Você está na página 1de 1

13/06/2016 - 19h29

MP limita reajuste de foro e de taxa de


ocupação de imóveis da União
O governo enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 732/16, que limita a 10,54% o reajuste do foro e da
taxa de ocupação de imóveis da União para o exercício de 2016. O valor equivale ao IGP-M, índice de inflação
medido pela Fundação Getúlio Vargas, acumulado em 2015.

O reajuste máximo incidirá sobre as Plantas de Valores Genéricos (PVGs), que determinam o valor do metro
quadrado do terreno.

As duas receitas são devidas quando há utilização privada de terreno pertencente à União. Elas correspondem a
0,6% (foro) e 2% (taxa de ocupação) do valor do terreno.

Adiamento
O texto também prorroga para 29 de julho o prazo para pagamento do foro e da taxa de ocupação, que é feito por
meio de guias do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf). As duas receitas poderão ser pagas em
parcela única ou em até seis cotas (29/7, 31/8, 30/9, 28/10, 30/11 e 30/12), respeitado o valor mínimo de R$
100 para cada parcela.

Até a edição da MP 732, o foro e a taxa de ocupação poderiam ser pagos em sete parcelas, de junho a dezembro,
a começar do dia 10 deste mês (sexta-feira passada).

A MP determina que a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), ligada ao Ministério do Planejamento, efetuará os
novos lançamentos do Darf e disponibilizará as guias de pagamento em seu sítio eletrônico.

Aumento
No ano passado, entraram em vigor duas leis (13.139 e 13.240) que modificaram a forma de cálculo do foro e da
taxa de contribuição. Até então, o valor venal do imóvel seguia uma tabela da SPU, considerada defasada. A nova
legislação determinou que as duas receitas tomem como base o valor das PVGs dos municípios, as mesmas que
orientam o cálculo do IPTU.

A mudança provocou um forte aumento nos valores cobrados dos ocupantes de imóveis da União, como os
de terrenos de marinha. Diante das críticas, o governo decidiu editar a MP 732, limitando o aumento a 10,54%.

“A solução com a medida provisória visa à modulação do efeito das correções, de modo a evitar uma imposição
excessiva aos contribuintes, em momento de desaceleração econômica”, disse o ministro interino do
Planejamento, Dyogo Oliveira.

Segundo a MP, as eventuais diferenças entre a tabela da SPU e as PVGs municipais serão incorporadas ao foro e
às taxas de ocupação, mas de forma proporcional, ao longo dos próximos dez anos, na forma a ser disciplinada
pela SPU. Ou seja, o impacto do aumento do valor do metro quadrado do terreno será diluído até 2026.

Tramitação
A MP será analisada em uma comissão mista de deputados e senadores. Depois, passará por votações nos
plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

 Entenda a tramitação de MPs

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
 MPV-732/2016

Reportagem – Janary Júnior


Edição – Pierre Triboli

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

 Comentar
 Imprimir

 Câmara Notícias
Expediente
Disque-Câmara: 0800 619 619

Você também pode gostar