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Direito Previdenciário
Direito Previdenciário
3º) Instituições mutualistas: forma privada para proteção dos seus participantes;
4º) Estado;
1) Inglaterra – 1601 – Lei dos pobres (Poor law) – Assistência – Contribuição da sociedade para
finalidades sociais. Foi a primeira vez que se regulamentava alguma contribuição Para Igreja,
na ação de caridade, criando para isso um tributo da caridade para financiar a atuação daquela.
- Até meados do século XIX (1850), a proteção social era ofertada EXCLUSIVAMENTE pela
própria família ou pelas casas de assistência.
- No final do século XIX (entre 1880 e 1900), o Estado começou a ser mais participativo.
Em várias partes do mundo os governos começaram a elaborar normas protetivas aos
trabalhadores;
2) Alemanha – 1883 (época industrialização) – Chanceler do Império Alemão, Otto Von Bismarck.
Sistema previdenciário baseado na compulsoriedade de filiação e contributividade
estabeleceu seguro doença, acidente de trabalho, invalidez e velhice. É o marco da previdência
social no mundo (bem próximo do nosso atual sistema o RGPS). Participação obrigatória, pela
primeira vez, de um sistema organizado;
3) Fase Constitucionalista. O modelo delineado por Otto Von Bismarck se difundiu pelo mundo,
sendo consagrado nos textos constitucionais. Constituições pioneiras: México – 1917 e
Alemanha – 1919 (Constituição de Weimar – influenciada pelo “Welfare State” – Estado de bem-
estar social, buscando garantir os serviços públicos e proteção à população em parceria com
sindicatos e empresas privadas), ou seja, as garantias passaram a constar nos textos
constitucionais);
4) Estados Unidos da América – 1935 – Seguro Social Americano (Social Security Act) institui
a Previdência Social norte-americana em um momento de desequilíbrio social Crise de 1929
Busca trazer melhores garantias (New Deal);
5) Inglaterra – 1942 (Contexto bélico – 2ª GM) – Plano Beveridge – Ampla e profunda reforma
previdenciária. Análise global do sistema securitário, sendo adotadas as seguintes
características: seguro social compulsório, fonte tríplice de custeio, unificação do seguro
acidente e seguro social, unificação das contribuições, ministério único, separação do ramo da
saúde e revogação das isenções. Foi o ponto alto do “Welfare State”; havia uma maior
necessidade de proteção social.
1) 1543 - Santas Casas de Misericórdia – caráter assistencial - 1543. Importantes instituições que
garantiam proteção social. Garantias de acesso a serviço de saúde e de assistência social;
2) 1835 – Montepio Geral dos Servidores Públicos do Estado – Mongeral (1835). Instituição de
caráter mutualista (caráter particular, entre participantes);
4) 1919 – Seguro acidente do trabalho (SAT) – incumbência do empregador, ou seja, ainda era
um benefício privado. Impunha às empresas o dever de contratar seguros – de natureza privada
– para os trabalhadores – Estado apenas legislando sobre a questão, transferindo o ônus às
empresas, no contexto laboral;
5) 1923 – Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4682/23) – Marco inicial da Previdência Social
no Brasil. Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAPs) para os ferroviários. Incumbência do
empregador. Benefícios = aposentadoria por invalidez, a ordinária (idade e tempo de
contribuição), pensão por morte e assistência médica. Beneficiários: empregados e diariastas
que executavam serviço permanente nas empresas de estada de ferro. A LEC ainda é apontada
com o marco da previdência em nosso país. O deputado propôs medidas para melhorar as
condições aos ferroviários (natureza Bismarckiana), buscava proporcionar garantias. Modelo
interno de cada emprego; Depois disso, as CAPs se proliferaram e chegaram ao nº de 183.
6) 1926 – Extensão dos benefícios da LEC para outras categorias, de modo que foram criadas
inúmeras CAPs no Brasil;
9) Lei nº 3.807/1960 – Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS – as normas, antes, eram
individualizadas para cada categoria, de modo que houve uma unificação, em que todas as
garantias de todos os ramos profissionais e de aposentadoria e pensão foram regulamentadas
de modo único, isso foi utilizado como meio de preparar para a criação do INPS;
13) Lei nº 5.316/67 integrou o Seguro Acidente do Trabalho (SAT) à previdência social –
estatização, se tornou um benefício público;
16) Decreto 77.077/76 – CLPS – Consolidação das Leis da Previdência Social, renovada pelo
Decreto 89.312/84;
18) O SINPAS nunca funcionou de maneira efetiva e exemplar, sendo extinto com a Constituição
Federal de 1988 – olhar mais garantista para o aspecto social, visando seu fortalecimento;
19) No início da década de 1990, houve uma reforma na estrutura previdenciária, com a
extinção de algumas entidades (INAMPS, LBA, FUNABEM e CEME) e a fusão de outras (INPS +
IAPAS = INSS). Lei nº 8.029/90 – Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Agora, o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) era a entidade responsável pelo custeio da Seguridade, bem
como pela concessão de benefícios previdenciários;
20) Lei nº 8.080/90 passou a tratar do sistema de saúde, revogando a Lei 6.229/75. A Lei
8.689/93 extinguiu o INAMPS, criando o SUS – Sistema Único de Saúde nas três esferas do
governo (federal, estadual e municipal);
21) Lei nº 8.212/91 (Custeio) e Lei 8.213/91 (Benefícios) – Regime Geral de Previdência Social;
24) Em 2004, foi criada a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), que ficou responsável pelo
custeio da Seguridade Social. Nesse momento, o INSS ficou responsável apenas pela concessão
dos benefícios;
25) Em 2007, acontece a fusão entre SRP e a Secretaria da Receita federal (SRF), que gerou a
Receita Federal do Brasil, ficando responsável, desde então, pelo custeio da Seguridade Social.
A parte da concessão de benefícios continua sendo realizada pelo INSS.
Aula 1
2.1. Saúde
Prestada àqueles que comprovarem a necessidade, que deve ser compreendida como
carência de recursos materiais para o próprio sustento ou para acessar determinado
serviço/direito.
Para a percepção do benefício não há mais um critério, é analisado caso a caso (STF),
mas há previsão legal que estabelece um valor muito baixo (1/4 de salário mínimo por
pessoa na família).
2.3. Previdência Social
Segurado é aquele que tem o dever de contribuir para que se tenha acesso ao benefício.
- Não tem caráter universal;
- Não passa pela questão da necessidade;
- O direito não vem sem o dever, o dever é preliminar para que se possa haver
o benefício*.
Dentro disso, temos o RPPS – Regime próprio da previdência social – previsto no artigo
40, CF, para detentor de cargo público efetivo, da administração direita e indireta (autarquias e
fundações), aprovado por meio de concurso público – não abrange emprego público, cargo em
comissão... seu estabelecimento não é obrigatório, devendo ser criada lei e autarquias para
tanto, o que para municípios pequenos muitas vezes não é vantajoso.
E também temos o RGPS – Regime geral da previdência social – artigo 201, CF. Trata-se
de um conceito residual trabalhador não amparado por um regime próprio.
3. Princípios da Seguridade
Art. 194, parágrafo único, CF – Princípios/Objetivos
A seguridade social deve procurar cobrir o maior número possível de eventos e riscos
sociais, atendendo, com isso, o maior número de pessoas (risco social: é uma contingência da
vida que coloca o indivíduo numa situação de vulnerabilidade, que pode ser em seus aspectos
físicos, mentais, meramente economia ou que aflige o trabalhador remunerado, cada um desses
riscos será coberto por um dos direitos da seguridade).
É um princípio que foi inserido na CF/88 como uma forma de se pagar uma dívida
histórica que a seguridade social (seja pela via da assistência, saúde ou previdência) sempre teve
com a população rural, que sempre foi marginalizada, de modo que se procurou estabelecer
uma equiparação de direitos securitários à população rural. Todos os benefícios e serviços em
igual medida deverão ser observados ao trabalhador rural, se forem destinados ao trabalhador
urbano.
Quando a prestação do benefício for em dinheiro, ela não poderá ser reduzida de modo
nominal de forma arbitrária. A lei permite, todavia, o desconto no valor deste benefício, por
exemplo, Imposto de renda retido na fonte, pensão alimentícia...
A irredutibilidade não impede eventuais descontos previstos em lei. E se for feito
empréstimo, é possível consignar alguma parte do valor do benefício? Sim, porque a lei permite
que esse tipo de desconto seja feito, até porque foi o próprio segurado que permitiu isso.
até 1.693,72 8%
O salário de contribuição corresponde ao salário do trabalhador desde que não passe do teto de
R$ 5.645,80.
E aquilo que vem a partir das receitas dos concursos de prognóstico (concursos
de prognóstico são as apostas legalmente toleradas – loteria, aposta hípica, etc.
ps. Bingo não é tolerado) o produto da arrecadação, descontados os valores
destinados à parte administrativa e para cobrir as despesas, o que sobra vai
destinado à seguridade social.
* Os que não estão marcados com (Prev) são destinados à saúde e à assistência social!
Seguindo o Regime Geral de Previdência Social, conforme a Lei nº 8.213/91 em seu artigo 2º.
Quando se trata dos benefícios previdenciários, esse princípio ganha uma proteção
ainda maior do que aquela conferida de forma geral, previsto na CF. Reajustamento periódico
afim de recompor o poder de compra do benefício em razão de perdas inflacionárias. Em todo
o mês de janeiro há a atualização de acordo com os índices do INPC, para que não haja (ou não
deva haver) perda do poder de compra. Trata-se do chamado Princípio da preservação do valor
real dos benefícios
Salário Mínimo – ou seja, os benefícios não poderiam ser inferiores a um salário mínimo.
Nenhuma aposentadoria (pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão e salário
maternidade) poderá ser paga em valor inferior ao salário mínimo. Tramita a PEC 287 que visa
a reformar a previdência social trazendo alterações especialmente, no que diz respeito aos
benefícios previdenciários, que não vincula mais o salário mínimo ao benefício de pensão por
morte, de modo que o cálculo que resultar em valor menor que um s.m. será assim concedido,
mas a PEC não seria aplicada aos demais benefícios que substituam a renda do trabalhador. Há
2 benefícios previstos na lei que não tem o condão de substituir salário-família (pago juntamente
com o salário do segurado, pela empresa ou empregador doméstico) e auxílio acidente
(benefício pago ao segurado com caráter de indenização, quando o segurado tiver uma redução
d capacidade que não o incapacite ao trabalho, mas que imponha um maior esforço no
desempenho das atividades, que deverá ser pago até o dia em que vier a se aposentar, valor
que poderá ser menor que um salário mínimo, que será pago conjuntamente com o salário que
receber.
