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Revisão:
Jaqueline Barbosa
Capa:
Sayuri Izumi / Rafael Wiechert Gatuzzo
2019
Índice
5
Prefácio...............................................................................................................................07
Capítulo 1 .......................................................................................................................18
Como cheguei até aqui
Capítulo 2 .......................................................................................................................32
Uma geração exausta e correndo
Capítulo 3 .......................................................................................................................41
Como saber se é a sua hora de pedir demissão
Capítulo 4 .......................................................................................................................49
Coisas terríveis que podem acontecer se você virar
nômade digital
Capítulo 5 .......................................................................................................................55
Quem são os nômades digitais?
Capítulo 6 .......................................................................................................................59
É preciso ser rico para ser um nômade digital?
Capítulo 7 .......................................................................................................................63
Vantagens do nomadismo digital
Capítulo 8 .......................................................................................................................67
Nomadismo Digital - somente flores?
Capítulo 9 ......................................................................................................................70
Como se tornar um nômade digital
Capítulo 10 ..................................................................................................................75
Os 3 melhores caminhos para sair do zero e ganhar
dinheiro enquanto você viaja o mundo
Capítulo 11 ..................................................................................................................79
Você também pode
Prefácio
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Quando nós trouxemos o conceito de Nomadismo Digital para o Brasil,
no ano de 2015, quase ninguém tinha ouvido falar nesse termo. A ideia
de poder trabalhar do seu laptop, estando em qualquer lugar do mundo,
parecia no mínimo utópica ou romântica.
Você sabia que tem gente que consegue trabalhar de qualquer lugar
do mundo levando somente o seu laptop?
A minha cabeça explodiu. Como assim isso poderia ser possível? Então
quer dizer que muita gente conseguia ganhar dinheiro, ser produtivo, sem
precisar estar fechado num escritório das 8h até às 18h?
Aquela passou a ser a nossa nova meta de vida. Não sabíamos como
faríamos isso, mas iríamos dar um jeito. Criaríamos um trabalho que
se adaptaria a esse estilo de vida, com mais liberdade e autonomia.
Nossa vida era ótima, tirando o fato de que o melhor dela acontecia
nos intervalos.
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Os momentos nos quais nos sentíamos verdadeiramente vivos
e inspirados eram aqueles que aconteciam depois do expediente. Nos
fins de semana. Nos feriados. Nas férias. Foi então que concluímos que
a vida era curta demais para ser feliz somente nos intervalos. A gente
queria viver por inteiro.
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dentre outros. Assim nasceu o Hypeness - um blog onde compilávamos
o que de mais inspirador e inovador encontrávamos na internet e assim
ajudávamos diariamente criativos de diversas áreas a terem novas
ideias.
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A agrovila em Ilhabela - SP onde moramos por 2 anos.
Depois disso, com a certeza de que nunca mais queríamos ver a mesma
vista da janela todos os dias e que não queríamos viajar somente nas
férias, arrumamos as malas de vez e adotamos um novo estilo de vida -
um estilo de vida com liberdade e autonomia.
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A partir daí, moramos em diversos lugares do mundo, ficando quanto
tempo sentíamos que deveríamos ficar: Ilhabela, Florianópolis,
Amsterdam, Barcelona, Buenos Aires, Lisboa, Montevideo, foram
alguns dos destinos entre dezenas de outros.
Percebemos que muita gente não entendia esse estilo de vida e ficava
curiosa para saber como fazíamos para gerenciar uma empresa com
mais de 20 pessoas no time, e milhões de reais de faturamento anual,
sem ter uma sede fixa. Surgiu então a ideia de criarmos um projeto para
inspirar pessoas a fazer o mesmo - e assim nasceu o Nômades Digitais,
o projeto pioneiro no Brasil a trazer a temática do nomadismo digital
para o país.
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Mais uma vez, o projeto foi sucesso instantâneo. Muita gente não tinha
ideia que esse estilo de vida e de trabalho era possível, mas assim que
ouviam a gente falar sobre essa possibilidade, as pessoas percebiam
que era isso que elas sempre sonharam em viver.
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Saímos em matérias em diversos veículos - jornais, revistas, TV - no
país, sempre inspirando pessoas e mostrando que vivemos numa época
que nos permite sim unirmos liberdade com produtividade, provando
que a ideia de que nômade digital era um mochileiro que vivia pulando
de país em país, sempre sem dinheiro, era um grande mito.
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Matéria na Folha de S. Paulo, sobre a nossa história.
Clique para ler na íntegra.
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Notamos que somente explicar de forma mais solta sobre como
se tornar um nômade digital e continuar tendo uma carreira de sucesso,
somente no blog, nas palestras, nas matérias e nas redes sociais já não
estava sendo suficiente. As pessoas precisavam de uma metodologia
guiada, passo a passo, onde aprenderiam como sair do zero e conquistar
esse estilo de vida de forma segura e estruturada. Foi assim então que
criamos o curso online Como Ser um Nômade Digital - uma metodologia
própria criada pela gente, na qual ensinamos qualquer pessoa a sair
do zero e conseguir criar um trabalho remoto, que lhe permite ter uma
carreira de sucesso, sem precisar estar fechado num escritório.
