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ATUALIDADES
PIB brasileiro acelera e cresce 1,3% no 1º trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,3% no primeiro trimestre do ano em relação ao 4º tri-
mestre de 2010, divulgou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ritmo de
crescimento foi maior que o registrado no 4º trimestre do ano passado, quando o PIB avançou 0,8%.
Contudo, no acumulado dos últimos 4 trimestres, o indicador fechado no 1º trimestre de 2011 apontou a-
vanço de 6,2%. Na última divulgação, no último trimestre do ano passado, o mesmo indicador apontava que a
economia do País tinha crescido 7,5%.
Na comparação com o 4º trimestre de 2010, o crescimento da indústria foi de 2,2%, com destaque para o
desempenho da indústria de transformação (2,8%). Construção civil (2,0%) e eletricidade e gás, água, esgoto
e limpeza urbana (0,7%) também cresceram; já a extrativa mineral caiu 1,5%.
A formação bruta de capital fixo (investimento) registrou expansão de 1,2% no primeiro trimestre de 2011
(depois de ter crescido 0,4% no trimestre imediatamente anterior).
Segundo o IBGE, a taxa de investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de 18,4% do PIB. A taxa de
poupança alcançou 15,8% no primeiro trimestre de 2011.Redação Terra
Governo Lula
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Governo Lula (2003–2010) corresponde ao período da história política brasileira que se inicia com a
posse de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em 1 de janeiro de 2003, em sua quarta tentativa para chegar
ao cargo presidencial, após derrotar o candidato do PSDB e ex-ministro da Saúde José Serra, com 61,30% dos
votos válidos, em segundo turno.[2]. A eleição de Lula, que havia sido derrotado nos anos de 1989, 1994 e
1998, é marcada por fato histórico, por ter sido a primeira de um ex-operário ao posto mais importante do
país.[3]
Em outubro de 2006, Lula se reelegeu para a presidência, derrotando o candidato do PSDB Geraldo
Alckmin, sendo eleito no segundo turno com mais de 60% dos votos válidos contra 39,17% de seu
adversário.[4] Sua estada na presidência foi concluída em 31 de dezembro de 2010.
O Governo Lula terminou com aprovação recorde da população, conforme os diversos institutos de
pesquisas, com número superior a 80% de avaliação positiva.[5][6][7] Teve como principais marcas a
continuidade com êxito do Plano Real, a retomada do crescimento do País e a tentativa de redução da pobreza
e da desigualdade social.
Características
Economia - Primeiro e segundo mandatos de Lula

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central desde o início do Governo Lula


A gestão Lula iniciou dando segmento à política econômica do governo anterior, FHC. O capital
internacional encontrava-se em "debandada" à época [8]. Para tanto, nomeou Henrique Meirelles, deputado
federal eleito pelo PSDB de Goiás em 2002, para a direção do Banco Central do Brasil dando um forte sinal
para o mercado - principalmente o Internacional, em que Meirelles é bastante conhecido por ter sido presidente
do Bank Boston - de que não haveria mudanças bruscas na política econômica no governo Lula[9]. Nomeou o

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médico sanitarista e ex-prefeito de Ribeirão Preto Antônio Palocci, pertencente aos quadros do PT, como
Ministro da Fazenda. Após seguidas denúncias contra Palocci feitas pela mídia, este pediu demissão (em 27
de agosto de 2009, o STF arquivou a denúncia feita contra Palocci).[10]) O seu substituto foi o economista e
professor universitário Guido Mantega, que assumiu o ministério em 27 de março de 2006.
O Governo Lula caracterizou-se pela baixa inflação, redução do desemprego e constantes recordes da
balança comercial.[11] Promoveu o incentivo às exportações, à diversificação dos investimentos feitos pelo
BNDES, estimulou o micro-crédito e ampliou os investimentos na agricultura familiar através do PRONAF
(Programa Nacional da Agricultura Familiar).[12] Na gestão do presidente Lula observou-se o recorde na
produção da indústria automobilística, em 2005 e o maior crescimento real do salário mínimo [13], resultando
na recuperação do poder de compra dessa parte da população. Também houve o refortalecimento da
Petrobras, que culminou com o renascimento da indústria naval brasileira, que em 2009 passou a ser a sexta
maior do mundo.[14]
Em 2010, Alan Mulally, presidente mundial da Ford afirmou que graças aos programas de incentivo do
Governo Lula foi possível ao país sair de forma efetiva da crise mundial.[15]Durante a crise a retração do PIB
foi de apenas 0,2%, mostrando um resultado melhor que as grandes economias do mundo obtiveram.[16]
A classe média no país aumentou, entre 2009 e 2010 cresceu a demanda interna em 8%. Além disso, a
inflação ficou controlada.[16]
Inflação
Nos oito anos do Governo Lula, a taxa de inflação oficial do País, representada pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), ficou em sete oportunidades dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).[17] A exceção ficou por conta justamente do primeiro ano da gestão, em 2003, quando o
IPCA, mesmo mostrando uma alta menor, de 9,30%, ante a taxa de 12,53% de 2002, ficou acima da meta
ajustada de 8,5% anunciada pelo Banco Central.[18]
Em 2004, depois de o CMN estipular uma meta de inflação acumulada de 5,5% para aquele ano, com
tolerância de 2,5 pontos porcentuais para baixo ou para cima,[19] o IPCA atingiu uma taxa final de 7,60%, bem
próxima do teto estabelecido. Em 2005, a inflação oficial do País fechou o período com uma alta acumulada de
5,69%, dentro da meta de 4,5%, com tolerância de 2,5 pontos para cima ou para baixo.
A partir de 2006, o CMN manteve o ponto central da meta inflacionária do Brasil em 4,5%, mas reduziu as
margens para 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Foi exatamente nesse ano que o IPCA atingiu a
marca de 3,14%, a menor taxa desde o início de implantação das metas, em 1999.
Em 2007 e 2008, a inflação acumulada avançou para os níveis de 4,46% e de 5,90%, respectivamente, mas
ainda continuaram dentro do intervalo perseguido pelo Banco Central. Em 2009, em virtude principalmente da
alta menor no preços dos alimentos, o IPCA acumulado desacelerou para a marca de 4,31%.[20] No último ano
do governo Lula, a inflação apresentou importante aceleração, registrando alta de 5,91%. Apesar de ainda ter
ficado dentro da meta do CMN, de 4,5%, com tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo, o IPCA foi o
maior desde 2004.[21]

Guido Mantega

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PIB
O PIB no Governo Lula apresentou expansão média de 4% ao ano, entre 2003 e 2010. O desempenho
superou o do governo anterior, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que mostrou expansão média do PIB
de 2,3% ao ano.[22]. O número médio dos oito anos ficou, porém, abaixo da média de crescimento da
economia brasileira do período republicano, de 4,55%, e colocou o Governo Lula na 19ª posição em ranking de
29 presidentes, conforme estudo do economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ. Quando se divide o
período por dois mandatos, a média foi de 3,5%, no primeiro (2003-2006), e de 4,5%, no segundo (2007-
2010).[23]
O resultado médio melhor da segunda metade do Governo Lula foi beneficiado especialmente pelo número
do último ano de mandato, já que a economia brasileira apresentou, em 2010, expressiva expansão de 7,5%
ante 2009, o maior crescimento desde 1986, quando o PIB também cresceu 7,5%, segundo o IBGE.[24]
Lula iniciou o governo com uma expansão modesta, de 1,1% em 2003. Teve seu melhor resultado
justamente em 2010, após uma retração de 0,6% registrada no ano anterior. O segundo melhor resultado do
PIB brasileiro nos oito anos de governo foi em 2007, com expansão de 6,1%. Em 2004, a economia cresceu
5,7%; em 2005, 3,2%; em 2006, 4%; e, em 2008, 5,2%. [25]
Desemprego
A queda na taxa de desemprego e a diminuição da informalidade foram também marcas importantes do
Governo Lula no campo econômico. De acordo com o IBGE, em dezembro de 2010, a taxa de desemprego
atingiu 5,3% da PEA, o que representou o menor resultado da série histórica, iniciada em 2002 pelo instituto.
Em dezembro de 2002, o desemprego representava 10,5% da PEA. Em 2003, no mesmo mês, a taxa ficou em
10,9%. Em dezembro de 2004, atingiu 9,6% da PEA e, no mesmo mês dos anos seguintes, a taxa sempre
mostrou números menores: 8,4% (2005 e 2006); 7,5% (2007); 6,8% (2008 e 2009).[26]
O desemprego médio do último ano do Governo Lula foi de 6,7%, também o menor da série histórica. Em
2009, essa mesma taxa era de 8,9%.[27]
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), o volume de vagas criadas em 2010 foi o melhor do Governo Lula na geração de emprego
com carteira de trabalho assinada e também representou resultado histórico. Descontadas as demissões de
2010, foram criados 2.524.678 postos de trabalho formal. No acumulado de oito anos da era Lula, o Ministério
do Trabalho contabilizou a criação de 15.048.311 novas vagas com carteira assinada, já descontadas as
demissões.[28]
Salário Mínimo
O salário mínimo passou, em oito anos, de 200 para 510 reais (aumento de 155%).O aumento deflacionado
foi no total de 54% do valor.
Arrecadação e Impostos
Em 2007, houve uma tentativa de se prorrogar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira), embora o Governo estivesse batendo recordes de arrecadação. O Governo Lula lutou pela
manutenção da CPMF. Mas, posteriormente, o Senado extinguiu o imposto. O professor de Economia
Brasileira da PUC do Rio, Luiz Roberto Cunha, citou, à época: "Acredito que o impacto será positivo. O fim da
CPMF vai gerar até um aquecimento da economia, porque o consumidor vai ter mais dinheiro para gastar e as
empresas, para investir".[29][30]
No ano de 2010, o total de arrecadação de impostos foi de R$ 805,7 bilhões, o que representou o maior
valor da história do País, segundo informação divulgada pela Secretaria da Receita Federal.[31]
Dívida Externa
Durante a gestão de Lula, a liquidação do pagamento das dívidas com o FMI contraídas em governos
anteriores foram antecipadas, fato criticado por economistas por se tratar de dívida com juros baixos. Mas esta
ação resultou em melhor prestígio internacional e maior atenção do mercado financeiro para investir no
Brasil.[32] A dívida externa brasileira, no entanto, continuou alta: era de US$ 214,93 bilhões no ano de 2003, e
em dezembro de 2010, a estava em US$ 255,664 bilhões. [33]
Dívida Interna
Em dezembro de 2010, o valor referente ao estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI)
atingiu nível recorde, depois de subir para R$ 1,603 trilhão ante o valor de R$ 1,574 trilhão de novembro do
mesmo ano. [34]
Reservas internacionais

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O Governo Lula terminou com um valor total de US$ 288,575 bilhões em reservas internacionais em 31 de
dezembro de 2010, o que representou recorde histórico. No início do governo, as reservas totalizavam US$
37,65 bilhões.[35] Em oito anos de gestão, as reservas cresceram 663%, com um aumento de exatos US$
250,752 bilhões.[36]
Taxa de Juros

