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Apostila Diodos PDF
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Eletrônica Básica
Os elétrons estão sempre nas órbitas e têm carga elétrica negativa, mas de
magnitude igual à do próton. Sua massa é cerca de 1/1840 da massa do
próton.
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O número atômico do lítio é 3 e, portanto, existem 3 prótons no núcleo.
Normalmente, o número de elétrons é igual ao número de prótons. Assim, a
carga elétrica total do átomo é nula.
Níveis de Energia
Aqui não cabe consideração mais profunda sobre a teoria quântica. Esta diz
em linhas gerais que os estados da matéria não variam continuamente, mas
sim em pequenos intervalos discretos, chamados quanta. No mundo prático
isto não é perceptível, pois os valores são muitos pequenos. Mas os elétrons
são partículas elementares e o seu comportamento é bem definido por tais
intervalos.
Assim, a energia total que o elétron pode ter é definida em valores discretos
e, portanto, ele só pode ocupar determinadas órbitas ou níveis de energia.
Os níveis possíveis são sete e o número máximo de elétrons por camada e
estão representados na Fig 2.
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O nível mais externo é chamado de nível/camada de valência e os elétrons
presentes nele são os elétrons de valência.
O número de elétrons de valência é um fator importante do elemento. Ele
define a capacidade do átomo de ganhar ou perder elétrons e de se combinar
com outros elementos.
Muitas das propriedades químicas e elétricas dependem da valência.
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1.2 Condutores, Isolantes e Semicondutores
Podemos notar que se aplicarmos uma tensão não haverá corrente, pois os
elétrons encontram-se presos as ligações de valência, não havendo elétrons
livres para a condução.
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O material continua um semicondutor. Entretanto, quando certas substâncias,
chamadas impurezas são adicionadas, as propriedades elétricas são
radicalmente modificadas.
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2. Diodo de Junção PN
2.1 Introdução
A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtém-se uma junção pn, que é
um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção
Figura 9
Devido a repulsão mútua os elétrons livres do lado n espalham-se em todas
direções, alguns atravessam a junção e se combinam com as lacunas. Quando
isto ocorre, a lacuna desaparece e o átomo associado torna-se carregado
negativamente. (um íon negativo)
Cada vez que um elétron atravessa a junção ele cria um par de íons. À medida
que o número de íons aumenta, a região próxima à junção fica sem elétrons
livres e lacunas.
A camada de carga espacial (CCE) age como uma barreira impedindo a
continuação da difusão dos elétrons livres. A intensidade desta camada aumenta
com cada elétron que atravessa a junção até que se atinja um equilíbrio.
Figura 10
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Símbolo
Figura 11
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A curva característica de um diodo é um gráfico que relaciona cada valor da
tensão aplicada com a respectiva corrente elétrica que atravessa o diodo.
Figura 13
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2.3 Resistor Limitador de Corrente
Num diodo polarizado diretamente, uma pequena tensão aplicada pode gerar uma
alta intensidade de corrente. Em geral um resistor é usado em série com o diodo
para limitar a corrente elétrica que passa através deles.
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sob o diodo.
UD=0V I=20mA
Ponto de Corte: esse ponto é chamado corte, pois representa a corrente mínima
que atravessa o resistor e o diodo.
I=0 A UD=2V.
Figura 15
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A corrente de saturação reversa Is terá sua amplitude praticamente dobrada para
cada aumento de 100 C na temperatura.
3. Complementos
Fig. 16
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Esta expressão matemática representa o valor médio de uma grandeza periódica
qualquer (tensão ou corrente por exemplo).
Exemplos:
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3.2 Valor Eficaz de Tensão e Corrente de um Sinal Periódico
A potência dissipada no resistor no intervalo de tempo (t2 – t1) é dada pela seguinte
expressão matemática:
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No mesmo intervalo de tempo, t2-t1,=T, passou pelo resistor R uma corrente contínua
I, cuja forma de onda está representada abaixo.
P= R I2
I máx
I ef =
2
Analogamente podemos calcular o valor eficaz da tensão.
Vmáx
Vef =
2
4. Diodos especiais
A partir de um certo valor de tensão aplicada ao diodo, haverá choques dos elétrons
livres com elétrons das ligações covalentes, com possível retirada desses elétrons.
