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FORMAS DE SUBMISSÃO:
Observação: Toda e qualquer solicitação de informação sobre o artigo enviado deverá ser
feita na coordenação do IEP.
Os artigos deverão ser entregues no prazo máximo de dois mês após a integralização dos
módulos do curso em conclusão.
FORMATO
3. Margens:
11. Citação:
11.1Destacar o texto com aspas, quando citação breve de até três linhas no mesmo
parágrafo;
11.2 Utilizar um recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, quando citação longa, com
tamanho da fonte 10, aplicar espaço simples (não é necessário aspa, negrito, nem
itálico). Apor o sobrenome do autor, ano da publicação da obra e número da página:
(FIORIM, 2003, p. 167)
12.3 Seção Terciária: Fonte 12, Primeira letra da sentença em maiúsculo, em negrito
12.4 Seção Quartenária: Fonte 12, Primeira letra da sentença em maiúsculo, sem negrito
Título do Artigo: Em negrito, letra maiúscula, centralizado, não superior a doze palavras,
escrito de forma clara e objetiva, com versão do título para o idioma inglês. Havendo
subtítulos, estes deverão ser escritos em letra minúscula e com iniciais maiúsculas. O título
deverá ser numerado e complementado em nota de rodapé com a finalidade do artigo.
Autoria: Nome e sobrenome do (a) autor (a). Os nomes deverão ser numerados e
complementados em nota de rodapé com a titulação, instituição a qual pertencem ou que
apoiaram a pesquisa, bem como endereço eletrônico.
Resumo: Escrito no idioma de origem e em inglês (Abstract), não superior a 250 (duzentos e
cinquenta) palavras, resumindo o problema, propósitos da investigação, metodologia e
procedimentos adotados, resultados mais relevantes obtidos seguidos de conclusão ou
proposta de intervenção.
Citações: Todas as citações inseridas no texto devem vir entre aspas, obedecendo às
orientações para os seguintes casos:
a. A citação com menos de três linhas é inserida no texto entre aspas, conforme
exemplo: Para Chiavenatto (2003, p.10) “Ter uma auto-estima elevada é sentir-se
confiantemente adequado à vida”.
b. A citação com mais de três linhas deve ser colocada em parágrafo separado, escrita
com fonte 10, espaço simples e com recuo de parágrafo de 4,0 cm da margem,
conforme exemplo:
Tabelas
As figuras e tabelas deverão ser numeradas em ordem seqüencial e receber um título, com
fonte 10. Deve ser citada a fonte da tabela, conforme exemplo:
TEÓRICOS TEORIAS
A personalidade é moldada pelas experiências iniciais, geralmente
SIGMUND na infância, baseada em uma seqüência de fases psicossexuais.
FREUD
As pessoas trazem consigo uma herança, chamada de inconsciente
CARL JUNG coletivo, que contém memórias, relacionamentos e experiências de
ancestrais, e outra individual, para as memórias individuais
reprimidas.
Destaca as influências culturais sobre o comportamento. A
ALFRED ADLER personalidade é inata, social e os sentimentos de inferioridade são
centrais à motivação humana.
5
Fonte: Davidoff, Linda. Introdução à psicologia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983, p.519-531.
Figuras
São gráficos, fotografias e similares que servem para ilustrar e garantir a melhor
compreensão.
Categorias de Artigos
Artigo Científico
Referências de Livros
a. Autor (ou coordenador, ou organizador, ou editor) - Escreve-se primeiro o sobrenome
paterno do autor, em caixa alta, e, a seguir, o restante do nome, após uma separação por
vírgulas.
b. Título e subtítulo - O título deve ser realçado por negrito.
c. Número da edição (a partir da segunda edição) - Não se usa o sinal de decimal.
d. Local da publicação - É o nome da cidade onde a obra foi editada e, após a referência de
local deve, ser grafado dois pontos (:). Não se coloca estado ou país.
e. Editora - Só se coloca o nome da editora. Não se coloca a palavra Editora, Ltda, ou S.A.
etc. Por exemplo: da Editora Ática Ltda, colocar-se-ia apenas Ática.
f. Ano da publicação - É o ano em que a obra foi editada.
g. Número de páginas;
h. Número de volumes (se houver)
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i. Obs.: (a) O alinhamento deve estar todo à esquerda da referência. (b) Em obras avulsas
são usadas as seguintes abreviaturas: org. ou orgs. = organizador(es), ed. ou eds. -
editor(es), coord. ou coords. - coordenador(es) Exemplos:
JAPIASSU, Hilton F.. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
Obs.: no exemplo acima o livro pertence a uma coleção. (Cadernos de Educação Popular,
10)", e o número desta obra na coleção é 10.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1991. 231 p.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1989. 287 p.