* Inciso I - Fala em universalidade de Participação nos planos previdenciários: (no artigo
194, é a universalidade da cobertura do atendimento – que congrega as 3 espécies da
seguridade: saúde, assistência e previdência, que busca cobrir o maior número possível de
contingência de riscos sociais), diferentemente do que dispõe o inciso I do artigo 2º da Lei 8.213,
que determina somente que todos podem participar de planos previdenciários.
Aula 4
Os polos invertem-se com alguns temperamentos. O poder público passa ao polo passivo,
agora na figura do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social, que é uma autarquia federal)
assumindo a posição de devedor. O polo ativo, no entanto, é ocupado por uma parcela mais
limitada, composta pelos beneficiários (a empresa não é beneficiária, o importador também
não, o empregador doméstico...) da previdência.
Existem figuras que não são propriamente empregados, ex. Cargo em comissão (em
caráter exclusivo) – cargo regulado no estatuto dos servidores públicos, regime não está
regulado pela CLT, não sendo tecnicamente empregado, mas, como está obrigatoriamente
vinculado ao RGPS, é equiparado ao empregado.
Servidor público efetivo sem regime próprio Dos municípios em que não é vantajoso
(em obediência ao princípio a eficiência) criar um regime próprio, hipótese em que ainda haverá
a necessidade de concursos públicos, tal servidor ingressa por concursos, tem o regime
estabelecido pelo estatuto dos servidores, mas não tem RPPS, sendo aplicado o RGPS, do mesmo
modo, equiparado ao empregado
Existe uma grande vantagem que a lei confere aos segurados especiais
(art. 39), faz jus a 7 benefícios previdenciários, independente de contribuição!
São eles: auxílio-doença, auxílio-acidente (1/2 s.m.), aposentadoria por
invalidez, aposentadoria por idade, salário maternidade, pensão por morte e
auxílio reclusão (excluindo o auxílio-acidente, os demais beneficiados fazem jus
a 1 salário mínimo), para isso, terá que provar ser segurado especial pelo mesmo
período exigido para a carência desse benefício.
O contribuinte individual que presta serviço para Pessoa física, pode ter
sua contribuição diminuída para 11%, desde que esse valor incida sobre 1
salário mínimo, a consequência é que ele abre mão da aposentadoria por tempo
de contribuição, mantendo, no entanto, os outros benefícios, que serão de 1
salário mínimo. Pode ser, que o contribuinte individual pague apenas 5% do
valor sobre 1 salário mínimo, desde que seja regularizado como
Microempresário individual nos termos da LC 123.
É obrigatório, mas a vinculação com a Previdência depende de uma vinculação
do próprio contribuinte.
Perda da condição de segurado > perderia por deixar de trabalhar? Já que a condição de
segurado é adquirida a partir das contribuições, que, via de regra, começam com o trabalho?
6.1. inciso I - quem está recebendo benefício, enquanto estiver recebendo – para que se
mantenha recebendo, o benefício tem que ser recebido em razão de ser um segurado. Ou seja,
existem alguns benefícios que são recebidos pelos dependentes (aqueles que mantem com a
previdência uma relação reflexa, dependente, mediata) recebendo benefício quando é
demonstrada a relação com um segurado, e esse vem a falecer ou ser recolhido pela prisão.
Esses benefícios, por si só, não determinam o dependente como segurado. Esse benefício de
que se trata, é exclusivamente em favor do próprio segurado, que mesmo não contribuindo é
mantido na contribuição do segurado (por exemplo, enquanto recebe um auxílio-doença); por
tempo indeterminado. Em função desse inciso é que temos a justificativa para que alguém que
venha recebendo uma aposentadoria e faleça, gera aos dependentes a pensão por morte, visto
essa disposição quanto à manutenção do benefício, enquanto ele está recebendo, é segurado,
e se falece nessa condição (segurado) o benefício permanece.
6.3. inciso III – caso de doença de segregação compulsória, quando cessada a segregação, o
segurado ainda tem um período de graça de 12 meses, em que é mantido na condição de
segurado e protegido pela previdência se algo lhe acontecer.
Para ser mantido na condição de segurado, seria preciso estar na condição de segurado antes
da condição ocorrer.
6.4. inciso IV – é mantido na condição de segurado por 12 meses aquele que tem o
livramento da pena de reclusão – precisava ser segurado antes de ser recolhido à prisão. Não se
adquire a condição de segurado por estar preso (o auxílio reclusão é pago aos dependentes é
pago em razão do recolhimento à prisão de um segurado de baixa renda, e é preciso que o preso
fosse contribuinte no momento), uma vez havido o livramento (ou até mesmo fugindo da
cadeia), abre-se o prazo para a contagem dos 12 meses.
6.6. inciso VI – segurado facultativo que para de contribuir terá um período de graça de 6
meses (é mantido na condição de segurado por esse período).
O Decreto 3048/99 avança um pouco no inciso II, trazendo que aos segurados
obrigatórios é garantida a manutenção dos benefícios do segurado, além da hipótese de cessada
a contribuição, pelo período de 12 meses ainda, após cessar o benefício por incapacidade
Existem ainda, duas hipóteses de prorrogação desse período de graça, previstos nos
§§1º e 2º do artigo 15, sendo absolutamente restritas aos segurados obrigatórios (aos
prazos definidos no inciso II – para os segurados obrigatórios que param de trabalhar ou
param de contribuir):
§1º: Período de graça de 12 meses previsto no inciso II, passa a ser de 24 meses,
quando o segurado obrigatório no momento que deixa de trabalhar ou contribuir, tenha
mais de 120 contribuições sem interrupção, que tenha acarretado a perda da qualidade
de segurado (p.q.s.) – não precisa ser 120 contribuições seguidas, mas sem que tenha
se deixado de implicar a perda da qualidade de segurado – tem que ter mais de 120
contribuições (121+).
Portanto, para um segurado obrigatório, o período de graça pode durar até 36 meses. A hipótese
do §1º não exclui a do §2º e vice-versa.
O período de graça se conta em meses, não em dias! A contagem começa no mês seguinte ao
que parei de contribuir- parei de trabalhar em 2 de julho, a contagem só começa a ser contada
em agosto.
7. Dependentes Previdenciários
A Lei 8213/91 trata em seu artigo 74 sobre esse assunto em relação ao ex-cônjuge e ao
ex-companheiro (a), dispositivo esse que também é aplicável no caso de auxílio-reclusão.
Determina que o ex-cônjuge/ex-companheiro (a) podem figurar como beneficiários de
primeira classe caso comprovem que no momento do óbito recebiam pensão alimentícia.
José recebe R$5000,00, era casado, separa da mulher, mas continua auxiliando-a com 20%
do seu salário: R$1000,00 (nesse sentido, tem prova de dependência econômica). Após um
período, conhece outra mulher e vive com ela uma união estável (não precisa provar
dependência econômica), não formaliza (não casa). Maria, ex-cônjuge, pleiteia a pensão por
morte junto ao INSS e tem seu pedido deferido; Joana, que com José vivia em união estável
faz o mesmo pedido, o qual é indeferido. Joana, então, ingressa com ação contra o INSS e
contra Maria, sendo devido, devido às circunstâncias fáticas, R$2.500,00 para cada mulher.
A pensão por morte será dividida em quantos quinhões existirem em relação a quantidade
de habilitados.
Filho maior que 21, com 31 anos sofre um acidente e se aposenta por invalidez, 10 anos
depois, seu pai vem a falecer e era segurado, e ele se habilita da pensão por morte porque
era dependente e inválido. O INSS vai indeferir, pois tem normas internas que diz que para
ter o direito como filho inválido, é preciso que a invalidez tenha ocorrido antes dos 21 anos,
pois a partir do momento em que complete os 21 anos e seja 21 anos não tem mais direito
– condição de dependente enquanto filho acabou -, porque poderia ser capaz de prestar a
sua contribuição à previdência e praticar atos que garantam a sua própria pensão futura, o
que de fato aconteceu. Nesse momento, recorre-se ao judiciário, que entende que esse
regramento interno do INSS que diz que a invalidez seja antes dos 21 não procede, tem que
ser antes da morte. Mas, se ele está recebendo uma aposentadoria por invalidez em razão
da incapacidade que ele tem, não se pode mais presumir sua dependência economia, de
modo que essa dependência deverá ser provada. Há uma quebra no princípio da presunção
de dependência do filho maior de 21 anos que receba aposentadoria por invalidez.
Comprovado que esse benefício não é suficiente para manter o padrão em que viviam
enquanto dependente dos seus pais, deverá ser deferido.
** §2º - traz os equiparados a filhos (mediante declaração do segurado – não precisa dizer
quem é equiparado a filho): o enteado e o menor sob tutela (a tutela é sempre para menores
de 18 anos que se vejam desprovidos do poder familiar – não é o menor sob guarda). Essa
equiparação se dá desde que comprovem dependência econômica, uma vez demonstrada,
ingressam e concorrem com todos os demais dependentes de primeira classe.
Mãe, vivia com filho, prova dependência econômica e recebe a pensão por morte. Mas,
depois do óbito, uma investigação de paternidade chega ao fim, e descobre-se que o falecido
tem um filho menor (dependente de 1ª classe), nesse caso, extingue o direito da mãe do
segurado e o filho passa a ser o único dependente e passa a receber o direito sozinho. Nem
quando o filho fizer 21 anos a mãe não volta a receber. Uma vez que alguém da 1ª classe
passa a receber, alguém da 2ª classe nunca mais vai receber o benefício.
Importante ter a consciência de que carência não pode ser confundida com tempo de
contribuição, podem até se assemelhar, mas há situações em que a lei permite que determinado
período seja computado como tempo de contribuição, mas não seja computado para fins de
carência – em outros casos, períodos que podem ser computados para carência, mas não podem
ser computados para tempo de contribuição.
O tempo de contribuição (art. 55) é um conceito específico que se aplica a uma única espécie de
benefício previdenciário, que é a aposentadoria por tempo de contribuição; enquanto a carência
é um conceito geral (arts. 24 -27).
