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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEP. DE ENG. ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL

TRABALHO 1

Disciplina: Concreto protendido


Prof. Joaquim Mota

Período: 2019-1

Equipe:

Aluno Turma
01 Márcio Alves de oliveira 1

Data de Entrega:

01 07

Protendido – Folha de Trabalho


Obra: PONTE SOBRE O RIO SÃO FRANCISCO

1. Justificativa da protensão
No caso da ponte sobre o Rio São Francisco (Propriá), a protensão foi usada para
conferir as vigas menor altura, e menor peso, facilitando a montagem. Com a
redução altura se tem uma maior distância em relação a cota do fundo do rio,
aumentando a vazão que pode passar sob a ponte.
Nesta obra também existe um arco de 90m de vão, devido a alta carga que este arco
joga nas longarinas, foi necessário protender as longarinas para minimizar o esforço de
tração. As estrutura ficou escorada até que a protensão das longarinas fosse
concluída. A estrutura metálica foi fabricada pela M. Hispano. A fig 5 mostra a ponte
mentálica.
Nesse trabalho apenas a protensão do trecho em vigas de concreto será comentado
a seguir.

2. Tipo de protensão utilizada


Para execução da Ponte sobre o Rio São Francisco optou-se na execução das vigas
por uma solução de protensão de com aderência posterior. Nesse caso a protensão é
aplicada sobre uma peça de concreto já endurecido e a aderência se dá a posteriori
através da injeção de uma calda de cimento que é introduzida por um sistema de
bombas injetoras nas bainhas. Na sequência os cabos e cordoalhas são tracionados
através de macacos hidráulicos ate atingirem uma tensão determinada em projeto.

3. Materiais e equipamentos utilizados na protensão

Materiais
-190 RB D=12,7 mmm
-190 RB D=15,2 mm

Bainha metálica Di=95 mm P/12 D=15,2 mm

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D=12,7 mm

extrusão.

Equipamentos

o 9 a 19 Ø 15,2mm;

imes, plataformas e equipamentos se necessários para a execução dos


serviços de protensão e injeção do(s) cabo(s)

4. Recomendações de projeto para a execução da


protensão

Para a execução da protensão das vigas da ponte, o projetista listou uma serie de
cuidados requeridos durante a execução de forma a que a estrutura se comporte da
forma como ela foi projetada.
Dentre esses cuidados ficou estabelecido que a protensão deve ser realizada somente
após 28 da concretagem ou quando a peça atingir o fck de projeto, 35Mpa; que os
cabos devem ser protendidos até que a força teórica de protensão seja atingida pelo
macaco de protensão, sendo que essa força em hipótese alguma deve ser
ultrapassada.
Ademais o projetista determinou que em caso de ocorrência de discrepâncias
superiores a 10% do alongamento estas devem lhe ser comunicadas para análise, e
posterior liberação para colocação da pasta de cimento.

Protendido – Folha de Trabalho


Consta também que a força parcial para retirada da viga do berço deve
corresponder a corresponder a 45% da força de protensão final, não sendo possível
reprotensões sem autorização expressa do projetista.

Numero Ordem de Protensão total


do cabo protensão Tipo de protensão Alogamentos
Lado a Lado b Força Lado a Lado b
1 4 ATIVA ATIVA 168 11,53 11,53
2 3 ATIVA ATIVA 168 11,57 11,57
3 2 ATIVA ATIVA 168 11,64 11,64
4 1 ATIVA ATIVA 168 11,76 11,76

Tabela 1 – Força de prontesão máxima

5. Execução

1. Instalação das ancoragens e dos cabos


Os fios e cordoalhas deverão ser cortados de acordo com o projeto e apresentar-se
isentos de sujeira, óleo ou outras substâncias estranhas, tolerada uma leve oxidação,
desde que superficial, leve e uniforme, sem pontos de corrosão na superfície.
As ancoragens são fixadas à forma através de parafusos.. A proteção das ancoragens
e das conexões das bainhas contra a penetração de calda de cimento é feita com
fita adesiva.

2. Protensão
Instalação do bloco, das cunhas e do "pente" nas cordoalhas; fixação do anel de
tensionamento na placa de ancoragem, por meio de dois parafusos, para assegurar
seu alinhamento com o cabo; Em seguida, coloca-se o macaco nas cordoalhas e
faz-se o tensionamento do cabo até atingir a tensão requerida ou até a máxima
abertura do macaco – o macaco encunha automaticamente as cordoalhas.

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Posteriormente faz a cravação das cunhas no bloco de ancoragem, através do pistão


de encunhamento e o alívio da tensão e do pistão de encunhamento e
reposicionamento do macaco no anel de tensionamento, para executar as novas
fases de tensionamento se eventualmente necessárias para atingir a tensão final de
projeto. Finalizada a cravação, remoção do macaco, do "pente" e do anel de
tensionamento.