Prédio do Banco Central em Brasília


A condução da política de juros do governo é considerada conservadora. O ex-presidente do Banco Central
cita que, se o BC corrigisse o atual modelo, O Brasil poderia ter tido um crescimento entre 1999 e 2008
parecido com o do milagre brasileiro de 1968-1973, ou seja, uma alta taxa média de crescimento, de mais de
5% ao ano, sem pressões inflacionárias, o que não ocorreu.[37] Mesmo altas, as taxas adotadas pelo governo
Lula equivalem, nominalmente, a menos da metade do valor praticado pelo governo de seu antecessor, que
estavam em torno de 25% no início de 2003. Analistas financeiros apontaram que a taxa de juros SELIC saiu
de 25% ao ano em 2003, quando Lula tomou posse, para 8,75% ao ano em julho de 2009 (no segundo
mandato de Lula), a mais baixa da história.[38] Na prática, porém, o juro real brasileiro (a taxa de juros
descontando-se a inflação do país) continua sendo o mais alto do mundo. Em março de 2009, por exemplo,
levantamento feito pela consultoria UpTrend mostrou que, considerando a inflação projetada para 12 meses
posteriores, o juro real brasileiro é de 6,5% ao ano. A Hungria aparecia em segundo lugar, com 6,2% ao ano.
Argentina e China vinham em seguida, com 4,3%.[39] Esta redução dos juros provocou o deslocamento de
muitos investimentos em títulos da dívida pública para o setor produtivo, fazendo com que o Índice BOVESPA
saltasse de 40.000 pontos no início de seu mandato para mais de 60.000 pontos em 2007, aquecendo o
mercado acionário e o capital social das empresas brasileiras.
Críticos argumentavam que os números positivos do Brasil eram consequência da bonança financeira
internacional; uma delas era a forte demanda asiática por produtos primários brasileiros, aumentando a sua
cotação e consequentemente inflando o superávit comercial, que poderia mudar a qualquer momento, e que o
país não disporia de um plano de desenvolvimento claro. Estes argumentos, porém, mostraram-se falhos ou
insuficientes, na crise econômica que atingiu fortemente o mundo, no final de 2008 e início de 2009 (no
segundo mandato de Lula). Graças às políticas e ações feitas pelo governo Lula, além da manutenção de
políticas de governos anteriores, o Brasil sofreu pouco com a crise, e isso foi reconhecido internacionalmente
por outros países.[40][41] De acordo com estudos da fundação da Alemanha Bertelsmann publicados em 2010,
o Brasil foi um dos países que melhor reagiram perante a crise. Segundo os relatórios publicados, a fundação
elogia os programas sociais do país e o controle austero sobre as instituições financeiras, e revela que o país
alcançou posições econômicas melhores.[42]
Recriação de órgãos públicos
Houve, na gestão Lula, a recriação de alguns órgãos extintos no governo anterior, por excesso de fraudes e
desvios de verbas, como a SUDENE [43][44][45], que até hoje não obtiveram os resultados desejados e a
criação de novas empresas estatais de menor porte.
Privatizações
O governo Lula também se caracteriza pelo fim do ciclo de privatizações das empresas estatais. Um dos
pontos controversos das privatizações ocorridas no governo anterior foi a venda da companhia Vale do Rio

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Doce, a um valor menor que o lucro obtido no primeiro ano de gestão dos novos donos. Sob direção privada e
sem influência direta do governo, a empresa veio a se tornar uma das mais competitivas do mundo, mas foi
feito às custas, principalmente, do aumento da exploração das reservas de minério, do preço de seus produtos
finais e de uma administração com melhor competência técnica.
Por outro lado, após 5 anos de mandato, o governo Lula passou também a apoiar uma política de
privatizações de rodovias, com os leilões de concessão de 7 lotes de rodovias federais, vencidos na maioria
por empresas estrangeiras.[46]. O governo Lula foi responsável pela privatização de cerca de 2,6 mil
quilômetros de rodovias federais, que foram a leilão em 9 de outubro de 2007.[47] O grande vencedor do leilão
para explorar por 25 anos pedágios nas rodovias foi o grupo espanhol OHL. O diferencial é que as novas
concessões advindas das privatizações no governo Lula resultaram em um salto qualitativo e preços dos
pedágios bem mais baixos que os efetuados nas concessões feitas no governo anterior com a diferença
podendo chegar até a 500%.[48]
Houve também a privatização de 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul para a Vale do Rio Doce pelo valor
de R$ 1,4 bilhão. Entre outras privatizações do governo Lula, estão a do Banco do Estado do Ceará, Banco do
Estado do Maranhão, Hidrelétrica Santo Antônio, Usina Hidrelétrica de Jirau, Linha de transmissão Porto Velho
(RO) – Araraquara (SP) [49]
Em 2010, o Bird afirmou que o país avançou na redução da pobreza e distribuição de renda. Segundo a
entidade, apesar da desigualdade social ser ainda elevada, conseguiu-se reduzir a taxa de pobreza de 40% em
1990 para 9,1% em 2006, graças à avanços perpetrados pelos governos Collor, Itamar, FHC e Lula. Os
maiores motivos para a redução teriam sido a inflação baixa e os programas de transferência de renda.[50]
No mesmo ano, estudo da economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade
(IETS), mostrou que o porcentual de pobres caiu de maneira sustentável no Brasil entre 2004 e 2008, durante o
governo Lula. O levantamento, que teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD), do IBGE, apontou que a proporção de pobres no País caiu de 33,2% para 22,9% no período
pesquisado.[51]
De acordo com levantamento do professor Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, a renda per capita no Brasil
evoluiu de US$ 7.547 para US$ 10.894, entre 2003 e 2010, mas a posição do País no ranking mundial piorou,
do 66º lugar para a 71º posição. [52]
Índice de Desenvolvimento Humano
Entre 2002 e 2007, o Brasil, embora tenha melhorado seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de
0,790 para 0,813, caiu da 63º posição para a 75ª posição no ranking dos países do mundo. O estudo é
divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que esclareceu o recuo do País
para 75ª posição com dois fatores: a entrada de novos países no levantamento e a atualização de dados, que
beneficiaram países como a Rússia [53][54]. Países considerados de "Alto Desenvolvimento Humano" são
aqueles com IDH superior a 0,800. No levantamento referente a 2007, uma nova categoria de países foi
incluída no ranking: o IDH "Muito Elevado", com número superior a 0,900.[55]
No levantamento referente a 2010, último ano do Governo Lula, o Brasil ficou ainda na distante 73ª posição
entre 169 países. Por conta de mudanças na metodologia, os organizadores do levantamento enfatizaram que
o IDH de 2010 não pode ser comparado ao IDH de anos anteriores, que utilizavam uma metodologia diferente.
Conforme o relatório, o IDH do Brasil apresenta "tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos". [56]
Reformas
Uma das plataformas de campanha de Lula foi a necessidade de reformas. Aprovou-se parcialmente no
Congresso Nacional em 2003 a reforma da Previdência Social, levando alguns setores da sociedade a
protestarem contra uma possível perda de benefícios e direitos adquiridos. Outra reforma relevante ocorrida no
Governo Lula foi a aprovação da Emenda Constitucional 45, de 2004, que ficou conhecida como Reforma do
Judiciário. Seus principais aspectos foram a inclusão do princípio da celeridade processual como direito
fundamental (art. 5º, LXXVIII); a criação de um órgão de controle administrativo, financeiro e disciplinar de todo
o Judiciário do país (o Conselho Nacional de Justiça - CNJ, art. 103-B da constituição), além de outras normas
que objetivam desde um processo judicial mais célere até a moralização e a transparência do Poder Judiciário.

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Antonio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda. Foto: Marcello Casal/Abr.


Programas Sociais
Um relatório do IBGE, do fim de novembro de 2005, afirma que o governo do presidente Lula estaria
fazendo do Brasil um país menos desigual. Com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios), a FGV divulgou estudo mostrando que a taxa de miséria de 2004 caiu 8% em comparação a 2003,
ano em que Lula tomou posse. Ainda segundo a PNAD, oito milhões de pessoas saíram da pobreza (classes D
e E) ao longo do governo Lula.
Bolsa Família
Um programa social bastante conhecido do governo Lula é o Bolsa Família. Ele foi criado através do
Decreto Nº 5.209 de 17 de Setembro de 2004.[57]. A finalidade do programa, que atende cerca de 12,4
milhões de habitantes, é a transferência direta de renda do governo para famílias pobres (renda mensal por
pessoa entre R$ 69,01 e R$ 137,00) e em extrema miséria (renda mensal por pessoa de até R$ 69,00).[58] O
programa foi uma reformulação e ampliação do programa Bolsa-Escola do governo FHC, que tinha uma
abrangência de 5,1 milhões de famílias[59]. Apesar de receber algumas críticas de determinados setores da
sociedade, que classificam o programa de meramente assistencialista, o Bolsa Família também é elogiado por
especialistas pelo fato de ser um complemento financeiro para amenizar a fome das famílias em situação
financeira precária. É apontado também como um dos fatores que propiciaram às famílias das classes mais
pobres o consumo maior de produtos[60], o que beneficia a economia do país.
O Fome Zero
O Programa Fome Zero foi a principal plataforma eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Nessa
campanha eleitoral, ele pregava a eliminação da fome no Brasil. O programa Fome Zero começou como uma
tentativa do Presidente da República de mobilizar as massas em favor dos pobres em estado de extrema
miséria ainda muito presente no Brasil. O programa fez com que os olhos dos governos internacionais se
voltassem para o Brasil, sendo Luiz Inácio muito elogiado em seus primeiros discursos internacionais. Era uma
tarefa ousada e que, por uma série de razões, incluindo o curto prazo, não foi realizada a contento. Pelo
contrário. O programa Fome Zero não deu certo e costuma ser citado pelos críticos como um dos principais
fracassos da administração Lula, conforme editorial do Jornal do Brasil.[61] O programa hoje é considerado
extinto e substituído pelo Bolsa-Família [62]
Primeiro Emprego
O Governo Lula lançou, em 2003, o programa Primeiro Emprego, bandeira de campanha da eleição de Lula
em 2002. Porém, o programa não deslanchou: em 2004, nove meses depois de lançado, o programa, que tinha
a meta de criar 70 mil empregos para jovens carentes até o fim do ano, só criou 1.308.[63] O programa foi
extinto em 2006, tendo conseguido empregar 3.936 jovens, quando o plano inicial era 260 mil vagas por ano - o
que daria 715 mil jovens empregados nesses 33 meses.[64]. Em 2007, o programa, que dava vantagens a
empresas que oferecessem vagas a jovens de 16 a 24 anos, foi excluído do projeto do PPA (Plano Plurianual)
2008-2011. Como o PPA orienta os Orçamentos a cada quadriênio, isso significava o fim da verba para o