Tanto o auxílio doença quanto a aposentadoria por invalidez exigem uma carência de 12
contribuições mensais, ou seja, para que qualquer um desses benefícios possa ser concedido
é preciso que o segurado comprove no momento em que a incapacidade para o trabalho
surge, que está com 12 contribuições mensais ativas, vigentes. Se isso não acontecer, ele
não terá direito ao benefício, porque não houve o cumprimento do requisito carência.
Esses benefícios exigem: Incapacidade para o trabalho (seja temporária – auxílio doença;
seja permanente – aposentadoria por invalidez) e o cumprimento do período de carência de
12 contribuições mensais. Analisado no momento em que a incapacidade surge, e não
quando é requisitado no INSS. Pode ser que uma pessoa espere o momento para pedir um
dos benefícios contribuindo até que possa efetivamente completar o período de carência, o
que seria uma burla ao INSS, por isso é analisado quando da incapacidade. Esta é a regra
geral para esses benefícios.
Há, no entanto, 3 situações em que essa carência será dispensada, o que será visto mais a frente.
8.1.2. Inciso II. Aposentadoria por tempo de contribuição; Aposentadoria por
idade; e Aposentadoria especial.
Para esses 3 benefícios a legislação determina ser observada a carência de 180 contribuições
mensais.
- Qual o sentido de se exigir a carência de 180 contribuições mensais para um benefício que tem
como regra essencial 35 anos de contribuição para homem e 30 anos de contribuição para a
mulher?
Um exemplo disso, está no artigo 55, §2º da Lei: O tempo de serviço do segurado trabalhador
rural, anterior à data de início da vidência
--I-------------------------------------------------------------I----------------------------------------I
Pelo teor da lei, ele tem 37 anos de contribuição. Ele cumpriu esse requisito. No entanto, o
período anterior à vigência da lei (os 25 anos) não vale para fins de carência, de modo que o
período anterior a 1991, não vale para fins de carência, tendo somente 144 contribuições
mensais para fins de carência, de modo que o benefício será indeferido pelo não cumprimento
de um dos requisitos essenciais: carência.
A lei atribui a determinado período ser computado como tempo de contribuição, mas não como
carência:
** Esse artigo 55, em seu inciso II, infere que valerão como tempo de contribuição os períodos
em que o segurado recebeu benefícios por incapacidade (aposentadoria por invalidez ou auxílio
doença), valendo, portanto, esses períodos intercalados. Para valer como tempo de contribuição
ele tem que ter contribuído antes da concessão do benefício e voltado a trabalhar depois:
----I------------------------------I≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈≈I--------------------------------I----
Como regra, esse período não vale para fins de carência. Não obstante ao
entendimento do INSS, no ano de 2009 foi ajuizada uma ACP pelo MPF
(ACP20097100004103-4), por meio dessa ACP o MPF buscava um
provimento jurisdicional que determinasse ao INSS o reconhecimento dos
períodos intercalados – em que se concedera aposentadoria por invalidades
ou auxílio doença – também para fins de carência, ao argumento de que se
vale para o tempo de contribuição, vale para contribuição. Em primeira
instância, o juiz de POA compreendeu que o MPF não detinha legitimidade
para figurar no polo ativo da demanda, porque não estaria representando
interesses coletivos, ainda que homogêneos, mas individuais. Sentença de
extinção do feito sem resolução do mérito. Recorreu o MPF e o TRF da 4ª
região ao analisar o recurso entendeu que o MPF era legítimo e no mérito
entendeu que tinha razão o pedido, julgando procedente o pedido,
determinando com isso que o INSS passasse a reconhecer esses períodos
intercalados também para efeito de carência. Dessa decisão do TRF4, houve
recurso especial e o STJ no ano de 2014/2015 decidiu essa questão e manteve
o acórdão do TRF quanto ao mérito (sim, vale para efeitos de carência),
ocorre que o STJ entendeu que por se tratar de uma ACP deveria ser aplicado
o artigo 16 da lei 7347/65, que trata dos limites subjetivos da coisa julgada
no âmbito de ações civis públicas. Essa ACP teria repercussão ou efeitos
nacionais ou efeitos limitados a região em que foi interposta a ação e
julgada? Entendeu o STJ que deveria estar limitado ao TRF da 4ª região,
portanto limitado aos estados de SC, RS e PR. O INSS, por meio de sua
procuradoria, embargou de declaração, dizendo que deveria se limitar a
porto alegre, mas o STJ entendeu que apesar de ter sido ajuizada em POA,
quem deu a decisão em ACP que foi mantida pelo STJ foi o TRF. Transitou em
julgado a ACP e agora temos a situação de que o auxílio doença e
aposentadoria por invalidez valem para tempo de contribuição, mas também
para efeitos de carência apenas na região do TRF da 4ª região, estando
inserido em instrução normativa – os limites subjetivos da coisa julgada na
ACP ficam circunscritos na base territorial do órgão prolator da sentença, que
é o TRF4.
Então, dependendo do estado, podemos ter uma decisão diferente da outra.
Há ainda uma situação específica para esses 3 benefícios no que se refere ao regramento da
carência.
Nem sempre a carência para esses benefícios (aposentadoria por idade, aposentadoria por
tempo de contribuição e auxílio-doença) foi de 180 c.m. Antes da Lei 8.213/9 (de 24 de julho de
1991), a carência exigida para esses benefícios era de 60 contribuições mensais.
Vamos supor que Tício, no dia 24 de julho de 1991, possuísse 65 anos de idade e 60 c.m. e não
pediu a aposentadoria por idade. Eis que passa a vigorar a Lei 8.213/91 que passa a requerer
180 contribuições mensais – Tício terá que cumprir as 180 contribuições para se aposentar?
Antes da lei nova, com o regramento da lei vigente, ele poderia se aposentar? A resposta sendo
positiva, impõe que nós reconheçamos que ele já havia alcançado os requisitos para aquisição
de seu direito adquirido (o que, no caso, houve). Direito adquirido é aquele que passa a integrar
o patrimônio a partir do momento em que se cumpre todos os requisitos e exigências de
determinada lei, durante o seu período de vigência – de modo que, ainda que a lei foi revogada
por lei que apresente requisitos diferentes, a lei antiga ultra age, podendo ser invocada para fins
de concessão de aposentadoria.
O inscrito no RGPS até 24/07/1991, mesmo que nessa data não mais apresente condição de
segurado, caso restabeleça relação jurídica com o INSS e volte a ostentar a condição de segurado
após a Lei 8.213/1991, tem direito à aplicação da regra de transição prevista no art. 142 do
mencionado diploma, devendo o requisito da carência, para a concessão de aposentadoria
urbana por idade, ser definido de acordo com o ano em que o segurado implementou apenas o
requisito etário – e não conforme o ano em que ele tenha preenchido, simultaneamente, tanto
o requisito da carência quanto o requisito etário (Info 539, STJ)
Supondo agora, que Tício tinha 65 anos de idade e apenas 59 contribuições e no mês de julho
vem a lei nova e determina o período mínimo de 180 c.m. para a carência. Nesse exemplo, tinha
Tício cumprido todos os requisitos para a concessão da sua aposentadoria? Não. Diante disso,
faltando apenas 2 meses para completar o período de carência, Tício, agora, depende de mais
122 meses de contribuição para a aquisição do benefício (10 anos e 2 meses de contribuições).
Nesse caso, não há direito adquirido que possa ser invocado para proteger direito adquirido.
Porque o direito adquirido é protegido, e não a expectativa de direito. É, felizmente, tradição no
sistema previdenciário, quando ocorre uma grande ruptura de regramento, que a lei nova
estabeleça uma regra de transição, que tem como escopo não garantir o direito adquirido (visto
que ele já é protegido constitucionalmente art. 5º, XXXVI), o que normalmente as regras de
transição fazem é suavizar o impacto de uma regra nova menos favorável. Neste caso específico,
a regra de transição está prevista no artigo 142, da Lei 8.213/91, que determinou a observação
de tabela levando em consideração o ano em que o segurado implementou todas as condições
necessárias para implementar o benefício que postulam. Aplicável aos segurados que já estavam
no sistema, que detinham uma expectativa que fora frustrada, com intuito de preservar essas
expectativas, podendo se aposentar, ainda, com menos de 180 contribuições mensais, conforme
evolução da contribuição mensal exposta na tabela. Desse modo, na tabela, prevê ainda para
1991 e 1992 60 contribuições mensais, de modo que mesmo com a mudança, Tício conseguirá
sua aposentadoria.
Aquele segurado que provar hoje em 2018, que os requisitos foram cumpridos no ano
2000, a carência que se exigirá dele, será a do ano 2000 – desde que, evidentemente,
tenha ingressado no sistema ANTES da Lei 8.213/91.
Benefício devido aos segurados em virtude de parto, adoção ou guarda (judicial para fins de
adoção). Não é mais exclusivo às mulheres, os homens também podem ter esse benefício
nas hipóteses previstas em lei.
Contribuintes individuais
Segurados facultativos; e
Segurados especiais
O artigo 25, III, teve redação dada pela lei 9.876/99. Relativamente ao segurado especial, o
artigo 39, p. único estabelece a regra de que a segurada especial fará jus desde que comprove
o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no período de 12 meses imediatamente
anteriores ao do benefício – haveria uma antinomia entre os artigos? O artigo 39 tem redação
de 1994 e o artigo 25, de 1999 – de modo que lei posterior revoga lei anterior naquilo que
dispuser em contrário, sendo de mesma natureza, de modo que o prazo foi revogado,
mantendo-se íntegro o p. único do artigo 39 porque impede de que o segurado especial aufira
o benefício sem efetuar qualquer contribuição mensal. Por isso, ele deve provar o período
trabalhado de 10 meses no momento imediatamente anterior à concessão do benefício.
O que vale hoje é o prazo de 10 meses do artigo 25 + combinado com o p. único do artigo 39
para a comprovação dessa atividade.
----I----------------I....................................I------I--I--I--I----------------------------
A Lei nº 13.457/17 trouxe o artigo 27-A, que trata que para as hipóteses dos incisos I e III
em nova filiação, precisa ser cumprida integralmente o período de carência para obtenção
do benefício.
Aula 8
É um meio de evitar que um segurado que nunca se precaveu, pagar tudo de uma vez e
aproveitar os benefícios.
Art. 27:
Período a partir da data da filiação ao regime geral de previdência (o mês em que começa
já é considerado para fins de carência, mesmo que a contribuição seja a ser proporcional).