Esse foi o primeiro curso no Brasil a trazer essa proposta inovadora, que
ajudou milhares de pessoas a realizarem esse sonho e conquistarem
tanto liberdade geográfica, quanto financeira. No total, foram mais
de 2 mil alunos matriculados que, com ajuda da nossa metodologia,
conseguiram tirar esse sonho do papel e sair pelo mundo.
Nesses anos, esse fluxo nos levou para outros caminhos também.
Nossa busca pelo nosso desenvolvimento pessoal e autoconhecimento,
nos levou a uma nova paixão, no qual mergulhamos com força total,
como sempre fazemos quando sentimos esse chamado da vida.
Assim, nasceu o Você Melhor (@vocemelhoroficial), um projeto
que ajuda pessoas a se auto conhecerem e assumirem a sua vida
através de uma jornada interna.
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Seguimos nossa vida como nômades digitais, mas já sem tempo para
continuarmos tão a frente do projeto e nos dedicando 100% a ele, como
estávamos fazendo nos outros anos. Sentimos que era a hora de passar
a bola para uma pessoa que merecesse esse posto, que estivesse
fascinada por esse estilo de vida e que poderia transmitir isso para
as pessoas. Decidimos que era a hora de escolher um novo “avatar”
para representar o Nômades Digitais, sempre com nossa mentoria
e acompanhamento por trás. Ou seja, continuamos guiando o projeto
nos bastidores, mas agora com uma nova apresentadora sendo
a imagem do Nômades Digitais.
Você também pode ser mais um integrante desse time de pessoas que
entendem que não é preciso parar de viver para ter uma vida profissional bem
sucedida. Esse livro nasceu para te ensinar como dar os primeiros passos.
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Capítulo 1
Como cheguei até aqui
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Manhã de segunda-feira. Acordei 7 horas ouvindo os passarinhos
cantando. Preparei meu café, frutas e um pão na chapa. Abri a janela
e de lá vi o pé de acerola carregado quase entrando na janela. Na outra
janela, aquele marzão azul sem fim de um paraíso chamado Praia
do Rosa, no litoral de Santa Catarina.
Estou num chalézinho aconchegante que tem sido minha casa e meu
escritório no último mês.
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Enquanto olho para aquela imensidão me dou conta de que nunca fui
tão feliz.
Troco de roupa e pego a trilhazinha que vai dar na praia. Sou filha
do mar e nunca perco a chance de começar o dia com um mergulho.
Vou descalça sentindo a areia nos pés. Olho para traz e o Xamã,
o cachorro mais querido do bairro, vem me acompanhando.
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Quem me vê assim, feliz, com brilho no olho, conseguindo trabalhar
de qualquer lugar, me sentindo realizada profissionalmente e com
um estilo de vida dos sonhos, jamais poderia imaginar que, poucos anos
atrás, eu estava tendo crises de Síndrome do Pânico fechada no banheiro
de um escritório.
Minha vida até aqui não tinha sido fácil. Eu comecei a trabalhar muito
cedo, com 11 anos de idade. Eu cuidava dos filhos das minhas vizinhas
e, em troca, elas pagavam a conta de energia da minha casa.
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para colocar um sorriso no rosto e fingir que estava tudo bem, afinal,
precisamos ser fortes, não é mesmo?
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Meu visto venceu e eu voltei para o Brasil, no mesmo tempo em que
minha mãe passava por uma fortíssima crise de depressão. Nessa
mesma época, enviei mais um texto para me candidatar como colunista
do site Casal Sem Vergonha e a Jaqueline me respondeu dizendo que
meu texto tinha sido aprovado e que eles gostariam que eu começasse
a escrever semanalmente para o site. Eu quase chorei de emoção. Fui
morar com a minha mãe e, mesmo estando completamente falida, fiquei
segurando as contas da casa com o meu freela de redatora.
Nesse meio tempo, tentei também uma vaga numa Agência de Marketing
Digital, Google Partner. Pouco tempo depois fui contratada como Social
Media. A empresa era incrível, daquelas que dá gosto de trabalhar. Só
que a demanda de trabalho era muito grande e logo estava trabalhando
cerca de 16 horas por dia para dar conta. Voltei a ter fortes crises
de insônia, ansiedade e claustrofobia.
Ficar fechada naquele escritório - por mais lindo que fosse, mesmo
podendo jogar ping-pong ou escolher entre as várias opções de lanches
pro café da tarde - me dava a sensação de que a vida estava passando
pela janela enquanto eu estava lá fechada. Talvez por isso as crises
de claustrofobia.
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Estava com 29 anos quando eu saí de férias. Quando voltei, sentei
na mesa de trabalho por duas horas e sabia que eu não podia mais
continuar fazendo aquilo. Eu queria continuar mas meu corpo
simplesmente se recusava.
Ele me olhou atônito como se não tivesse escutado direito. Como assim,
você, a funcionária exemplar? Mas você parece tão feliz aqui? Mas você
acabou de voltar de férias?
