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Bruno Pinheiro
Camila Buzatto
Priscila Oliveira
Renan Lombardo
Stephanie Carolina Maia
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5
2.6. Agricultura........................................................................................................................................ 9
4.2. Envase..............................................................................................................................................17
7. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 64
8. REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 64
ANEXO A .......................................................................................................................................... 67
ANEXO B .......................................................................................................................................... 70
5
1. INTRODUÇÃO
As energias renováveis, que estão cada vez mais difundidas, levam em consideração além
do fator renovável a sustentabilidade. Com boas condições de matéria-prima é possível gerar
um grande potencial energético a partir delas.
Com esse conceito também tem sido disseminado a capacidade de pequenas gerações,
não sendo necessária a produção em massa em uma usina com apenas uma especialidade
de produção, possibilitando pequenas usinas domésticas, capazes de alimentar parte ou todo
de instalações aonde é empregada.
Neste trabalho, nos restringiremos aos seguintes tipos de energia renovável: biomassa,
eólica, fotovoltaica e termossolar. E o objetivo é mostrar que é possível, em termos
energéticos, alimentar uma propriedade apenas com energias renováveis.
A propriedade ainda abriga todas as pessoas que a fazem funcionar e os próprios donos,
o que aumenta a carga energética necessária para a região.
A propriedade descrita, não abriga, de fato, nenhuma das explorações proposta. Sendo,
atualmente, apenas um terreno com potencial para as instalações. O projeto é baseado em
valores reais, viabilizando a execução da mesma futuramente, caso haja interesse.
2. DEFINIÇÃO DA PROPRIEDADE
A localização escolhida para a propriedade rural de gado leiteiro foi a cidade de Santo
Antônio de Pádua, localizada no noroeste fluminense do estado Rio de Janeiro, cuja
coordenada de latitude é 21º25’ e 21º40’ ao sul e de longitude, 42º00’ e 41º20’ ao oeste, e
sua altitude é de 86 metros.
Santo Antônio de Pádua tem um clima tropical, tendo mais pluviosidade no verão do que
no inverno, sendo considerado um inverno seco. A pluviosidade média anual é de 1234
milímetros, concentrando-se de novembro a março, sendo dezembro o mês mais chuvoso e
julho, o mais seco. O balanço híbrido médio da região apresenta os meses de fevereiro a
outubro com déficit híbrido e o excesso aparece em novembro e dezembro.
Os principais rios são controlados pela estrutura geológica local. A cidade é abastecida
pelo Rio Pomba que corta a cidade ao meio e é um dos principais afluentes da margem
esquerda do Rio Paraíba do Sul
Quanto à temperatura, a média da cidade é de 22.9 ºC, sendo janeiro o mês mais quente
e julho, conta com a menor temperatura. Quanto a radiação solar, o mês que apresenta o
caso de menor índice é junho, com 3.87 kWh/m².dia (Anexo A).
A vegetação original da Mata Atlântica foi praticamente devastada. Vale ressaltar que os
solos com grande capacidade de reter água não são os mais comuns visto que a estrutura
geológica deste setor fluminense é fortemente marcada por afloramentos rochosos
ocasionando solos rasos.
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As características da região são adequadas ao cultivo de gado leiteiro de tal modo que a
cidade abriga um grande número dos produtores de leite.
2.3. População
A população que reside na propriedade tem um padrão de vida simples, mas sem miséria.
O mesmo padrão de vida se aplica a funcionários e patrões, diferenciando-se primordialmente
em termos de dimensão das habitações. Não há luxo, mas todos vivem com boa qualidade
de vida.
Foram considerados 16 funcionários, dispostos em 11 casas. Acreditando que por ser uma
propriedade isolada os familiares tem tendência a participar do mesmo ramo de trabalho que
família, fazendo com que mais de um funcionário habite a mesma casa.
Foi considerado também, que cada casa de colono abriga 4 pessoas abrangendo
funcionários, cônjuges e filhos.