A filiação ocorre a partir do momento em que passam a exercer atividade.
A carência passa a ser contada da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem
atraso, e as próximas a se pagar, não sendo contadas as contribuições recolhidas com atraso
referentes a competências anteriores. Antes, o empregado doméstico estava inserido nessa
categoria.
Contribuinte individual que nunca fez contribuição paga as 180 de uma vez só e amanhã tem
direito aos benefícios, pode? Para fins de carência, ele tem apenas uma contribuição, pois pagou
em dia. Todas as outras valem para tempo de contribuição, mas não para carência.
É uma fórmula que chega a um número, que será a base para o valor final do benefício que
será concedido, que seria a renda mensal inicial do benefício. Não será necessariamente
igual à renda do benefício, visto que alguns tem a renda proporcional, ex. auxílio-doença
91%.
Deverá utilizar como base os Salários-de-Contribuição, cujo tratamento legal está no artigo 28
da Lei 8.212/91 - §§8º e 9º.
Existem algumas verbas ainda que de caráter remuneratório que não são considerados
salário-de-contribuição. Os benefícios previdenciários, como regra, não são considerados
como salários-de-contribuição para fins de incidência da contribuição. A única exceção aqui
é o salário-maternidade – é a única prestação previdenciária sobre a qual incide a
contribuição do segurado.
Se o segurado começa a contribuir em julho de 1994 e vai até março de 2017, vai totalizar
quantas contribuições mensais?
De julho até dezembro: 6 meses
Janeiro até março: 3 meses
Janeiro a dezembro de 1995 até 2016: 22 anos 22x12 = 264
264 + 6 + 3 = 273 contribuições mensais.
0,8 x 273 = 218,4 (como é menor que 0,5, arredonda pra 218)
Então, se pega o valor das 218 maiores contribuições e divide para obter a média.
O período básico de cálculo começa a partir de julho de 1994 e vai até a data de entrada do
requerimento. Quando no meio do período básico de cálculo, o segurado tiver recebido
benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, diz o artigo 29, §5º, da Lei 8.213/91:
quando no período básico de cálculo tiver o segurado recebido benefícios por incapacidade, a
sua duração será contada, o tempo de contribuição será validado e o salário-de-benefício que
deu origem a eles será contado como se salário-de-contribuição fosse naquele período de
afastamento.
----I-----------------------IxxxxxxxxI--------------IxxxxxxxI----------------------------I
a.d. a.invalidez
--I-----------IxxxxxxxxxxxI¬¬ DER
Quando estiver diante de uma aposentadoria por invalidez antecedida por auxílio-
doença, nesse caso, não há intercalação, mas mera transformação de um benefício a
outro, podendo haver alteração de valores (auxílio-doença = 91% salário-de-benefício e
aposentadoria por invalidez = 100% do salário-de-benefício). Quando isso acontece, não
é aplicável o artigo 29.
O salário-de-benefício não pode ser inferior a um salário mínimo. Tem que ser = ou > a um salário
mínimo e pode ser = ao teto de benefícios no ano de concessão.
12. Fator previdenciário
𝑇𝑐 𝑥 𝑎 1 + (𝑇𝑐 𝑥 𝒂) + 𝑖𝑑
𝐹. 𝑃. = ×
𝐸𝑥𝑝. 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒𝑣 100
“a” 0,31
Trata-se de uma grandeza fixa que corresponde ao máximo de contribuição que um segurado
gera para a previdência: 11% de sua contribuição + 20% recolhido pelo tomador de serviço.
A partir da chamada tábua da mortalidade, produzida por meio de dados do que traz a média
de expectativa de vida para ambos os sexos, contada a partir da data da aposentadoria.
Quanto menor a idade do segurado, maior a expectativa de sobrevida, de modo que viverá mais
tempo com o benefício sendo o valor da fração, portanto, menor.
Em 31/12/2022: 88/98
Em 31/12/2024: 89/99; e
Em 31/12/2026: 90/100.
No entanto, essa fórmula foi pensada para homens, em um contexto machista, o que sempre
geraria um prejuízo para a mulher, que tem menos tempo de contribuição. Sendo o tempo de
contribuição para mulheres e professores homens = 30 anos; e para professoras mulheres = 25
anos.
Atento a essas previsões, o legislador criou a regra do artigo 29, §10º: quando se tratar de
aposentadoria de mulheres ou professores homens, na fórmula do fato previdenciário, pega-se
o valor do Tc e soma +5. Para professora mulher = Tc + 10.
A fórmula foi criada para diminuir ou aumentar o valor do benefício conforme se é mais
jovem ou mais velho.
R$5000,00 - - R$ 5000,00
- -
- -
- 35c - 35c
- -
- -
- -
53 idade 63 idade
O fator previdenciário para Tício, com 53 anos de idade, seria de 0,65, de modo que ele só
receberia cerca de R$ 3.250,00. No entanto, pela fórmula 85/95, ele nem poderia se aposentar
por não ter completado a idade mínima. Tício receberia o benefício por 27 anos. 27x13meses
(recebe-se o 13º) x 3250 = 1.170.325,00
Caio, no entanto, não tendo trabalhado um dia a mais que Tício, receberia a integralidade dos
R$5.000,00. Receberia por 19 anos, considerando a expectativa de vida. 19x13x5000 =
1.235.000,00.
o 65 idade e 180c
Na hora de apurar o salário de benefício (bem como para os outros benefícios), ira
somar o salário de contribuição de todos os períodos. O problema é quando não se cumpre
os requisitos – para o recebimento do salário de benefício – em todas as atividades.
65 anos
Os 2 meias são os salários. E, por fim, como atacante, temos 1 pensão – que agora
começa a sofrer algumas restrições até 2015 tinha o caráter vitalício, era mantido até
o óbito do cônjuge; hoje, para que seja vitalício, há alguns requisitos que precisam ser
preenchidos: + de 44 anos, no mínimo 18 contribuições e casamento/união estável a,
pelo menos, 2 anos.
4 3 2 1
Aposentadorias Auxílios Salários Pensão
1. por tempo de 1. doença 1. maternidade 1. por morte (devido
contribuição aos dependentes)
2. por idade 2. acidente 2. família -
3. especial 3. reclusão ( devido -
4. por invalidez aos dependentes)
Ao lado desses 10 benefícios previdenciários, existem 2 que são os benefícios
pagos/geridos/mantidos pelo INSS, que são assistenciais, da Lei 8.742/93 (LOAS Lei Orgânica
da Assistência Social): Benefício de Prestação Continuada (BPC) do idoso e o BPC do portador de
deficiência; para aqueles que provarem uma situação de miserabilidade, pobreza e desde que
sejam considerados como idosos/deficientes de acordo com a Lei (por exemplo, idoso, no caso,
seria maior de 65 anos para a LOAS).
1. Titulares
2. Requisitos
3. Termo inicial
4. Termo final
5. Renda mensal inicial
A CF/88 trouxe as regras acerca da aposentadoria por tempo de contribuição em seu texto, logo,
é matéria constitucional que só pode ser modificada mediante emenda.
Não se pode utilizar dos artigos 52 e 53 por estarem ultrapassados, visto mudanças no texto
constitucional, de modo que a leitura deve ser feita do artigo 201 da CF.
De acordo com a redação original no artigo 202 da CF, a ATC ainda era chamada de
aposentadoria por tempo de serviço, ainda não havia sido instaurado o regime de
contributividade, que só foi alcançado a categoria constitucional com a EC 20 de 1998. A lei
8.213/91 tratou em seu artigo 55 do tempo de serviço. Com a emenda, passou-se a buscar o
tempo de serviço contribuído.
EC 20/98: Art. 4º - Observado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo
de serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que
a lei discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição.
Todos os segurados em tese podem titularizar esse benefício, mas em 2 situações esses
segurados não vão ter esse benefício
1. Contribuinte individual e segurado facultativo nos casos de alíquota de
11% de 1 s.m. ou 5% (microempresário individual – CI ou segurado facultativo inscrito
no cadastro único). O segurado nessas condições, que optaram por reduzir a alíquota,
abre mão da aposentadoria por tempo de contribuição;
2. Segurado especial que não contribui ele tem direito a uma série de
benefícios mesmo sem contribuir: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, salário-
maternidade, auxílio-acidente, aposentador por idade, auxílio-reclusão e pensão por
morte. O inciso II do artigo 39, exige contribuições desse segurado especial – com se
segurado facultativo fosse: alíquota de 20% – para duas finalidades: aumentar o valor
do benefício ou para se aposentar por tempo de contribuição ou na modalidade de
aposentadoria especial. Situação essa que só passou a valer a partir da vigência da lei,
de modo que o período anterior valerá para fins de aposentadoria por tempo de
contribuição (não vale para carência), mesmo que não tenha havido o recolhimento da
contribuição.
Requisitos:
Tempo de contribuição: 35H e 30M art. 201, §7º, CF/88.
Exceção: Professor (ensino infantil, fundamental e médio) 30H e 25M.
- 180 Contribuições a título de carência
Tempo de contribuição: é o que a lei e o artigo 55 dispõe ser. Período militar
obrigatório, vale? Sim, mesmo que não tenha tido contribuição no período (não vale
para fins de carência, portanto); Auxílio-doença (91) e aposentadoria por invalidez (92)
intercalados – vale para fins de contribuição e, para carência, só na circunscrição do
TRF4 (se decorrerem de acidente de trabalho ou doença profissional, não precisa ser
intercalado, sempre valerão como tempo de contribuição). Período rural antes de 91
vale, basta que se prove o exercício da atividade; períodos de outros regimes de
previdência oficial (regimes próprios) valem como tempo de contribuição para o INSS?
Sim – servidor que deixa de ser servidor e vai para a iniciativa privada; acréscimo
resultante da conversão do tempo especial quando se tem atividades insalubres no
período de tempo de trabalho que sejam insuficientes para concessão de aposentadoria
especial: se transforma o período para comum, e o acréscimo será computado como
tempo de contribuição; e períodos de trabalho, desde que contribuídos ou
presumidamente contribuídos.
Termo final:
- O óbito do segurado faz cessar o benefício. Quando o segurado deixa de sacar o
benefício por um período de 4 meses o INSS bloqueia o recebimento, porque pode ter
havido alguma coisa. O óbito é a hipóteses comum, normal ou ordinária.