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Foto tirada nas últimas férias de um
emprego formal - eu não imaginaria
que minha vida mudaria drasticamente
depois disso.
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Isso me fez entender que eu não estava precisando de férias. Eu estava
precisando de uma nova vida. Uma vida onde eu não precisasse ver
o mundo quadrado pela janela. Uma vida na qual eu pudesse trabalhar
vendo o mar, sentindo o Sol renovando minha energia. Uma vida na qual
eu pudesse ter a liberdade de ir e vir, sem que isso significasse abdicar
da minha carreira. Uma vida na qual eu pudesse trabalhar nas horas
em que eu fosse mais produtiva. Uma vida na qual eu pudesse explorar
o mundo sem precisar esperar minha aposentadoria para isso. Uma vida
na qual eu não precisasse viver somente esperando os fins de semana
e as férias. Uma vida na qual eu não odiasse as segundas-feiras.
Eu percebi que a vida era curta demais para viver somente nos intervalos.
Eu queria vivê-la por inteiro.
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com sossego e respeitando cada passo do momento.
Estou exausta de reuniões que se estendem por horas, sendo que boa parte
delas poderiam ser resolvidas com um simples email.
Eu não quero ter de acordar cedo num dia de gripe, quando vou estar
absolutamente improdutiva e sem forças. Quero esperar meu corpo
despertar e corresponder ao meu trabalho, sem passar por cima das minhas
necessidades de repouso.
Cansei de ter pressa. De comer com pressa, usar o banheiro com pressa
e viver sempre em função de alguma agenda, que não leva em conta fatores
tão importantes quanto minha felicidade.
E é por isso que eu me demito. Eu não quero mais vestir a camisa da empresa
se isto me custar o sono tranquilo à noite. Nem tomar remédios para controlar
meu stress e ansiedade, resultado de cobranças que sequer fazem sentido.
Eu me demito para conhecer, para ampliar meus horizontes e aproveitar.
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Na hora, senti meu coração acelerar, só que dessa vez com
um sentimento bom. Eu não sabia o que ela iria me falar, mas sentia
que seria alguma coisa que me daria uma luz para essa nova fase
da minha vida.
Conversei com ela e com o Emerson naquele dia e o que eles me falaram
pareceu um grande roteiro de filme: eles estavam focados em outros
projetos, e precisavam de alguma pessoa para ser a editora de conteúdo
do @nomadesdigitais. Como eles já conheciam meu trabalho com
o Casal Sem Vergonha, já sabiam da minha experiência como
freelancer, sabiam que eu gostava de viajar, sabiam que eu gostava
de me comunicar por vídeo, eles lembraram de mim e queriam saber
se eu teria interesse em fazer um teste para essa vaga.
SE EU TINHA INTERESSE
NA VAGA????
Eu quase tive um treco. Como o universo nos surpreende quando
atendemos o chamado da nossa intuição! Quase chorando, eu respondi
que sim. É claro que eu queria. Era tudo o que eu mais queria.
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dos leitores, sempre com a mentoria da Jaqueline e do Emerson por trás
me treinando em todos os passos.
A partir daí, minha vida mudou. Aprendi em meses o que eu não tinha
aprendido em uma vida de trabalho. Foi um verdadeiro MBA da vida real.
Poder viver esse estilo de vida com liberdade e ainda inspirar pessoas
a fazer o mesmo era mais do que eu jamais poderia sonhar. Quando
a gente confia na vida, ela nos dá mais do que poderíamos imaginar.
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Em mais um dos
meus escritórios
por aí.
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Nesse tempo trabalhando como editora do Nômades Digitais,
consegui viver ativamente o estilo de vida de nômade digital.
Consegui ter liberdade de viajar mais. Trabalhei de diversas cidades
diferentes. Vi muitos nasceres do Sol. Mergulhei em diversos mares.
Fiz pausa no trabalho tomando banho de cachoeira. E nunca fui tão
produtiva. E nem tão feliz.
Você está
pronto?
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Capítulo 2
Uma geração exausta
e correndo
32
Você é uma pessoa de muita sorte de estar vivo nesse momento. Você
está presenciando um momento épico, no qual as condições e moldes
de trabalho estão sendo revistos.
Na geração dos nossos pais, não existia muita opção: o caminho era
estudar, ir para a faculdade, arrumar um emprego bom e ficar por
lá a maior quantidade de tempo que conseguisse. Gostar ou não
do trabalho nem era um questionamento plausível.
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O estilo de vida das grandes cidades está deixando as pessoas exaustas
- física e mentalmente. A necessidade das pessoas irem para os grandes
centros para trabalhar, faz com que tudo vire uma grande - e cara -
disputa. Para morar perto do trabalho é preciso ter muito dinheiro para
poder comprar um apartamento bem localizado. Se você for morar longe
do trabalho, precisa se conformar em passar longas horas no trânsito
dentro do carro ou espremido em algum transporte público.
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longos dos nossos dias, repetidamente ao longo da nossa vida. Para
aprendermos a respeitar uma autoridade sem questionar. E para limitar
a nossa criatividade e autenticidade.
Estamos perdidos.
