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O Mito das classes perigosas: Cap3. Espaços urbanos e classes perigosas, pág 79/80.
Trecho do livro “O mito das classes perigosas”,
quando a autora Cecília descreve como Mary
Carpenter utilizava este termo desde de 1849.
O Mito das classes perigosas: Cap3. Espaços urbanos e classes perigosas, pág 80/81.
Trabalhos desde o século XIX, como os de Lobo (1997), que buscavam
provar cientificamente o perigo natural que os indivíduos de classes
consideradas socialmente inferiores forneceriam. Um exemplo
“clássico” disso seriam os
Estudos Eugênicos:
Tentavam comprovar os negros como uma “humanidade inferior”, deslegitimando suas
necessidades e legitimando a escravidão, a servidão e o contato com raça branca como sua
única possibilidade de evolução.)
Livro: O Mito das classes perigosas: trecho de uma entrevista feita pelo C.F.D.E.C . Cap3, pág 85.
No século XIX, a família burguesa vai tomando a seguinte forma:
https://www.youtube.com/watch?v=J758GW3Bl5
8
Música MPB dos anos 60/80 que reflete a
opressão sofrida pela ditadura militar e
desigualdades no Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=A_2Gtz-zAzM
A vinda de migrantes para o Rio de Janeiro e São Paulo, nos
anos 50, 60, 70, também é vista com maus olhos, esses que vêm
em busca de trabalho, acabam se assentando em regiões
periféricas onde os pobres já estavam reunidos. Por isso, passam
a ser considerados novos integrantes das “classes perigosas”,
pessoas que não possuem família nem estrutura e, por isso,
produziram desordem nas cidades.
O Neoliberalismo, com o crescimento da instabilidade para o
trabalhador, nos anos 80 (e retornando agora), intensifica,
paradoxalmente, a noção de que é necessário possuir um
trabalho estável para ser um cidadão digno e a instituição de um
assalariado grato.
Marielle Franco. Texto: A emergência da vida para superar o anestesiamento social frente à retirada de direitos: o momento pós-golpe pelo
olhar de uma feminista, negra e favelada
Dados e estatísticas:
No Rio de Janeiro, nos anos 50, existem cerca de 400 mil favelados, em
uma população aproximada de 2,8 milhões de habitantes.
No inicio dos anos 80, pula para 1,8 milhão, num total de 5,4 milhões de
habitantes em solo fluminense.
Nos anos 90, sobem ainda mais esses números, pois enquanto o índice
geral de crescimento da cidade, no período de 1991 a 1996, é de 1,29% quatro
grandes conjuntos de favelas aumentam em até 69,43% como o Complexo da
Maré.
São 1.393.314 pessoas nas 763 favelas do Rio, ou seja, 22,03% dos 6.323.037 moradores do
Rio.
29 de setembro de 1925 - 30 de abril de 2013 (Romancista e ensaísta francesa, autora do best-seller "O horror econômico“)
A medida que esses espaços vão sendo valorizados pelo mercado, os
pobres vão sendo expulsos para outros lugares sem estruturas (sem
água, sem saneamento, sem segurança). Isso é claramente notável no
episódio dos cortiços do Rio de Janeiro, ou no morro do Vidigal
atualmente de forma mais sutil.
Afirma Kant:
O que é feito de forma animalesca, precipitada e irracional. Isto é, ao invés de a
culpa ter que ser provada, é a inocência que precisa ser provada a todo instante - isso
se nota nas mortes de jovens negros pobres simplesmente por serem negros e
pobres.
Mais recente:
Jovens negros têm risco maior de serem assassinados, diz estudo.
O vídeo a seguir reflete sobre as condições e imagem da
população negra atualmente:
https://www.youtube.com/watch?v=zJVPM18bjFY
Retornamos àquele conceito do contexto histórico onde os pobres seriam
inevitavelmente tendenciosos ao crime e dos projetos higienistas nas cidades.
A ideia de luta de classes, que manteria contradições sociais e
induziria a violência, também pode ser uma armadilha que levaria
à conclusão de que a pobreza é a origem de toda violência e
criminalidade e de que, portanto, todo pobre seria um criminoso
potencial.
Fonte: o texto “Maré sitiada: o discurso midiático sobre a ocupação militar do Complexo da Maré”.
Os variados problemas dos aparados de mídia:
Fonte: o texto “Maré sitiada: o discurso midiático sobre a ocupação militar do Complexo da Maré”.
COMO SAIR DESSA:
• Sempre há resistência e luta. Muitas vezes invisível
aos olhos que só enxergam as lutas padrões.