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Além da exploração do gado leiteiro, possui na propriedade, uma usina de laticínio, onde
o leite é resfriado, pasteurizado e homogeneizado, tudo conforme exigências. A fazenda
produz 4000 litros de leite envasados por dia, oriundos somente da produção própria.
2.6. Agricultura
Desses 95ha, 85 foram usados na produção de milho para silagem e o restante foi
ocupado por demais grãos cultivados e instalações
3. ATIVIDADE LEITEIRA
3.1. Rebanho
10
O rebanho de vaca leiteira existente na propriedade é de 255 vacas. Neste rebanho está
incluído o número de bezerras e novilhas gestantes.
O processo de manejo é uma dinâmica de difícil definição, mas representa a linha mestra
do sucesso da exploração leiteira. Como dito anteriormente, o método adotado é o
confinamento total.
O rebanho é criado em baias livres. Este método consiste em alojar os animais livremente
em um complexo de construções e áreas independentes, porém ligadas entre si. O tipo de
baia utilizado é o free-stall, que são baias individuais. O free-stall é formado de um galpão
destinado ao descanso das vacas em produção, que contém baias de contenção com
dispositivo para controle de deposição de dejetos em corredor (fosso) apropriado. Ligado a
esse galpão, a área dispõe de comedouros para a alimentação das vacas, com ligação
facilitada aos silos e fábricas de ração. E uma área de circulação com bebedouros e que
permite o controle de limpeza do corredor de dejetos.
1- Área de Confinamento
2- Área de Ordenha
3- Áreas Especiais
O piso das baias pode é de concreto, sendo a cama de material seco e macio, distribuído
com uma espessura de 10 cm. O material escolhido foi a palha (5 a 6 kg por animal).
Cada vaca da nossa propriedade é capaz de produzir 30 litros de leite por dia ao longo
das duas ordenhas diárias.
Curral de espera:
É uma área antes da sala de ordenha onde os animais esperam para ser ordenhados.
Os animais não permanecem mais de 2 horas nesta área. Esta área tem em média 1,5m² por
animal.
12
Sala de ordenha:
Antes de cada ordenha, os tetos dos animais são limpos com solução desinfetante e
secos em seguida com papel descartável, cuidado imprescindível na conservação da
classificação de leite tipo “A” e é feita uma desinfecção dos tetos após a ordenha, evitando a
entrada e multiplicação de micro-organismos.
Nesta área é feita a ordenha, que é totalmente mecânica, ou seja, não há nenhum
contato manual com o leite, o que evita contaminação e garante um padrão de qualidade.
Este método é a maneira mais rápida e higiênica para a coleta do leite. O equipamento usado
é do tipo espinha-de-peixe 6x6, ordenhando 12 animais de uma vez. A ordenha é feita em
nível superior, permitindo que o ordenhador circule pelo vão central. Ela é feita por lote e após
cada ordenha é feita uma higienização no material.
A sala de ordenha é do tipo espinha de peixe 6x6 (marca: DeLaval), linha alta, com tanque
de expansão de 4.000 L (marca: Kepler Weber), com dois motores de 5,5 HP e com as
seguintes características construtivas: 245 m² de área coberta e edificada em alvenaria de
blocos de concreto aparente, pé-direito de três metros, cobertura mista com telhas de
fibrocimento/cerâmicas e piso cimentado liso.
Local conveniente para tratar animais doentes e examinar vacas para diagnóstico de
gestação.
Área de isolamento
Também chamada de “hospital” é locada bem distante dos demais animais, para
evitar o contato de animais doentes com os sadios. Localiza-se longe de fontes de
barulhos frequentes e de movimentação de pessoas.
13
Área de tratamento
Área de maternidade
São baias de 14m² para cada grupo de 25 vacas, com piso cimentado, hanhurado,
para evitar que os animais escorreguem; e com camas. Cocho para fornecimento de
alimentos volumosos e concentrados e bebedouro.