Ao entrar no mercado de trabalho esse sentimento só piora. Aprendemos
que a lei vigente é a da competição. Todo o sistema faz parecer que
a vida é uma corrida, uma constante disputa. A competitividade tem
que ser incentivada ao máximo. Viver não é mais o bastante, tem que
vencer na vida. Tem que produzir derrotados, tem que estar em conflito,
tem que estar se comparando.
Há sempre que fazer mais, bater mais metas, mostrar mais serviço.
O medo implantado propositalmente nas nossas mentes faz achar
que não há outras formas de nos sustentar se não nos submetermos
a um tipo de trabalho que muitas vezes não tem nada a ver com
a nossa verdadeira essência. Que se não estivermos batendo ponto,
com a carteira assinada e recebendo promoções de tempos em tempos,
num grande escritório, não somos ninguém.
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A nossa maior frustração é que seguimos comprando, mas a alegria
inicial dessa nova aquisição dura pouco. No começo nos sentimos cheios
de vida, animados, felizes. Mas passa pouco tempo e aquela experiência
já não faz mais brotar aquela energia dentro da gente. A alegria surgiu,
mas não conseguimos sustentá-la. A energia se foi e agora teremos que
saber o que fazer com mais aquela tralha que não vamos usar.
Olhamos ao redor e está todo mundo vivendo assim. Todo mundo meio
mal, meio perdido. Ficamos descrentes que uma saída dessa roda seja
possível. Nos sentamos no nosso sofá de couro retrátil e reclinável
e assistimos a filmes e vídeos com histórias de pessoas que tiveram
coragem de revolucionar suas vidas enquanto desistimos da nossa.
Tiramos dezenas de fotos num cenário montado para escolhermos
aquela que mais vai vender a ideia de que estamos felizes no Instagram.
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a uma velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-
dopados. Porque só dopados para continuar exaustos-e-correndo.
Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se tornou uma
barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que
chamamos de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo
é.”
Saímos do escritório,
mas o escritório não sai da gente.
O resultado disso é que vivemos uma epidemia de pessoas que
se sentem frustradas, cansadas, exaustas e perdidas. Nunca na história
da humanidade tivemos tanto conforto e facilidades, e ao mesmo
tempo nunca estivemos tão perdidos. Estamos tão exaustos que temos
medo de parar, pois se pararmos vamos sentir de cara essa
inquietação interna. Então seguimos correndo, nos movimentando,
trabalhando cada vez mais, tendo cada vez menos tempo livre.
Engatamos numa maratona sem linha de chegada. Nos prometeram
que a felicidade está em algum lugar no futuro e seguimos correndo
em direção a essa miragem.
Seguimos fazendo o que todo mundo está fazendo, sem nos perguntar
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se esse tipo de vida faz sentido pra gente. Se tem a ver com quem
somos de verdade. Caímos no paradoxo da liberdade que nos escraviza.
Preenchemos cada minuto dos nossos dias com atividades para
nos sentirmos mais produtivos, sem notar que estamos dia após dia
morrendo por dentro. Já não há mais tempo para parar, contemplar,
sentir. É o vazio de uma vida ocupada demais.
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Mundial da Saúde alerta que uma em cada quatro pessoas sofrerá
com um transtorno da mente ao longo da vida. Apesar dos números,
são raras as empresas que mantêm um programa de saúde psicológica
e emocional para seus empregados.
Não vai.
As pessoas não precisam de mais feriados e nem de férias mais longas.
O que elas precisam é repensar seu estilo de vida e de trabalho - afinal,
um anda junto com o outro. E como sabemos que a mentalidade
exploratória das empresas não vai mudar tão cedo, precisamos fazer
algo a respeito pelas nossas vidas.
Então, espero que você esteja cansado da sua rotina. Que bata aquela
certa vontade de chorar quando você tem que enfrentar o trânsito
mais uma vez. Que você sinta aquela tristeza no domingo na hora
do Fantástico. Que você não esteja feliz com as suas segundas-feiras.
É o se sentir mal que nos indica que alguma coisa está errada e que
precisamos nos mover, fazer uma transformação na nossa vida. A dor
nos coloca em movimento.
O que você vai aprender neste livro vai mudar completamente a sua
forma de enxergar as possibilidades de trabalho atuais. Este livro pode
ser um portal para um novo estilo de vida. Um estilo de vida no qual você
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possa escolher onde quer morar e por quanto tempo quer ficar, sem que
isso atrapalhe o seu trabalho. Um estilo de vida que te permita viver
viajando e trabalhando, se esse é o seu sonho. Um estilo de vida que
te permita sair dos grandes centros e morar numa cidade mais tranquila,
com mais qualidade de vida para você e para a sua família, sem precisar
se preocupar em arrumar um novo trabalho numa cidade pequena que
talvez tenha poucas possibilidades de trabalho formal. Um estilo de vida
que te permita criar a sua própria rotina - trabalhar nas horas em que
você se sinta mais produtivo e descansar nas horas em que você quer
descansar. Um estilo de vida que te permita estar mais perto dos seus
filhos e da sua família. Um estilo de vida que te dê a constante sensação
de que vale a pena estar vivo.
