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REDES DE COMPUTADORES
PESQUISA – CABEAMENTOS EM REDE
Professor: Eric De Oliveira Freitas
Cabo Coaxial:
Esse tipo de cabo foi o primeiro disponível no mercado, e era até alguns anos atrás o
meio de transmissão mais moderno que se tinha em termos de transporte de bits, embora
ainda seja usado para a mesma finalidade.
Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido que forma o núcleo, envolto por
um material isolante que por sua vez é envolto em um condutor cilíndrico, frequentemente
na forma de uma malha entrelaçada. O condutor externo é coberto por uma capa plástica
protetora, que evita o fenômeno da indução, causada por interferências elétricas ou
magnéticas externas.
Em relação as características desse cabo é possível dizer que ele mantem uma
capacidade constante e baixa, independente do seu comprimento, o que lhe permite
suportar velocidades da ordem de megabits/segundo, sem a necessidade de regeneração
do sinal e sem distorções ou ecos.
Quando se trata de vantagens e desvantagens desse cabo, é possível destacar:
Vantagens: baixos custos de implementação, topologia simples de implementar,
resistência à ruídos e interferências.
Desvantagens: distancias limitadas, baixo nível de segurança, dificuldade em fazer
grandes mudanças na topologia da rede.
Existem dois tipos mais utilizados do mesmo: coaxial fino e coaxial grosso.
O cabo coaxial fino, também chamado de cabo coaxial banda base ou 10Base2, é o
meio mais utilizado em redes locais. A topologia mais utilizada é a topologia em barra.
O método de acesso ao meio usado em cabos desse tipo é o detecção de portadora, com
detecção de colisão. Sua instalação é facilitada devido ao fato de que o cabo coaxial fino
é mais maleável. Ele possui maior imunidade a ruídos eletromagnéticos de baixa
frequência, pois sofre menos reflexões, devido as capacitâncias introduzidas na ligação
das estações do cabo, do que o cabo grosso.
O cabo coaxial grosso, também chamado de cabo coaxial de banda larga ou
10Base5 ou “mangueira de jardim amarela”, é utilizado para transmissão analógica. Em
redes locais, a banda é dividida em dois canais ou caminhos: transmissão (inbound) e
recepção (outbound). Esse cabo é muito utilizado para aplicações em redes locais com
integração de serviços de dados, voz e imagens. Necessita de amplificadores analógicos
periódicos, que transmitem o sinal num único sentido, assim, um computador que envia
um pacote não será capaz de alcançar os computadores a montante dele se houver um
amplificador entre eles. Para solucionar este problema foram criados os sistemas com
cabo único e com cabo duplo. No cabo duplo, toda transmissão é feita no cabo 1 e toda
recepção no cabo 2. No cabo único, é alocado bandas diferentes de frequência para
comunicação, entrando e saindo por um único cabo.
Par Trançado:
O cabo de par trançado vem substituindo as redes construídas com cabos coaxiais
de 50 Ohms devido a facilidade de manutenção, pois o uso do cabo coaxial dificulta
a identificação de um defeito pois, se houver um mau contato ou qualquer outro
problema com as conexões em algum ponto da rede, o problema afetará todas as
maquinas da rede, diferente do que acontece com o uso do cabo de par trançado.
O cabo par trançado surgiu com a necessidade de se ter cabos mais flexíveis e com
maior velocidade de transmissão.
Este cabo consiste em um par de fios elétricos de cobre ou aço recoberto de cobre
(aumenta a resistência à tração). Os fios são recobertos de uma camada isolante,
geralmente de plástico, e entrelaçados em forma de trança (de onde surgiu o seu
nome). Este entrelaçamento é feito para se evitar a interferência eletromagnética entre
cabos vizinhos e para aumentar a sua resistência. O conector utilizado é o RJ-45.
Sua transmissão pode ser tanto analógica quanto digital. Na transmissão
analógica, para o qual foi originalmente construído, é necessário um amplificador a
cada 5 ou 6 km. Na transmissão digital, um repetidor é necessário a cada 2 ou 3 km.
Além do uso em redes de computadores, o cabo par trançado é muito utilizado em
telefonia, ligando aparelhos telefônicos a centrais ou a um centro de comutação
privado (PABX), ele é usado em ligações com multiplexação de 24 ou 30 canais, com
uma banda de passagem de 268 ou 312 kHz. Dados digitais são transmitidos usando-
se modems de até 9600bps em PKS e multiplexação, com banda agregada de 230
kbps. Também é utilizado em transmissões digitais, como na interligação de centrais
telefônicas com PCM de 24 ou 30 canais e taxa agregada de 1,5 ou 2 Mbps.
Quando se trata de vantagens e desvantagens deste cabo, é possível destacar:
Vantagens: atingi maior taxa de transferência podendo trabalhar não somente a 10
Mbps, mas também a 100 Mbps (fast ethernet) ou até 1000 Mbps (1 gigabite ethernet).
Desvantagens: é suscetível à interferência e ao ruído, inclusive “cross-talk” de
fiações adjacentes.
Para solucionar os problemas que este cabo apresenta, foram desenvolvidos dois
tipos de cabos par trançado: o par trançado sem blindagem (UTP) e o par trançado
com blindagem (STP).
O cabo UTP (Unshielded Twisted Pair) é sem duvida o cabo mais utilizado em
redes de computadores, pois é de fácil manuseio, instalação e permite maiores taxas
de transmissão em relação aos cabos coaxiais.
O cabo STP (Shielded Twisted Pair) é muito pouco utilizado, sendo basicamente
necessários em ambientes com grande nível de interferência eletromagnética.
Os UTPs são divididos em 5 categorias, levando em conta o nível de segurança e
a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros menores.
Categoria 1: sistema de telefonia;
Categoria 2: UTP tipo 3 definido pela IBM. Baixa transmissão;
Categoria 3: transmissão de até 16 MHz. Utilização típica em até 10 Mbps;
Categoria 4: transmissão de até 20 MHz. Utilização típica em até 16 Mbps;
Categoria 5: transmissão de até 100 MHz. Utilização típica em até 100 Mbps.
Cabo UTP com seus quatro pares
trançados.
Fibras Ópticas:
Das desvantagens:
Redes de telecomunicações;
Conexões de redes locais LANs e WANs;
Redes para controle de distribuição de energia elétrica;
Redes de transmissão de dados;
Interligação de circuitos dentro de equipamentos;
Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios.
Multimodo com índice degrau: este tipo de fibra foi o primeiro a surgir e é o
tipo mais simples. Constitui-se de um único tipo de vidro para compor o núcleo, ou seja,
com índice de refração constante.
Multimodo com índice gradual: este tipo de fibra é composto por vidros
especiais com diferentes valores de índice de refração, os quais tem o objetivo de
diminuir as diferenças de tempos de propagação da luz no núcleo, devido aos vários
caminhos possíveis que a luz pode tomar no interior da fibra, diminuindo a dispersão do
impulso e aumentando a largura de banda da fibra.
Possui taxas de transmissão igual a multimodo com índice degrau, entretanto são
menos sensíveis à dispersão modal.
Este tipo de fibra representa uma boa relação custo benefício para aplicações em
redes locais, ela possibilita backbones de até 2 km sem repetição, opera com emissores
do tipo LED, o que diminui consideravelmente o custo dos equipamentos envolvidos.