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RESUMO DO RESUMO DA TEORIA (Ver folha com os desenhos dos procedimentos 1 a 9)

• Em circuitos puramente resistivos e com fontes de tensão contínua (contínua e constante)


o comportamento do circuito (ou seja, a tensão, a corrente e a potência em cada elemento
do circuito) é sempre igual (em outras palavras, estável, constante, não depende do tempo).
• Num circuito RC simples (circuito formado por um único Resistor e um único Capacitor)
alimentado por uma única fonte de tensão contínua (contínua e constante) o comporta-
mento do circuito depende do tempo e pode ser dividido em três etapas: (1) uma
situação inicial estável; (2) uma situação transitória, onde o comportamento varia
significativamente em função do tempo; (3) uma situação final também estável, mas
bastante diferente da situação inicial.
• A situação de transição também é chamada genericamente de transiente. Ela acontece
devido aos processos de carga ou descarga do capacitor, que acontecem através de um
resistor (é a resistência elétrica que limita o valor da corrente). Este comportamento também
pode ser chamado genericamente de carga ou descarga de um circuito RC.
• No processo de carga de um circuito RC simples (1) o capacitor está inicialmente
descarregado (sua carga elétrica armazenada é zero e, consequentemente, a tensão entre
seus terminais é zero) e (2) vai sendo gradualmente carregado (através da corrente que
passa pelo resistor) até (3) atingir a tensão da fonte de alimentação ou até que o processo
de carga seja interrompido (situação em que a tensão no capacitor será, obviamente, menor
que a tensão da fonte).
• No processo de descarga de um circuito RC simples acontece basicamente o contrário:
(1) o capacitor está inicialmente carregado (se o tempo de carga foi suficientemente longo,
estará carregado com a tensão da fonte) e (2) vai sendo gradualmente descarregado através
da corrente que passa pelo resistor até (3) que a tensão entre os terminais do capacitor seja
novamente zero.
• Chama-se de constante de tempo de um circuito RC simples o valor do produto T = R.C
expresso em segundos (s). Ela é uma medida da velocidade com que acontece a carga ou
descarga do circuito RC.
• Na prática, considera-se que um circuito RC simples seja completamente carregado ou
descarregado depois de decorridas 5 contantes de tempo.
• Em um circuito RC simples inicialmente descarregado, na carga a tensão no capacitor
aumenta da seguinte forma1:
◦ após 1 constante de tempo, 63,2% da tensão da fonte;
◦ após 2 constantes de tempo, 86,5% ;
◦ após 3 constantes de tempo, 95,0%;
◦ após 4 constantes de tempo, 98,2%;
◦ após 5 constantes de tempo, 99,3%.

1 Esta é uma sequência numérica ordenada relativamente simples de ser memorizada. Se você acha que não, basta
lembrar que, por exemplo, até os calouros de Humanas decoram relações hierárquicas alfanuméricas mais
complexas como 4 5 6 7 Q J K A 2 3 associadas a sistemas RHDBERSI (Reposicionadores Hierárquicos Dinâmicos
Baseados em Evento Randômico Singular Inicial) e caracteres especiais ♣ ♥ ♠ ♦ com nomes e codinomes variados.

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• Em um circuito RC simples, na descarga tensão no capacitor diminui da seguinte forma:
◦ após 1 constante de tempo, 36,8% da tensão no início da descarga;
◦ após 2 constantes de tempo, 13,5%;
◦ após 3 constantes de tempo, 5,0%;
◦ após 4 constantes de tempo, 1,8%;
◦ após 5 constantes de tempo, 0,7%.
• Para ser exato, o comportamento das tensões e correntes na carga ou descarga de um
circuito RC é descrito por equações exponenciais de base neperiana (base e) com
expoentes negativos proporcionais ao tempo decorrido. Foge ao escopo desta experiência
e desta disciplina demonstrar matematicamente o porquê deste comportamento, mas cabe
observar que a solução é de entendimento e uso relativamente fácil e se aplica, na prática, a
um sem número de situações de interesse em circuitos elétricos e eletrônicos – inclusive
algumas das experiências desta disciplina nas próximas semanas. (As equações a seguir vem
da solução de uma equação diferencial envolvendo as tensões e correntes no circuito em
função do tempo, mas isto será visto em disciplinas mais adiante no curso – por exemplo,
Eletricidade. Obviamente você não precisa esperar e pode procurar à vontade em livros, no
Google, no Youtube e encontrar coisas como, por exemplo, o Me Salva RLC01, 02 e 03…)
• A carga e descarga de um circuito RC são fenômenos elétricos dinâmicos bastante sim-
ples, absolutamente corriqueiros e que controlam o funcionamento de um sem número de
circuitos eletrônicos. É tão comum – tão comum mesmo – que, num certo sentido,
podemos até dizer que “não existiria Eletrônica sem circuitos RC”. Por exemplo, nesta disci-
plina as experiências 05 a 10 dependem diretamente de estruturas de temporização baseadas
em circuitos RC. Então, por favor, aproveite muito bem o roteiro desta experiência2.