Área de manejo
3.3. Alimentação
alimentos produzidos na própria fazenda, como silagem de milho, aveia, alfafa e feno de
capim.
Na forma líquida:
Na forma sólida:
3.5. Sanidade
O rebanho recebe cuidados sanitários tais como: preventivos (vacinas contra aftosa e
brucelose e exames de brucelose e tuberculose) e terapêuticos (antibióticos e
antiparasitários), de acordo com orientação veterinária. Todos os animais que são tratados
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com medicamentos que exijam período de carência são marcados com colares coloridos, para
facilitar sua identificação.
4. BENEFICIAMENTO DO LEITE
A fazenda trabalha em regime de 2 ordenhas, uma no período da manhã, por volta das
5:00 horas, e a outra no período da tarde, por volta das 15:00 horas, coletando
aproximadamente 2.200 e 1.800 litros de leite, respectivamente.
4.2. Envase
Ao final do processo, o leite é envasado e estocado em câmaras frias na temperatura de
4ºC, aguardando o transporte, que também é feito diariamente. O envase é feito
mecanicamente.
Mapa da distribuição
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5. CONSUMO ENERGÉTICO
5.1. Residencial
Fluorescente compacta
Tensão Fluxo luminoso (lm) Potência (W)
127V (110V) 840 15
Será adotada uma lâmpada por cômodo para qualquer dos dois tipo de moradia
Rádio 1 15 3 45 1,35
Máquina de Lavar 1 1500 0.5 750 22,5
Computador 2 25 2 100 3
Ventilador de teto 3 130 4 1560 46,8
Carregador (celular) 4 2,5 1 10 0,3
Chuveiro elétrico* 1 2000 0.15 300 9
Total 15 4345 25 5665 169,95
*Caso especial quando o aquecimento termossolar não for suficiente
A sala de ordenha é do tipo espinha de peixe 6x6 (marca: DeLaval), linha alta, com
tanque de expansão de 4.000 litros (marca: Kepler Weber), com dois motores de 5,5 HP.
O banco de gelo, que tem como função realizar o resfriamento do leite nas fases de pós-
ordenha e pós-pasteurização-, opera com dois compressores herméticos marca Maneurop de
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6.1. Fotovoltaica
6.1.1. Itens necessários no projeto de um sistema solar
fotovoltaico
Painéis fotovoltaicos
Uma única célula solar produz apenas cerca de 0.4 V quando operando na condição de
máxima potência. Dessa forma, é necessário conectar várias células em série para que
tenhamos na saída tensões mais elevadas. A essa junção de células solares dá-se o nome
de painel fotovoltaico. A maioria dos painéis é composto por algo entre 36 a 72 células. A
saída é em corrente contínua e é apropriada para sistemas de 12 V e 24 V.
Baterias
Nos casos de sistemas off-grid, ou seja, não conectados à rede elétrica convencional, as
baterias são equipamentos de extrema importância pois armazenam a energia que foi
produzida pelos painéis fotovoltaicos, permitindo sua utilização quando ocorrer a demanda
energética.
Controladores de carga
Baterias sofrem processo de descarga e portanto, devem ser carregadas. Para que o
banco de baterias sofra processo de carga, é necessário que a tensão de carga seja sempre
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superior à tensão da bateria. Caso ocorra o contrário, significa que as baterias estão enviando
energia para o sistema.
Essa tensão aplicada como carga não deve ser superior à um limite, que varia de acordo
com as especificidades de cada bateria. É igualmente importante o monitoramento, já que
descargas muito profundas podem causar danos irreversíveis às baterias do banco.
Para controle dessas variáveis é necessário um mecanismo que controle a tensão a ser
aplicada ao banco de baterias e impeça o retorno de corrente para os painéis.