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Primeiro Emprego a partir de 2008.[65] Em 2009, o Governo estudou ressuscitar o programa, porém, até o
momento não houve um consenso sobre o assunto.[66]
Mortalidade Infantil
Com relação à mortalidade infantil, o governo Lula seguiu a tendência de queda, que se observa desde
1930 no Brasil.[67] Segundo dados, a taxa de mortalidade infantil caiu para 26 mortes para grupo de mil
habitantes, ante 29,6 do governo anterior.[68]
Combate à Escravidão
O combate à escravidão e ao trabalho degradante foram fortificados do governo do presidente Lula. Quando
Lula assumiu, FHC tinha deixado um Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, uma base sobre a
qual o governo Lula poderia trabalhar [69]. O resultado foi que, entre 1995 e 2009, o Brasil resgatou cerca de
30 mil pessoas da condição de trabalho escravo, a maioria no Governo Lula.[70]. Porém, as punições ao
trabalho escravo no Brasil continuam brandas. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), até
hoje houve no país apenas uma condenação com pena de prisão, sendo aplicadas normalmente apenas
multas, indenizações às vítimas e bloqueio de ficha de empresas para o recebimento de
financiamentos.[71][72]
Educação - Primeiro e segundo mandatos de Lula
No campo da educação, o governo Lula apresentou melhoria em níveis de escolarização em todas as faixas
etárias. A parcela da população que não frequentava a escola foi reduzida de 29% para 18% em apenas 36
meses, considerando o grupo de 5 a 17 anos de idade. No nível básico, o percentual de crianças fora da escola
caiu, em 2005, para 2,8% Com a criação do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica), o governo Lula tem como objetivo atender 47 milhões de estudantes brasileiros, com investimentos
anuais de até R$ 4,3 bilhões.
Na área do ensino superior, o ProUni (Programa Universidade Para Todos) foi o maior programa de bolsas
de estudo da história da educação brasileira. Em 2005, o ProUni ofereceu 112 mil bolsas de estudo em 1.412
instituições em todo o país. O governo também criou 9 universidades públicas federais, interiorizando o acesso
à educação pública gratuita. Atualmente, as universidades federais oferecem 122 mil vagas gratuitas. Contudo,
o programa é criticado por professores e estudiosos de instituições de ensino federais, pois algumas delas se
encontrariam em processo de sucateamento por falta de repasse de recursos federais. Alegam também ser
uma distribuição de recursos públicos a instituições de ensino privado de baixa qualidade.
O Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu 295 objetivos para nortear o planejamento da educação
no Brasil, da creche à pós-graduação, até 2010. Mas às vésperas de chegar ao fim, muito deixou de ser
cumprido. É o que avaliaram especialistas entrevistados pela Agência Brasil: O PNE determinava que o
analfabetismo deveria ser erradicado até 2010, mas o Brasil ainda tem 14 milhões de pessoas que não sabem
ler e escrever, cerca de 10% da população acima de 15 anos. De acordo com o plano, 30% das crianças de
zero até 3 anos de idade deveriam estar matriculadas em creches. Mas segundo dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de atendimento está em 18%. Já na pré-escola (entre 4 e 5 anos), a
meta foi atingida. O MEC prevê que até o fim de 2010 o atendimento chegará a 80%, exatamente o que estava
previsto no plano. Até 2008 a taxa era de 73%. Segundo dados da última Pnad, 97,9% das crianças entre 7 e
14 anos estão na escola. O número, muito perto de 100%, atinge a meta de universalização do ensino
fundamental. O plano também previa que a etapa fosse ampliada para nove anos, com início aos 6 anos,
mudanças que está sendo consolidada pelas redes em 2010. Até o final da década, a meta era ter 30% da
população de 18 a 24 anos inseridos no ensino superior. De acordo com dados da Pnad de 2008, o percentual
ainda está abaixo de 15%.[73]
O investimento em educação, realizado no Governo Lula, vem sendo considerado insuficiente, perante
especialistas e entidades do setor. Em 2002 foi de 4,1% do PIB, se mantendo estável até 2005 ; a partir de
2006, começou a haver um leve aumento e em 2008 alcançou 4,7% do PIB. Porém, considera-se que o ideal
seria um investimento entre 8 e 12% do PIB, face ao déficit educacional brasileiro atual, algo pouco visto na
história brasileira.[74]
Ao final do Governo Lula, o Brasil apresentava alta repetência e baixos índices de conclusão da educação
básica, apontou o relatório "Monitoramento de Educação para Todos 2010", lançado pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Na região da América Latina e Caribe,
a taxa de repetência média para todas as séries do ensino fundamental é de 4,4%. No Brasil, o índice é de
18,7%, o maior de todos os países da região. Apesar disso, o Brasil está no grupo de países intermediários em
relação ao cumprimento de metas sobre acesso e qualidade de ensino estabelecidos pela organização. O país
ocupa a 88ª posição em um ranking de 128 países. Entre as quatro principais metas estabelecidas pela
UNESCO, o Brasil tem um bom desempenho na alfabetização, no acesso ao ensino fundamental e na

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igualdade de gênero. Mas tem um baixo desempenho quando se analisa o percentual de alunos que
conseguem passar do 5º ano do ensino fundamental.[75]
O mesmo relatório da UNESCO ressaltou, entretanto, que algumas iniciativas do País para melhorar a
qualidade da educação: como o programa Brasil Alfabetizado, o Bolsa Família, o Fome Zero e as mudanças na
política de financiamento. "No Brasil, por exemplo, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) desempenha papel importante para a
redução do deficit de financiamento de educação e para uma distribuição mais equitativa dos recursos entre
áreas ricas e pobres", apontou a UNESCO, no documento.
Apesar das reformas efetuadas em 2009 no Exame Nacional do Ensino Médio, já naquele ano o governo
exibiu fragilidades na segurança das provas que iriam em boa parte substituir os vestibulares em várias
universidades, com ocorrência de fraude que provocou o adiamento das provas; em novembro de 2010 novas
falhas se sucedem, fazendo com que a Justiça Federal suspendesse o Exame; em ambos os casos o Enem
transformou-se em inquéritos da Polícia Federal, sendo que em 2010 o MEC chegou a ameaçar de processo
os estudantes que exibiram as falhas do sistema.[76][77]
Política externa - Primeiro e segundo mandatos de Lula

Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim


No plano internacional, o Brasil sob a administração de Lula exerce uma posição de destaque no grupo de
países emergentes frente aos mais ricos. Uma das reivindicações desse grupo de países é a queda das
barreiras alfandegárias e dos subsídios agrícolas, que vem sendo discutida na Organização Mundial de
Comércio.
Uma das prioridades do governo Lula foi a integração da América do Sul através da expansão do Mercosul,
criação da União Sul-Americana de Nações, e a abertura de novas rotas comerciais com países os quais o
Brasil pouco se relacionava, em especial os países árabes e africanos. Igualmente, a política externa do
governo do Petista, buscou estimular a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), pleiteando, nesse
contexto, um assento permanente no Conselho de Segurança.
Sua política externa procurau igualmente dar ênfase a temas sociais, em particular à luta contra a fome e a
pobreza no âmbito global. Além disso, tem buscado intensificar as discussões acerca do financiamento ao
desenvolvimento, estimulando o surgimento de mecanismos financeiros inovadores. Nesse contexto, tem
ganhado importância a discussão acerca dos crescentes fluxos de remessas de recursos dos migrantes que
vivem em países desenvolvidos para seus países de origem. Essa fonte de divisas joga papel fundamental no
desempenho econômico de muitos países em desenvolvimento. Porém, o governo Lula tomou decisões
controversas em matéria de política externa. Uma delas foi o reconhecimento da China como economia de
mercado, o que derrubou diversas barreiras comercias impostas aos produtos chineses, facilitando sua entrada
no mercado brasileiro prejudicando a economia nacional em alguns setores. Mas esse movimento não surtiu o
efeito desejado, que é o apoio da China à demanda brasileira por um assento no Conselho de Segurança das
Nações Unidas, já que o Japão, apoiado pelos EUA, também quer um assento permanente e isso seria
inaceitável para os chineses. O Governo Lula também acumula algumas derrotas em suas tentativas na
criação de um bloco econômico compreendido por países subdesenvolvidos e emergentes. O Governo Lula
patrocinou uma missão de paz no Haiti, almejando crédito com a ONU. Cerca de 1200 militares brasileiros
desembarcaram no Haiti em uma missão pacífica visando a reestruturação do estado haitiano.[78]
O governo Lula também acumula algumas derrotas no campo internacional. Depois de investir 3,5 bilhões
de dólares na Bolívia, a Petrobrás teve suas usinas nacionalizadas por Evo Morales, sem a devida resposta
diplomática [79]. Cedeu também ao Paraguai, quando o Governo decidiu não estar mais de acordo com o

Atualidades 8
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contrato assinado. Com isto, o Brasil praticamente triplicou a quantia que paga ao vizinho pela energia elétrica
com a qual o Paraguai abastece a região sudeste brasileira. O acordo permite também que o Paraguai venda
energia ao mercado brasileiro sem a mediação da estatal Eletrobrás.[80]
Organizações sindicais haitianas, como o Batay Ouvriye (Batalha Operária) denunciam que as forças da
MINUSTAH não estão defendendo a paz, mas sim reprimindo os trabalhadores que protestam contra as
multinacionais que se instalaram no país.[81]. Segundo o dirigente sindical Didier Dominique, várias empresas
"estão disputando a instalação de fábricas numa zona franca, para aproveitar a mão-de-obra mais barata das
Américas ... quando o povo se rebelou contra a fome, morreram sete pessoas e várias ficaram feridas, em
decorrência da repressão militar".[82]
Executivos globais afirmaram ao fim de 2009 durante o seminário Investing in Brazil em Londres que
possuem confiança para investir no Brasil a longo prazo devido sua resistência perante a crise mundial ocorrida
durante o governo Lula, controle inflacionário, respeito aos contratos e câmbio em constante valorização devido
ao sucesso econômico.[83] A gestão de Lula também foi muito elogiada por jornais espanhois.[84]
Em 2010 o Governo Lula obteve vitória no caso dos subsídios para os produtores de algodão dos Estados
Unidos. A Organização Mundial do Comércio concedeu o direito do Brasil retaliar com impostos de importação
diversos produtos de origem norte-americana devido aos gastos de Washington para financiar a produção de
algodão, o que prejudicava o setor no Brasil.[85][86] Todavia, o Brasil permitiu maiores negociações com os
EUA com o objetivo de acabar com a disputa.[87]
O Governo Brasileiro também fez a doação de 172 milhões de dólares para o Haiti reconstruir seu país
depois do Sismo do Haiti de 2010 que devastou o país.[88]
Entre 2005 e 2009, Cuba recebeu cerca de 33,5 milhões de reais em ajuda humanitária do governo do
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo período, o Brasil também forneceu ajuda humanitária ao
Território Palestino, com o destino de 19 milhões de reais (ou 12%) dos recursos.[89]
Meio Ambiente - Primeiro e segundo mandatos de Lula

Marina Silva
O Governo Lula obteve avanços em relação à questão do Meio Ambiente. Embora os ocupantes do cargo
de Ministro tenham sido pessoas notoriamente dedicadas ao assunto (Marina Silva e Carlos Minc), a gestão da
pasta foi conturbada; porém, produtiva em alguns setores. Marina Silva (PT-AC) resistiu até 2008, e deixou o
Ministério do Meio Ambiente por enfrentar oposição à sua agenda dentro do governo, pedindo demissão.
Pediram demissão junto com Marina, o presidente do Ibama, Bazileu Margarido, o presidente do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade, João Paulo Capobianco, que também é secretário-executivo do
ministério. Uma das razões que levou à demissão de Marina foi o fato do Ministério da Agricultura, chefiado por
Reinhold Stephanes, estar pressionando para flexibilizar a regra que restringe o crédito agrícola de quem
desmatou sem licença ambiental e não tem registro da propriedade. Os motivos não foram divulgados
oficialmente, mas a interferência do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, na área de meio
ambiente foi o estopim para a saída. Marina teve várias derrotas no governo. Ela saiu no mesmo dia em que o
governo brasileiro foi denunciado ao Comitê de Cumprimento do Protocolo de Cartagena, da ONU, por não
cumprir o tratado - que tem como objetivo proteger a diversidade biológica e também a saúde humana frente
aos riscos dos transgênicos - e por não exigir estudos sobre o impacto do milho geneticamente modificado no

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meio ambiente do país. A denúncia foi assinada por seis entidades da sociedade civil brasileira, que
representam pequenos agricultores, consumidores, ambientalistas e organizações de direitos humanos.
Baseada em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ibama, a denúncia pede a
suspensão das decisões que liberaram o plantio comercial de milho transgênico no país.[90]