NOMENCLATURA
t instante de tempo qualquer considerado a partir do início do fenômeno (t ≥ 0)
T constante de tempo do circuito RC simples (s)
VCC valor da tensão de alimentação (V)
vC valor instantâneo total da tensão no capacitor em função do tempo (V)
vR idem para tensão no resistor
iC valor instantâneo total da corrente no capacitor em função do tempo (A)
iR idem para corrente no resistor
R valor da resistência (Ω)
C valor da capacitância (F)
e base dos logaritmos naturais, também chamados de neperianos (e ≈ 2,718281846)

2 Também pode ser sem favor… É menos educado, mas não muda o fator de que cedo ou mais cedo ainda – esqueça
o mais tarde – você precisará dominar este conteúdo para saber o que está acontecendo em determinados circuitos e
situações.

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FORMULÁRIO

CARGA (com carga do circuito RC iniciando em t = 0)


T =R⋅ C
t
−( )
vC=VCC⋅ (1− e T
)
t
−( )
T
vR=VCC⋅ e
VCC − ˙( T )
t
iC=iR= e
R

DESCARGA (com a descarga iniciando em t = 0)


T =R⋅ C
Se a carga foi completa, o capacitor atingiu a tensão da fonte e as equações de descarga são:
t
−( )
vC=vR=VCC⋅ e T
VCC − ˙( T )
t
iC=iR= e
R
Se a carga foi parcial, e o capacitor atingiu uma tensão VO e as equações passam a ser:
t
−( )
T
vC=vR=VO⋅ e
VO −˙( T )
t
iC=iR= e
R

EXPONENCIAL GENÉRICA PARA SOLUÇÃO DE CIRCUITOS RC, RL E AFINS

t− t 0
−( )
T
y=B+( A − B)⋅ e

t0 instante de tempo considerado como início do fenômeno


t instante de tempo qualquer a partir do início do fenômeno (t0 ≤ t < ∞)
A valor inicial (em t = t0)
B valor limite (valor final se o fenômeNo não for interrompido)
y valor da função num instante de tempo qualquer (t0 ≤ t < ∞)
T constante de tempo do circuito RC simples (s)

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OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE ESTA PRÁTICA
• Nos procedimentos 1 a 6 os valores dos componentes propostos para os componentes e para
a tensão de alimentação tornam conveniente o uso de um multímetro digital simples de 3
½ digitos nas escalas de 20VDC e 2mADC.
• A tensão de alimentação de 10V, embora incomum na alimentação de circuitos eletrônicos,
facilita o acompanhamento de situações em que a proporção de um valor de tensão em
relação à tensão da fonte é particularmente importante (e, como o valor da tensão de
saída da fonte usada é ajustável, o valor de 10V é muito bem-vindo neste caso).
• Os circuitos são simples e com poucos componentes, mas é muito importante que a
montagem física no protoboard seja estética, organizada e que sua relação com o
respectivo diagrama esquemático seja evidente e imediata.
• Os procedimentos 1(a) e 2(a) podem ser bastante acelerados com o uso de dois
smartphones: um como cronômetro e outro para filmar a indicação do cronômetro em
conjunto com as indicações do voltímetro e do amperímetro. Desta forma, a coleta das
informações necessárias para os itens 1(b), 1(c), 2(b) e 2(c) torna-se muito mais confiável e
operacional: basta rever o vídeo e dar pausa sempre que necessário.
• O capacitor eletrolítico é um componente polarizado e isto precisa ser observado na
montagem do circuito. Se o encapsulamento for de terminais radiais, deixar os dois
terminais com o mesmo tamanho facilita a montagem no protoboard. Além disto, vale
comentar que o capacitor eletrolítico é um componente com grande tolerância em
relação a seu valor nominal (por exemplo, de –10 a +30%) e, dependendo da situação, isto
pode influir no comportamento do circuito.
• Para garantir que o capacitor esteja completamente descarregado, basta curto-circuitar os
seus terminais. No caso, a tensão envolvida é bastante baixa (10V, no máximo) e não oferece
risco, mas, como capacitância envolvida (1000 mF) é bastante alta (e, por consequência a
carga armazenada), pode ocorrer algum faiscamento no instante da descarga. A propósito,
geralmente acontece.