Obs.: Quando o autor é repetido várias vezes pode ser substituído por um traço (equivalente a
seis espaços) e um ponto. Caso haja mudança de página o nome do autor volta a ser digitado
por extenso. Digita-se também por extenso se o autor referenciado anteriormente for co-autor
da obra seguinte.
Dissertação / Tese:
ARAÚJO, Marcilene de Assis Alves. Interpretação Vocabular da Língua Portuguesa
Falada Pelos Xerente, no âmbito da cidade de Tocantínia-TO. 2005. 153 p. Dissertação.
(Mestrado em Lingüística) Programa de Pós-Graduação da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, São Paulo, 2005.
Autor corporativo:
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Artigo de um autor:
BORTOLETTO, Marisa Cintra. O que é ser mãe? A evolução da condição feminina na
maternidade através dos tempos. Viver Psicologia, São Paulo, v. I, n. 3, p. 25-27, out. 1992.
Obs.: no caso de mais de um autor, segue-se a mesma regra das referências dos livros.
Publicações Periódicas
Coleções inteiras:
EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS. São Paulo: Centro Brasileiro de Pesquisas
Educacionais, 1956- Obs.: todas as revistas sob este título foram consultadas.
Obras de Referência
Dicionário:
Educação. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua
portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 185.
Enciclopédia:
Divórcio. In: Enciclopédia Saraiva de Direito. São Paulo: Saraiva, 1977. v. 29, p. 107-162.
Anuário:
Matrícula nos cursos de graduação em universidades e estabelecimentos isolados, por áreas de
ensino, segundo as universidades da Federação - 1978-80. In: Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Anuário estatístico do Brasil. Rio de Janeiro, 1982. Seção 2, cap. 17,
p. 230: Ensino.
Internet
Exemplo de referência desta página sobre Metodologia Científica, do "site" Pedagogia em
Foco:
BELLO, José Luiz de Paiva. Estrutura e apresentação do trabalho. In: Pedagogia em Foco,
Metodologia Científica. 1998. Atualizada em: 14 fev. 2004. Acesso em: 21 fev. 2004.
Disponível em <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met07.htm>.
BARBOSA, Lucia Martins et al. A representação social do professor sob o ponto de vista do
aluno. Revista Aprender Virtual, Marília, dez. 2003.
Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2004.
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Imagem em movimento
CIDADE de Deus. Direção: Fernando Meirelles. Produção: Andréa Barata Ribeiro e Maurício
Andrade Ramos. Intérpretes: Matheus Nachtergaele; Alexandre Rodrigues; Leandro Firmino
da Hora; Jonathan Haagensen; Phellipe Haagensen; Douglas Silva; Daniel Zettel; Seu Jorge.
Roteiro: Bráulio Mantovani. [S.I.]: 02 Filmes; Videofilmes "Cidade de Deus", 2003. 1 CD
(130 min), son., color.; DVD.
A MISSÃO. Direção: Roland Joffé. Produção: David Putnam. Intérpretes: Jeremy Irons;
Robert de Niro; Liam Neeson; Aidan Quinn. Roteiro: Robert Bold. Trilha sonora: Ennio
Morricone. [S.I.]: Goldcrest Films, 1986. 1 DVD (121 min), son.,color.
Mídia eletrônica
BURGIERMAN, Denis Russo. O outro lado do Nobel. Super Interessante. n. 171, p. 51-55,
São Paulo: Abril, dez. 2001. disco 6, 1 CD-ROM.
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RESUMO
Esse texto aborda a prática escolar, ainda vigente, numa perspectiva da tradição retratada no filme Sociedade dos
Poetas Mortos contextualizada teoricamente nas bases do pensamento humano em Émile Durkheim, nos
parâmetros de seu método comparativo. Nesse sentido, o texto encontra-se subdividido em três partes: uma
primeira quando se apresenta bases da teoria durkheimiana, a segunda quando é feita a leitura do filme, no qual
se busca descrever o enredo e os personagens principais e, por ultimo propõe-se uma leitura do seu inter-texto
conforme a visão de Durkheim, procurando estabelecer uma relação dualística entre o contexto desse filme,
quando cenários e representações existentes que apontam para a transformação por parte de alunos e do
professor quanto a ordem e tradição vigente no âmbito do tradicionalismo na escola e na determinação do
homem pelo meio em Durkheim. Para fins da construção desse trabalho, selecionou-se um grupo de alunos do
segundo período do Curso de Letras (Português/Inglês) do Centro Universitário UNIRG, visando a colaboração
deles em estabelecer uma leitura dialógica com a teoria durkheimiana, na perspectiva de abstrair os relações de
tradição e disciplina no ensino, evidenciados de forma peculiar à época além de possibilitar um paralelo com
situações cotidianas nas instituições escolares. Desse modo, esse trabalho apresenta-se como um exercício
acadêmico que visa contribuir na reflexão e na prática docente no processo do ensino e da aprendizagem.
