescrição do comportamento estratégico ideal (Mintzberg et al, 2000). A
híbrida (Configuração), que tem um pouco de todas, visualiza a formulação da estratégia
como um processo de transformação.
Ao comparar essas dez escolas com as descritas por decênios, pode-se observar algumas
semelhanças, como por exemplo:
Na escola do design, a matriz SWOT é a sua principal ferramenta, que também foi
tratada na terceira fase da escola do planejamento estratégico, que surgiu na década
de 70.
A escola do planejamento nasceu na década de 60 e parte da análise da situação
atual da empresa até o desenvolvimento e a exploração de diferentes cenários
alternativos, similar à segunda fase da escola do planejamento ao longo prazo.
Também usa a análise SWOT, que foi tratada na terceira fase.
A escola do posicionamento é uma das escolas de planejamento mais influentes do
mundo, dominando a cena a partir de 1980. As ferramentas desta escola são: análise
estrutural da indústria focalizando as cinco forças competitivas de Porter, a escolha
de uma estratégia genérica de competição, a definição de um posicionamento
estratégico no mercado e a construção de cadeia de valor, semelhante à quarta fase
da escola da administração estratégica da década de 80.
Na escola empreendedora, a estratégia existe na mente do líder como uma
perspectiva do que poderá vir a ser, especificamente o senso de direção de longo
prazo, uma visão do futuro da organização, similar à terceira fase da escola do
planejamento a longo prazo.
5
A escola cognitiva usa a psicologia cognitiva e busca-se o entendimento dos
processos mentais dos gerentes e dos formuladores de estratégias. Esta escola surgiu
no início da década de 1990 e a idéia central é que os estrategistas utilizem o seu
conhecimento e sua forma de pensar para produzir estratégias por meio de
experiências, semelhante à quinta fase da escola da gestão estratégica.
Um dos problemas da escola de aprendizado é a inexistência de estratégias, ou
estratégia perdida ou estratégia errada, por dar mais atenção ao aprendizado,
lembrando a falta de estratégia da primeira fase da escola do planejamento
financeiro.
Conclusão
Exercício:
De acordo com Henry Mintzberg, a estratégia não é um conceito único e acabado. Partindo
desse raciocínio, adotou, então, cinco definições formais de estratégia: os 5P's da
Estratégia. Quais são eles? Apresente uma breve descrição.
Referências Bibliográficas:
a) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 8ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2006.
b) LOBATO, David Menezes, FILHO, Jamil Moysés, TORRES, Maria Cândida Sotelino,
RODRIGUES, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de Empresas, 9ª edição, Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2009.
c) MINTZBERG, Henry, AHLSTRAND, Bruce, LAMPEL, Joseph. Safári de Estratégia:
Um roteiro pela selva do planeamento estratégico. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. Porto
Alegre: Editora Bookman, 2000. Reimpressão 2007.
Obs: Este documento está sujeito a alterações.