O estilo de vida do nômade digital é para todo mundo? Não! Mais pode
ser para você! No próximo capítulo, vamos te falar como saber se é a
sua hora certa de pedir demissão e ir buscar o seu sonho de poder viver
e trabalhar com mais liberdade e autonomia.
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Capítulo 3
Como saber se é a sua hora
de pedir demissão
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Grandes mudanças na vida exigem uma grande coragem. Sabemos que
não é fácil largar um emprego “estável” (o que é estabilidade mesmo?),
mas se você não encarar essa questão de frente, seu trabalho será um
fantasma que vai te assombrar para a vida inteira.
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44
Ser um nômade digital não é pra todo mundo. Tem gente que
se enquadra bem no modelo de trabalho das 8h às 18h, dentro
de um escritório fechado, num ambiente nada inspirador. Mas tem
gente que definitivamente seria muito mais feliz caso considerasse
a hipótese de trabalhar de uma forma mais livre e com mais autonomia.
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3. Você tem passado muito
pouco tempo com a sua família
Você chega em casa exausto e mal consegue passar tempo de qualidade
com sua família. Talvez, na hora em que você saia de manhã, seus filhos
ainda estejam dormindo. E talvez na hora em que você volte para casa
a noite, eles também já tenham ido para a cama. Somente nos fins
de semana vocês conseguem passar algum tempo de qualidade junto
e você fica triste em pensar que está perdendo a melhor fase da vida
deles enquanto está fechado num escritório.
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6. Você tem ficado doente
O stress do trabalho tem começado a deixar marcas na sua saúde. Você
se sente estressado, cansado, sem energia. Pode estar desenvolvendo
doenças relacionadas ao stress, como enxaqueca, problemas de pele,
dores nas costas, depressão, transtorno de ansiedade, fadiga extrema,
etc. É o seu corpo dizendo que algo está errado no seu caminho.
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9. Você sente que deixou seus
sonhos de lado
Você sente que passou a vida toda ajudando as pessoas a realizar
os seus sonhos, e nunca conseguiu de fato fazer algo que te realize
de verdade. Por mais que tenha crescido na carreira, e tenha uma
posição de destaque, sente que nunca colocou seus sonhos e desejos
em primeiro lugar.
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Capítulo 4
Coisas terríveis que podem
acontecer se você
virar nômade digital
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Desde que nascemos, fomos condicionados a acreditar que devemos
seguir um certo padrão para que possamos ser aceitos na sociedade.
Tudo o que é diferente pode causar constrangimento, então toda a nossa
realidade foi criada de modo a que não nos diferenciássemos do que
é considerado normal pelos padrões sociais.
Esse é um estilo de vida que pode ser interessante para muita gente,
mas por um outro lado, também existe muita gente que não se encaixa
nessa sequência de expectativas e que acha um desperdício ter que
viver conforme os padrões alheios.
Por isso, resolvemos criar uma lista com coisas que podem dar errado
caso você finalmente decida dar uma guinada na sua vida, largar
o formato clássico de trabalho das 9h às 17h, e realmente ir fazer algo
que te motive e que esteja alinhada ao estilo de vida que você gostaria
de viver:
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1. Eu posso me arrepender
muito depois
A melhor forma de checar essa informação é se basear na vida e nos
depoimentos de quem teve coragem de mudar. Dê uma passada
em sites de viagens, leia entrevistas com outros nômades digitais,
faça uma varredura por sites de pessoas que estão fazendo o que
você gostaria de fazer e tente encontrar alguém que se arrependeu
amargamente da decisão. Se você encontrar nos avise, porque
pesquisamos o tema há bastante tempo, e nunca encontramos
um depoimento de pessoas que se arrependeram de terem migrado
para um estilo de vida e trabalho com mais liberdade. Talvez algumas
pessoas se cansaram de viver viajando - OK - mas o nomadismo digital
não implica nessa obrigação, como você vai entender ao longo deste
livro.
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3. Minha carreira
vai desmoronar
Tem muita gente que acha que ser um Nômade Digital significa parar
de trabalhar e sair pelo mundo com uma mochila nas costas.
Não, nômades digitais não vieram necessariamente de famílias ricas,
nem tiraram um ano sabático, e muito menos abandonaram as suas
carreiras. A única diferença de um nômade digital para você é que,
em vez de realizar suas funções fechado num escritório, ele trabalha
de qualquer lugar, desde que tenha seu laptop consigo e uma boa
internet. Muitos nômades digitais acabam trabalhando 12h por dia,
estando numa cidade incrível, sem conseguir colocar o pé para fora
de casa. Mas em compensação, tem vários dias que eles conseguem
tirar a tarde para passear na cidade, ou ir num teatro local, ir tomar
café de frente para um parque, almoçar num restaurante diferente, etc.
Ou seja, se a sua carreira ia bem num escritório, ela vai continuar indo
bem mesmo você estando sem uma localização fixa, afinal, você
continuará trabalhando do seu computador.
As pessoas que usam esse argumento não perceberam que têm gastado
muito mais dinheiro estando paradas do que se estivessem viajando.