Esse mecanismo é o controlador de carga, que interliga carga, bateria e painéis de forma
que o banco de baterias só sofra processo de carga enquanto a tensão presente seja menor
que a tensão nominal necessária para funcionamento a plena carga, assim como possui
diodos de bloqueio que impedem a passagem de corrente do sentido banco de baterias-
arranjo fotovoltaico.
Alguns controladores de carga possuem um dispositivo MPP (do inglês, Maximum Power
Point), responsável por rastrear o ponto de operação em máxima potência e assim fornecer a
condição ótima ao sistema.
Inversores
A energia elétrica em corrente alternada presente em nossas casas possui forma de onda
senoidal, portanto a maioria dos aparelhos é projetada para receber alimentação mais próxima
possível dessa forma de onda. Equipamentos que possuem retificador (carregadores de
celulares e computadores) não possuem desempenho afetado pela forma de onda da entrada.
Por outro lado, equipamentos mais sensíveis como máquinas elétricas, podem ter
funcionamento prejudicado e vida útil reduzida caso as formas de onda nas quais estão
conectadas sejam demasiadamente diferenciadas das senoidais.
6.1.2.1. Residencial
5830 𝑊. ℎ
𝐸𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = = 29150 𝑊ℎ
0.2
29150𝑊. ℎ
𝐶𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = = 2429,17 𝐴ℎ
12 𝑉
2429,17
𝐵𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 = = 12.15
200
5830 𝑊. ℎ
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = = 1506,46 𝑊
3.87
Porém este valor não leva em consideração possíveis perdas. As perdas nos
cabos serão aproximadas em 6%, assim como perdas por conversão de energia na
bateria (energia elétrica-química-elétrica) de 10% e outros 10% por desajuste (não
utilização de um MPPT). Assim, a potência mínima a ser suprida se torna:
1506,46
𝑃𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = = 1978,54 𝑊
(1 − 0.06). (1 − 0.1). (1 − 0.1)
1978,54𝑊
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 7,92 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠
250𝑊
26
3. Dimensionamento do inversor
Para unidades residenciais cuja potência instalada é inferior a 1kVA, deve-se ser
adotado um fator de demanda igual a 0.80 (ver Anexo). Dessa forma, a demanda
máxima será:
Logo, o inversor utilizado deverá possuir uma potência real mínima de 3548 W,
uma entrada em corrente contínua em 12 V e uma saída em 127 V.
𝑃 3548
𝑆= = = 5913,33𝑉𝐴
𝑓𝑝 0.6
5913,3 𝑉𝐴
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 = = 40%
150𝑊
1. Dimensionamento da bateria
Como as baterias a serem dimensionadas não são de ciclo profundo, será considerada
uma descarga diária de 20%.
4795𝑊. ℎ
𝐸𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = = 23975 𝑊ℎ
0.2
28
23975 𝑊. ℎ
𝐶𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 = = 1998 𝐴ℎ
12 𝑉
Aproximando a descarga diária (20%) da bateria em 4h, a partir de uma regra de três
simples, tem-se que a taxa de descarga completa se dará em 20h.
1998 𝐴ℎ
𝐵𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 = = 9.99
200 𝐴ℎ
Como já calculado no Anexo A, a região apresenta em média 3.87 horas de sol pleno
por dia. Portanto, a potência mínima que deve ser suprida pelo arranjo fotovoltaico é de:
4795 𝑊. ℎ
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = = 1239 𝑊
3.87
1239
𝑃𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = = 1627,3𝑊
(1 − 0.06). (1 − 0.1). (1 − 0.1)
1627,3𝑊
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 6,5 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠
250𝑊
Ou seja, 7 painéis de 250W são suficientes para atender a carga de cada casa de
funcionário da propriedade.
29
3. Dimensionamento do inversor
O fator de demanda a ser adotado é igual a 0.80 (ver anexo). Dessa forma, a demanda
máxima será:
Logo, o inversor utilizado deverá possuir uma potência real mínima de 3836 W, uma
entrada em corrente contínua em 12 V e uma saída em 127 V.
