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Universidade Federal de Minas Gerais

Disciplina: Oficina de Leitura e Produção de Textos


Tarefa: Resumo não acadêmico
Aluno: Ana Clara Marques Magalhães

TOM JOBIM NO RODA VIVA

A entrevista de Tom Jobim no programa Roda Viva foi gravada em dezembro de 1993, é apresentado pelo
jornalista Jorge Ecosteguy e conta com a presença de notáveis nomes da imprensa brasileira, como Mario
Sabino, editor de cultura da revista Isto É; Rosangela Petta, sub-editora da revista Caras; Matinas Suzuki,
editor-executivo da Folha de São Paulo; Maria Amélia Rocha Lopes, editora e crítica musical do
programa Metrópoles.
Tom, no início do programa, comenta que não produzia um álbum desde 1987, mas que ele estava
gravando seu novo disco e havia previsão de ser lançado no ano seguinte, esse, Antônio Brasileiro, seria o
último de sua carreira. O compositor, no decorrer da entrevista, cita colegas de trabalho, como Elis
Regina, Chico Buarque, João Gilberto, Newton Mendonça e, sua maior referência, Villa-Lobos. Jobim,
aproveita para falar sobre sua parceria internacional com o músico Stan Getz, o surgimento da Bossa
Nova, sua parceria com o poeta Vinicius de Morais, a composição da música Garota de Ipanema e,
consequentemente, lamenta sobre ambos, Vinicius e ele, terem perdido os direitos de execução da música,
uma vez que assinaram um contrato com a gravadora americana MCA, Inc., entretanto ele se sente
honrado por ser um dos idealizadores de uma das canções mais tocadas do mundo.
Por causa da notória fama ele discursa sobre a mudança que ocorreu em sua vida, já que no início da
carreira trabalhava com arranjos musicais e, agora, representava mundialmente, com muito orgulho, a
música brasileira. Tom Jobim relata que, devido ao sucesso, se tornou alvo da imprensa brasileira e,
principalmente, do que ele chama de “imprensa marrom” ao qual inventaram historias e fizeram calúnias
ao seu respeito para vender notícias, todavia ele esclarece que as críticas construtivas, feitas a ele, sempre
o ajudou em sua carreira e que, principalmente, o livro A Pequena História da Música do autor Mario de
Andrade proveu diversos conselhos, mesmo não conhecendo o escritor. O compositor é, também,
questionado como ocorre o processo de criação e ele afirma que não é, apenas, fruto da inspiração, mas,
principalmente, do trabalho árduo, por isso Jobim explica que a perda da criatividade é uma preocupação.
O músico conta do Rio de Janeiro de sua infância e assegura que a cidade já não é a mesma, ele até
menciona a paródia que fez da canção Carta ao Tom 74 composta por Vinicius de Moraes, além disso,
fala sobre a ecologia que foi um dos temas de suas canções e o quanto é importante preservar a fauna e a
flora que, segundo ele, está sendo destruída. No entanto, o músico acredita que embora esteja ocorrendo,
atualmente, diversas mudanças naturais e, especialmente, culturais há, ainda, uma “cultura do sim”, ou
seja, um aspecto positivo que, iniciada a partir da Bossa Nova, influencia as novas produções da música
brasileira.

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