Ter uma vida nos moldes tradicionais das grandes cidades é caro, muito
caro. E viajar pode ser surpreendentemente mais barato, se você for
inteligente.
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Os Nômades Digitais usam o câmbio ao seu favor e assim se tornam
“ricos” sem ter que trabalhar mais. Como eles conseguem? Uma das
formas mais eficazes é viajar e viver em países no qual a moeda valha
menos do que a moeda na qual eles recebem seu dinheiro. Explicaremos
mais sobre isso mais para frente neste livro.
6. Meus filhos
vão ser prejudicados
Ser um nômade com filhos, era uma grande dificuldade anos atrás, mas
hoje a tecnologia mudou esse cenário. Há tempos que tem surgido um
debate sério acerca da necessidade urgente das escolas tradicionais
se adaptarem à realidade atual. O mundo mudou e as escolas continuam
as mesmas da geração dos nosso pais. Sendo assim, é óbvio que esse
sistema educacional atrasado esteja formando jovens desmotivados,
repreendidos e com potenciais desperdiçados.
Enquanto o governo não se move para criar uma solução para esse
problema latente, as pessoas estão encontrando soluções eficazes para
contornar a situação. Um dos métodos que estão sendo mais adotados
são as metodologias que ensinam através da internet, como a Khan
Academy (que hoje tem mais de 43 milhões de alunos pelo mundo),
e várias outras. O objetivo é oferecer um ensino interativo e muito mais
motivacional para uma geração que não consegue mais focar somente
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em uma coisa de cada vez. A educação precisa se adaptar à velocidade
do pensamento dessa nova geração, e um quadro negro acompanhado
de um professor falando, cada dia mais se provam ineficazes.
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Capítulo 5
Quem são
os nômades digitais?
55
Segundo a Wikipedia: “Nômades digitais são pessoas que aproveitam
as tecnologias (internet, laptops, smartphones) para desempenharem
as suas funções de trabalho, e mais geralmente conduzem suas vidas
de forma nômade. Essas pessoas normalmente trabalham remotamente
a partir de casa, cafés, bibliotecas públicas e até mesmo de motocasa
ou campervan para realizar tarefas e objetivos que eram tradicionalmente
executados em um único local de trabalho fixo.”
Elas se deram conta de que o tempo é um artigo de luxo e que não faz
sentido ficar preso num escritório durante os melhores anos da sua
vida – quando você está saudável e cheio de vida – para juntar dinheiro,
se aposentar com mais de 60 anos e aí sim poder viajar ou morar numa
cidade mais tranquila. Querem viver isso agora.
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divertido durante uma fase da vida, mas a maioria das pessoas se cansa
desse estilo de vida em algum momento e buscam mais estabilidade.
Então nós gostamos de definir os nômades digitais como aqueles que
não precisam estar num lugar específico para trabalhar. Eles levam seu
trabalho com eles em seu laptop.
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em que prefere.
Certo, mas você deve estar pensando - bom, para viver esse estilo
de vida é preciso ser rico, não é mesmo? Como as pessoas conseguem?
Você vai entender isso no próximo capítulo.
58
Capítulo 6
É preciso ser rico
para ser um nômade digital?
59
“Eu não tenho dinheiro para viajar. Viajar é caro.” Esse é um raciocínio
razoável à primeira vista, mas que pode ser facilmente desbancado.
As pessoas que usam esse argumento não perceberam que têm gastado
muito mais dinheiro estando paradas do que se estivessem viajando.
Ter uma vida nos moldes tradicionais das grandes cidades é caro, muito
caro. E viajar pode ser surpreendentemente mais barato, se você for
inteligente. Os Nômades Digitais usam o câmbio ao seu favor e assim
se tornam “ricos” sem ter que trabalhar mais.
Como eles conseguem? Uma das formas mais eficazes é viajar e viver
em países no qual a moeda valha menos do que a moeda na qual
eles recebem seu dinheiro. E com a globalização, lugares que antes
eram perigosos para viajantes, hoje recebem turistas do mundo todo
e provavelmente são tão ou mais seguros do que o local onde você vive.
60
Ou seja, viver em São Paulo custa pelo menos 20% a mais do que viver
em Florianópolis. E você também precisa lembrar que, ao trabalhar
de casa, você gastará muito menos com transporte, estacionamento,
almoço em restaurante todo dia, etc, então essa diferença seria muito
maior.
Se formos comparar com uma cidade onde tem uma moeda mais
desvalorizada do que a nossa, como Chiang Mai na Tailândia, a diferença
é ainda maior, chegando a 38%, como você pode ver abaixo:
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Ou seja, só de você estar morando em uma grande cidade no Brasil como
São Paulo e tendo que se deslocar para trabalhar diariamente, seu custo
de vida já é super alto! Isso significa que, sem precisar gastar mais, você
poderia escolher viver em várias outras cidades, levando o seu trabalho
com você e vivendo com muito mais qualidade de vida.
Agora que você já quebrou o mito de que é preciso ser rico para ser
um Nômade Digital, você deve estar se perguntando: “tá, mas como
eu faço para me tornar um nômade digital na prática?” É sobre isso que
falaremos no próximo capítulo.