Carlos Minc
Desde que assumiu o Meio Ambiente, Minc tem entrado em rota de colisão com setores ruralistas, que
buscam mudanças na legislação ambiental, as quais o ministro e o setor ambientalista se opõem.
Recentemente, parlamentares ruralistas conseguiram colocar mudanças numa medida provisória que visa a
regularização fundiária na Amazônia. Segundo ambientalistas, essas mudanças, se aprovadas, provocarão
uma nova onda de ocupação fundiária e desmatamento na região. Minc se queixou da falta de cumprimento
das decisões acertadas entre diferentes áreas do governo [91]
Porém, ações governamentais como fiscalização das áreas desmatadas, racionalização do uso do solo,
criação de reservas florestais e controle de crédito para produtores irregulares fizeram a Amazônia possuir a
menor taxa de desmatamento em 21 anos.[92] O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais anunciou que
foram desmatados 7 mil km². Em 1991 tinham sido desmatados 11,3 mil km².
O Governo Lula também aprovou a Política Nacional de Mudanças Climáticas com metas de reduções de
emissões de gases do efeito estufa.[93]
Crises e acusações de corrupção
Escândalo do Mensalão
A partir de 2004, o governo Lula enfrentou crises políticas, que atingiram seu grande desempenho em julho
de 2005 quando denunciaram o esquema de compra de votos de deputados no Congresso e o financiamento
de campanhas por "Caixa 2". Conhecido como o "Escândalo do Mensalão", foi o momento mais crítico da
gestão Luiz Inácio Lula da Silva e considerado o pior escândalo de seu governo. Até o final do primeiro
mandato de Lula, outras denúncias de escândalos foram sendo descobertas, como o caso da quebra de sigilo
de um caseiro pelo do estado, que levou a demissão do ministro Antonio Palocci, além de a tentativa de
compra de um dossiê por parte de agentes da campanha do PT de São Paulo.
Em 2011, já depois do fim dos dois mandatos do presidente Lula, reportagem de capa da Revista Época
trouxe a informação de que um relatório final da Polícia Federal confirmou a existência do mensalão.[94] O
documento de 332 páginas foi a mais importante peça produzida pelo governo federal para averiguar o
esquema de desvio de dinheiro público e uso para a compra de apoio político no Congresso durante o Governo
Lula.[95] A reportagem da Revista Época foi contestada uma semana depois pela revista CartaCapital, que
destacou que não havia "uma única linha no texto" da PF que confirmava a existência do esquema de
pagamentos mensais a parlamentares da base governista em troca de apoio a projetos do governo no
Congresso Nacional.[96]
Crise do setor aéreo
A crise no setor aéreo brasileiro ou "apagão aéreo", como divulgado pela imprensa, é uma série de colapsos
no transporte aéreo que foram deflagrados após o acidente do vôo Gol 1907 em 29 de setembro de 2006.
Apagão é um nome adotado no Brasil para referir-se a graves falhas estruturais em algum setor. Durante mais
de um ano a situação no transporte aéreo de passageiros no Brasil passou por dificuldades, ocasionando
inclusive a queda do ministro da Defesa do governo Lula, Waldir Pires.
Escândalo dos cartões corporativos
No início de 2008, começava uma nova crise: a crise do uso de cartões corporativos. Denúncias sobre
irregularidades sobre o uso de cartões corporativos começaram a aparecer. As denúncias levaram à demissão
da Ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que foi a recordista de gastos com o cartão em

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2007.[97] O ministro dos Esportes Orlando Silva devolveu aos cofres públicos mais de R$ 30 mil, evitando uma
demissão.[98] A denúncia que gerou um pedido de abertura de CPI por parte do Congresso foi a utilização de
um cartão corporativo de um segurança da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, com gasto de R$ 55 mil
entre abril e dezembro de 2007. A investigação, no entanto, contou com a abrangência desde o período de
governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A imprensa revelou que o Palácio do Planalto
montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC e que os documentos estariam sendo usados para
intimidar a oposição na CPI, mas a Casa Civil negou a existência do dossiê.[99] Meses depois, sob críticas da
oposição, a CPI dos Cartões Corporativos isentou todos os ministros do governo Lula acusados de
irregularidades no uso dos cartões e não mencionou a montagem do dossiê com gastos do ex-presidente
FHC.[100]
Caso Erenice Guerra

Erenice Guerra
Em setembro de 2010, em pleno período eleitoral e embasada por depoimento de Fábio Baracat,
empresário do setor de transportes, a revista Veja acusou Israel Guerra, filho da então ministra-chefe da Casa
Civil, Erenice Guerra, de participar de um esquema de tráfico de influência, em que ele cobraria propina de 6%
para facilitar, por seu intermédio, negócios com o governo.[101]Sua irmã Maria Euriza Carvalho, quando
assessora jurídica da EPE, contratou sem licitação, um escritório de advocacia que tinha como sócio o outro
irmão da ministra, Antonio Alves de Carvalho. O sócio responsável pelo escritório, Márcio Luiz Silva, integrou a
coordenação jurídica da campanha da candidata do PT à presidência Dilma Rousseff, que venceu a eleição em
outubro de 2010. [102]
Em virtude das acusações, Erenice deixou à disposição sigilo fiscal, bancário e telefônico seu e de pessoas
de sua família disponíveis para consulta. [103]O próprio Baracat, entretanto, publicou nota de esclarecimento
desmentindo as acusações da revista. [104]
Erenice rebateu as acusações da revista por meio de uma nota oficial em papel timbrado da presidência
onde acusou o adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2010, José Serra, como
responsável pelas acusações. Na agressiva nota oficial, Erenice chamou José Serra de "um candidato aético e
já derrotado".[105][106]O tom agressivo e incondizente com o decoro de ocupante de cargo público contribuiu
para sua queda.
Passaportes Diplomáticos
Lula forneceu passaportes diplomaticos ilegais para seus filhos durante os ultimos dias de seu mandato.
Apesar da ilegalidade ninguem foi punido e seus filhos mantem o passaporte ilegal até hoje.[107] [108]
Improbidade Administrativa
Em fevereiro de 2011, o Ministério Público Federal entrou com ação contra o ex-presidente Lula por
improbidade administrativa. A acusação é de que ele e o ex-ministro da Previdência Social Amir Francisco
Lando teriam usado a máquina pública para promoção pessoal e a fim de favorecer o Banco BMG. As supostas
irregularidades ocorreram entre outubro e dezembro de 2004.[109]

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Segundo mandato

O presidente Lula na cerimônia de posse de seu segundo mandato, em Brasília.


Para seu segundo mandato, Lula contou com apoio de uma coalizão de doze partidos (PT, PMDB, PRB,
PCdoB, PSB, PP, PR, PTB, PV, PDT, PAN e PSC), cujos presidentes ou líderes tinham assento no Conselho
Político, que se reunia periodicamente (normalmente a cada semana) com Lula. Além disso, PTdoB, PMN e
PHS também faziam parte da base de apoio do governo no Congresso, totalizando quinze partidos governistas.
Lula havia lançado, no dia da reeleição, a meta de crescimento do PIB a 5% ao ano para seu segundo
mandato, da qual, aparentemente, recuou, pelo menos para o ano de 2007 (ainda assim foi atingida).
O ano de 2007 é marcado pela retomada da atividade em vários setores da economia, em virtude
principalmente da recuperação da renda da população e pela expansão do crédito no país. maior para a
agropecuária, com desempenho puxado pelo aumento do consumo interno de alimentos e da demanda
internacional por commodities. As melhores condições de renda e crédito também impulsionaram o
desempenho da indústria, com para os recordes de produção do setor automotivo, além do setor de construção
civil, grande gerador de empregos no período. Com a retomada da atividade, o PIB brasileiro apresentou
expansão de 5,4% em 2007, a maior taxa de crescimento desde 2004, quando houve crescimento de
5,7%.[110] A partir da criação da Secretaria Nacional dos Portos, no dia 7 de maio de 2007, o governo passou
a ter 37 ministérios.
No ano seguinte, quando o aquecimento da demanda e da atividade econômica nacional já geravam
preocupações para o cumprimento das metas de inflação e obrigavam o Banco Central a apertar a política
monetária por meio do aumento da taxa básica de juros, a crise financeira mundial originada nos Estados
Unidos atingiu o Brasil no último trimestre. Como o primeiro semestre ainda havia apresentado um
desempenho econômico forte, o PIB nacional terminou 2008 com uma taxa de expansão ainda relevante de
5,1%.[111] Sob influência do impacto da crise financeira global, que trouxe aumento do desemprego no país no
primeiro bimestre de 2009, a aprovação do governo Lula, que em dezembro de 2008 havia batido novo
recorde, ao atingir, segundo a Pesquisa Datafolha, a marca de 70% de avaliação de "ótimo" ou "bom"[112],
sofreu queda em março de 2009, para 65%. Foi a primeira redução observada no segundo mandato do
presidente.[113]
A queda na avaliação positiva foi bastante efêmera, já que, logo no mês de maio de 2009, pesquisas
voltaram a trazer crescimento na aprovação do governo, também em consequência da estabilidade do Brasil
frente à crise econômica internacional.[114] Na Pesquisa Datafolha publicada em 31 de maio do mesmo ano, a
avaliação positiva voltou ao patamar de novembro, quando a taxa de aprovação do governo chegou ao recorde
de 70%.[115]
Em julho de 2010, conforme pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de São Paulo, a popularidade de
Lula atingiu seu melhor valor desde 2003, sendo também a melhor popularidade entre todos os presidentes
pesquisados a partir de 1990. 78% dos pesquisados apontaram o governo como ótimo ou bom.[116]
No segundo mandato de Lula, pode-se detectar que alguns serviços públicos brasileiros vêm deixando a
desejar em relação ao que eram no passado como por exemplo os Correios, antigamente um símbolo de
eficiência.[117]. A situação das agências reguladoras de serviços públicos, como a Anac, que cuida da Aviação
Civil, têm tido seguidos problemas, o que vem causando deficiências na qualidade do serviço aeroviário
brasileiro.[118]
Infraestrutura
Os investimentos em infra-estrutura vêm sendo considerados insuficientes para as necessidades de
crescimento do Brasil, segundo análises e cálculos. Segundo dados do economista Raul Velloso, calculados