ABSTRACT
This text boards the educational practice, still current, on a perspective of the tradition portrayed on the movie
Dead Poets Society theorically contextualized in the bases and planning of the human thought of Émile
Durkheim, utilizing also its analysis method the comparative. Through this sense, the text finds itself
subdividided in three parts: one first when it introduces bases of the durkheimianian theory, the second when it’s
done the lecture of the movie, in which it’s searched to describe the plot and the main characters, lastly it
proposes a lecture of its inter-text according to the Durkheim’s vision, aiming at stablishing a dualistic relation
between the contexto of this movie , when sceneries and existant representations that point to a transformation
from the side of the students and the teacher while the current order and tradition in the scope of the
traditionalism and in the determination of the man through the environment in Durkheim. For surposes of the
construction of this work, it’s been selected a group of students of the second period of the Course of Letras
(Portuguese/English) of the Centro Universitário UNIRG, aiming at the colaboration of them at stablishing a
dialogic lecture with the durkheimianian theory, in the perspective of abstracting the relations of tradition and
discipline in the education, evidenced at a particular way to the time besides making possible a parallel with
everyday situations at the scholar institutions. This way, this work presents itself as an academic exercise that
aims at contributing in the reflexion and in the teaching practice in the process of teaching and learning.
1 Artigo apresentado ao programa de Doutorado do Instituto Conhecimento e Ciência como parte dos requisitos
para obtenção de nota do módulo O Fraccionamento Ético-Cultural das Sociedades e os Problemas Políticos
ministrado pelo professor Dr. Celso Antunes.
2
Doutoranda em Ciências Políticas pela Universidade Lusófona –Portugal.
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1 INTRODUÇÃO
Para Durkheim ao se trabalhar com um fato social o cientista deve ser pragmático no
qual não se deve envolver emocionalmente com o objeto em questão. Chega a evidenciar o
fato social como “coisas” despossuídas de razão, deixando, portanto o objeto de analise falar
por si próprio. Para esse autor, os indivíduos são produtos do meio, ou seja, a sociedade é
superior ao individuo e deve determinar os valores e regras a serem passados no processo
educacional. Os seres humanos, ao vir ao mundo, nascem como uma espécie de tabula rasa,
pois seus cérebros não contem ainda os signos e a ressignificações inerentes a herança
histórica a que pertence ao nascer. Para Tomazi (1993 p 18)
Desse modo, os fatos sociais são exteriores e coercitivos. Exteriores, porque existem
no plano ideal e coercitivo porque não dependem da vontade individual, o todo é quem
determina a parte ou a ação do sujeito. Entendia este autor, que os indivíduos são produtos de
forças complexas e que não podem se estudados e interpretados fora do contexto social em
que vivem. Nesse sentido, formulou o conceito de consciência coletiva para descrever o
caráter de uma sociedade em particular.
Duhrkeim trabalha dois arranjos para o relacionamento humano: a solidariedade
orgânica e a solidariedade mecânica. Para Costa (1997, p. 64)
Solidariedade mecânica para Durkheim, era aquela que predominava nas sociedades
pré-capitalistas, onde os indivíduos se identificavam por meio da família, da
religião, da tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e
autônomos em relação à divisão do trabalho social. A consciência coletiva exerce
aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos.
bem estar ou de dor, de acordo com a intensidade em que o seu agente (educador) externo o
provoca para obter uma resposta o comportamento desejado.
Na fase escolar, a título de ilustração em sua fase de alfabetização essa criança pode
receber da sua professora (tia) uma estrelinha, um sorriso ou um abraço como um sinal de
reconhecimento pela tarefa concluída. Ou na sua contraposição um castigo ou repreensão
pelo fato de um compromisso não concluído segundo os parâmetros da professora.
A igreja reflete o mesmo principio de comportamento perpassado pela família,
porém, o conteúdo agora é a utilização intensiva e exclusiva da palavra de Deus todo
poderoso e onipotente, “parafraseado com o poder do pai no âmbito da família”,
inquestionável absoluto ao qual, essa criança sempre deverá se submeter a pedir perdão ou
bênção de acordo com o seu comportamento idealizado pela sociedade em que vive.