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Capítulo 7
Vantagens
do nomadismo
digital.
63
A gente não tem como fugir de trabalhar. Precisamos de dinheiro para
viver uma vida confortável. O grande problema está na forma com a qual
estamos sendo condicionados a trabalhar durante as últimas décadas.
Se pararmos pra pensar, esse estilo de vida considerado como “normal”,
faz com que as pessoas se comportem como zumbis. De casa pro
trabalho, do trabalho pra casa, muitas horas num lugar fechado, tendo
que pegar trânsito para se locomover. A gente não foi feito pra isso.
Esse estilo de vida é capaz de tirar toda gota de motivação de qualquer
pessoa a longo prazo, mesmo que tenham um alto salário. As pessoas
estão ficando doentes e isso se deve em muitos dos casos a esse estilo
de trabalho estressante que já não faz mais sentido. A internet veio para
nos libertar.
Podemos ser produtivos e ter uma carreira de sucesso, sem que isso
signifique passar a maior parte das nossas horas fechados, fazendo
reuniões desnecessárias, e gastando um precioso tempo com locomoção.
A gente não é contra ganhar dinheiro, muito pelo contrário. Somos a favor
de ganhar dinheiro, mas sem que isso signifique ter de abdicar de 80%
do seu tempo, e passar a viver somente nos intervalos do expediente.
Separamos aqui algumas vantagens do nomadismo digital:
2. Flexibilidade de horário
Ser um nômade digital não vai te fazer trabalhar menos. Não se iluda.
Se você acordar e pensar “hoje eu vou ficar o dia inteiro na cama” você
pode, mas isso provavelmente vai atrapalhar a sua produtividade,
e o trabalho vai acumular ou você não vai ganhar tanto dinheiro quanto
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poderia. Você passa a ser seu próprio chefe, por isso precisa ter disciplina.
Você vai continuar trabalhando as mesmas horas que antes. Só que
o lado bom é que você pode escolher os horários nos quais você vai
trabalhar, horários nos quais você se sente mais produtivo, etc.
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te explicar como fazer isso nos próximos capítulos.
Mas então significa que os Nômades Digitais têm uma vida perfeita?
Não é bem assim. Você vai entender melhor no próximo capítulo.
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Capítulo 8
Nomadismo digital-
Somente Flores?
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Muita gente vive essa ilusão de que os nômades digitais têm a vida
perfeita - afinal, como você pode ser infeliz trabalhando da praia?
Então não podemos te prometer que você será feliz sendo nômade
digital, mas podemos te garantir que você vai ter a possibilidade de viver
um estilo de vida fantástico. Um estilo de vida com a liberdade de poder
ESCOLHER onde quer estar, sem precisar abrir mão do seu trabalho.
Liberdade de poder ir e vir. Liberdade de criar sua própria carreira sem
precisar estar fechado num escritório.
O legal é que você vai ter viajado bastante e vai poder escolher
um lugar que tenha mais afinidade para chamar de casa. Vai ser o lugar
onde você vai ter suas coisas, é o lugar para onde você vai querer voltar
quando se cansar de viajar. Isso não significa que você não vai mais ser
um nômade digital e sim que você vai ter a liberdade de ficar nesse lugar
quando quiser e de viajar quando quiser. A maioria dos nômades digitais
atualmente passa uma média de 6 meses por ano em um lugar fixo
e os outros 6 meses viajando. Nada mal, não?
Outro mito que precisa ser quebrado é que você vai trabalhar menos sendo
um nômade digital. Isso não é verdade. Você vai continuar trabalhando
bastante, talvez até mais porque vai se sentir mais motivado. Só que
é diferente de trabalhar várias horas e depois ter que sair do escritório
e pegar um trânsito infernal, do que encerrar o seu expediente, fechar
o computador, e poder dar um passeio na praia, ou assistir a um filme,
ou fazer qualquer coisa que seja um lazer para você. A gente trabalha
bastante sendo nômades, mas a vida fica mais leve no geral.
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Então, não: não estamos te prometendo a felicidade. Mas estamos
te garantindo que vale a pena. Vai exigir esforço, vai exigir superar
desafios, mas depois que você conseguir se estabilizar nesse estilo
de vida e trabalho, você vai se perguntar porque demorou tanto para
fazer essa escolha na sua vida.
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Capítulo 9
Como se tornar
um nômade digital
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Paulo era um contador que trabalhou a vida inteira no ambiente
corporativo. Como ele sempre foi muito bom no que ele fazia, ele foi,
ao longo da vida, conquistando promoções e subindo de cargo. Só que
por mais que todo mundo o visse como bem sucedido na carreira, por
dentro, algo não ia bem.
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Ou seja - para ser um nômade digital, você pode empreender ou pode
atuar como prestador de serviços. A única condição é você atuar num
trabalho que possa ser feito de casa, do seu computador. As profissões
escolhidas pelos nômades digitais são as mais diversas. Listamos
algumas das mais comuns:
• Revisor de textos;
• Contador;
• Tradutor;
• Web Designer;
• Programador;
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• Agente de viagens/ Guia para estrangeiros;
Esses são alguns exemplos, mas existem milhares de outros que podem
ser adaptados de formas criativas para o nomadismo digital.