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com base no IBGE, as atuais taxas de investimentos diretos da União estão longe das registradas na década
de 70. De acordo com Velloso, a taxa de investimentos da União chegou a 0,6% do Produto Interno Bruto
(PIB), sem considerar estatais, enquanto que em 1976, no governo Geisel, os investimentos da União eram
1,9% do PIB, também excluindo as estatais. Entre 2003 e 2009, a taxa de investimento da União oscilou entre
0,2% - uma das mais baixas desde 1970 - e 0,6%, estimativa para 2009. O economista José Roberto Afonso
cita que o investimento público subiu nos últimos anos do Governo Lula, sobretudo em 2009, com uma maior
execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Afirma, porém, que a alta foi
insuficiente para compensar a perda no setor privado e também em relação a décadas anteriores.[119]
Em janeiro de 2007, foi lançado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um conjunto de medidas
que visava à aceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira, com previsão de investimentos de
mais de 500 bilhões de reais para os quatro anos do segundo mandato do presidente, além de uma série de
mudanças administrativas e legislativas.
O PAC, no entanto, vem apresentando problemas de execução(atrasos). O próprio presidente Lula citou o
atraso na Rodovia TransNordestina.[120] Apesar de os balanços do PAC preverem, por exemplo,
investimentos em rodovias de R$ 45,5 bilhões em quatro anos, nos últimos três as Leis Orçamentárias Anuais
(Loas) tinham autorizado somente R$ 21,6 bilhões para o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), o que equivale a 47,6% do previsto. Apenas R$ 7,4 bilhões foram efetivamente pagos.
Esse valor representa 16,41% dos recursos anunciados pela União para construção, adequação, duplicação e
recuperação de trechos de rodovias em todo o país, e 34,58% dos recursos autorizados no orçamento para os
projetos.[121] Segundo dados baseados no site Contas Abertas, das 12.520 obras do PAC em todo o país,
pouco mais de 1.200 foram feitas, ou 9,8% do total.[122] Já o Governo alega que completou 40% das ações.
Embora não exista na atualidade um balanço totalmente confiável da execução do PAC os diversos números
apontam a mesma situação de atraso, visto que em 2010 todas as obras deveriam estar prontas.[123]
Saúde
Na Saúde, o Governo Lula também vem atuando com investimentos considerados insuficientes para as
necessidades do país. Representantes do Ministério da Saúde dizem que o país está abaixo do mínimo
necessário para os sistemas universais de saúde. Segundo a coordenadora-geral do departamento de
Economia do ministério da saúde, Fabiola Vieira, é fato que o percentual da despesa alocada em saúde em
relação ao PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil é muito inferior a de outros países. "Conforme estimativa da
OMS (Organização Mundial de Saúde), nos sistemas universais o percentual gira em torno de 6,5% do PIB,
enquanto no nosso com despesa pública está girando em torno de 3,5% do PIB". Outro problema é que as
famílias brasileiras estão gastando mais em Saúde do que o próprio Governo Brasileiro. Os gastos com bens e
serviços de saúde no Brasil foram de R$ 224,5 bilhões em 2007, o que equivale a 8,4% do PIB daquele ano,
sendo 4,8% dos gastos de famílias e apenas 3,5% do PIB de consumo da administração pública. O secretário-
executivo substituto do Ministério da Saúde, Luiz Fernando Beskow, diz que os gastos públicos no país, na
área de Saúde (41,6%) estão abaixo da média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), que é de 72%.[124] Em 2009, a situação continou a mesma: o Brasil investiu 7,5% do PIB em
Saúde, ao passo que outros países investem acima deste valor, como os EUA, que investiram o dobro do
Brasil: 15,3% [125] O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também critica os recursos destinados para o
Ministério da Saúde previstos no Orçamento da União. Segundo o ministro, os R$ 66,9 bilhões previstos para
2010 não atendem às demandas da Pasta.[126]
Segurança
No âmbito geral, o país continua com sérios problemas no quesito Segurança. Um dos grandes problemas é
a livre entrada de drogas e armas no país através das fronteiras, portos e aeroportos, que alimenta a
criminalidade. O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, reclamou da
sobrecarga de tarefas da polícia fluminense, que estaria executando afazeres de responsabilidade do Governo
Federal. Gilmar Mendes, presidente do STF, citou: "No Rio, há o uso de armamentos pesados, que são
importados ilegalmente. Isso passou pela fronteira. Não é um problema básico do Rio, mas da falta de controle.
Há uma responsabilidade nacional, não podemos imputar apenas às autoridades locais". Sobre a divisão de
responsabilidades, Beltrame também criticou a dificuldade de ação imposta pela burocracia estatal. Entre os
maiores problemas estão as leis de licitação e as leis penais, que permitem que presos sejam soltos pela
progressão das penas.[127]
Outra situação grave da atualidade é a do Sistema Carcerário Brasileiro. A situação chegou a ponto de ser
instalada uma CPI. Em 2008, as investigações mostravam superlotação das prisões, a falta de acesso dos
presos à educação e ao trabalho, e situações desumanas nos presídios. Durante oito meses, a CPI visitou 60
estabelecimentos em 17 estados e no Distrito Federal. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), relator da CPI,
pediu o indiciamento de cerca de 40 autoridades em todo o país e a responsabilização dos culpados, de
alguma forma, pelo caos no sistema carcerário. De acordo com o relator, estima-se que o custo médio de um

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preso hoje no Brasil seja de R$ 1.300 a R$1.600 por mês. A criação de uma vaga no sistema carcerário tem o
custo de R$ 22 mil. "Nós estamos pagando um valor absurdo e a culpa não é nem do preso, nem do carcereiro
e nem de Jesus Cristo. A culpa é das autoridades brasileiras que sempre trataram o preso com descaso, como
lixos humanos", afirmou o relator.[128]
Em 2007, o Governo Lula, tentando realizar melhorias na área, lançou o Pronasci (Programa Nacional de
Segurança com Cidadania), que tem como objetivo auxiliar os Estados na qualificação e capacitação das
forças policiais.[129]. Somente no final doS 8 anos do Governo Lula, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
começou a analisar mudanças no sistema carcerário [130] e o CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do
Senado, mudanças no Código de Processo Penal, que, no entanto, foram criticadas pela possibilidade de
tornar a Justiça mais lenta do que já é na atualidade.[131]
Habitação
O déficit habitacional do Brasil, hoje, chega a 7,2 milhões de moradias. O déficit habitacional do Brasil é um
sério problema atual, de responsabilidade governamental, que vem levando à favelização das cidades
brasileiras, principalmente em grandes metrópoles, o que causa transtornos e dificuldades em áreas variadas,
como segurança, saúde, organização das cidades e outros aspectos. A falta de habitações populares baratas é
um dos principais motivos que levam a população à favelizar diversas áreas[132]. Em 2009, estimava-se que
São Paulo, a maior cidade brasileira, possuía, sozinha, 1,3 milhão de favelados morando em cerca de 1600
favelas.[133] Para tentar amenizar o problema, o Governo Lula lançou, em abril de 2009, já perto do final do
mandato de 8 anos, o plano "Minha Casa, Minha Vida". O programa visa construir 1 milhão de casas,
reduzindo em 14% o déficit habitacional do país do momento.[134]
elecomunicações
Iniciado em 2003, o Programa Computador para Todos possuía, em 2008, dezoito fabricantes cadastrados
para produzir computadores de baixo custo a partir de lei estabelecida. Este foi um dos fatores que ajudaram
algumas empresas a aumentar sua produção, de 250 mil unidades vendidas em 2005, para 2,8 milhões em
2009.[135] Outro fator a ser considerados neste crescimento, foi a maior facilidade de financiamento oferecido
pelos varejistas. Este programa é um dos facilitadores da inclusão digital no país.[136] Porém, o país ainda
possui 104,7 milhões de pessoas sem acesso à Internet, segundo pesquisa de 2009 do IBGE. Enquanto no
Brasil o porcentual de pessoas (10 anos ou mais de idade) com acesso à rede é de 34,8%, na América do
Norte chega a 74% e, na Europa, a 52%. O número de pessoas com computadores em seus domicílios vem
crescendo e em 2009 atingiu o nível de 36%.[137]
Um dos problemas que vêm surgindo é o excesso de demanda no setor, aliado à falta de infra-estrutura
para aguentar o crescimento, o que está preocupando a ANATEL, a Agência Nacional de Telecomunicações.
No final de 2009, a agência começou a se reunir em busca de soluções para evitar que o Brasil passe por um
"caladão". A palavra foi usada pelo próprio presidente da agência, Ronaldo Sardemberg, para se referir à
possibilidade de o sistema telefônico do país passar por uma pane semelhante à que recentemente afetou o
sistema elétrico. Recentemente, tem sido noticiado que a estrutura disponível para atender a telefonia fixa,
celular e internet não está suportando a demanda e em breve o Brasil pode ficar mudo.[138]
Outro problema no setor é a própria atuação da ANATEL, que é criticada. Muitos consumidores só
conseguem a resolução de seus problemas apelando para Brasília, devido à omissão da Agência, que é
considerada não-transparente e ineficiente. Segundo o ouvidor da agência, Aristóteles dos Santos, "após dez
anos de criação, a Anatel, por não cumprir ou não fazer cumprir integralmente os propósitos que justificaram a
sua criação, vive, a nosso ver, uma relevante crise existencial". O ouvidor também acusa a Anatel de se omitir
nos problemas de falta de competitividade e na falta de ação para baixar os preços da internet banda larga. Diz
ele que "com baixos investimentos, as concessionárias dominam esse outro mercado regional praticamente
sem concorrência. Cobra altos preços e tarifas elevadas dos usuários pelos acessos que operam em
velocidades limitadas‖. Aristóteles aponta ainda, em seu relatório, a falta de um plano para a telefonia rural,
dizendo que a Anatel não pode se esquivar desta discussão.[139]
Lula lançou em 2008 um programa denominado Banda Larga nas Escolas que possibilitou o acesso de
Internet de alta velocidade nas escolas públicas. Até 2008 2/3 das escolas brasileiras possuiam acesso a rede
em banda larga. Estima-se que até o final de seu mandato 92% da população escolar brasileira pública
brasileira estará com acesso a Internet de alta velocidade.[140]
Outros indicadores internacionais gerais do Brasil no governo Lula
A terceira edição do relatório produzido pela escola mundial de negócios Insead, em parceria com a
Confederação da Indústria Indiana (CII), realizado em 2010, mostra que o Brasil está na 68ª posição no ranking
mundial de inovação de 2010, que classifica as economias de Islândia, Suécia e Hong Kong como as três mais
inovadoras do mundo. Dentre os países latino-americanos, o país ficou apenas no 7º posto, perdendo para

Atualidades 14
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nações como Costa Rica, Chile e Uruguai. A pesquisa classificou 132 países a partir de 60 indicadores
diferentes, tais como patentes por milhão de habitantes, investimentos em pesquisa e desenvolvimento,
usuários de internet banda larga e celulares por 100 pessoas e prazo médio para se abrir um negócio no país.
O estudo também mede o impacto da inovação para o bem-estar social, incluindo dados de gastos com
educação, PIB per capita e o índice Gini de desigualdade social.[141]
Em 2009, penúltimo ano do Governo Lula, estudo anual realizado pela ONG Transparência Internacional
informou que o Brasil ocupa a 75ª posição, num ranking de 180 países, sobre percepção de corrupção. O
estudo deu ao Brasil nota 3,7, o que indica problemas de corrupção, segundo a entidade. As notas atribuídas
pela Transparência vão de 0 (países vistos como muito corruptos) a 10 (considerados pouco corruptos), com
base análises de especialistas e líderes empresariais de pelo menos dez instituições internacionais. No ranking
geral, a Nova Zelândia (com nota 9,4) é vista como país menos corrupto, e a Somália (nota 1,1) é a nação com
maior percepção de corrupção, de acordo com a Transparência.[142] O Brasil piorou no ranking entre 2002
(nota 4,0, em 45º no ranking) e 2009 (nota 3,7, em 75º no ranking).[143]
O Índice de Democracia, elaborado anualmente pela revista inglesa The Economist, colocou o Brasil em
2008 como o 41º país mais democrático do mundo. Embora vá bem em quesitos como processo eleitoral e
liberdades civis, a constatação de que há participação popular restrita, assim como uma baixa cultura política
fazem com que o Índice de Democracia brasileiro fique em 7,38. Esse resultado coloca o Brasil no trecho do
ranking que a Economist convencionou chamar de "democracias falhas", ou seja, que ainda não estão
totalmente consolidadas. O índice da Economist varia de 0 a 10 e leva em consideração cinco critérios –
processo eleitoral e pluralismo político, funcionamento do governo, participação política, cultura política e
liberdades civis.[144]
Referências
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2. ↑ "Raio-X das eleições 2002", UOL, 27/10/2002. Página visitada em 12/3/2011.
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29. ↑ Lula louva CPMF
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32. ↑ Artigonal - Diretório de Artigos gratuitos
33. ↑ Banco Central do Brasil. NOTA PARA A IMPRENSA - 21.9.2010 – Setor Externo - Agosto de 2010. Página
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36. ↑ " Reservas internacionais fecham 2010 em nível recorde", Veja, 3/1/2011.
37. ↑ O modelo do Banco Central
38. ↑ "A evolução da taxa Selic"
39. ↑ Brasil ainda tem o juro mais alto do mundo