Mas, pode haver o termo final por meio da chamada Revisão.
- Revisão – o INSS tem o prazo de 10 anos para revisar o benefício (assim como o
beneficiário tem o prazo decadencial para o mesmo prazo de revisão). A revisão pode
constatar, por exemplo, que houve um equívoco na concessão de benefício, que o INSS
considerou um período que não deveria, então o segurado ,por exemplo, tem 30 anos
de contribuição, quando deveria ter 35 o INSS faz cancelar o benefício e, se tiver
havido má-fé, deve haver a restituição dos benefícios recebidos – se houver boa-fé, vai
manter os pagamentos íntegros sem necessidade de restituição.
- Desaposentação STF – julgamento RE661256 (repercussão geral 503) decidiu a
desaposentação inviável, não sendo termo final do benefício.
Tem como fundamento de validade o artigo 201, §1º, da CF que exige LC para
regulamentar aposentadoria especial – trabalhadores que desenvolvem atividade em
ambiente nocivo e trabalhadores portadores de deficiência – decorrente da EC 20/98, a
Lei 8.213/91 regulamentou a aposentadoria especial em 1991 por lei ordinária. Teria a
CF revogado os artigos 57 e 58 por não se tratar de lei complementar regulando? Não,
na época, a lei ordinária era suficiente, sendo que, hoje em dia, os artigos 57 e 58 tem
status de lei complementar, então tempos dentro de uma lei ordinária, normas com
status de lei complementar (qualquer alteração a esses artigos deverá ser feita por meio
de lei complementar).
Arts. 60 a 64 do decreto
Requisitos:
Anexo IV do Decreto 3.048/99 determina essa variação de tempo de acordo com o agente nocivo
a que se está exposto.
A exposição do segurado a agentes nocivos deve ser confirmada mediante o preenchimento de
um formulário chamado de PPP (perfil profissiográfico previdenciário), que é emitido pela
empresa aonde o segurado trabalha, que está embasado no LTCAT (laudo técnico das condições
ambientais do trabalho) que periodicamente deve ser feito pelas empresas que submetem
os empregados à agentes nocivos. O LTCAT só pode ser confeccionado por um médico do
trabalho ou por um engenheiro de segurança do trabalho.
Supondo que uma pessoa trabalhe há 10 anos, como se dará essa transformação em tempo
comum, para aposentadoria que exige do homem 35 anos de contribuição e para a mulher 30?
Esse período de acréscimo, sendo ele fictício, não incidiram sobre a contribuição, de modo que
não incide para fins de carência de aposentadoria por tempo de contribuição.
A idade é um dos riscos sociais cobertos pela Previdência Social no artigo 201, CF.
Ressalva – art. 142 tabela progressiva de carência (regra de transição), visto que
anteriormente à lei, a quantidade de contribuições mensais para a concessão de
benefício era de 60cm, de modo que a regra é aplicada aos segurados que já contribuíam
ao tempo de publicação da lei, obedecida a progressividade. Se cumprir o benefício
etário depois de 2011 não terá mais possibilidade da flexibilização do benefício carência.
Se em 2017, uma mulher com 80 anos quer saber quanto tempo de contribuição ela precisa
para se aposentar é preciso verificar a tabela do art. 142. Considerando que em 1997 ele havia
60 anos, tendo completado o requisito etário, pode-se verificar que ela precisaria de 96
contribuições mensais para pleitear a aposentadoria; se ela já havia cumprido o requisito, não
importa se ela parou de contribuir depois, pois já tinha o direito adquirido à aposentadoria.
Termo inicial: Art. 49. A regra geral é de que o termo inicial do benefício
corresponda à D.E.R.
AJAJ posicionamentos dos tribunais superiores nas grandes questões previdenciárias = Não
há mais possibilidade, segundo o STF, de que alguém aposentado e que retorne ao trabalho e
que em razão disso precise contribuir, não há mais necessidade que esse alguém tenha um
recalculo de aposentadoria aproveitando as contribuições posteriores à primeira jubilação. Para
o INSS não pode, ele entende haver proibição legal (art. 18, §2º, da Lei 8.213/91)
impossibilidade de aposentação; STJ entendia ser possível a desaposentação, mas aí se
permitiria o cômputo das novas contribuições para recálculo.
Para a aposentadoria por idade o fator previdenciário é facultativo! Somente será aplicado se
resultar vantagem para o beneficiário. Chega-se ao valor e temos ao percentual da renda mensal
que é de 70% de salário-de-benefício + 1% da cada grupo de 12 contribuições recolhidas ou
presumidamente recolhidas.
60 H
55 M
Tem benefício de poder se aposentar com menos idade, mas o que se faz para que se
tenha garantido esse direito? Não basta a comprovação da carência cumprida (até
porque, o segurado especial sequer contribui, ou, pelo menos, pode não contribuir) ...
Tem que provar que no período imediatamente anterior foram feitas as contribuições e os 180
meses de efetivo desempenho enquanto rural. A diferença entre os quatro titulares, é que o
segurado especial é o único que terá o direito ao benefício sem contribuir (os outros 3 se
comprovarem a atividade tem a presunção do recolhimento, mas o segurado especial não
precisa contribuir para aposentadoria por idade porque o próprio artigo 39, I, garante a
aposentadoria por idade). Provando a atividade dos 180 meses em momento anterior, ainda
que de forma descontínua, no momento imediatamente anterior, que exerceu a atividade, é
uma forma de se garantir que o período para fins de carência foi cumprido enquanto rural, só
assim poderá se beneficiar da diminuição da idade para a concessão do benefício.
Nestes casos, o termo inicial segue a regra da DER, salvo para o empregado rural, em que se
computa o termo inicial como sendo o da data do afastamento (se for feito o Requerimento em
até 90 dias a contar do afastamento).
RMI: se se tratar de contribuinte, segue a regra do segurado urbano (70% + 1% a cada grupo de
12 contribuições); se não houver contribuído, o benefício a ser percebido é de um salário mínimo
(art. 39, I).
E como fica quando temos períodos intercalados de contribuições rurais e urbanos? Temos
então, a situação de uma aposentadoria por idade híbrida/mista (art. 48, §§3º e 4º).
A aposentadoria mista exige 65 anos de idade dos homens, e 60 das mulheres, com 180
contribuições prestadas em períodos mesclados.
10 anos 5 rural 3 urbano / 60 idade
Nesse caso, tem direito a aposentadoria por idade se somar 10+5+3: que daria 18 anos e o total
de contribuições estaria garantido, mas não se preencheu o requisito etário.
A aposentadoria mista exige 65 anos de idade dos homens, e 60 das mulheres, com 180
contribuições prestadas em períodos mesclados.
O termo final e o termo inicial seguem a mesma lógica e a renda mensal segue o cálculo de 70%
+ 1%.
Se no período rural era segurado especial e não contribuiu, considera-se, durante esse período,
o salário-de-contribuição como se fosse de 1 salário mínimo
Aula 14
No auxílio-doença por acidente de trabalho (cód. 91), só são titulares do benefício os segurados
empregados, domésticos (LC 150), o trabalhador avulso e o segurado especial, não abrangendo
o segurado facultativo nem o contribuinte individual, que não são passíveis de sofrerem
acidente de trabalho.
Requisitos:
O empregador paga os primeiros 15 dias ao empregado, mas isso não se confunde com o
requisito. Para todos os segurados, o requisito é o MESMO. Tem que ter, inicialmente,
incapacidade para o trabalho OU atividade habitual por mais de 15 dias. Se a incapacidade durar
até 15 dias, não é cabível a concessão do auxílio-doença. A lei fala que não poderá ser concedido
o benefício em razão de doenças preexistentes à condição de segurado, salvo se a incapacidade
sobrevier por agravamento dessa doença preexistente, isso significa que não se pode estar com
a incapacidade antes da filiação como segurado, filiação essa que acontece a partir do exercício
de atividades ou pagamento de contribuições (segurados facultativos e contribuintes
individuais). A doença até pode ser preexistente, o que não pode é que seja preexistente a
incapacidade que dessa doença emane, ao trabalho do segurado.
Porque atividade habitual? Porque há segurados que não trabalham, mas desempenham
atividades (segurado facultativo).
MP 767 não existe mais a regra do 1/3, que permitia que após a qualidade do segurando
,quando retomasse a essa condição, bastava cumprir 1/3 da carência para ,com isso, somar às
aonteiores e obter o benefício. Com a MP, deverá cumprir novamente as 12 carências
(VERIFICAR)
“Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a
concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova
filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do
art. 25 desta Lei.”
Nessas 3 hipóteses, não será exigida a carência de 12 contribuições, bastante que seja segurado
no momento em que se acomete a incapacidade/doença.
Quem decidirá isso? A incapacidade para o trabalho será aferida por perícia médica do
INSS.
Termo Inicial:
Para os demais segurados, será pago desde o 1º dia de afastamento, desde que seja requerido
em até 30 dias – Só vai ter o benefício, se o afastamento for de mais de 15 dias! Isso, porque os
demais empregados não têm quem lhes paguem os primeiros 15 dias.
Termo Final:
- Óbito
.....................................................................................
§ 9º Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8o deste artigo, o benefício cessará após
o prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio-doença,
exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento,
observado o disposto no art. 62 desta Lei.
Não é mais necessário que haja nova perícia para se ter alta. Findo o período, não havendo
prorrogação, restará cessada automaticamente a concessão do benefício, efetivando-se a alta
previdenciária.
- Conversão do benefício em aposentadoria por invalidez (ocorre quando o INSS por perícia
constata a impossibilidade de recuperação para a atividade, não sendo possível, também, a
reabilitação)
- Conversão do auxílio-doença em auxílio-acidente – que pressupõe sequela de lesão, mas não
mais incapacidade para o trabalho, impondo, contudo, um maior esforço para o desempenho da
atividade que exercia, ou para o qual foi reabilitado.
Renda mensal inicial: Como regra geral, uma vez apurado o salário-de-benefício SEM O FATOR
PREVIDENCIÁRIO, a renda será de 91% do SB.
Um é o cálculo tradicional de 91% do SB e o outro a média dos últimos 12 SC. Será aplicado o
menor em prejuízo do segurado.
10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-
de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12
(doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015). O que for MENOR será aplicado.