𝑃 3836
𝑆= = = 6363,33𝑉𝐴
𝑓𝑝 0.6
Não será utilizado um inversor de onda senoidal pura, assim como no caso anterior.
O inversor escolhido também será de onda senoidal modificada.
Como esses inversores devem trabalhar com no máximo 80% da sua potência nominal
para que se possa obter o máximo possível de eficiência, para um inversor de 150W
teremos:
6363,33 𝑉𝐴
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 = = 42,62%
150𝑊
1. Dimensionamento da bateria
𝑊ℎ
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ( )
𝑑𝑖𝑎
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑝𝑢
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 (𝑉). 𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑, 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 ( )
𝑑𝑖𝑎
264 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝐴ℎ) = = 110 𝐴ℎ
12 𝑉 . 0.2 𝑝𝑢
O painel mais apropriado deverá ser calculado através da potência mínima que ele
deverá atender:
𝑊ℎ
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑑𝑖𝑎)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙 (𝑊𝑝) = ℎ
𝐻𝑟𝑠 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣. 𝑠𝑜𝑙 𝑝𝑙𝑒𝑛𝑜 (𝑑𝑖𝑎) . 𝐹𝑝𝑝 . 𝐹𝑝𝑠
Onde:
Fpp= Fator de perda de potência. Deve-se ao fato de a tensão da bateria ser inferior
à tensão de máxima potência do painel utilizado. Consideraremos que o painel fotovoltaico
utilizado no projeto apresente uma tensão de máxima potência de 17.9 Vp.
31
Assim:
264 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙 (𝑊𝑝) = ℎ = 127.3 𝑊𝑝
3.87 . 0.67. 0.8
𝑑𝑖𝑎
Onde:
Assim,
24 𝑊 . 1.1
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 (𝐴) = = 2.2 𝐴
12 𝑉
Logo,
Descrição do produto
Módulo fotovoltaico com 36 células de sílicio policristalino
Potência nominal de 140 W
Corrente em potência máxima de 7,74 A
Tensão de potência máxima de 17.9 V
Corrente de curto circuito de 8.11 A
Tensão de circuito aberto de 22.7 V
Capacidade de geração de 690 Wh/dia
6.2. Termossolar
Para os cálculos, adotaremos o pior caso de temperatura, ou seja, o mais baixo (18,8 ºC),
a fim de garantir maior eficiência do sistema.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T (ºC) 25,9 25,8 25,3 23,7 21,2 19,4 18,8 20,3 22,0 23,3 24,0 25,0
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Placas coletoras
As placas coletoras são responsáveis pela absorção da radiação solar. O calor do sol,
captado pelas placas do aquecedor solar, é transferido para a água que circula no interior de
suas tubulações de cobre.
Reservatórios térmicos
A temperatura ambiente da água na região que usaremos é 18,8 ºC, lembrando que
estamos usando o pior caso. Consideramos que a temperatura que desejamos chegar para
34
água de banho é de 50 ºC, usando um caso mais extremo e garantindo um intervalo para
possíveis perdas.
Para projetar a colocação de nossos coletores devemos ter noção da demanda de energia
elétrica que será necessária mensalmente e determinar, de acordo com a capacidade do
coletor escolhido, a área a ser coberta.
onde:
O boiler escolhido é de 200l visto que o consumo de água quente é de 180l. E o mesmo
possui uma resistência inteira de 2kwh que é utilizada quando o aquecimento solar térmico
não foi suficiente
2. Dimensionamento do boiler
1. Dimensionamento do coletor
6.3. Biomassa
Por ser considerada uma fonte energética limpa e renovável, o interesse na utilização
de biomassa ganhou espaço no mercado de energia, passando a ser considerada uma boa
alternativa para a diversificação da matriz energética mundial e consequente redução da
dependência dos combustíveis fósseis. Por este motivo os investimentos e incentivos do setor
público e do setor privado de diversos países na produção de energia utilizando a biomassa
têm aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Baixo Custo.