Atualidades 15
Livraria Multimarcas
40. ↑ "Esse é o cara!"
41. ↑ Para os EUA, o Brasil é hoje parte da solução
42. ↑ BBC Brasil. Brasil foi um dos países que melhor reagiram à crise, diz estudo alemão. Acesso em 25 de abril de
2010
43. ↑ Jader Barbalho tem bens bloqueados
44. ↑ O ralo esquecido da SUDAM
45. ↑ Sudene e Sudam são recriadas
46. ↑ Empresa espanhola garante cinco dos sete lotes do leilão de rodovias federais
47. ↑ Lula critica privatização no dia de leilão de rodovias
48. ↑ Negócio da China
49. ↑ Enfim, Lula privatizou...
50. ↑ BBC Brasil. Bird vê 'avanços dramáticos' em redução da pobreza no Brasil. Acesso em 25 de abril de 2010.
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52. ↑ "Nunca antes? Nada disso", Folha de S.Paulo, 06/03/2011. Página visitada em 10/03/2011.
53. ↑ Brasil continua em 63
54. ↑ Brasil melhora o IDH e Brasil está em 75º
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56. ↑ "Brasil ocupa 73ª posição entre 169 países no IDH 2010 ", G1, 04/11/2010.
57. ↑ "Ministério do Desenvolvimento Social", Página do Bolsa Família
58. ↑ "Presidente Lula reajusta faixa de renda dos beneficiários do Bolsa Família", Folha Online, 17/04/2009
59. ↑ "FH deu bolsa a 5 milhões e Lula a 7 milhões", O Globo Online, 11/02/2010
60. ↑ "Todas as classes consumiram mais no primeiro trimestre, aponta pesquisa", Folha Online, 13/05/2009
61. ↑ Um país com fome de resultados
62. ↑ Primeiro Emprego e Fome Zero acabam
63. ↑ Primeiro Emprego não deslanchou
64. ↑ O fiasco do Primeiro Emprego
65. ↑ Primeiro Emprego acaba
66. ↑ Governo estura ressuscitar o Primeiro Emprego
67. ↑ Evolução da mortalidade infantil no Brasil
68. ↑ Brasil 1994-2002: A era do Real
69. ↑ Trabalho escravo, um problema que persiste
70. ↑ Lula promete erradicação de trabalho escravo no futuro
71. ↑ Punição ao trabalho escravo ainda é rara
72. ↑ Libertação de escravos aumenta em 2008
73. ↑ PNE abaixo do esperado
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Atualidades 16
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103. ↑ "Erenice Guerra rebate reportagem e põe sigilos à disposição ", Estadão.com, 11/9/2010.
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109. ↑ http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ministerio-publico-entra-com-acao-contra-lula-por-improbidade-administrativa-
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115. ↑ "Aprovação a Lula volta a patamar recorde", Folha Online, 31/05/2009.
116. ↑ R7. "Governo Lula é aprovado por 78% da população". . (página da notícia visitada em 02/07/2010)
117. ↑ Atrasos vêm minando a credibilidade dos Correios
118. ↑ Anac não consegue tomar decisões
119. ↑ Dados mostram baixo investimento na era Lula
120. ↑ Lula descontente
121. ↑ PAC demonstra atrasos
122. ↑ PAC teria apenas 10% de obras concluídas
123. ↑ Governo faz confusão com números do PAC
124. ↑ Brasil está aquém do necessário na Saúde
125. ↑ Saúde
126. ↑ Orçamento da Saúde não atende às demandas
127. ↑ Secretário de Segurança do RJ e Presidente do STF pedem maior atuação do Governo Federal
128. ↑ CPI do Sistema Carcerário
129. ↑ Pronasci
130. ↑ CNJ analisa medidas para o sistema carcerário
131. ↑ Reforma do CPC ameça tornar a Justiça mais lenta
132. ↑ Candidatos prometem investir em habitação pra conter a favelização
133. ↑ São Paulo e suas favelas
134. ↑ Plano de Habitação do Governo
135. ↑ Computador para Todos impulsiona Insigne
136. ↑ Revista Época
137. ↑ Acesso à internet cresce, mas ainda é desigual
138. ↑ Anatel busca soluções para evitar um "caladão"
139. ↑ Anatel e sua ouvidoria
140. ↑ Agência Brasil. "Banda larga em escolas públicas reduz exclusão digital". . (página da notícia visitada em
09/04/2010)
141. ↑ Brasil cai 18 posições no ranking mundial de inovação
142. ↑ Brasil em 75º no ranking da percepção da corrupção
143. ↑ Brasil em 72º no ranking de percepção de corrupção de 2007
144. ↑ Brasil é democracia falha

Política
A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, se comprometeu neste sábado (1º) (1/1/2011), em Brasília (DF), ao
tomar posse do cargo, a fomentar a união nacional para realizar o sonho que comunga com todos os pais e
mães: o de oferecer oportunidades melhores do que tiveram a seus filhos. ―Quando se governa pensando no
interesse público e nos necessitados, uma imensa força brota‖, disse a presidenta em seu discurso, no
Parlatório do Palácio do Planalto.
Presidenta Dilma discursa no Parlatório do Palácio do Planalto Ampliar
A afirmação foi feita logo após receber a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, momento considerado mais simbólico da posse. A transmissão da faixa é realizada no Parlatório, que
simboliza os balcões de onde os governantes se comunicam diretamente com seu povo.
No discurso, Dilma avaliou o legado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do qual participou.
Disse estar emocionada, tanto pelo encerramento do mandato de Lula, como por ter se tornado a primeira
mulher eleita para chefiar o Estado brasileiro. Lembrou também a importância da parceria de Lula com o ex-
vice-presidente José Alencar, que está internado e luta contra um câncer, dizendo que terá também uma boa
parceria com Michel Temer.

Atualidades 17
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Antes de chegar ao Planalto, Dilma e Temer foram oficialmente empossados como presidenta e vice-
presidente do Brasil, em sessão presidida pelo senador José Sarney (PMDB-AP). Dilma e Temer fizeram o
juramento de respeitar e proteger a Constituição brasileira, as leis e o Estado de Direito.
Em seguida, em seu primeiro discurso oficial, Dilma arrancou aplausos entusiasmados dos presentes ao
iniciar sua fala afirmando: ―Meus queridos brasileiros e brasileiras, pela decisão soberana do povo, hoje será a
primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher‖.
Ela lembrou que dedicou toda sua vida à causa do Brasil e lutou contra a censura e a ditadura, em busca da
livre democracia e dos direitos humanos. ―Entreguei minha juventude ao sonho de um país justo e democrático.
Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho
qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou rancor‖, disse, sendo novamente aplaudida.
―Vou governar o Brasil com coragem e carinho. Quero cuidar do meu povo e a ele dedicar os próximos anos
da minha vida‖, complementou a presidente.
Dilma avaliou que assume o governo em um momento de presente e perspectivas otimistas para a Nação.
Além da criação de empregos e do fim da dependência externa, foi resgatada uma dívida social ao retirar
milhões da miséria e milhões foram alçados à classe média, lembrou.
A presidenta defendeu a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e o investimento em saúde,
educação, ciência e redução das desigualdades, aproveitando um momento histórico do País. ―Pela primeira
vez, o Brasil se vê diante da oportunidade real de se tornar, de ser, uma nação desenvolvida. Uma nação com
a marca inerente da cultura e do estilo brasileiros – o amor, a generosidade, a criatividade e a tolerância‖.
Mas ressaltou que, ―para dar longevidade ao atual ciclo de crescimento é preciso garantir a estabilidade de
preços e seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo de nossa economia, facilitando a produção
e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo, da grande empresa até os pequenos negócios
locais, do agronegócio à agricultura familiar‖.
Dilma afirmou ser necessário simplificar o sistema tributário e ampliar sua força exportadora do parque
industrial. ―Nos setores mais produtivos, a internacionalização de nossas empresas já é uma realidade‖, disse.
Para a presidente, o pré-sal é um passaporte para o futuro, mas só o será plenamente se produzir uma
síntese equilibrada de avanço tecnológico, avanço social e cuidado ambiental. ―A sua própria descoberta é
resultado do avanço tecnológico brasileiro e de uma moderna política de investimentos em pesquisa e
inovação‖, enfatizou, elogiando a Petrobras.
Outro desafio, apontou a presidenta, é fomentar o desenvolvimento regional, sustentando a vibrante
economia do Nordeste e o espírito de pioneirismo do Sul; preservando a biodiversidade da Amazônia;
apoiando a produção agrícola do Centro-Oeste e a força industrial do Sudeste; e a pujança.
Dilma voltou a destacar, como já tinha feito no dia em que foi eleita, que o crescimento econômico se dará
com atenção ao social e distribuição de renda. Disse que não descansará enquanto houver brasileiros sem
alimentos na mesa, famílias no desalento das ruas e crianças pobres abandonadas à própria sorte.
―E este é o sonho que vou perseguir!‖
Segundo a nova presidenta, o País continuará zelando pelos gastos públicos de qualidade. No plano
externo, irá fortalecer as reservas para garantir o equilíbrio das contas externas e combater o protecionismo
dos países ricos. ―Atuaremos decididamente nos fóruns multilaterais na defesa de políticas econômicas
saudáveis e equilibradas, protegendo o País da concorrência desleal e do fluxo indiscriminado de capitais
especulativos‖.
Dilma encerrou o discurso no plenário da Câmara dos Deputados lembrando que sua ―dura caminhada‖ a
fez valorizar e amar muito mais a vida ―e me deu, sobretudo, coragem para enfrentar desafios ainda maiores. E
citou o escritor mineiro João Guimarães Rosa: ―A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem‖. E finalizou: ―É com essa coragem que vou
governar o Brasil‖.
Primeiro dia de trabalho da nova Presidenta tem sete audiências bilaterais O primeiro dia de trabalho da
Presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto foi dedicado a sete audiências a autoridades internacionais
que estiveram na cerimônia de posse, em Brasília (DF). Após as reuniões bilaterais, o novo ministro das
Relações Exteriores, Antonio Patriota, repassou aos jornalistas detalhes dos assuntos tratados nos encontros.