3. Injeção

A injeção é executada com a utilização de bombas elétricas, do tipo pistão , com a


pressão podendo variar de 1,5MPa a 2,0MPa, ou ainda podem ser necessárias
pressões maiores em cabos verticais ou com grande desnível. A velocidade de injeção
do cabo deve variar de 60,m a 12,0 m por segundo, controlada por um dispositivo de
regulagem de vazão.
As bombas devem possuir manômetros aferidos, com precisão de 0,1MPa e permitir
que as pressões altas sejam obtidas progressivamente e mantidas no fim da injeção.
Para permitir a cura da calda sob pressão, são utilizadas válvulas especiais.
Nas caldas de cimento o fator água/cimento foi mantido o mais baixo possível para
garantir melhor fluidez da calda.

6. Controle da tensão de protensão

Primeiramente o aparelho de O equipamento de tensionamento deve permitir o


controle e a graduação da força total aplicada, sem que sejam introduzidas tensões
secundárias perigosas no cabo, ancoragem ou zona de ancoragem. Ademais,
sempre que duas ou mais cordoalhas sejam tensionadas simultaneamente devem
apresentar comprimento aproximadamente igual entre os pontos de referência iniciais
nas ancoragens e as extensões verificadas e deve apresentar pequenas variações
quanto as extensões previstas.

Protendido – Folha de Trabalho


O ajuste da tensão deve ser feito de acordo com as indicações do Projeto, de onde
pode resultar o alongamento ou o encurtamento do cabo. No caso de necessidade
de encurtamento, devem ser consideradas as situações :
Se a extensão pretendida é > 40 mm; o ajustamento pode ser feito com um macaco
monocordoalha. Caso contrário, o ajustamento deve ser feito por afinação do sistema
de ajustamento da ancoragem regulável.
Além disso, as operações de ajustamento executadas através do sistema de
ancoragem regulável devem ser feitas com uma precisão de:
± 1 mm para extensão ou encurtamento;
± 2 % na medição da tensão no tirante.
E o equipamento de medição deve ser calibrado nas condições representativas do
funcionamento em obra e acompanhado pela Fiscalização.

7. Cuidados de inspeção do material

Devem ser exigidos certificados de ensaios do material fornecidos pelos fabricantes,


contendo data de realização dos ensaios, identificação do lote, com a quantidade e
numeração respectiva dos rolos ou carretéis e as características dimensionais,
mecânicas e químicas do lote.Além de adotar ainda os procedimentos seguintes:
a) verificar a integridade física das armaduras;
b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;
c) analisar as características do material utilizado pelo comprador;
d) realizar ou contratar firmas especializadas para o controle de qualidade do
material.
As amostras deverão ser retiradas da extremidade de cada rolo ou carretel, com
comprimento suficiente para três corpos de prova e não deverão ser submetidas a
nenhuma forma de tensionamento ou de aquecimento após a fabricação.

CORDOALHAS
Variação de Peso Admissível
A variação admissível do peso nominal especificado não poderá exceder a 2%. Se da
verificação do diâmetro dos arames redondos se constatar possuírem uma diferença
0.03 mm não é necessário ensaio de pesagem.

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Defeitos de Superfície
Poderão ser aceitáveis defeitos superficiais longitudinais desde que sua profundidade
seja inferior a 4% do diâmetro nominal do fio.

Linearidade/ Tolerâncias
As bobinas deverão ter um diâmetro suficiente grande de forma a assegurar que a
flecha no interior da curva de um provete de cordoalha com 1 m de comprimento,
apoiado livremente numa superfície plana não seja superior a 25 mm/m.

Corte e preparo de cordoalhas


No corte e preparo das cordoalhas, os fios não deverão desenrolar-se, caso ocorra
esta situação, os mesmos deverão ser reposicionados e mantidos na posição original
sem dificuldade. O corte das cordoalhas, após tensionamento e/ou ajuste final,
deverá ser executado com equipamento rotativo de alta velocidade, com disco de
corte ou uma serra de aço rápido a uma distância da ancoragem de pelo menos um
diâmetro, ou outro método mecânico previamente aprovado pela fiscalização.

Homologação da cordoalha
As cordoalhas deverão ser garantidas pelo fabricante das cordalhas em atenção às
normas Brasileira.

Proteção contra Corrosão


A oxidação no aço não será aceitável. As cordoalhas deverão ser protegidas da
aspersão de água salgada, do ambiente úmido marítimo e de outros meios deletérios
para o aço. Deverá ser mínima a exposição direta ao ar e a meios com elevado teor
de umidade.

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Figura1 – Pracha de viga protedida 01

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Figura2 – Prancha de viga protendida 02

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8. Fotos

Figura 3- Detalhe da protensão

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Figura 4- Vista do canteiro de obras

Figura 5- Vista da execução da obra

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Figura 6- Vista inferior da ponte

Figura 7- vista Ponte Propriá

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