38
Na maioria dos casos é proveniente da combustão, libera gases que causam o efeito
estufa.
A maioria dos tipos de biomassa tem baixa densidade, ocupando muito espaço para
armazenamento, dificultando o transporte e o armazenamento.
No Brasil, temos dois tipos principais de biodigestores que são utilizados: Modelo
Chines e Modelo Indiano:
Dimensões do Dimensões da
Capacidade do tanque digestor em
Tanque Digestor Campânula
𝒎𝟑
(d x m)
8 2,00 x 2,60 1,80 x 2,30
10 2,20 x 2,70 2,00 x 2,50
12 2,35 x 2,80 2,15 x 2,50
15 2,53 x 3,00 2,33 x 2,50
18 2,70 x 3,15 2,50 x 2,60
41
A Tabela a seguir apresenta para cada animal a produção média de esterco e biogás
por dia.
energia.
6.3.2.3 Pirólise
6.3.2.4 Gaseificação
6.3.2.6 Transesterificação
A digestão anaeróbica, assim como a pirólise, ocorre na ausência de ar, porém nesse
caso o processo consiste na decomposição do material pela ação de microrganismos
48
A digestão anaeróbia pode ser utilizada tanto em resíduos líquidos quanto em resíduos
sólidos, e a conversão da matéria orgânica em biogás pode reduzir de maneira significante o
poder poluente dos resíduos. Assim, o desenvolvimento tecnológico da biodigestão anaeróbia
está ligado à problemática do tratamento dos resíduos industriais, dos resíduos urbanos,
como é o caso dos esgotos, e dos resíduos provenientes das atividades agropecuárias, como
é o caso dos estercos.
combustão interna (ou mesmo combustão externa) e em turbinas a gás (alternativa que requer
combustíveis líquidos e gasosos, com determinadas especificações físico-químicas) e os
sistemas baseados em células a combustível.
O tipo topping ainda pode ser dividido em dois subtipos: os que operam com turbinas
de contrapressão e os que operam com turbinas de condensação e extração. No primeiro
caso, com turbinas de contrapressão, a geração de energia elétrica fica restringida pelo
consumo de energia térmica do processo de produção, já que é no processo produtivo onde
50
A seguir serão apresentados os quatro principais sistemas que podem ser aplicados a
tecnologia de geração de energia elétrica através da gaseificação da biomassa.
está acoplada a um gerador elétrico. Quando este ciclo é utilizado em processos de co-
geração se faz necessário a utilização de um gerador de vapor (caldeira) para atender às
necessidades térmicas utilizando os gases recuperados da exaustão da turbina como fonte
de energia.
Como temos 200 animais adultos estabulados, (usando o pior caso, onde produzem
30kg) produção de 6000 kg/dia somados aos 55 bezerros, também confinados, que produzem
em média 10kg/dia cada um, sendo 550 kg/dia. Então temos o total de esterco de 6550 kg/dia.
52
Restando 567 kWh/mês, que pode ser considerada uma margem de confiança pra que
tudo seja alimentado sem problemas.
53
6.4. Eólica
A partir da definição das cargas da fazenda podemos ter como metodologia desta parte
do trabalho procurar uma técnica de projeto e definição a fim de suprir as necessidades
energéticas de propriedades rurais.
6.4.1 Funcionamento
Diversos países tentaram desenvolver turbinas eólicas comerciais de grande porte, mas
elas se mostraram menos econômicas e confiáveis do que os equipamentos de tamanho
médio.