A polícia, por sua vez, é o aparelho de Estado mais temido, dados os seus métodos da
intolerância e coerção na correção de comportamento. No ensino, o professor “policial” tem
no “ditado”, no castigo e na punição seus principais mecanismos de ordem e de obediência
por seus alunos. Ele estabelece de forma incondicional a reprodução de respostas individuais
e coletivas afinadas com o comando maior, oriundo do pensamento dominante. Nesse
aparelho vigiar e, punir a luz de Focault é a sua razão de ser, chegando-se a estágios cujo
delito ou infração social pode significar o afastamento do individuo do convívio social ou da
classe.
social muda também. Nesse processo de mudança até que o novo se estabeleça como uma
nova ordem social instaura-se um estágio de conflito que é diretamente proporcional à
velocidade em que a velha ordem (tese) intercede ainda como poder e determinação de
condutas sociais e versus a nova ordem emergente (antítese) que busca seu poder e
estabelecimento como ordem dominante, conforme Demo, (1995).
Nesse processo, em muitos momentos, o individuo na sua relação organizacional,
encontra-se num estágio caótico, com tendência à práticas de relações mecânicas, portanto,
conflituosas, de indefinição social e perda de identidade. Tal é a amplitude da força motora
que impulsiona as bases do Estado de Direito, ao propor e conduzir esse estágio de mudança
para que o Estado de Direito não se rompa.
Nesse contexto, esses são, entre outros, os temas observados por mim e pelos
discentes do Centro Universitário UNIRG, com base na leitura do filme Sociedade dos Poetas
Mortos a qual abordaremos a seguir.
3 METODOLOGIA
Para fins da construção desse trabalho, selecionou-se como objeto de análise o filme
Sociedade dos Poetas Mortos, visando estabelecer uma leitura dialógica com a teoria
durkheimiana, na perspectiva de abstrair as relações da tradição e disciplina no ensino
evidenciados de forma bastante peculiar à época, além de possibilitar um paralelo com
situações cotidianas nas instituições escolares.
Dessa forma, como professor de Sociolinguística do Centro Universitário UNIRG
entendeu ser uma oportunidade e ao mesmo tempo uma obrigação acadêmica transpor os
conteúdos do curso de doutorado para a sala de aula com efetividade. Desse modo,
selecionaram-se, como sujeitos colaboradores nesse trabalho, dezessete alunos da turma do 2º
período, do Curso de Letras do Centro Universitário, os quais contribuíram para discussões e
destaques de evidências das cenas do filme relacionadas às ideias de Durkheim. Portanto, a
seleção desse grupo justifica-se pelo fato de esse assunto é parte do ementário de disciplinas
que compõem a estrutura curricular desse período, dentre elas sociologia, latim e linguística,
proporcionando um enfoque multidisciplinar para as discussões.
Nesse sentido, após motivar a turma elegeu-se, para fins de trabalho, o estudo da
tradição no ensino com base no pensamento de Durkheim, por meio da leitura do filme
Sociedade dos poetas mortos. Após a proposta ser discutida com o grupo, iniciaram-se as
atividades com a exibição do filme, momento em que foram observados a temática
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Dlaton e o inteligente Steven Meerks. Apesar de todo formalismo esses jovens fumam no
dormitório e se consideram uma fraternidade à parte da escola e modificam seu lema para
“paródia, terror, decadência e excremento”
Até o momento, o que se tem é um cenário extremamente rígido e tradicional pelas
condições impostas institucionalmente, porém esse cotidiano está prestes a mudar com a
chegada do novo professor de inglês, Jhon Keating, ex-aluno destacado da escola. Keting em
seu primeiro encontro com os alunos, pede que o acompanhem até o saguão onde encontram
as celebridades homenageadas e que haviam estudado em Welton e os instigou com duas
expressões fundamentais no filme ao contextualizá-los como meras caricaturas do passado e
levando os ao presente à vida a atualidade.
Um tanto deslocado, Anderson começa a se aproximar dos novos colegas por causa
do interesse suscitado pelas aulas de Keating em todos eles. Na primeira aula, o professor
recita O Capitin! My Capitain!, o título do poema de Walt Whitman dedicado ao presidente
Abranham Lincoln. Keaing, e sugere que os estudantes se refiram a ele dessa forma. Ao
mesmo tempo, lhes ensina o valor da expressão latina Carpe diem, como um estimulo para a
mudança de comportamento pretendida pelo professor.
Os estudantes ficam extasiados com a aula nada convencional e se surpreendem mais
ainda quando Keting pede aos alunos que rasguem e joguem fora as páginas de introdução de
um antigo livro de poesia, com definições que consideram ultrapassadas, pelo fato de que o
texto utiliza o método cartesiano ao ensino da poesia. “Não precisamos dessas regras. Lemos
e escrevemos poesia porque somos humanos”, justifica Kething causando outro impacto na
turma.