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ROTEIRO DA PRÁTICA

PROCEDIMENTO 1 – CARGA DO CIRCUITO RC


(a) Com o capacitor completamente descarregado, colocar a chave SW na posição carga,
medir a tensão no capacitor e a corrente no circuito em função do tempo a intervalos de 5
segundos deste t = 0s até t = 100s.
(b) Anotar os valores em formato de tabela.
(c) Montar o gráfico de vC = f(t) e o gráfico de iC = f(t).

Carga do circuito RC – Item 1(b)


t (s) vC (V) iC (mA)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100

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PROCEDIMENTO 2 – DESCARGA DO CIRCUITO RC
(a) Com o capacitor completamente carregado, colocar a chave SW na posição descarga,
medir a tensão no capacitor e a corrente no circuito em função do tempo a intervalos de 5
segundos deste t = 0s até t = 100s.
(b) Anotar os valores em formato de tabela.
(c) Montar o gráfico de vC = f(t) e o gráfico de iC = f(t).

Descarga do circuito RC – Item 2(b)


t (s) vC (V) iC (mA)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
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PROCEDIMENTO 3 – MEDIÇÃO DA CONSTANTE DE TEMPO DO CIRCUITO RC
(a) Novamente com o capacitor descarregado, mudar a chave para a posição carga e medir o
tempo necessário para que a tensão no capacitor atinja 63,2% da tensão da fonte.
(b) Comparar o valor da constante de tempo medida com o valor teórico calculado, calcular a
diferença percentual e comentar se a diferença resultante é compatível com a tolerância dos
componentes envolvidos (R e C).

T calculado (s) T medido (s) diferença % tolerância de R (%) tolerância de C (%)

(c) Repetir o item anterior comparando a constante de tempo medida por 5 equipes (a sua
equipe e outras quatro). Determinar também a média e o desvio-padrão deste conjunto de 5
medidas.

equipe considerada & membros T medido (s) Média (s) Desvio-padrão (s)
1 (a sua)
2
3
4
5

(d) Explicar o que é tolerância de um componente.


(e) Qual o valor da tolerância do resistor empregado na experiência? Ela é conhecida ou
estimada?
(f) Idem para a tolerância do capacitor eletrolítico.
(g) As tolerâncias do resistor e do capacitor eletrolítico são compatíveis com os resultados
obtidos no item (c)?
(h) Por que o procedimento 3(a) pode realizado “de boas” apenas com o auxílio de um
cronômetro de mão enquanto que nos itens 1(a) e 2(a) isto não seria adequado?
(i) “De boas” não é exatamente uma expressão adequada a uma redação técnica. Sugira
eventuais palavras ou expressões mais adequadas.

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PROCEDIMENTO 4 – SOBRE A CONSTANTE DE TEMPO NA CARGA
(a) Com o capacitor completamente descarregado e a chave SW1 na posição carga, pressionar a
a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a tensão vC atinja 63,2% da
tensão da fonte. Como é o nome técnico deste intervalo de tempo?
Ta (s)
VCC (V) 0,0%VCC (V) 63,2%VCC (V) nome técnico
0,0% → 63,2%

(b) Pressionar novamente a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a
tensão no capacitor suba de 63,2% para 86,5% da tensão da fonte. Qual a proporção entre
este intervalo e o intervalo do item (a)?
Tb (s)
VCC (V) 63,2%VCC (V) 86,5%VCC (V) Tb / Ta
63,2% → 86,5%

(c) Idem para que a tensão vC suba de 86,5% para 95,0% da tensão da fonte. Qual a proporção
entre este intervalo e o intervalo do item (a)?
Tc (s)
VCC (V) 86,5%VCC (V) 95,0%VCC (V) Tc / Ta
86,5% → 95,0%

