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UFPB - CCEN - Departamento de Matemática

Séries & EDO Prof. MPMatos


Exame Final de Avaliação

gabarito A

01. Veri…que, com detalhes, a convergência ou não das sequências

2n ( 1)n n
an = ; bn = n sen (1=n) e cn = :
3n 2 ln n

Solução:
Recordemos que uma sequência ser convergente signi…ca ter limite …nito. Temos:

2n 2
lim an = lim = lim = 2=3 ) (an ) convergente.
3n 2 3 2=n
sen (1=n)
lim bn = lim n sen (1=n) = lim = 1 ) (bn ) convergente.
1=n
n 1
lim jcn j = lim = (L’ôpital) = lim = lim n = 1 ) (cn ) divergente.
ln n 1=n

Em cada caso dê um exemplo do que se pede.


02. Uma sequência (an ) alternada e convergente.
Solução:
( 1)n
A sequência de termo geral an = é alternada, devido a presença do fator ( 1)n ; e convergente
n
com limite zero.

X p
03. Uma sequência (an ) divergente e tal que a série an = n seja convergente.
Solução:
Consideremos a sequência an = ( 1)n . As subsequências par (a2n ) e ímpar (a2n 1) convergem para
valores distintos e, portanto, a sequência (an ) é divergente. Por outro lado,
X an X ( 1)n
p = p é convergente, pelo critério de Leibniz.
n n

1
X 2n+1
04. Calcule a soma da série geométrica .
3n 1
n=2
Solução:
X1
Inicialmente colocamos a série na forma padrão rn 1; 1 < r < 1; e em seguida usamos a
n=1
fórmula
1
X 1
rn 1
= :
1 r
n=1

2n+1
Se …zermos an = ; teremos:
3n 1

1
X 1
X 1 h
X i
2n+1 2n+1 1
= a1 + = 4+ 4 (2=3)n 1
= 4+4 = 8
3n 1 3n 1 1 2=3
n=2 n=1 n=1

1
X n2 + 1
05. Mostre por comparação que a série p é divergente.
n=1
n4 + n3 + 2
Solução:
Comparando frações, temos:

n2 + 1 n2 n2 1
an = p p p = = bn :
n4 + n3 + 2 n4 + n4 + 2n4 4n 4 2
P
Ora, a série 1=2 é divergente (como consequência do critério do n-ésimo termo) e por comparação
P
deduzimos que an também diverge.

06. Represente a função f (x) = 1=x em série de potências de x + 2:


Solução:
Vamos usar uma série geométrica para chegar ao resultado. Temos:
1 1
1 1 1 1 1X x+2 n X (x + 2)n
= = x+2 = =
x 2 + (x + 2) 2 1 2
2 2 2n+1
n=0 n=0

x+2
e a representação será válida quando 2 < 1, isto é, 4 < x < 0:

Considere a função 2 -periódica f (x) de…nida no intervalo x por

1; se x 0
f (x) = 2x; se 0 < x =2
1, se =2 < x

07. Esboce o grá…co de f no intervalo [ 3 ; 3 ] ;


Solução:

2
08. Se F (x) é a soma da série de Fourier de f no ponto x, calcule: F ( 2 ) + F (0) F ( =2) :
Solução:
1
De acordo com o Teorema de Fourier o valor da série de Fourier no ponto x é: F (x) = 2 [f (x+ ) + f (x )].
Observando o grá…co de f (x) deduzimos que

1
F ( 2 ) + F (0) F ( =2) = 2 [0 1] + 12 [0 1] 1
2 [1 ]= 2
3
2

09. Determine a solução geral da EDO y 00 4y 0 + 3y = x + 1:


Solução:
1o Passo: Solução geral da EDO homogênea associada.
2
A equação característica é 4 + 3 = 0, com raízes reais 1 =3e 2 = 1. A solução geral é:

yH (x) = C1 e3x + C2 ex

2o Passo: Solução particular da EDO não homogênea.


Uma solução particular é suposta da forma yP = Ax + B e substituindo essa solução na EDO encon-
tramos:
4A + 3 (Ax + B) = x + 1, isto é, 3Ax 4A + 3B = x + 1:

Igualando os coe…cientes, obtemos A = 1=3 e B = 7=9. A solução yP procurada é, portanto:

yP (x) = 13 x + 7
9

O prncípio da superposição estabelece que a solução geral da EDO é:

yG (x) = yH (x) + yP (x) = C1 e3x + C2 ex + 31 x + 7


9

3
10. Determine a curva integral da EDO x2 y 2 + 2 dx 2xydy = 0 que passa no ponto A (1; 1) :
Solução:
Trata-se de uma EDO exata, porque

@ @
x2 y2 + 2 = 2y = ( 2xy)
@y @x

e a curva integral que passa no ponto A (1; 1) é dada por:


Z x Z y
P (t; 1) dt + Q (x; t) dt = 0 ,
1 1
Z x Z y
2
t + 1 dt 2xtdt = 0 ,
1 1
x y
t3 t2
+t 2x = 0,
3 1 2 1
x3 4
+x x y2 1 = 0,
3 3
x3 3xy 2 + 6x = 4