Ocorrerá um efeito multiplicativo, aumentando consideravelmente o número de
elétrons disponíveis para a condução de corrente. Esse efeito, chamado avalanche,
faz com que a corrente aumente rapidamente para qualquer novo acréscimo de
tensão reversa aplicada ao diodo.
Se ambos os lados da junção forem muito dopados, a região de depleção será
estreita. Isso faz com que os elétrons não tenham condições de ganhar energia
cinética suficiente para retirada de outros elétrons das ligações covalentes.
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Porém o próprio campo elétrico pode retirar os elétrons, fazendo com que haja um
aumento considerável da corrente para qualquer novo acréscimo de tensão.
Esse mecanismo chama efeito ZENER. Existem diodos especiais que sustentam a
condução no sentido reverso sem se danificarem. Os diodos zener e de avalanche
são exemplos desses dispositivos,É um diodo construído especialmente para
trabalhar na tensão de ruptura.
Seu comportamento é o de um diodo comum quando polarizado diretamente.
Quando polarizado inversamente ao contrário de um diodo convencional, ele suporta
tensões reversas próximas a tensão de ruptura, vide figura 18.
Figura 18
Graficamente é possível obter a corrente elétrica sob o zener com o uso de reta de
carga.
Figura 19
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Ponto de corte – I=0 e VDZ = -VS
Garante que sob o Zener não circule uma corrente maior que IZMAX
Exemplo:
Um regulador Zener tem uma tensão de entrada de 15V a 20V e a corrente de carga
de 5 a 20mA. Se o Zener tem VZ=6,8V e IZMAX=40mA, qual o valor de RS?
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4.2 Diodos schottky
Diodos de metal e semicondutor atuais, chamados diodos schottky, são obtidos pela
deposição, por evaporação ou por meios químicos, de uma camada metálica sobre a
superfície de um semicondutor. Normalmente há uma camada de óxido na borda
para evitar alguns efeitos indesejáveis do campo elétrico mais intenso nesta parte
Ao passar por uma junção PN, elétrons sofrem transições de níveis de energia e, de
acordo com princípios da física quântica, devem emitir alguma radiação.
Semicondutores de germânio, de silício e outros comuns não emitem radiação
visível. Mas esta é emitida por alguns semicondutores de compostos químicos,
como arsenieto de gálio, fosfeto de gálio e índio, etc. Leds são simplesmente diodos
de semicondutores desses tipos envolvidos em embalagem translúcida.
O diodo led deve ser diretamente polarizado para emitir luz. A figura abaixo dá um
circuito básico.
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Para a determinação de R uma vez conhecido V, podemos supor corrente máxima
de 20 mA e tensão no diodo de 2 a 2,5 volts.
A tensão inversa máxima da maioria dos leds é pequena, de forma que uma
inversão de polaridade com alguns volts pode ser suficiente para danificar.
A cor da luz emitida depende do material utilizado no cristal e também do nível de
dopagem.
Os LEDs suportam no máximo 2V / 20 mA.
Para correntes cujos valores estão compreendidos entre Iv e Ip, podemos obter o
mesmo valor de corrente para 3 diferentes valores de tensão aplicada. Esta
característica de valores múltiplos faz com que o diodo-túnel seja útil em circuitos de
pulso digitais.
Outra aplicação é como chave, operando em velocidade muito altas, como o
tunelamento ocorre à velocidade da luz.
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4.5 VARICAP
4.6 FOTODIODO
Figura 5.1
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Quando tivermos no ánodo do diodo, uma tensão positiva em relação a aplicada ao
cátodo, ele passará a conduzir, isto é o que ocorre durante o semiciclo positivo da
tensão secundária.
Durante este semiciclo, teremos corrente circulando pela carga, e no diodo teremos
uma queda de tensão que será da ordem de 0,6 volts quando for de material silício,
e 0.3 volts quando de germânio.
No próximo semiciclo, semiciclo negativo da tensão de secundário, teremos que o
diodo não conduzirá, por estar inversamente polarizado, estando seu ánodo em um
potencial negativo em relação ao cátodo.