(d) Em condições ideais, com SW2 e SW3 em aberto, qual seria o comportamento da tensão e
da corrente no capacitor? O que seriam estas condições ideais (dica: uma condição diz
respeito ao capacitor e outra ao multímetro usado como voltímetro).
(e) Qual a marca, modelo e escala de tensão DC do multímetro digital usado para as
medições nos itens (a), (b) e (c)? Qual a resistência equivalente do multímetro nesta escala?
Esta informação foi obtida das especificações do manual ou foi medida com outro
instrumento? Se foi medida, explique como.
(f) Assumindo que nesta escala de tensão e do ponto de vista do circuito sob teste o multímetro
digital se comporte como uma resistência e que o capacitor tenha exatamente o seu valor
nominal, qual seria a constante de tempo da descarga do capacitor através do multímetro?
(g) Se o multímetro digital fosse substuído por um multímetro analógico com escalas de 0.1 /
0.5 / 1 / 2.5 / 10 / 50 / 250 / 1000VDC e sensibilidade 20kῼ/V, qual seria a melhor escala
para uso nesta experiência? Qual seria a constante de tempo da descarga do capacitor através
do multímetro analógico? Quantas vezes a nova constante de tempo de descarga através do
multímetro analógico seria menor ou maior que a obtida com o multímetro digital utilizado?
A propósito, existe “aqui e agora” (UTFPR CT DAELN 2018) um multímetro com estas
características? Em caso afirmativo, qual marca e modelo?
(h) Qual a função da chave SW3 no circuito?

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PROCEDIMENTO 5 – SOBRE A CONSTANTE DE TEMPO NA DESCARGA
(a) Com o capacitor completamente carregado e a chave SW1 na posição descarga, pressionar a
a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a tensão vC cai até 36,8%
da tensão da fonte. Como é o nome técnico deste intervalo de tempo?
Ta (s)
VCC (V) 100%VCC (V) 36,8%VCC (V) nome técnico
100% → 36,8%

(b) Pressionar novamente a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a
tensão no capacitor caia de 36,8% para 13,5% da tensão da fonte. Qual a proporção entre
este intervalo e o intervalo do item (a)?
Tb (s)
VCC (V) 36,8%VCC (V) 13,5%VCC (V) Tb / Ta
36,8% → 13,5%

(c) Idem para que a tensão vC suba de caia de 13,5% para 5,0% da tensão da fonte. Qual a
proporção entre este intervalo e o intervalo do item (a)?
Tc (s)
VCC (V) 13,5%VCC (V) 5,0%VCC (V) Tc / Ta
13,5% → 5,%

(d) Qual a grandeza física de Tb/Ta e de Tc/Ta? Explique.

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PROCEDIMENTO 6 – CARGA OU DESCARGA DO CIRCUITO RC ATÉ 50%
(a) Com o capacitor completamente descarregado e a chave SW1 na posição carga, pressio-
nar a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a tensão vC atinja 50%
da tensão da fonte. Chame este tempo de TC50 (tempo de carga até 50%).
VCC (V) 0%VCC (V) 50%VCC (V) TC50 (s)
0% → 50%

(b) Com o capacitor completamente carregado e a chave SW1 na posição descarga, pressio-
nar a chave SW2 e medir o intervalo de tempo necessário para que a tensão vC caia até
atingir 50% da tensão da fonte. Chame este tempo de TD50 (tempo de descarga até 50%).
VCC (V) 100%VCC (V) 50%VCC (V) TD50 (s)
100% → 50%

(c) Verifique se, a menos de diferenças de arredondamento, são válidas as seguintes relações
entre TC50, TD50 e T (a constante de tempo do circuito) medida no item 4(a).
TC 50
T= ≈ 1,443⋅ TC 50
ln(2)
TD 50
T= ≈ 1,443⋅ TD50
ln(2)

TC50 (s) TD50 (s) T (s) T / TC50 T / TD50

(d) Questão ninja (ninja agora, mas trivial daqui um mês…): demonstrar as fórmulas acima a
partir da exponencial genérica para a solução de circuitos RC, RL e afins.
t− t 0
−( )
T
y=B+( A − B)⋅ e

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PROCEDIMENTO 7
(a) Qual a(s) função(ões) das chaves SW1, SW2 e SW3?
(b) Qual a(s) função(ões) das chaves SW4, SW5 e SW6?
(c) Qual a função da chave SW7?
(d) Qual o propósito geral deste circuito?
(e) Por que é preferível realizar esta parte da prática com um multímetro analógico?
(f) Considerando um acionamento inicial de SW1 ou SW2 ou SW3 seguido de um acionamento
de SW4 ou SW5 ou SW6, qual a melhor combinação de chaves no circuito para carga rápida
& descarga lenta? Por que?
(g) Idem para carga lenta & descarga rápida.