Cem dias de governo Dilma


Murillo de Aragão
12/04/2011 12h13m

Atualidades 18
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A presidente Dilma Rousseff completou cem dias de governo. O balanço da atual administração é, em geral,
positivo. Dilma conseguiu se consolidar como chefe de estado e não resta dúvida de que governa com persona-
lidade e atitude.
Os resultados que o governo obteve no Congresso foram bons. Os candidatos apoiados pelo Planalto foram
eleitos para as presidências da Câmara e do Senado: Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), respecti-
vamente. O governo venceu na votação do salário mínimo e do projeto de lei do decreto legislativo que renego-
cia o acordo do Brasil com o Paraguai pelo excedente de energia da Hidrelétrica de Itaipu.
Na economia, o governo também tem demonstrado compromisso com a questão fiscal, monetária e cambial.
Foram anunciados cortes de R$ 50 bilhões no Orçamento da União para este ano, conforme expectativa do
mercado.
Na linha do seu discurso de posse, Dilma reforçou seu compromisso de combate à inflação. O Banco Central
subiu os juros nas duas reuniões que realizou este ano. Na semana passada, a Fazenda decidiu aumentar o
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito. Foram divulgadas ainda medidas para
conter a valorização do real frente ao dólar.
Na política externa, a postura de Dilma tem sido bem recebida pela comunidade internacional. Sobre a posi-
ção do Brasil na votação de moção pela ONU condenando violações de direitos humanos no Irã, inclusive o
apedrejamento de mulheres, a presidente afirmou não concordar.
Dilma também sinalizou com uma posição mais pragmática frente aos EUA. A visita de Barack Obama foi um
gesto simbólico importante, visto como uma mudança na postura da gestão anterior. Ainda que nada do que
tenha sido feito destoe do que Lula pensa sobre o tema.
Por conta disso, Dilma Rousseff tem o melhor início de governo de todos os presidentes desde 1989 (Collor,
Itamar, FHC e Lula), conforme revelou recentemente o instituto Datafolha.
Se por um lado, isso é positivo porque garante a presidente um acumulo de popularidade para enfrentar os
temas de difícil consenso com, por exemplo, a divisão dos royalties do pré-sal e a reforma tributária, de outro,
aumenta as expectativas da opinião pública em relação a presidente.
Porém, existem aspectos negativos que merecem ser destacados. O governo continua muito fechado e o a-
cesso é difícil, especialmente ao chamado núcleo duro. Percebem-se ainda alguns atritos no primeiro escalão.
No início do ano, por exemplo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, criticou publicamente o fato de o governo
insistir no salário mínimo de R$ 550. Foi obrigado a recuar depois que a presidente disse que divergências in-
ternas não deveriam ser tratadas pela imprensa.
Depois que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, sinalizou com possível aumento no preço da
gasolina, os ministros Guido Mantega e Edison Lobão afirmaram que essa hipótese não está nos planos do
governo. A imprensa explora, ainda, eventuais divergências entre Mantega e Antonio Palocci.
A questão da troca de comando na Vale foi muito conturbada. Existem também os atritos na base aliada de-
correntes da demora nas indicações de cargos de segundo e terceiro escalões.
Mas de um modo geral o saldo é positivo. Além do fato inconteste que Dilma conseguiu imprimir uma marca
ao seu governo sem descaracterizar o fato de ser uma continuidade da era Lula. Isso está evidente no resultado
das pesquisas de opinião divulgadas recentemente e nos resultados obtidos no Congresso Nacional.
Em seus 100 dias de governo, Dilma busca alinhamento com EUA
9/4/2011 8:36, Por Deutsche Welle
Primeira mulher a presidir o Brasil, Dilma Rousseff completa neste domingo 100 dias de um mandato que,
segundo recente pesquisa de opinião, conta com a aprovação de 73% da população brasileira. Considerada
mais discreta e mais pragmática que seu antecessor e mentor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma
vem aos poucos definindo seu próprio estilo de governar.
Apesar do pouco tempo de comando e de ter mantido vários nomes da gestão anterior, as primeiras dife-
renças, segundo analistas, já começam a ser sentidas, especialmente na política externa. Se com Lula o Brasil
arriscou ser protagonista em alguns episódios internacionais – em boa parte deles sem sucesso, como no asilo
ao então presidente hondurenho Manuel Zelaya, deposto pelos militares – a nova presidente vem mostrando
ser mais sensível a críticas e favorável a uma maior atuação dos diplomatas.
Na avaliação do cientista político Carlos Pio, da Universidade de Brasília, o ex-presidente ocupou-se demais
em ―acalmar os grupos mais à esquerda da legenda‖, o que teria resultado em confronto direto com os Estados
Unidos. A defesa de Lula por uma solução diplomática na questão iraniana é o caso mais emblemático, exem-
plifica Pio.

Atualidades 19
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A mudança de posição (no governo Dilma) ficou clara com a votação brasileira a favor da resolução do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, desfavorável ao Irã (no final de março). Isso marcou uma inversão de
postura‖, ressalta o cientista político Christian Lohbauer, integrante do Grupo de Análise da Conjuntura Interna-
cional da Universidade de São Paulo.
– Este governo também deve adotar, ao que tudo indica, um leve distanciamento de regimes bolivarianos
na América do Sul, com os quais Lula manteve alinhamento. Mas também não deve abandonar a política de
protagonismo no continente – avalia Lohbauer.
Aproximação com os EUA
A visita ao Brasil do presidente norte-americano, Barack Obama, também foi percebida como um sinal claro
de que as relações políticas e econômicas entre os dois países devem ficar mais afinadas. A diplomacia brasi-
leira sempre tentou preservar a independência com relação aos Estados Unidos, mas na era Lula a postura do
Itamaraty bateu de frente com a maior economia do mundo.
A política conduzida pelo atual ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, no entanto, visa retomar
os bons laços. Em meio aos afagos do presidente norte-americano ao Brasil, Dilma pediu, durante a visita, uma
parceria ―entre iguais‖ e ressaltou a importância de se ―prosseguir nas discussões para que a relação Brasil e
Estados Unidos tenha resultados ainda mais positivos‖. O objetivo é estreitar as relações econômicas e reduzir
o saldo desfavorável ao Brasil na balança comercial, que atualmente chega a 8 bilhões de dólares.
Da mesma maneira, não surpreendeu a abstenção do Brasil – junto com China, Rússia, Índia e Alemanha –
na votação do Conselho de Segurança da ONU, no mês passado, que decidiu sobre o uso da força militar na
Líbia.
– Na retórica, a diplomacia brasileira sempre defendeu a democracia. Mas na prática, ela tradicionalmente
se abstém de qualquer tipo de medida que afete a soberania dos governos nacionais, inclusive nos casos de
governos autoritários – afirma Pio.
Na busca pela continuidade
Eleita em segundo turno em outubro do ano passado com 55,7 milhões de votos – cerca de 56% dos votos
válidos – a grande bandeira de campanha da economista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto era a continui-
dade. Já neste início de sua gestão, ela lançou a marca ―Brasil, país rico é um país sem pobreza‖ como forma
de ratificar seu compromisso com as políticas sociais e econômicas conduzidas por Lula e que renderam a ele,
ao final de oito anos no poder, uma aprovação recorde de 87%.
No campo econômico, no entanto, Dilma já enfrenta dificuldades para seguir com o projeto do antecessor.
Até agora não foi apontada uma solução para conter os gastos públicos e, com isso, preservar pelo menos
parte do anunciado corte de R$ 50 bilhões do orçamento em programas de investimento.
Além disso, a valorização do real frente ao dólar, prejudicando a competitividade dos produtos nacionais e
ajudando a desestabilizar a balança comercial, e a previsão de aumento da inflação acima das metas estipula-
das tornaram-se fortes pontos de crítica da oposição.
Apesar das declarações da presidente de que ―não vai negociar com a inflação‖, na tentativa de acalmar a
população, alguns analistas afirmam não haver um grande empenho do governo em conter a alta de preços,
como se via na gestão anterior.
– O Banco Central tem se mostrado não tão forte na defesa do ajuste fiscal nem suficientemente intolerante
com relação à inflação – diz Pio. Na avaliação dele, o Banco Central dá sinais de que vai tolerar uma taxa aci-
ma da meta, o que seria injustificável.
Fama de durona
A fama de durona e a conhecida personalidade forte de Dilma, que militou contra a ditadura brasileira –
chegando a ser presa e torturada pelo regime militar – tem sido suavizada pelas aparições em programas fe-
mininos de televisão e pela presença em exposições artísticas e apresentações culturais.
– Ela tem se mostrado mais uma boa administradora do que uma política. E, com certeza, tem personalida-
de própria – afirma o sociólogo Thomas Fatheuer, consultor e ex-diretor do escritório da Fundação Heinrich
Böll, ligada ao Partido Verde alemão.
Em sua avaliação, a presidente tem mantido as linhas gerais do governo Lula, tanto nos avanços na área
social quanto nas lacunas ainda existentes em algumas questões de sustentabilidade. Por ter sido ministra de
Minas e Energia de Lula, Fatheuer diz ser ―um pouco decepcionante‖ a falta de posicionamento claro do gover-
no brasileiro quanto ao uso da energia nuclear e à construção da usina de Angra 3.

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– Esperava uma mudança na posição do novo governo. Dilma conhece muito bem a questão da energia
nuclear, e quando era ministra barrou um pouco o uso, sobretudo por achar esta energia muito cara – disse.
Japão
As autoridades do Japão calculam em 6.405 o número de mortos e em 10.259 o de desaparecidos pelo
terremoto e o posterior tsunami do dia 11 no nordeste do país, segundo o último boletim oficial divulgado nes-
ta sexta-feira pela polícia. Teme-se que o número final de vítimas aumente ainda em alguns municípios das
províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima.
Mais de 90 mil militares e reservistas japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em
salvamento, trabalham na zona devastada em busca de sobreviventes que ainda possam estar sob os es-
combros ou talvez arrastados mar adentro pelo tsunami de dez metros de altura.
No entanto, pouco a pouco a infraestrutura de transporte está sendo recuperada na zona afetada, o que
facilita a tarefa das equipes de assistência para a distribuição da ajuda às 380 mil pessoas que permanecem
nos 2.200 abrigos disponibilizados após o desastre.
Na cidade de Sendai, uma das mais afetadas pela catástrofe, os supermercados do centro da cidade vol-
taram a abrir para vender mantimentos aos habitantes, enquanto na província de Iwate, mais ao norte, a es-
cassez de combustível levou à paralisação da cremação das vítimas.
Por enquanto foram recuperadas cerca de 26 mil pessoas, embora 20 delas tenham morrido nos abrigos
devido a seu delicado estado de saúde ou avançada idade, segundo informou a agência local Kyodo.
O terremoto e o posterior tsunami destruíram 11.991 casas, provocando 269 incêndios e danificando 1.232
pontos nas estradas do norte e do leste do Japão.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da
escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o peri-
go atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushi-
ma, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desapareci-
dos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o
Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas
devastadas.
Líbia: Kadafi brande ameaça do petróleo; preços seguem em alta - 02 de março de 2011
O líder líbio Muammar Kadafi brandiu nesta quarta-feira a ameaça do petróleo, pelo qual - afirmou - o país
está disposto a "morrer", e advertiu as empresas ocidentais que deixaram a Líbia que pode substituí-las por
companhias da Índia ou China.
"Morreremos todos para defender o petróleo, e aqueles que ameaçam nosso petróleo devem compreender
isso", disse Kadafi em um novo discurso durante uma cerimônia pública em Trípoli.
Kadafi reconheceu que a produção da Líbia encontra-se em seu nível "mais baixo" pela saída do país dos
funcionários estrangeiros das companhias de petróleo, após o início da revolta nesta nação norte-africana no
dia 15 de fevereiro.

"A produção petrolífera está atualmente" em seu nível "mais baixo", assegurou. "Os campos e os portos
estão seguros, mas são as companhias de petróleo que têm medo", acrescentou.
A maioria das empresas estrangeiras presentes no país suspenderam total ou parcialmente sua produção
de petróleo no país e evacuaram seu pessoal.
"Estamos dispostos a trazer as companhias indianas ou chinesas para o lugar das empresas ocidentais",
ameaçou o líder líbio.
A Líbia, membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) exporta normalmente 1,49
milhão de barris diários, a maior parte (85%) para a Europa, segundo a Agência Internacional de Energia
(AIE).
A Agência Internacional de Energia (AIE) revisou nesta quarta-feira em alta suas estimativas sobre as per-
das de produção na Líbia. Segundo esta agência, entre 850 mil e um milhão de barris de petróleo líbio por dia
deixaram de estar disponíveis.