A produção de energia elétrica a partir do vento tem vantagens e desvantagens que devem
ser ponderadas
55
Vantagens:
Os parques eólicos podem ser usados para outros fins, agricultura, pastorícia ou criação de
gado;
É uma fonte barata de energia que pode competir com as fontes de energia tradicionais em
termos de rentabilidade;
Não tem uma produção constante, fatores como a falta de vento podem, durante períodos,
tornar nula a produção;
No entanto, esse mapa eólico nos fornece a média anual da velocidade do vento. Para que
a gente possa assegurar um fornecimento de energia com qualidade e estável temos que
trabalhar na condição limite, ou seja, na época do ano onde se tem a menor velocidade de
ventos e consequentemente terá a menor produção de energia. No atlas eólico podemos obter
o potencial eólico sazonal, como pode ser visto através da figura X2. Assim sendo, a partir
dos dados dos mapas, tem se que a pior incidência dos ventos na cidade é no inverno, com
velocidades de aproximadamente 3,5m/s.
A potência mecânica disponível (P) numa turbina depende grandemente (fator cúbico) da
velocidade do caudal de ar que passa através dela, o que faz com que o interesse e o
aproveitamento deste recurso variem muito com a intensidade e a direção do vento.
A potência do vento que passa perpendicularmente através de uma área circular é dada
por:
1
𝑃= 𝜌𝑣 3 𝐴
2
Onde:
P = potência média do vento em Watts [W]
Contudo, esta energia não pode ser inteiramente recuperada pelo aerogerador, pois
há que evacuar o ar turbinado; introduz-se, de modo a tornar o cálculo mais preciso, o
coeficiente Cp no cálculo da potência:
1
𝑃= 𝜌𝑣 3 𝐴𝐶𝑝
2
A velocidade de 3,5m/s por segundo do vento, foi obtida por medições anemométricas
à 50 metros do chão. No entanto, para a nossa fazenda essa altura é inviável, pois o custo
para tal seria muito caro. Para ter uma base de qual seria a velocidade do vento a uma altura
inferior a 50 metros usamos a seguinte fórmula,
Massa específica do
ρ 1.18 Kg/m3
ar
Diâmetro do rotor D 10 m
Altura da montagem h 30 m
Número de pás 3
59
Potencia Horas
Consumo Consumo
Aparelho Quantidade Nominal de
Diário/(W.h) mensal/(kw.h)
(W) uso/Dia
Misturador de
1 15000 6 90000 2700
ração
Triturador 1 27000 6 162000 3564
aquecedor
elétrico de 1 45000 3,5 157500 4725
passagem
Total 87000 15.5 409500 10989
O sistema eólico deverá, então, ser capaz de fornecer continuamente uma potência
média de 27,30KW para atender a demanda diária de energia. Nos horários do dia em que
não há geração suficiente para atender a carga, a mesma será atendida por um banco de
baterias, que deverá ser dimensionado de tal forma que seja capaz de atender a carga nos
momentos em que não há geração suficiente.
60
Cp máx % 0.42
Através da curva de potência do aerogerador vemos que a potência gerada dada uma
velocidade de aproximadamente 3m/s é de 3000W, mesmo que tenhamos uma grande
potência no vento o rendimento das turbinas é baixo para pequenas velocidades. Assim
sendo, para suprir a demanda energética da fazenda, vamos colocar 10 aerogeradores
fornecendo assim um total de carda de 30 KWh por dia.
6.4.4.3 Gerador
turbina é um gerador de imã permanente trifásico de 5KW, da empresa Ctturbine New Energy.