Dessa forma, neste meio ciclo, não haverá corrente circulando pela carga, e a
tensão existente no secundário do transformador ficará detida nos terminais do
diodo que deverá suportá-la.
VL= vMÁX/π
Id= IMÁX/π
VRef = VMÁX/2
Ief= IMÁX/2
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O diodo a ser utilizado deverá ter as seguintes características:
Fig. 5.4
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Logo podemos concluir que as formas de onda de VS1 e VS2 serão no domínio do
tempo, apresentadas na figura 5.6.
Para que VS1 e VS2 tenham a mesma amplitude é necessário que o ponto de neutro
divida o secundário em igual número de espiras.
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Quando VS1 estiver no semiciclo positivo, o diodo D1 estará com seu ánodo positivo
de tal maneira que conduzirá como mostra a figura 5.8.
No mesmo instante em que Vs1 é positivo, Vs2 é negativo e este potencial está
sendo aplicado no ánodo do diodo D2. Devido a este motivo o diodo se comporta
como um circuito aberto, não conduzindo.
Quando Vsl passa a ser negativo, este potencial é aplicado ao diodo Dl que passa a
se comportar como circuito aberto. Neste mesmo instante o potencial de Vs2 é
positivo e está sendo aplicado no ánodo do diodo 02 que passará a conduzir como
mostra a figura 5.9.
Pode-se notar que cada diodo conduz somente meio ciclo de onda, exatamente
igual ao retificador de meia onda, e sobre a carga a corrente sempre circula em um
mesmo sentido de tal maneira que temos na carga tensão e corrente contínua
pulsante.
É interessante observar que a tensão reversa sobre cada diodo é o dobro da tensão
de pico que aparece em cada metade do secundário.
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A tensão sobre a carga é uma tensão contínua pulsante e tem:
Valor eficaz
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No instante em que temos Vs positivo, ou seja, ponto 1 positivo em relação ao ponto
2, os diodos D2 e D4 conduzem (ficam em série), pois as tensões que aparecem
sobre eles propicia tal efeito.
Quando VS inverte a polaridade, o ponto 1 será negativo em relação ao ponto 2,
devido a estes potenciais os diodos D1 e D3 conduzem (ficam em série).
Mesmo mudando a polaridade a corrente circula na carga sempre no mesmo
sentido, assim como a tensão VL.
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Figura 5.12
VDC = 2 Vmáx/π
Definição:
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Logo o fator Ripple da onda será:
Vac 0,3856Vmáx
γ = x100 = x100
Vdc Vmáx
π
γ = 1,2x100=120%
γ=48%
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Exercício 1
Isto quer dizer que a corrente Idc (média) sobre o diodo pode ser 5 A (no máximo) e a
tensão máxima de pico inversa admissível sobre o diodo é 1200V.
Pede-se calcular a máxima potência contínua (Pdc) que pode ser extraída da ponte
quando estiver sendo alimentada pela tensão de rede de 220V, considerar que
Vp=Vs. VP tensão no primário, VS tensão no secundário.
Resolução:
Idccarga=2*Idc
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Exercício 2
Temos:
PDC = VDC.IDC
2Vmáx 2.1200
PDC max = * 2 * I DCDIODO = * 2 * 5 = 8000Watts
π 3,14
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Com o primeiro semiciclo do sinal retificado, o capacitor carrega-se através dos
diodos D1 e D3 até o valor de pico. Quando a tensão retificada diminui, os diodos
que estavam conduzindo ficam reversamente polarizados fazendo com que o
capacitor se descarregue lentamente pela carga RL.
onde:
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO: Projeto de uma Fonte de Alimentação
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Finalmente, é necessário determinar as características do transformador.
A tensão eficaz no secundário é:
O transformador tem que ser dimensionado para uma potência maior que a de
trabalho.
Como a corrente na carga é praticamente constante já que o ripple é pequeno, a
potência de trabalho do transformador pode ser estimada por:
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5.8 Circuitos Limitadores
LIMITADOR POLARIZADO
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ASSOCIAÇÃO DE LIMITADORES
Este circuito é chamado grampo de diodo, porque ele mantém o sinal num nível fixo.
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GRAMPEADOR CC
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