4
UFPB - CCEN - Departamento de Matemática

Séries & EDO Prof. MPMatos


Exame Final de Avaliação

gabarito B

01. Veri…que, com detalhes, a convergência ou não das sequências

( 1)n n ( 1)n ln n
an = ; bn = n sen (2=n) e cn = :
3n 2 n

Solução:
Recordemos que uma sequência ser convergente signi…ca ter limite …nito. Temos:

2n 2
lim a2n = lim = lim = 1=3 e lim a2n 1 = 1=3. Logo, (an ) é divergente.
6n 2 6 2=n
sen (2=n)
lim bn = lim n sen (2=n) = 2 lim = 2 ) (bn ) convergente.
2=n
ln n 1=n
lim jcn j = lim = (L’ôpital) = lim = lim 1=n = 0 ) lim cn = 0 ) (cn ) convergente.
n 1

Em cada caso dê um exemplo do que se pede.


02. Uma sequência (an ) limitada, alternada e cdivergente.
Solução:
A sequência de termo geral an = ( 1)n é alternada, limitada, porque jan j = 1; e as subsequências
par e ímpar convergem para valores distintos. Logo, (an ) é divergente.

X p
03. Uma sequência (an ) com limite zero e tal que a série an = n seja divergente.
Solução:
p
Consideremos a sequência an = 1= n. É claro que lim an = 0 e, por outro lado,
X an X1
p = é a série harmônica divergente.
n n

1
X 2n 1
04. Calcule a soma da série geométrica .
3n+1
n=2
Solução:

5
X1
Inicialmente colocamos a série na forma padrão rn 1; 1 < r < 1; e em seguida usamos a
n=1
fórmula
1
X 1
rn 1
= :
1 r
n=1

2n 1
Se …zermos an = ; teremos:
3n+1
1
X 1
X 1 h
X i
2n 1 2n 1 1
= a1 + = 1
9 + 1
9 (2=3)n 1
= 1
9 + 1
9 = 2=9
3n+1 3n+1 1 2=3
n=2 n=1 n=1

1
X n
05. Mostre por comparação que a série p é divergente.
n=1
n3 + 1
Solução:
Comparando frações, temos:

n n n 1
an = p p p = p = bn :
n3 +1 n3 + 3n3 4n3 2 n
P 1 P
Ora, a série p
2 n
é uma p-série divergente e por comparação deduzimos que an também diverge.

06. Represente a função f (x) = 1=x em série de potências de x 2:


Solução:
Vamos usar uma série geométrica para chegar ao resultado. Temos:
1 1
1 1 1 1 1X x 2 n X (x 2)n
= = = =
x 2 + (x 2) 2 1 + x2 2 2
n=0
2
n=0
2n+1

x 2
e a representação será válida quando 2 < 1, isto é, 0 < x < 4:

Considere a função 2 -periódica f (x) de…nida no intervalo x por

1; se x 0
f (x) = 2x; se 0 < x =2
1, se =2 < x

07. Esboce o grá…co de f no intervalo [ 3 ; 3 ] ;


Solução:

6
08. Se F (x) é a soma da série de Fourier de f no ponto x, calcule: F ( 2 ) + F (0) F ( =2) :
Solução:
1
De acordo com o Teorema de Fourier o valor da série de Fourier no ponto x é: F (x) = 2 [f (x+ ) + f (x )].
Observando o grá…co de f (x) deduzimos que

1
F ( 2 ) + F (0) F ( =2) = 2 [0 + 1] + 12 [0 + 1] 1
2 [ 1+ ]= 2 + 3
2

09. Determine a solução geral da EDO y 00 5y 0 + 6y = x + 1:


Solução:
1o Passo: Solução geral da EDO homogênea associada.
2
A equação característica é 5 + 6 = 0, com raízes reais 1 =3e 2 = 2. A solução geral é:

yH (x) = C1 e3x + C2 e2x

2o Passo: Solução particular da EDO não homogênea.


Uma solução particular é suposta da forma yP = Ax + B e substituindo essa solução na EDO encon-
tramos:
4A + 3 (Ax + B) = x + 1, isto é, 3Ax 4A + 3B = x + 1:

Igualando os coe…cientes, obtemos A = 1=6 e B = 11=36. A solução yP procurada é, portanto:

yP (x) = 16 x + 11
36

O prncípio da superposição estabelece que a solução geral da EDO é:

yG (x) = yH (x) + yP (x) = C1 e3x + C2 e2x + 16 x + 11


36

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10. Determine a curva integral da EDO x2 + y 2 + 2 dx (1 2xy) dy = 0 que passa no ponto
A (1; 1) :
Solução:
Trata-se de uma EDO exata, porque

@P @ @ @Q
= x2 + y 2 + 2 = 2y = ( 1 + 2xy) =
@y @y @x @y

e a curva integral que passa no ponto A (1; 1) é dada por:


Z x Z y
P (t; 1) dt + Q (x; t) dt = 0 ,
1 1
Z x Z y
2
t + 3 dt + (2xt 1) dt = 0 ,
1 1
x y
t3 2xt2
+ 3t + t = 0,
3 1 2 1
x3 10
+ 3x + xy 2 y x+1 = 0,
3 3
x3 + 3xy 2 + 6x 3y = 7

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