As especificações do gerador são:
Modelo: MDKBH
Potência: 5 KW/KVA
Voltagem: 120/240
Ciclagem: 60Hz
Fase: 1
Amperagem: 41.7 (120v) / 20.8 (240v) amps
RPM: 2900
Tamanho (Comprimento/ Largura /Altura)mm: 662x511x524
Nível de Ruído 100%: 71Db a 1 metro
Para que houvesse uma precisão maior na potência estimada deveríamos realizar um
estudo local, com dados de medições exatos e fazer um levantamento de alguns métodos
necessários como por exemplo, distribuição teórica de Weibull, extrapolação horizontal e
64
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_270_217200392411.html >
Acesso em: 14 jul. 2015
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&Itemid=199> Acesso em: 14 jul. 2015
<http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/12/fazenda-produz-70-mil-litros-de-leite-
por-dia-com-sistema-de-carrossel.html> Acesso em: 14 jul. 2015
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteCerrado/infra/15.html> Acesso
em 14 jul. 2015
<http://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodeleite/artigos/conselhos-da-embrapa-gado-de-leite-
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Acesso em: 14 jul. 2015
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_283_217200392411.html >
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Acesso em: 14 jul. 2015
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<http://www.heliotek.com.br/Downloads/Manuais/manual-sistema-aquecimento_solar.pdf> Acesso
em: 24 jul. 2015
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br/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_programas/Eficiencia_Energetica/Documents/GUI
A%20MELHOR%20CONSUMO_CARTILHA.pdf> Acesso em: 28 jul. 2015
<http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/qualidade-do-leite/avaliacao-de-desempenho-de-
salas-de-ordenha-34334n.aspx 1:52 >Acesso em: 28 jul. 2015
<http://repositorio.ufla.br/bitstream/1/532/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Sustentabilidade%20
na%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20leite%20interfer%C3%AAncia%20dos%20processos%20pr
odutivos%20no%20balan%C3%A7o%20energ%C3%A9tico%20e%20econ%C3%B4mi.pdf >Acesso em:
27 jul. 2015
<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000022004000100041&script=sci_artte
xt> Acesso em: 28 jul. 2015
<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000022006000100030&script=sci_artte
xt> Acesso em: 28 jul. 2015
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ANEXO A
1. Cálculo do índice solarimétrico do local de projeto
1.1. Cálculo da irradiação solar média
Para cálculo da irradiação solar média mensal na localidade escolhida, foi utilizado o
programa Sun Data (CRESESB/CEPEL). Foi fornecida a latitude e longitude da cidade de
Santo Antônio de Pádua como entrada e os seguintes dados foram obtidos:
A Figura A.2 mostra a irradiação solar média (kWh/m2. dia) para três cidades próximas
à Santo Antônio de Pádua: Santa Maria Madalena, Leopoldina e Itaperuna. Assumiremos a
pior média para nossos cálculos (no caso, Santa Maria Madalena, com 4,30 kWh/m2. dia).
Para projetos off-grid devemos escolher o pior caso do índice solarimétrico que
apresenta “Maior mínimo mensal”. Como pode-se observar nos dados da tabela, o mês que
apresenta o caso de menor irradiação solar é junho, com 3.87 kWh/m2. dia.
A inclinação dos painéis solares deverá ser de 37o N (trinta e sete graus de inclinação,
voltados para a face norte geográfico do planeta).
Portanto, os dados mostram que a localidade possui, em média, 3.87 horas de sol
pleno.
Foi consultado o Atlas Eólico Brasileiro do CEPEL. E esse mapa eólico nos fornece a média anual
da velocidade do vento. Para que a gente possa assegurar um fornecimento de energia com qualidade
e estável temos que trabalhar na condição limite, ou seja, na época do ano onde se tem a menor
velocidade de ventos e consequentemente terá a menor produção de energia. No altas eólico
podemos obter o potencial eólico sazonal, como pode ser visto através da figura X2. Assim sendo, a
69
partir dos dados dos mapas, tem se que a pior incidência dos ventos na cidade é no inverno, com
velocidades de aproximadamente 3m/s.
A velocidade de 3m/s por segundo do vento, foi obtida por medições anemométricas
à 50 metros do chão. No entanto, para a nossa fazenda essa altura é inviável, pois o custo
para tal seria muito caro. Para ter uma base de qual seria a velocidade do vento a uma altura
inferior a 50 metros usamos a seguinte fórmula,
𝑉 ℎ
=( )∝
𝑉0 ℎ0
ANEXO B