Perry e seu grupo decidem pesquisar sobre Keating, no livro de ex-alunos e
descobrem, entre outras coisas, que ele integrou a misteriosa Sociedade dos Poetas Mortos.
Quando questionado, Keating explica que era um grupo que se reunia secretamente, numa
gruta próxima ao colégio, para ler poemas de mestres como Whitman, Tennyson, Thoreau,
Shelley e Shakespeare. A intenção inicial do professor, era no sentido de iniciar seus alunos a
uma verdadeira comunhão com a poesia.
Entusiasmado pela descoberta da fraternidade, Perry propõe aos colegas retomar as
reuniões no mesmo local. Na primeira noite, a turma parte de lanterna na mão floresta adentro
para a seção de leitura de poesia, na qual são bem vindas não só as discussões sérias, mas
também improvisadas e divertidas. Não é a única revelação que experimentam esses jovens
cheios de hormônios, conforme Keating.
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Perry fica muito fascinado com a possibilidade de atuar numa montagem de Sonhos
de uma Noite de Verão, de Shakespeare, no teatro da cidade próxima. Para tanto, precisa
driblar a severidade de seu pai, que não quer outra atividade fora dos estudos formais da
escola. Forja, então, uma carta de autorização com a assinatura paterna e consegue um dos
papéis principais. Overstreet se aproxima pela filha de amigos de seus pais, que conheceu em
um jantar, e tenta conquistá-la. Anderson começa aos poucos a se desprender de sua angústia
e a mostrar inclinações para a poesia. Seu professor, Keating o estimula para uma cena
decisiva.
Nesse contexto, cresce a afinidade dos alunos com o professor, cujas aulas podem
acontecer no meio de uma partida de futebol ou no pátio da escola, numa espécie de terapia de
grupo. Nesse ínterim, as reuniões secretas também continuam, mesmo que por vezes sejam
um pouco diferentes, como quando duas mulheres belas, trazidas por Charlie, visitam os
estudantes numa das reuniões noturnas.
Em contrapartida, a popularidade de Keating chama a atenção do diretor. E uma
atitude irresponsável de Charlie precipita as mudanças no rumo dos trabalhos com a turma ao
publicar e assumir a autoria de um artigo anônimo no jornal do colégio sobre a volta da
Sociedade dos Poetas Mortos. O diretor castiga o aluno e sabendo das influências de Keating
sobre os jovens alunos, procura o professor para pedir-lhe que se atenha às regras do ensino
tradicional. Keating reage com ironia, mas aponta aos alunos que Charlie errou.
Ao mesmo tempo, Perry, às vésperas de sua estreia da peça, recebe uma inesperada
visita do pai, que soube de uma nova atividade do filho por amigos da família. Ordena sua
imediata saída da referida peça. Perry, mais uma vez argumenta e é obrigado a externalizar ao
seu pai a concordância em desistir. Keating, também recomenda a Perry que tente argumentar
a sua intenção de ser ator e não médico.
Perry então decide subir ao palco sem o consentimento do pai, que vai ao seu
encontro no final do espetáculo, levando-o para casa e anuncia que vai mandá-lo para um
colégio militar. Mais uma vez o filho fica impotente frente ao autoritarismo do pai e Perry
toma uma decisão radical que afeta a vida de todos na escola. Suicida-se, o que causa uma
grande investigação na escola quando os alunos são coagidos a colocar a culpa em Keating, e
na Sociedade dos Poetas Mortos, causando a expulsão de um aluno e principalmente a
demissão do professor Keating.
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4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHARON, Joel M. Sociologia. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Saraiva, 2004.
Título original: The meaning of sociology.
COSTA Cristina. Sociologia: Introdução a ciência da sociedade. 2. ed. São Paulo: Moderna
1997.
DEMO, Pedro. Sociologia: uma introdução crítica. 2. ed. 4. tiragem. São Paulo: Atlas, 1995.
SOCIEDADE dos poetas mortos. Direção de Peter Weir. São Paulo: Touchstone Home
Vídeo, 2008. 129 min., color, legendado. (Tradução de: Dead poets society - DVD. Drama).
TOMAZI, Nelson Dacio, et all. Iniciação à sociologia. São Paulo: Atual, 1993.
Vigiar e Punir, O Panóptico de Michel Foucault. Disponível
em: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1632203-vigiar-punir-
pan%C3%B3ptico-michel-foucault/#ixzz1NTv3xvxR. Acesso em: 03/05/2011.