PROCEDIMENTO 8
Antes de cada item do procedimento 8, descarregar o capacitor pressionando SW7.
(a) Qual o valor final da tensão vC se as chaves SW2 e SW5 forem pressionadas ao mesmo
tempo por um “intervalo de tempo suficientemente longo”?
(b) Idem para as chaves SW3 e SW6 pressionadas ao mesmo tempo. Em relação ao item (a), a
velocidade de carga do capacitor aumentou ou diminui?
(c) Idem para as chaves SW1 e SW4 pressionadas ao mesmo tempo. Em relação ao item (a), a
velocidade de carga do capacitor aumentou ou diminui?
(d) Agora que você já possui algum critério prático para o “tempo suficientemente longo” e
também algum critério relativo para a velocidade de carga do capacitor, experimente todas
as combinações de chaves possíveis e complete a tabela seguinte. Não esqueça de descarre-
gar o capacitor antes de cada item.
chaves pressionadas velocidade relativa
valor final de vC (V)
ao mesmo tempo da carga do capacitor
SW1, SW4 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW1, SW5 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW1, SW6 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW2, SW4 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW2, SW5 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW2, SW6 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW3, SW4 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW4, SW5 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida
SW5, SW6 ( ) lenta ( ) média ( ) rápida

(e) Qual o significado prático da expressão “intervalo de tempo suficientemente longo”? (A


resposta não está exigindo um critério quantitativo explícito e nem mesmo um vocabulário
técnico rebuscado, mas também não precisa “chutar o pau da barraca”.)

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(f) Outra forma de entender o processo de carga de um circuito RC, é pensar que no início do
transiente o capacitor se comporta como um curto-circuito (porque a tensão sobre ele é
zero, mas existe corrente) e que no final ele se comporta como um circuito aberto (porque
existe tensão, mas não existe corrente). Sendo assim, no final de cada item do procedimento
8(d) teríamos um divisor de tensão diferente – por exemplo, com SW1 e SW4 pressionadas
“por um tempo suficientemente longo” teríamos o divisor formado por R1 e R4. Verifique
em cada linha da tabela se o valor final de vC (medido em 8(d)) é coerente com aquele que
seria obtido no divisor de tensão formado pelos dois resistores correspondentes.
divisor de tensão valor calculado da tensão
chaves pressionadas
valor final de vC (V) considerado sobre o segundo resistor
ao mesmo tempo
(sem o capacitor C) do divisor de tensão (V)
SW1, SW4 R1, R4 6,00
SW1, SW5
SW1, SW6
SW2, SW4
SW2, SW5
SW2, SW6
SW3, SW4
SW4, SW5
SW5, SW6

Observação: Num divisor de tensão formado por apenas dois resistores e uma fonte, as tensões em
cada resistor podem ser diretamente calculadas por:
RX RY
VRX =VCC⋅ ( ) VRY =VCC⋅ ( )
RX+ RY RX + RY

PROCEDIMENTO 9
(a) Aluno pode ser um bicho bastante estranho e curioso. Qual a tensão final no capacitor se
todas as 7 chaves forem pressionadas ao mesmo tempo? Qual seria a corrente total da
fonte neste caso? Por que?
(b) A fonte típica do laboratório poderia aguentar poderia “aguentar o tranco indefinidamente”
nesta situação? Considerando que todos resistores são de 1/4W, poderia haver problema com
algum resistor nesta situação? E se o tranco fosse de “alguns segundos”?
(c) Por que com todas as chaves em aberto o capacitor continua a se descarregar lentamente?
(d) Neste circuito, qual seria a vantagem de substituir um multímetro analógico “típico” por um
digital “típico”? E a desvantagem?

PROCEDIMENTO 10
Relaxe um pouco, é apenas uma demonstração essencialmente visual da carga e descarga de
um circuito RC usando um led como recurso de visualização.

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QUESTIONÁRIO & TAREFAS

Pesquise e comente de forma sucinta os seguintes itens:

1. Capacitores eletrolíticos.
2. Capacitores de tântalo.
3. Capacitores de poliéster.
4. Capacitores cerâmicos
5. Capacitores variáveis.
6. Capacitores ajustáveis.
7. Terminais axiais e terminais radiais.

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