Aula 15
Titulares: todo e qualquer segurado do regime geral de previdência social. Não há aqui, do
mesmo modo como ocorre com o auxílio-doença, qualquer discriminação ou diferenciação para
o acesso à aposentadoria por invalidez. Pode ser devido aos segurados facultativos e é devido
aos segurados obrigatórios.
Requisitos:
Incapacidade (total tem que se revelar para qualquer atividade que possa garantir a
subsistência do segurado) permanente para o trabalho e, quando se verifica por perícia médica,
que o segurado é insuscetível de reabilitação profissional – não tendo condição de retornar para
sua atividade ou para qualquer outro tipo de atividade profissional.
A incapacidade não poderá ser preexistente à filiação do segurado. A doença poderia existir,
mas a incapacidade, não.
Termo Inicial:
Constatação pela perícia inicial de ser caso de aposentadoria por invalidez (sem o anterior
recebimento do auxílio-doença). Nesse caso, aplica-se a mesma regra para a concessão do
auxílio-doença:
Termo final:
- Óbito do segurado;
O segurado aposentado por invalidez deve se submeter as perícias marcadas pelo INSS,
ressalvada, a hipótese de segurados aposentados por invalidez de 60 anos ou mais de idade, nos
termos do artigo 101, quando estão isentos da perícia. Essa regra de isenção não se aplica ao
auxílio-doença.
- Alta previdenciária por perícia (o benefício não cessa por imediato, conforme pode-se
constatar a partir da observância do artigo 47, que determina o recebimento das chamadas
mensalidades de recuperação, de modo que o segurado, mesmo após a alta, continua
recebendo o valor, ou parte do valor, correspondente ao que vinha recebendo a título de
aposentadoria por invalidez. É hipótese, sim, de cessação, mas os pagamentos não cessam de
uma vez.
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista,
valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela
Previdência Social;
- não é empregado com direito de retornar o trabalho – porque não houve acidente de trabalho
– ou qualquer outro tipo de segurado, vai receber tantos meses de benefício quantos forem os
anos de afastamento. Afastou-se por 4 anos, recebe 4 meses de benefício!
II – quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I (5 anos), ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis)
meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Decreto 3.048 existe regra específica de renda da aposentadoria por invalidez quando derivar
de auxílio-doença.
Situação hipotética:
Auxílio-doença convertido em aposentadoria por invalidez, o Decreto 3048 em seu artigo 32 vai
determinar que como não se tem salário de contribuição porque o segurado estava recebendo
auxílio-doença e a hipótese é de conversão, o que acontece é que o auxílio-doença foi calculado
em cima de um salário de benefício, de uma média aritmética, de modo que o decreto determina
que esse salário de benefício (não a renda do auxílio-doença, que é de 91% do SB) seja tomado
em sua integralidade, atualizando-o e corrigindo-o na mesma data e nos mesmos índices dos
demais benefícios (INPC – anual).
É uma rara hipótese de benefício que pode extrapolar os limites previdenciários; quando se
constata a hipótese da chamada “grande invalidez” pela perícia médica, incapacidade tamanha
que determine que ele seja permanentemente acompanhado por um 3º para as atividades
diárias, terá um acréscimo de 25% (adicional de assistência permanente), sendo devido ainda
que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal – art. 45 da lei.
Aula 16
- Lesão consolidada (curada) que gere sequela que reduz capacidade para trabalho habitual.
Este benefício não exige carência. Os benefícios por incapacidade, quando decorrentes de
acidente de qualquer natureza ou causa – ou de acidentes de trabalho – dispensam carência,
basta que na data do acidente seja/esteja na condição de segurado.
Termo inicial: Como regra geral, o auxílio-acidente, decorre de auxílio-doença, caso em que será
pago a partir do 1º dia após cessar o auxílio-doença. Constatado, por perícia, a existência de
sequela, haverá a conversão.
Quando a concessão for direta, o auxílio vai ser pago a partir da data de entrada do
requerimento não havendo necessidade de qualquer afastamento. O art. 86, §4º, trata da
hipótese de perda auditiva relacionada ao trabalho, por exemplo, sem que haja a concessão de
um auxílio-doença antecedente.
Termo final: óbito ou quando houver a concessão de qualquer aposentadoria. Ao se
aposentador, o valor do auxílio-acidente, vai se somar para fins de cálculo de aposentadoria. É
salário-de-contribuição para fins – apenas – de cálculo de benefício, mas sobre ele não incide
contribuição. O salário-maternidade é o único sobre o qual incide também a contribuição, os
demais, não. No entanto, aproveita-se o valor para chegar ao valor final para fins de
aposentadoria.
Pode acontecer de a lesão consolidada que gerou sequelas e, por consequência, a concessão do
auxílio-acidente, pode ser que a lesão regrida e determina um afastamento ao trabalho. Nesse
caso, o auxílio-acidente é afastado, dando lugar ao auxílio-doença.
Sofri um acidente de carro, era empregado, fiquei afastado por 4/5 meses porque não podia
trabalhar, estava incapacitado temporariamente, mas a minha lesão se consolida e eu fico com
uma sequela, um problema na perna que demanda um maior esforço para o desempenho das
minhas atividades. Volto a atividade. Tempos depois, eu desenvolvo uma lesão no ombro em
razão do trabalho que eu estou exercendo – que não tem nada a ver com a lesão na perna – que
demanda o meu afastamento. Nesse caso, como as origens são diferentes e as incapacidades
derivam de causas diferentes, eu posso perceber, ao mesmo tempo, o auxílio-doença e o auxílio-
acidente.
Portanto, o auxílio-doença pode cumular com o auxílio-acidente desde que as causas sejam
diferentes. Se a causa for igual, não se acumula, suspende um e paga o outro. JAMAIS poderá
haver a cumulação entre o auxílio-doença/acidente e a aposentadoria.
Renda Mensal Inicial: Não se submete ao salário mínimo, por conta de seu caráter indenizatório.
Não poderá, no entanto, ser inferior a ½ salário mínimo, visto que deverá ser de 50% do salário-
de-benefício (valor que jamais poderá resultar inferior a um salário-mínimo).
- conceitos importantes –
Típicos (art. 19): acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa (empregado ou trabalhador avulso) ou de empregador doméstico ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 (segurado especial – produtor que
explore atividade: agropecuária, de seringueiro ou extrativista, pescador artesanal ou
assemelhado e cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este
equiparado, do segurado produtor que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar
respectivo), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Ambiente laboral.
Não são consideradas doença do trabalho: doença degenerativa; inerente a grupo etário; a que
não produza incapacidade laborativa; e a doença endêmica, conforme a região.
As doenças profissionais e do trabalho precisam ser provadas, é preciso provar o nexo, que é
chamado nexo técnico epidemiológico, em que se relaciona o trabalho como a doença
desenvolvida. A empresa/interessados (sindicato, médico do empregado, próprio empregado)
podem insurgir contra o laudo.
É importante caracterizar o nexo, porque a espécie vai determinar, por exemplo, que o
empregador recolha o fundo de garantia (o que não ocorreria com benefícios comuns) e, uma
vez cessada a incapacidade, em se tratando de acidente de trabalho, o empregado tem direito
à estabilidade de 1 ano.
Titular: Empregado, empregado doméstico (LC 150) e trabalhador avulso ATIVOS. Além disso,
podem titularizar esse benefício os aposentados por idade e aposentados por invalidez, bem
como qualquer aposentado com 65+ homens e 60+ mulheres.
Requisitos:
- Dependentes (filhos ou equiparados a filho art. 16) até 14 anos ou Inválidos. O segurado
deverá encaminhar a previdência a certidão de nascimento ou o documento de adoção e, ainda,
o atestado de matrícula e frequência escolar e o atestado de vacinação obrigatória. Sem esses
documentos, o segurado não conseguirá ter o direito ao benefício do salário família.
Será pago até o momento em que o depende sair da condição de menor ou de inválido,
prevista na lei, ou, então, se ficar desempregado ou tenha algum aumento que gere uma
remuneração maior do que a prevista como sendo de baixa renda.
Valor do benefício:
Existem duas faixas de valor. Para aqueles que ganham remuneração ou proventos de até
R$877,67, recebe uma cota de R$45,00. E para aqueles que receberem entre R$877,67 e
R$1.319,18, receberão a cota de R$31,71.
Até 2012, era um benefício exclusivamente percebido pelas mulheres, no entanto, passou
também a ser percebido pelos homens em razão de adoção ou do falecimento da mulher após
o parto. Muitas casos ocorriam pela adoção monoparental por um homem ou pela adoção por
um casal homossexual, fato que anteriormente não ensejava na concessão do benefício.
A mulher é exclusivamente detentora desse benefício por ocasião do parto, mas, em função da
adoção e da guarda judicial para fins de adoção, tanto o homem quanto a mulher podem ser
beneficiários. Não existe a possibilidade da concessão de 2 salários-maternidade em razão do
mesmo fato. A única situação em que se considera essa possibilidade é quando, havendo
adoção, a mãe biológica tiver recebido este benefício. Nesta hipótese, poderá o adotante
também recebê-lo, de modo que haverá a concessão de 2 benefícios em razão da mesma
criança.
Titular: qualquer segurado, homem ou mulher, salvo por ocasião do parto, hipótese em que o
benefício é exclusivamente pago pela mulher – a única possibilidade que se tem de alterar esse
quadro é na hipótese de a mulher durante o período de fruição falecer, quando o
cônjuge/companheirx poderá se habilitar (sendo segurado) para o recebimento do restante do
benefício, desde que o requeira até a data final do benefício. O valor que ele receberá, no
entanto, equivalerá ao que ele teria direito, não ao o que a mulher vinha recebendo até então
– ou seja, será feito um novo cálculo do valor do benefício.
Requisitos: Segurado (no momento do parto ou da guarda judicial para fins de adoção).
Para o segurado especial, não precisa comprovar necessariamente as contribuições, mas que
exerceu atividade rural pelo período de 10 meses imediatamente anterior ao requerimento do
benefício.
Termo Inicial: Pode ser requerido, em caso de parto, 28 dias antes do parto OU a partir do parto
e é pago por 120 dias.
Caso se trate de guarda judicial para fins de adoção, o benefício é pago a partir da decisão judicial
e pelo período de 120 dias. Não existe variação do tempo de recebimento do benefício
considerando-se a idade do adotado.
