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Prezado(a) aluno(a)!
Você aprendeu que o sistema de coordenadas polares permite atribuir a cada ponto P do
plano R2 um par ordenado de números reais (r, θ), em que |r| representa a distância de P até
o pólo O e θ é a medida do ângulo AÔP , conforme podemos visualizar na figura abaixo:
Começamos com o item (a). Note que para o ponto P1 , temos r = 2 e θ = π/4 radianos
(o qual corresponde ao ângulo de 45o). Assim, o ponto P1 é representado num sistema de
coordenados polares como segue:
Representaremos o ponto P2 = (−2, π/4) dado no item (b). Neste caso, temos r = −2 e
θ = π/4 rad (novamente θ = 45o ). Como r é negativo, então θ é o ângulo entre o eixo polar e a
−−→
semirreta1 oposta a OP2 (isto é, P2 fica na região tracejada). Na figura abaixo está representado
o ponto P2 num sistema de coordenadas polares:
1
Conforme o Novo Acordo Ortográfico.
2
Experimente agora representar os pontos P3 e P4 apresentados nos itens (c) e (d), respec-
tivamente. Após fazer os devidos esboços, confira suas respostas com o gabarito fornecido no
final deste texto.
A pergunta natural que fazemos aqui é a seguinte: de que maneira se relacionam as coor-
denadas polares e as coordenadas cartesianas? Para responder esta questão, vamos imaginar
o sistema polar sobreposto ao sistema cartesiano de modo que a origem deste coincida com o
pólo e o eixo x com o eixo polar conforme figura abaixo:
Observe que nesta figura estamos considerando r > 0. Conforme as relações métricas no
triângulo retângulo (cujos vértices são O, P e P ′ = (x, 0)), obtemos
cateto oposto y cateto adjacente x
sen θ = = ⇒ y = rsen θ e cos θ = = ⇒ x = rcos θ.
hipotenusa r hipotenusa r
Portanto, a relação entre coordenadas retangulares e polares é dada pelo sistema de equações:
(
x = rcos θ,
(1)
y = rsen θ.
Além disso, observamos que x2 + y 2 = r 2 , pois
(c) Encontre as coordenadas cartesianas do ponto cujas coordenadas polares são (−4, π/6).
√
(d) Apresente um par de coordenadas polares do ponto ( 3, 1).
3
Para o item (a) são conhecidos r = 4 e θ = −π/3 (lembre-se que se o ângulo é medido
no sentido horário, então sua medida é negativa). Assim, usando o sistema de equações (1),
encontramos
√ !
1 3 √
x = 4 cos(−π/3) = 4 cos(300o ) = 4 × = 2 e y = 4 sen(−π/3) = 4 × − = −2 3.
2 2
√
Como conclusão, garantimos que as coordenadas cartesianas do ponto (4, −π/3) são (2, −2 3).
Passamos agora para o item (b). Queremos encontrar um par de coordenadas polares para
o ponto (3, −3), isto é, nosso objetivo será determinar
p reθ√para o ponto (3, −3).
2 2 2
Sabendo que x + y = r , teremos r = 3 + (−3) = 3 2 (escolhemos aqui r > 0). Para
2 2
Uma equação que envolve coordenadas polares é chamada equação polar. Nosso interesse,
a partir deste momento, é representar graficamente algumas equações polares.
Exemplo 1. Consideramos a equação polar θ = π/4. O gráfico desta equação consiste de
todos os pontos P = (r, θ) tais que θ = π/4. Logo, este gráfico consiste na reta r esboçada
abaixo (é a bissetriz dos quadrantes I e III):
Notamos que uma equação polar para o eixo x é θ = 0. Qual seria uma equação polar para
o eixo y?
Exemplo 2. Seja a ∈ R um número positivo. A equação polar r = a descreve a circunferência
de centro no pólo O e raio a.
2
√
Este par não é único. Se considerarmos r = −3 2, obteremos θ = 3π/4 rad.
4
Exemplo 3. Vamos o esboçar o gráfico da curva dada pela equação polar r = 1 + sen θ. Para
isso, faremos uma tabela dos valores de r associados a alguns valores de θ:
θ −π/2 −π/3√
−π/4
√
−π/6 0 π/6 π/4
√
π/3√ π/2
r 0 1 − 23 1 − 22 1
2
1 3
2
1+ 22 1 + 23 2
Marcamos no plano os pontos (r, θ) obtidos na tabela e traçamos uma curva passando por estes
pontos:
√
Repare que nesta figura foram destacados os pontos P = 1 + 22 , π4 e Q = (1, 0), ambos
obtidos na tabela anterior.
Percebemos agora que a equação não se altera ao substituirmos θ por π − θ. De fato,
Isso significa que o gráfico é simétrico ao eixo θ = π2 . Assim, basta fazer o gráfico relativo ao
intervalo [−π/2, π/2] (conforme feito anteriormente) e rebatê-lo em torno deste eixo:
5
1a ) Se a equação polar não se altera ao substituir θ por −θ, então o seu gráfico é simétrico
ao eixo polar.
Experimente esboçar os gráficos dos itens (a), (b) e (d). Após esta etapa, confira suas
respostas com o gabarito disponı́vel no final deste texto. Esboçaremos agora o gráfico da
equação polar dada no item (c).
Primeiro observamos que o gráfico de r = 2 + 4 cos θ é simétrico ao eixo polar, uma vez que
cos(θ) = cos(−θ) (lembre-se que a função cosseno é par ). Quando isto ocorre, basta tomar os
valores de θ no intervalo [0, π] e rebater a curva obtida em torno do eixo polar. Construı́mos a
seguinte tabela:
θ 0 π/6
√ π/4
√ π/3 π/2 2π/3 √3π/4 5π/6
√ π
r 6 2 + 2 3 ≈ 5, 5 2 + 2 2 ≈ 4, 8 4 2 0 2-2 2 ≈ −0, 8 2 − 3 ≈ 1, 5 -2
é chamado limaçon (palavra francesa que significa caracol ). O gráfico obtido acima é um
limaçon com laço.
Caso você tenha fica interessado na obtenção de outros gráficos de equações polares, suge-
rimos a leitura da referência [1] nas páginas 365 a 372. Agora, se seu objetivo for a construção
de gráficos usando o software gratuito GEOGEBRA, clique no link abaixo:
Gabarito:
√
Exercı́cio 2: (c) (−2 3, −2) (d) Uma resposta possı́vel é (2, −π/6).
Exercı́cio 3: (a) O gráfico da equação polar θ = π/2 consiste no eixo y. (b) O gráfico da
equação polar r = 2 é a circunferência de centro em (0, 0) e raio 2. (d) Note que o gráfico da
equação r = 4 cos 3θ é simétrico ao eixo polar. Abaixo está representada esta curva:
7
Referências Bibliográficas:
Bons estudos!