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DANIELA MARÃO BARACAT SOARES RA: 90127

ENGENHARIA ELÉTRICA – 9º PERÍODO

REDES DE COMPUTADORES
PESQUISA – CABEAMENTOS EM REDE
Professor: Eric De Oliveira Freitas

UNIFEV–CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA


FEVEREIRO/2019
Cabeamentos em rede

 Cabo Coaxial:
Esse tipo de cabo foi o primeiro disponível no mercado, e era até alguns anos atrás o
meio de transmissão mais moderno que se tinha em termos de transporte de bits, embora
ainda seja usado para a mesma finalidade.
Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido que forma o núcleo, envolto por
um material isolante que por sua vez é envolto em um condutor cilíndrico, frequentemente
na forma de uma malha entrelaçada. O condutor externo é coberto por uma capa plástica
protetora, que evita o fenômeno da indução, causada por interferências elétricas ou
magnéticas externas.
Em relação as características desse cabo é possível dizer que ele mantem uma
capacidade constante e baixa, independente do seu comprimento, o que lhe permite
suportar velocidades da ordem de megabits/segundo, sem a necessidade de regeneração
do sinal e sem distorções ou ecos.
Quando se trata de vantagens e desvantagens desse cabo, é possível destacar:
Vantagens: baixos custos de implementação, topologia simples de implementar,
resistência à ruídos e interferências.
Desvantagens: distancias limitadas, baixo nível de segurança, dificuldade em fazer
grandes mudanças na topologia da rede.
Existem dois tipos mais utilizados do mesmo: coaxial fino e coaxial grosso.
O cabo coaxial fino, também chamado de cabo coaxial banda base ou 10Base2, é o
meio mais utilizado em redes locais. A topologia mais utilizada é a topologia em barra.
O método de acesso ao meio usado em cabos desse tipo é o detecção de portadora, com
detecção de colisão. Sua instalação é facilitada devido ao fato de que o cabo coaxial fino
é mais maleável. Ele possui maior imunidade a ruídos eletromagnéticos de baixa
frequência, pois sofre menos reflexões, devido as capacitâncias introduzidas na ligação
das estações do cabo, do que o cabo grosso.
O cabo coaxial grosso, também chamado de cabo coaxial de banda larga ou
10Base5 ou “mangueira de jardim amarela”, é utilizado para transmissão analógica. Em
redes locais, a banda é dividida em dois canais ou caminhos: transmissão (inbound) e
recepção (outbound). Esse cabo é muito utilizado para aplicações em redes locais com
integração de serviços de dados, voz e imagens. Necessita de amplificadores analógicos
periódicos, que transmitem o sinal num único sentido, assim, um computador que envia
um pacote não será capaz de alcançar os computadores a montante dele se houver um
amplificador entre eles. Para solucionar este problema foram criados os sistemas com
cabo único e com cabo duplo. No cabo duplo, toda transmissão é feita no cabo 1 e toda
recepção no cabo 2. No cabo único, é alocado bandas diferentes de frequência para
comunicação, entrando e saindo por um único cabo.

Cabo coaxial pronto.