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Ou seja, as possibilidades de você entrar no nomadismo digital
são muitas, basta encontrar quais se encaixam mais na sua área
de atuação e no seu perfil. Dentro de todas as possibilidades
que falamos, todas podem ser encaixadas em 3 áreas macro:
prestador de serviço, influenciador digital ou infoprodutor. Falaremos
mais sobre essas opções no capítulo a seguir.
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Capítulo 10
Os 3 melhores
caminhos para sair
do zero e ganhar dinheiro
enquanto você viaja
o mundo
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Independente da sua profissão, ou da sua área de atuação, para ser
um nômade digital você eventualmente vai se encaixar em uma dessas
áreas macro: prestador de serviços, influenciador digital ou infoprodutor.
Talvez você não saiba o que sejam essas coisas e provavelmente não
entenda bem como ganhar dinheiro com elas. Mas é isso que você vai
aprender neste capítulo.
Vamos lá:
1. Prestador de Serviços
Prestação de serviços é a forma mais tradicional de ser um nômade
digital. Por exemplo, a empresa da Jaqueline e do Emerson, que abriga
o projeto Nômades Digitais e outros, tem mais de 20 pessoas
no time, todos eles prestando serviços remotamente em áreas como
contabilidade, financeiro, programação, jornalismo, marketing, social
media e por aí vai.
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elas procuram os chamados influenciadores digitais.
3. Infoprodutor
Um dos mercados mais aquecidos do momento é o mercado
de infoprodutos. O que são infoprodutos? São produtos como cursos,
livros, palestras, congressos que acontecem 100% online. Ou seja -
a pessoa pode escrever um livro e fazer todo o trâmite de tentar vender
a ideia pra uma editora e se conseguir, levar somente 10% do valor
no final do mês - que é a média que as editoras repassam para o autor.
Ou pode fazer uma escolha muito melhor - criar o mesmo livro em versão
online e ficar com a maior parte do lucro. É claro que para isso você vai
precisar saber as estratégias de marketing pra divulgar esse produto
e também para construir audiência.
Isso também vale para cursos - você pode criar um curso presencial,
e conseguir 20 alunos (por questão de estrutura, espaço, etc) ou pode
gravar esse mesmo curso e fazê-lo chegar para milhares de pessoas,
coisa que jamais seria possível num curso presencial. Isso também te
ajuda a alcançar pessoas de diferentes cidades: se você fizer um curso
presencial em São Paulo, por exemplo, dificilmente vai conseguir atrair
alguém que seja de Belo Horizonte. Agora se o curso for online, qualquer
pessoa pode participar, mesmo se estiver em outro continente.
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Acreditamos que TODAS as pessoas têm algum conhecimento que
poderia ser transformado em produto. Por exemplo: tocar violão,
ensinar pessoas que tem medo de dirigir, orientar pais com filhos
pequenos, ensinar manter a forma, ensinar programação, ensinar como
tirar boas fotos, etc. Às vezes aquelas habilidade que você tem, e que
não necessariamente é a sua profissão, pode virar um produto para ser
vendido para seus leitores. Por exemplo: se você cria um curso online
de fotografia cobrando R$ 49,90 pela inscrição, e conseguir vender 300
cursos por mês, isso dá R$ 14.970,00 reais por mês. Sem sair de casa.
É claro que existe técnica por trás de todos esses caminhos. Você quer
viver uma nova vida e por isso vai ter que aprender como chegar lá.
É por isso que criamos o curso Como Ser Um Nômade Digital, que ensina
passo-a-passo, de forma estruturada e segura, como sair do zero
e conseguir criar um trabalho remoto que te dê bastante dinheiro
e que te permita ser livre para trabalhar de onde quiser. Nós abrimos
poucas turmas por ano. Se você quiser ser avisado sobre a próxima
turma do curso, deixe seu contato aqui.
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Capítulo 11
Você também pode!
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Se você chegou até aqui neste livro, provavelmente você está sentindo
um frio na barriga e aquela excitação boa que sentimos quando nos
deparamos com uma ideia que explode a nossa mente, certo?
Parabéns - isso significa que você foi picado pelo bichinho do nomadismo
digital e que, a partir de hoje, essa ideia não vai mais sair da sua cabeça!
Então, este livro é para dizer que, se eles conseguiram, você também
pode.
Para isso basta você se dedicar a ele mais do que todas as outras pessoas
que estão sonhando o mesmo sonho. Para ser realizado, todo sonho
cobra um preço emocional e físico. Reflita se você está disposto a pagar
antes de dar o primeiro passo. Se a resposta for sim, você já começou
a sua jornada. Toda jornada começa com uma decisão interna e, pelo
que parece, você já tomou a sua.
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Não existe atalho para qualquer destino que valha a pena. E podemos
garantir que poder viver e trabalhar com liberdade é uma das coisas
nessa vida que mais vale a pena.
Siga esse chamado do seu coração. Faça a sua história valer a pena.
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