A única exceção é no caso de empregado em razão do parto. Nesse caso, quem paga
diretamente é a empresa, que se ressarce perante o INSS, abatendo esses valores pagos a título
de salário-maternidade aos valores que a empresa tem que recolher mensalmente, a título das
contribuições dos empregados e da contribuição patronal. Se a empregada que tiver recebendo
em razão do parto falece e o cônjuge/companheirx se habilita, quem passará a pagar será a
Previdência Social.
Sucessor:
- Ser segurado;
- Criança viva;
- Não abandono;
Se reúne essas condições, o benefício será pago pelo período restante. O requerimento, nesse
caso, deve ser requerido até o encerramento do benefício inicial – ou seja, até o 120º dia após
o parto, sob pena de indeferimento do pedido em razão do decurso do prazo.
Aula 18
Se aquele que faleceu já não ostentava mais a qualidade de segurado, não haverá direito à
pensão por morte (art. 102, §2º). Existe uma única exceção: quando mesmo que o segurado não
fosse segurado, ficar comprovado que ele – apesar de não usufruir – tinha direito a uma
aposentadoria.
... Vamos supor que um homem com 67 anos, 200 contribuições, venha a óbito. Ele não estava
aposentado e já não contribuía a 10 anos à Previdência. Pode ser concedida uma pensão por
morte nesse caso? Pode, porque ele teria cumprido integralmente os requisitos para a
concessão da aposentadoria por idade. Havia, portanto, o direito adquirido.
Mas, via de regra, é preciso que no momento do óbito detenha a condição de segurado.
Termo inicial: Como regra, a pensão desde a data do óbito do segurado. Mas, para a pensão ser
devida nesse momento, é preciso requerê-la em até 90 dias da data do óbito (art. 74, I). Se se
perder o prazo, a pensão será devida a partir da data de entrada do requerimento
administrativo.
A pensão por morte é devida em razão do óbito real ou em decorrência da morte presumida
(aquela declarada judicialmente – em sentença – quando houver a probabilidade muito forte de
que houve o falecimento do segurado em decorrência de alguma catástrofe, calamidade ou por
sua ausência). O artigo 78 expõe melhor esse conceito:
“Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial
competente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória, na
forma desta Subseção.
TABELA
Se o segurado, na data do óbito, não tinha 18 contribuições ou se a união estável não existia a
mais de 2 anos o benefício será pago por 4 meses.
Ps. Art. 76, §2º, b: aumentando-se a expectativa de sobrevida, podem ser alteradas as idades da
tabela, a partir de 2018.
Se o segurado estava na ativa, o valor será o de 100% de uma aposentadoria por Invalidez
simulada.
Requisitos:
Segurado
Baixa renda
- É para quem está cumprindo pena, não para os casos de prisão provisória ou preventiva –
O termo inicial e o final são os mesmos determinados à Pensão por morte. Devendo ser
instruído, o requerimento, com certidão de recolhimento à prisão.
Renda mensal Inicial: 100% da renda de uma aposentadoria por invalidez simulada.
Possibilidade que se tem de levar o tempo contribuído de um regime oficial para outro regime
oficial. Pegar o tempo que se contribuiu para o regime geral para o regime próprio.
Existem alguns limites: o tempo fictício não pode ser levado para a contagem recíproca; o tempo
sem contribuição também não se leva para o outro regime; da mesma forma, não se pode
contabilizar o período em que se trabalhou na forma dos dois regimes ao mesmo tempo; bem
como não se pode aproveitar o período se ele foi aproveitado pela concessão de benefícios
previdenciários
Aula 19 e 20
Caráter contributivo: financiam esse sistema o ente público ao qual pertence o servidor efetivo
(e aí estamos falando necessariamente de administração pública, representada pelos 4 entes
federados e a administração indireta pública, seja por meio de autarquias, seja por meio de
fundações públicas – sociedade de economia mista, empresas públicas, fundações privadas
seus funcionários, trabalhadores, servidores lato sensu não estão submetidos ao regime
próprio, e sim, ao regime geral de previdência. Então a quem se aplica? Ao servidor público,
detentor de cargo efetivo, que prestou e foi aprovado e concurso de provas ou concurso de
provas e títulos e que tem direito após 3 anos à estabilidade. Não estão aqui no RGPS, os
empregados da administração pública, os celetistas, aqueles que prestam seleção pública para
empresas públicas, sociedades de economia mista, e mesmo para a administração direita e
indireta quando ela não cria regime própria, aí estão no Regime Geral, e os benefícios não
estarão previstos no artigo 40, CF, mas, no artigo 201 da CF.
Este Regime Próprio é mantido perante contribuições do ente público, do servidor ativo e do
servidor inativo. Quem define as contribuições de todos, os percentuais? Atualmente, essa
definição está na lei 10.887/2004, que define acerca dos servidores da União (deixando aos
estados, municípios e DF a regulamentação dessa matéria específica, do quantum de
contribuição se tem), aplicando-se a alíquota de 11% sobre a sua remuneração, cabendo ao
poder público uma parcela 2 vezes relativamente à parcela do servidor público, logo a União
paga 22% sobre a remuneração do servidor para fins Previdenciários. O próprio ente público
recolhe tudo sobre a remuneração. Ainda existe, com a redação dada pela EC 41/2003, a
contribuição do servidor inativo.
Só vai pagar a contribuição o servidor inativo sobre a parcela da sua remuneração que excede o
teto do Regime Geral de Previdência Social, que é de R% 5.645,80. Significa que até esse valor
de remuneração, o servidor público estará imune da sua contribuição enquanto inativo. Se
receber mais, sobre o excedente incidirá a remuneração.
Ex. servidor público aposentado que ganhe R$10.000,00 de proventos. Isso significa que
R$5.645,80 estão isentos, e sobre os restantes (10000 – 5645,80 =) R$4354,20 incidirá a
contribuição de 11% no âmbito da União. Logo, para uma aposentadoria de R$10.000,00 a
contribuição será de aproximadamente R$478,96.
No entanto, o §21 do artigo 40 dobra essa imunidade, estabelecendo que se este inativo,
aposentado ou pensionista, for portador de doença incapacitante adquirida mesmo após a
aposentadoria ou concessão da pensão, esta imunidade é dobrada e passa a incidir a
contribuição somente naquilo que excede o dobro do teto, logo no exemplo dado do servidor
inativo que tem proventos de R$10.000,00 e ele comprove ser portador de doença
incapacitante, ainda que contraída após a concessão da aposentadoria, a imunidade que antes
era do teto, passa a ser o dobro. Neste caso, como a remuneração dele não ultrapassa o teto,
ele está absolutamente imune da contribuição, de modo que paga 0 de contribuição.
Portanto, essa é a forma de custeio da previdência do servidor público: paga o ente público,
pagam os servidores ativos e os servidores inativos e pensionistas com a ressalva da imunidade:
do teto do INSS todos estão imunes, e do dobro do teto, aqueles que comprovarem doença
incapacitante.
Cada uma dessas aposentadorias tem seus requisitos, previstos no §1º do artigo 40.
Abono de permanência (em serviço) – previsto no artigo 40, §19, CF. O servidor público que
tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária estabelecidas no §1º, III, a, e
que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência no valor de sua
contribuição, até cumprir as exigências da aposentadoria compulsória.
Servidor público ativo tenha alcançado os requisitos para a aposentadoria por tempo de
contribuição H 35c 60i; M 30c 55i + 10sp 5 cargo opte por permanecer no cargo recebe
valor da contribuição mensal (só que daí o imposto de renda será em cima da base de cálculo
do salário sem o desconto do percentual da contribuição). Tem caráter remuneratório.
Pensão por morte: desde a EC 41/2003 deixou de ser integral. Art. 40, §7º prevê 2 hipóteses:
óbito de servidor ativo e óbito de servidor aposentado.
- Ativo: o valor da pensão será baseado na sua remuneração antes de morrer, não há
cálculo até hoje previsto para a pensão. Se recebia 20mil de remuneração, essa é a base da
pensão, mas não é 100%. Pega-se a remuneração e, até o teto do INSS, a pensão é de 100%. O
que excede ao teto, é recebido em 70%. Então supondo que o teto do INSS seja 5 mil reais, o
valor da pensão será 5 mil + 70% de 15 mil reais, que totaliza 5000 + 10500 = 15500 reais de
pensão.
Fórmula de cálculo dos benefícios de acordo com a CF (§§3º e 17, art. 40)
Para os benefícios, serão consideradas às remunerações do servidor aos Regimes oficiais (RGPS
e RPPS) pode ser que tenha ingressado no regime próprio em 2000, mas que antes tenha
trabalhado conforme o RGPS, aproveitando-se esse período no regime próprio, caso venha a se
aposentar na forma do regime oficial. Os valores contribuídos enquanto no regime geral serão
utilizados para cálculo conforme a contribuição prestada para fins de cálculo da aposentadoria
conforme o regime próprio. Os valores deverão ser atualizados na forma da lei (Lei
10.887/2004), para que não haja defasagem.
Só se considera no cálculo aquilo que foi pago a partir de julho de 1994 (em virtude da mudança
da moeda). * A partir de 2003, o servidor público que ingressou no regime próprio não tem mais
a integralidade da base de cálculo, nem a última remuneração como base para a aposentadoria
(somente para a pensão).
A média é calculada nos mesmos termos do RGPS (média aritmética das 80% maiores
remunerações), com as porcentagens específicas para cada benefício.
Este regime só pode ser obrigatório para servidores que ingressarem no serviço público após o
ato de instituição do RPC. Os servidores que ingressaram antes, podem optar, por expressa e
prévia manifestação, até a data de instituição do RPC. Se nada disser, ele se mantém no regime
anterior.
No âmbito anterior, houve a instituição desse regime, por lei de iniciativa da presidente (lei
12618/2012), e esse regime passou a ser obrigatório para servidores que ingressaram a partir
de fevereiro de 2013 (FUNPRESP). São estabelecidas 2 espécies de contribuição: Contribuição
do participante e contribuição do patrocinador.
Aula 21
Lei 12.618/12
- Também são destinatários os servidores federais que ingressaram antes da instituição do fundo
e que expressamente manifestem a opção de aderi-lo. Aqueles servidores antigos ao regime
ingressam somente mediante expressa manifestação. A opção deveria ser feita no prazo de 24
meses, opção irretratável e irrevogável, deixando de estar vinculado ao pagamento de
contribuição que atingia sua remuneração, passando a estar vinculado ao RPPS limitado ao teto
do INSS e pagar sua contribuição ao FUNPRESP.