 Par Trançado:
O cabo de par trançado vem substituindo as redes construídas com cabos coaxiais
de 50 Ohms devido a facilidade de manutenção, pois o uso do cabo coaxial dificulta
a identificação de um defeito pois, se houver um mau contato ou qualquer outro
problema com as conexões em algum ponto da rede, o problema afetará todas as
maquinas da rede, diferente do que acontece com o uso do cabo de par trançado.
O cabo par trançado surgiu com a necessidade de se ter cabos mais flexíveis e com
maior velocidade de transmissão.
Este cabo consiste em um par de fios elétricos de cobre ou aço recoberto de cobre
(aumenta a resistência à tração). Os fios são recobertos de uma camada isolante,
geralmente de plástico, e entrelaçados em forma de trança (de onde surgiu o seu
nome). Este entrelaçamento é feito para se evitar a interferência eletromagnética entre
cabos vizinhos e para aumentar a sua resistência. O conector utilizado é o RJ-45.
Sua transmissão pode ser tanto analógica quanto digital. Na transmissão
analógica, para o qual foi originalmente construído, é necessário um amplificador a
cada 5 ou 6 km. Na transmissão digital, um repetidor é necessário a cada 2 ou 3 km.
Além do uso em redes de computadores, o cabo par trançado é muito utilizado em
telefonia, ligando aparelhos telefônicos a centrais ou a um centro de comutação
privado (PABX), ele é usado em ligações com multiplexação de 24 ou 30 canais, com
uma banda de passagem de 268 ou 312 kHz. Dados digitais são transmitidos usando-
se modems de até 9600bps em PKS e multiplexação, com banda agregada de 230
kbps. Também é utilizado em transmissões digitais, como na interligação de centrais
telefônicas com PCM de 24 ou 30 canais e taxa agregada de 1,5 ou 2 Mbps.
Quando se trata de vantagens e desvantagens deste cabo, é possível destacar:
Vantagens: atingi maior taxa de transferência podendo trabalhar não somente a 10
Mbps, mas também a 100 Mbps (fast ethernet) ou até 1000 Mbps (1 gigabite ethernet).
Desvantagens: é suscetível à interferência e ao ruído, inclusive “cross-talk” de
fiações adjacentes.
Para solucionar os problemas que este cabo apresenta, foram desenvolvidos dois
tipos de cabos par trançado: o par trançado sem blindagem (UTP) e o par trançado
com blindagem (STP).
O cabo UTP (Unshielded Twisted Pair) é sem duvida o cabo mais utilizado em
redes de computadores, pois é de fácil manuseio, instalação e permite maiores taxas
de transmissão em relação aos cabos coaxiais.
O cabo STP (Shielded Twisted Pair) é muito pouco utilizado, sendo basicamente
necessários em ambientes com grande nível de interferência eletromagnética.
Os UTPs são divididos em 5 categorias, levando em conta o nível de segurança e
a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros menores.
Categoria 1: sistema de telefonia;
Categoria 2: UTP tipo 3 definido pela IBM. Baixa transmissão;
Categoria 3: transmissão de até 16 MHz. Utilização típica em até 10 Mbps;
Categoria 4: transmissão de até 20 MHz. Utilização típica em até 16 Mbps;
Categoria 5: transmissão de até 100 MHz. Utilização típica em até 100 Mbps.
Cabo UTP com seus quatro pares
trançados.

 Fibras Ópticas:

Em 1966, num comunicado dirigido à Bristish Association for the Advancement of


Science, os pesquisadores K. C. Kao e G. A . Hockham da Inglaterra propuseram o uso
de fibras de vidro, e luz, em lugar de eletricidade e condutores de cobre na transmissão
de mensagens telefônicas.

A fibra óptica é um filamento de vidro, material dielétrico, constituído de duas partes


principais: o núcleo, por onde se propaga a luz, e a casca que serve para manter a luz
confinada no núcleo. Cada um destes elementos, núcleo e casca, possuem índices de
refração diferentes fazendo com que a luz percorra o núcleo refletindo na fronteira com a
casca.

Para criarmos um sistema de comunicação através de fibras ópticas, precisamos de


alguns elementos além da fibra tais como receptores e Transmissores, que transformam o
sinal elétrico em luminoso, e vice versa.

A comunicação se estabelece da seguinte forma: O equipamento, hub ou estação de


trabalho, envia uma mensagem codificada através de um pulso elétrico ao emissor que
converte em pulso luminoso, este pulso luminoso percorre a fibra até atingir seu destino,
onde encontra um receptor que recebe e converte novamente em pulso elétrico para que
o outro equipamento possa interpretar a mensagem. Os emissores e receptores geralmente
ficam alojados em equipamentos tais como hubs ópticos, placas ópticas e tranceivers.

Os transmissores ópticos são responsáveis pela conversão dos sinais elétricos em


sinais ópticos que serão transportados pela fibra. As fontes luminosas usadas são:

 LEDs: utilizam o processo de fotogeração por recombinação


espontânea. Os cabos com essa transmissão são mais baratos, além
de serem mais adaptáveis a temperatura ambiente e de terem um
ciclo de vida maior;
 LDs: utiliza o processo de geração estimulada da luz. Os cabos com
essa transmissão são mais eficientes em potência devido a sua
espessura reduzida;

A largura de banda deste meio é potencialmente muito alta, podendo chegar a


5Ghz, e tende a ser limitada pela taxa de modulação máxima da fonte luminosa. Para os
LEDs estas taxas variam entre 20 e 150 Mbps, taxas mais altas são possíveis usando
LDs.

Os receptores ópticos ou fotodetectores são responsáveis pela conversão dos


sinais ópticos em elétricos. Devem operar com sucesso até nos menores níveis de
potência ópticas possíveis, convertendo o sinal com o mínimo de distorção e ruído para
garantir o maior alcance possível.