Como fica a situação do servidor que estava no regime anterior e manifestar a opção por
ingressar no novo regime?
- A legislação prevê um benefício especial para essa situação, porque o servidor, durante um
período da sua vida, contribuiu durante toda a sua remuneração.
Por exemplo: servidor que tenha remuneração de R$20.645,80, tenha ingressado no serviço
público em 2003, durante 10 anos, foi recolhida sua contribuição em cima do valor integral, em
2013, ele decide ingressar no FUNPRESP, de modo que a contribuição vai incidir sobre o teto do
INSS. Supondo que o servidor decida ingressar no novo regime, ele passa a pagar a contribuição
para o RPPS, apenas até R$5.645,80. Porque a partir de então, o RPPS só vai garantir esse
montante, o resto deverá ser buscado com o FUNPRESP – no dia que cumprir os requisitos para
a aposentadoria nos termos do regime próprio, a FUNPRESP complementa essa aposentadoria.
Mas e esse período que ele contribuiu com tudo? A lei prevê um benefício especial que tem uma
forma diferenciada de ser calculada, que leva a diferença das bases contributivas. Faz-se a média
das 80% maiores remunerações dele desse período de 10 anos, pegam-se todas as
remunerações, atualizam-se e chega-se a uma média (R$20.645,80), da qual se diminui o valor
do teto do momento em que ele fez essa opção (20.645,80 – 5.645,80 = 15.000,00). Esse valor
de 15 mil reais vai ser multiplicado pelo fator de conversão (porque ele não tem tempo para
uma aposentadoria com esse valor, ele tem 10 anos de atividade), e como vai ser realizada essa
conversão?
Tempo de contribuição / Tempo total (que varia, se for servidor homem é de 455; se for uma
servidora mulher ou professor homem é 390; para uma professora mulher é 325).
FC: 120/455 = 0,26. Que será multiplicado pela diferença da média que ele tem com o teto do
INSS.
Então o benefício especial dele é R$3.900,00. Isso significa que no dia em que ele for aposentado
pelo RPPS (que está limitado ao teto do INSS), será somado a esse valor (do teto) o valor do
benefício especial (3.900,00) = 5.645,90 + 3.900,00 = R$ 9.545,90.
FUNPRESP Exe
E os benefícios não programados que são direcionados aos eventos morte e invalidez.
São atividades com custeio específico. De modo que além da contribuição ordinária, se paga
uma contribuição adicional. Essas contribuições também são reguladas pela lei. É o participante,
o servidor, que define a sua contribuição. A partir do momento que ele define, o patrocinador
tem que igualar essa contribuição. Essa obrigação de igualar é de até 8,5% apenas. A partir desse
percentual, a União não iguala mais. Essas contribuições todas, seja do participante, seja do
patrocinador, devem ser recolhidas pelo patrocinador até o dia 10 do mês seguinte sob pena
dos encargos de juros e mora.
Aula 22
Custeio da Seguridade Social
Princípios Constitucionais
- Diversidade
Tem-se uma contribuição de 10% sobre o que a pessoa ganha. Se uma pessoa ganha 100,00 e a
outra ganha 1000,00, em tese, diremos que quem ganha 1000 paga mais do que quem ganha,
no entanto, eles estão pagando a mesma coisa, ou seja, 10%. Mas, a obediência ao princípio se
encerra no momento em que são estabelecidas alíquotas diferentes, de 5% para o que recebe
100 e 10% para quem recebe 1000. Pois para quem ganha 100, uma alíquota de 10% representa
bem mais do que para quem ganha 1000.
Diversidade da base de financiamento significa que não haverá uma única fonte de custeio,
mas, várias fontes (195, §1º).
De um lado, temos o bloco dos orçamentos públicos (da União, dos estados, do Df e dos
Municípios). Cada ente federado deverá, na forma do artigo 195, caput, destacar recursos do
seu orçamento recursos que serão destinados à seguridade.
Contribuições Sociais na CF
Prévia fonte de custeio: não se pode criar benefícios e serviços novos sem indicar de onde sairá
o dinheiro para pagar/cobrir as suas despesas. Não se pode majorar/criar benefícios sem
determinar previamente a fonte de custeio.
Fixada na LOA
Saúde -
Cada segurado tem um tipo de contribuição. Os segurados que se colocam na mesma situação
contributiva são: o empregado, o trabalhador avulso e o empregado doméstico. Esses
trabalhadores contribuem com 8, 9 ou 11% sobre o seu salário-de-contribuição, conforme a
faixa do s.c.
Além deles, há ainda a contribuição dos contribuintes individuais e segurados facultativos, que
vão contribuir, como regra, com 20% sobre o s.c. Aqui, valem 2 ressalvas e duas observações:
Quando o sujeito é empregado avulso ou doméstico, ele trabalha para alguém. Além da
contribuição devida pelo empregado em razão da remuneração, há a contribuição do
empregador – então duas contribuições se unem no intuito de financiar a seguridade social. O
que não ocorre nas hipóteses do contribuinte individual e do facultativo, em que os segurados
geram uma única contribuição para previdência social que é a sua. A exceção é em relação ao
contribuinte individual que presta serviço à empresa, porque nesse caso nasce a contribuição
também para a empresa, diminuindo a contribuição do contribuinte individual para 11% (menos
quando a empresa é filantrópica). Com isso, se cria uma distorção econômica entre o facultativo
e o individual e os outros contribuintes, visto que aqueles pagam mais contribuição própria,
sendo um desestímulo para os pagamentos rotineiros de contribuições. Pensando nisso, a
própria CF estabelece que a lei deverá buscar mecanismos de inclusão dos segurados de baixa
renda (art. 201, §12). A lei fez isso no artigo 21 da Lei 8.212/91, permitindo que contribuintes
individuais e facultativos optem por pagar 11% sobre o valor base de 1 salário-mínimo. Só que
quando escolhem isso, a consequência é abrir mão da aposentadoria por tempo de contribuição.
Isso, no entanto, não foi estimulante o suficiente para que mais pessoas aderissem ao regime
da Previdência, de modo que houve um acréscimo às vantagens, estabelecendo-se uma alíquota
de 5% do salário mínimo para o contribuinte individual, desde que ele seja microempreendedor
individual, conforme previsto na LC 123 – hipótese em que também se abre mão da
aposentadoria por tempo de contribuição. A mesma opção foi concedida ao segurado
facultativo, mas, deve estar incluído no cadastro único dos programas sociais do governo
federal. Uma vez tendo optado por essa contribuição reduzida, a lei permite que se possa
complementar o valor dessa contribuição para o patamar de 20% (com os acréscimos legais),
mas recupera o aproveitamento desse período para fins de aposentadoria por tempo de
contribuição e o próprio direito a ela.
Conceito
- Contribuinte individual
- Segurado facultativo valor por ele declarado, observado o teto. Único que tem o poder de
escolha, que define o salário-de-contribuição, desde que respeitados o mínimo e o teto.
- 13º salário (§7º) exceto para cálculo de benefícios: isso significa que haverá
incidência sobre a gratificação natalina, mas apesar da incidência de contribuição, na hora de se
apurar o valor do benefício, que é calculado pela média, o valor do 13º não entra para o cálculo
do benefício. O 13º salário não é um valor real para fins de apuração de histórico contributivo,
porque sempre será igual a última remuneração paga no ano, pode ser que o empregado tenha
um aumento no mês de novembro, de modo que o pagamento do 13º não reflete o histórico
contributivo no ano. O que justifica o pagamento sobre o 13º é o fato de que no pagamento dos
benefícios, será pago “um 13º”.
- Ajudas de Custo
- Parcela “in natura” recebidas de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo
Ministério do Trabalho
- Vale-transporte
- Férias indenizadas + 1/3 aquelas férias não gozadas no período próprio. Sobre as férias
gozadas incide contribuição, mas, sobre o terço, existe jurisprudência pacífica do STJ no sentido
de que não incide contribuição em benefícios futuros. Férias em dobro (art. 137, CLT)
indenizatório, não incide.
Equiparados à empresa: contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço
III. 20% de contribuição sobre o total pago aos contribuintes que lhe prestem serviço. Para
União, até o dia 20 do mês seguinte (deve ser recolhido), salvo se dia 20 não ser dia útil bancário,
caso em que se tem que pagar no dia útil imediatamente anterior. Essa alíquota pode diminuir,
chegando a 11% no caso de a empresa ser devedora da contribuição de 20%, poderá descontar
40% de sua alíquota, que dá 9%, de modo que resta ao empregado 11%. O empregado contribui
sobre o salário-de-contribuição, e a empresa contribui sobre a folha de salários, mas não sobre
o salário-de-contribuição, mas sobre o total de remunerações. O limitador que existe para o
segurado, que é o teto do INSS, não existe para a empresa, que paga sobre o total.
II. Empregados e avulsos folha de salários 1, 2 ou 3% sobre a folha de salários, conforme
o risco seja leve, moderado ou grave (não inclui a folha do contribuinte individual), em razão dos
riscos de acidente de trabalho. Financia a aposentadoria especial e benefícios por acidente de
trabalho.
Algumas empresas têm vantagens em relação a essa forma de tributação. Os clubes de futebol,
que mantem futebol profissional, pagam apenas 5% sobre o produto da arrecadação dos
espetáculos, substituindo os incisos I e II.
O empregador doméstico paga a sua contribuição, que passou a ser de 8% por força da LC 150,
sobre o salário-de-contribuição do empregado doméstico – em comparação com o empregador,
é diminuída a alíquota e a base de cálculo.
Aula 24
Custeio, Arrecadação e Recolhimento das Contribuições e Seguro Desemprego
A Empresa (e aqueles que a ela se equiparam) é obrigada a arrecadar as contribuições dos incisos
I, II e III, que são as contribuições sobre a folha de salários e recolhe-las até o dia 20 do mês
seguinte, além das contribuições de seus empregados e contribuintes individuais. Sem
expediente bancário, o recolhimento deve ser antecipado.
Aqui existe uma regra específica de solidariedade de empresas de um mesmo grupo econômico.
Todas elas respondem solidariamente pelas obrigações tributárias previdenciárias.
Art. 3º Requisitos:
Sem justa causa
I - Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada (portanto não é
qualquer pessoa física, emprego doméstico não geraria aqui);
1ª solicitação
2ª solicitação:
3ª solicitação:
5 parcelas – 24 ou +