Os fotodetectores mais utilizados são:

 PIN: este tipo de receptor é mais barato, além de serem mais


adaptáveis à temperatura ambiente e de terem um ciclo de vida
maior.
 AFD: este tipo de receptor apresenta um custo maior do o PIN,
além de apresentar uma sensibilidade e uma relação sinal/ruído
muito melhor que o PIN.

Dentre inúmeras vantagens desse tipo de cabo, podemos citar:

 Banda passante alta: a transmissão óptica tem uma grande capacidade de


transmitir informação em termos de largura de banda, a transmissão por
frequências de onda de luz é muito grande no espectro eletromagnéticos,
dado que a largura de banda é dependente da extensão da frequência.
 Perdas de transmissão baixa: o poder do sinal luminoso é apenas
reduzido ligeiramente após a propagação de grandes distâncias;
 Pequeno tamanho e peso: resolvem o problema de espaço e de
congestionamento de dutos no subsolo das grandes cidades e em grandes
edifícios comercias. É o meio de transmissão ideal em aviões, navios e
satélites;
 Imunidade a interferências: não sofrem interferências eletromagnéticas,
pois são compostas de material dielétrico, e asseguram imunidade à
pulsos eletromagnéticos;
 Isolação elétrica: não há necessidade de se preocupar com aterramento e
problemas de interface de equipamento, uma vez que é constituída de
vidro ou plástico, que são isolantes elétricos;
 Matéria-prima abundante: é constituída por sílica, material abundante e
não muito caro. Sua despesa aumenta no processo requerido para fazer
vidros ultra-puros desse material;

Das desvantagens:

 Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamento: deve-se tomar muito


cuidado ao manusear-se uma fibra óptica, pois elas quebram facilmente;
 Dificuldade de conexões das fibras ópticas: por ser de pequena dimensão,
exigem procedimentos e dispositivos de alta precisão na realização de
conexões e emendas;
 Acopladores tipo T com perdas muito grandes: essas perdas dificultam a
utilização da fibra óptica em sistemas multiponto;
 Impossibilidade de alimentação remota de repetidores: requer
alimentação elétrica independente para cada repetidor, não sendo
possível a alimentação remota através do próprio meio de transmissão;
 Falta de padronização dos componentes ópticos: o contínuo avanço
tecnológico e a relativa imaturidade não tem facilitado o estabelecimento
de padrões.

A utilização da fibra óptica é vasta, dentre elas podemos citar:

 Redes de telecomunicações;
 Conexões de redes locais LANs e WANs;
 Redes para controle de distribuição de energia elétrica;
 Redes de transmissão de dados;
 Interligação de circuitos dentro de equipamentos;
 Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios.

Dos tipos de fibra óptica, temos:

Multimodo com índice degrau: este tipo de fibra foi o primeiro a surgir e é o
tipo mais simples. Constitui-se de um único tipo de vidro para compor o núcleo, ou seja,
com índice de refração constante.

Possui capacidade de transmissão limitada basicamente pela dispersão modal


(interferência entre pulsos consecutivos, onde ocorre o espalhamento dos "modos" no
decorrer do percurso) que reflete os diferentes tempos de propagação da onda luminosa.

São utilizadas em transmissão de dados à curta distância e em iluminações. O


desempenho desta fibra não passa de 15 a 25 MHz.

Multimodo com índice gradual: este tipo de fibra é composto por vidros
especiais com diferentes valores de índice de refração, os quais tem o objetivo de
diminuir as diferenças de tempos de propagação da luz no núcleo, devido aos vários
caminhos possíveis que a luz pode tomar no interior da fibra, diminuindo a dispersão do
impulso e aumentando a largura de banda da fibra.

Possui taxas de transmissão igual a multimodo com índice degrau, entretanto são
menos sensíveis à dispersão modal.

Este tipo de fibra representa uma boa relação custo benefício para aplicações em
redes locais, ela possibilita backbones de até 2 km sem repetição, opera com emissores
do tipo LED, o que diminui consideravelmente o custo dos equipamentos envolvidos.

Monomodo degrau: a luz percorre a fibra em um só "modo", evitando assim os


vários caminhos de propagação da luz no núcleo, consequentemente diminuindo a
dispersão do impulso luminoso.

A principal característica desta fibra é a pequena dimensão do núcleo.


Atualmente possuem grande importância em sistemas telefônicos. Pode atingir taxas de
transmissão na ordem de 1 GHz.

Quanto ao tipo de sinal suportado, tanto fibras multimodo quanto monomodo


operam com sinais de dados, voz e imagem.

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