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Neste contexto, os preços do petróleo subiam nesta quarta-feira em Nova York, não muito longe de seus
níveis mais altos da semana passada, sempre sob o influxo dos acontecimentos na Líbia.
O barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega
em abril era negociado nesta quarta-feira a mais de US$ 100. Em Londres, o Brent do mar do Norte valia
mais de US$ 115 o barril durante o pregão.
"O mercado está extremamente nervoso e o preço continua subindo", constatou Tom Bentz, da BNP Pari-
bas.
A última carga de petróleo que deixou a região produtora do leste da Líbia saiu no dia 19 de fevereiro. Vá-
rias regiões do leste do país estão nas mãos da oposição.
No entanto, o diretor da AIE, Nobuo Tanaki, garantiu nesta quarta-feira que a Arábia Saudita, principal ex-
portadora de petróleo mundial e país líder da Opep, é capaz de compensar qualquer escassez no mercado
global provocada pelos distúrbios na Líbia.
A Arábia Saudita "pode compensar qualquer falta" de petróleo. "Inclusive se a Líbia parar totalmente com
suas exportações (...) a Arábia Saudita pode compensar ou garantir um complemento ante a demanda de
petróleo", garantiu Tanaki.
Já a própria Arábia Saudita assegurou na segunda-feira estar disposta a garantir a estabilidade do merca-
do, após a queda da produção na Líbia.
Em um comunicado, o governo reiterou sua "política constante de garantir a estabilidade do mercado e de
manter o fornecimento", após uma reunião do conselho de ministros saudita que examinou os acontecimen-
tos na Líbia e "sua repercussão na produção petroleira".
Os especialistas não temem, por isso, uma crise a médio prazo na oferta mundial de petróleo.
"Vamos assistir a curto prazo a uma alta dos preços, mas a Opep foi muito clara sobre a forma como atua-
rá" para estabilizar o mercado, disse nesta quarta-feira em Paris o diretor-geral do grupo Royal Dutch Shell,
Peter Voser.
"A Arábia Saudita e outros produtores importantes farão o necessário para que o mundo siga suficiente-
mente abastecido" de petróleo, acrescentou.
Líbios enfrentam repressão e desafiam Kadafi
Impulsionada pela derrocada dos presidentes da Tunísia e do Egito, a população da Líbia iniciou protestos
contra o líder Muammar Kadafi, que comanda o país desde 1969. As manifestações começaram a tomar vulto
no dia 17 de fevereiro, e, em poucos dias, ao menos a capital Trípoli e as cidades de Benghazi e Tobruk já
haviam se tornado palco de confrontos entre manifestantes e o exército.
Os relatos vindos do país não são precisos, mas tudo leva a crer que a onda de protestos nas ruas líbias
já é bem mais violenta do que as que derrubaram o tunisiano Ben Ali e o egípcio Mubarak. A população tem
enfrentado uma dura repressão das forças armadas comandas por Kadafi. Há informações de que Força Aé-
rea líbia teria bombardeado grupos de manifestantes em Trípoli. Estima-se que centenas de pessoas, entre
manifestantes e policiais, tenham morrido.
Além da repressão, o governo líbio reagiu através dos pronunciamentos de Saif al-Islam , filho de Kadafi,
que foi à TV acusar os protestos de um complô para dividir a Líbia, e do próprio Kadafi, que, também pela
televisão, esbravejou durante mais de uma hora, xingando os contestadores de suas quatro décadas de go-
verno centralizado e ameaçando-os de morte.
Além do clamor das ruas, a pressão política também cresce contra o coronel Kadafi. Internamente, um mi-
nistro líbio renunciou e pediu que as Forças Armadas se unissem à população. Vários embaixadores líbios
também pediram renúncia ou, ao menos, teceram duras críticas à repressão. Além disso, o Conselho de Se-
gurança das Nações Unidas fez reuniões emergenciais, nas quais responsabilizou Kadafi pelas mortes e indi-
cou que a chacina na Líbia pode configurar um crime contra a humanidade. Terra notícias
Obama defende Estado Palestino com fronteiras anteriores a 1967
Do G1, com agências internacionais
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (19) que espera que mais líderes deixem o
poder no mundo árabe, depois das quedas dos regimes ditatoriais de Tunísia e Egito.
Em um longo discurso na Casa Branca sobre a política norte-americana para os países arabes, Obama rea-
firmou o compromisso americano em promover as reformas e a transição para a democracia na região, criticou

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o uso da violência na repressão aos protestos, e pediu que Israel e palestinos façam concessões para a cria-
ção de um Estado Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967 e desmilitarizado.
"Temos uma oportunidade histórica. Temos uma chance de mostrar que a América valoriza mais a dignida-
de de um vendedor de rua da Tunísia do que o poder de um ditador", disse.
O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa sobre a política americana para os países árabes,
nesta quinta-feira (19) na Casa Branca (Foto: AP)
O democrata afirmou que, nos próximos meses, os EUA vão mobilizar todos os recursos possíveis para en-
corajar as reformas.
Obama negou que Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda morto em 2 de maio pelos ameri-
canos no Paquistão, seja um "mártir". O democrata disse que as ideias do saudita são rejeitadas na região.
O democrata também afirmou que o destino dos EUA está ligado ao do Oriente Médio e ao do norte da Á-
frica, agitados por uma série de rebeliões populares desde o início do ano.
Ele afirmou que é um erro o fato de o poder estar concentrado nas mãos de "muito poucas pessoas na regi-
ão".
Para Obama, o caminho da repressão, seguido por muitos regimes na região, não funciona mais.
"Os acontecimentos dos últimos seis meses nos mostram que as estratégias de repressão e repúdio não
funcionarão mais", disse.
Ele também citou o papel importante que as novas tecnologias da informação desempenham na difusão dos
ideais democráticos.
Obama voltou a citar o Brasil - ao lado da Índia e da Indonésia como um dos exemplos de países que estão
evoluindo em um ambiente democrático e tecnológico. -como já havia feito em seu discurso no Theatro Munici-
pal do Rio de Janeiro, em março deste ano.
Obama afirmou que, em alguns casos, a mudança vai levar tempo, e em outros será mais rápida. "Havera
bons dias e maus dias", previu.
Israel e palestinos
Obama afirmou que Israel precisa agir "corajosamente" para avançar no processo de paz com os palesti-
nos, mas voltou a defender o direito de defesa do estado israelense.
Ele disse que o futuro Estado Palestino na região deve ser traçado baseado nas fronteiras anteriores a 1967
e que deverá ser desmilitarizado.
"As fronteiras de Israel e Palestina deveriam se basear naquelas de 1967, com trocas mútuas e acertadas
de forma que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas nos dois Estados", disse.
"A retirada completa e em etapas das forças militares israelenses deve ser coordenada com a pretensão da
responsabilidade de segurança palestina em um estado soberano e não militarizado", acrescentou.
"A duração deste período de transição precisa ser acertada e a efetividade de arranjos de segurança preci-
sam ser demonstrados."
Segundo o americano, a necessidade de um acordo de paz na região é "mais urgente do que nunca".
Obama também rejeitou o que ele chamou de uma tentativa de "isolar" Israel na ONU em setembro.
"Para os palestinos, os esforços para deslegitimar Israel terminarão em fracasso. Ações simbólicas para iso-
lar Israel nas Nações Unidas em setembro não contribuirão para criar um Estado independente", alertou.
Os palestinos querem proclamar seu Estado soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Para isso, exi-
gem a retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental.
Israel conquistou naquele ano a parte oriental, árabe, de Jerusalém, e não abre mão dela, já que considera
a cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
O principal impasse ocorre porque os palestinos querem que Israel pare de construir assentamentos para
seus cidadãos no território que inclui áreas ao redor de Jerusalém Oriental, capturadas por Israel no confronto
de 1967.
Líbia

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Falando sobre a Líbia, onde os EUA participam de bombardeios liderados pela Otan contra forças do con-
testado ditador Muammar Kadhafi, Obama justificou a ação argumentando que "milhares teriam sido mortos"
no país se não fosse a intervenção aliada.
O americano disse que o tempo está contando contra o coronel Kadhafi e que, no final, ele acabará tendo
de deixar o poder, pressionado pela revolta popular iniciada no leste do país.
Crianças líbias fazem sinal da vitória em hospital de Benghazi, sede da resistência anti-Kadhafi no
país (Foto: Reuters)
Síria
Obama também instou o presidende da Síria, Bashar al Assad, a liderar o processo de transição do país pa-
ra a democracia, ou a "sair do caminho". Ele disse que Assad deve dialogar com a oposição ou corre o risco de
ficar "isolado".
Iêmen e Bahrein
Obama afirmou que o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve cumprir a promessa de transferir o po-
der, e também disse que os líderes do Bahrein devem criar condições para o diálogo com a oposição.
O Iêmen, base de um atuante ramo da rede terrorista da al-Qaeda, é um importante aliado americano na
região.
Convidada faz vídeo do presidente Obama durante o discurso desta quinta (19) (Foto: AP)
Tunísia e Egito
O democrata afirmou que as autoridades americanas vão ajudar os novos governos democráticos da Tuní-
sia e do Egito a recuperar os fundos "roubados" por integrantes corruptos dos regimes anteriores.
Ele anunciou um programa para oferecer US$ 1 bilhão de alívio da dívida para financiar o Egito e a Tunísia,
com base no apoio financeiro que sustentou a evolução do leste europeu pós-soviético.
Especificamente, o plano buscará reorientar o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, que a-
judou a reconstruir economias de mercado na Europa pós-comunista, a desempenhar um papel similar no Ori-
ente Médio.
Os Estados Unidos também trabalharão com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Banco
de Desenvolvimento Africano para liberar mais financiamento e garantias de crédito para encorajar a reforma
democrática no mundo árabe, afirmaram fontes oficiais.
A intenção do Plano Árabe, de Obama, parece ser uma tentativa de combater a privação econômica e os
prospectos miseráveis de grandes porções da população árabe que, junto com a repressão aos direitos bási-
cos, levou aos protestos.
Mulheres
O americano disse que a região só vai conseguir atingir todo seu potencial de desenvolvimento se der direi-
tos iguais às mulheres.
O democrata também afirmou que a corrida por armas nucleares na região "não beneficia a ninguém". G1 -
Globo

20/05/2011 17h37 - Atualizado em 20/05/2011 17h37

Obama manda a al-Qaeda 'tomar cuidado


Da AFP
O presidente dos EUA, Barack Obama, alertou nesta sexta-feira (20) aos membros da rede terrorista da al-
Qaeda para que "tomem cuidado", pois os Estados Unidos agem com base em informações de inteligência
apreendidas no complexo que serviu de esconderijo para Osama bin Laden, no Paquistão.
Obama fez a ameaça durante visita à sede da CIA, na Virgínia, para cumprimentar a comunidade america-
na envolvida na longa operação que localizou o líder da al-Qaeda no Paquistão.
Ele destacou que espiões americanos tiveram pouco tempo para comemorar o assassinato de bin Laden
por um comando de forças de elite, em 2 de maio, porque têm tido que vasculhar uma inestimável pilha de
dados obtida pela equipe americana.

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O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na sede da CIA, em Langley, na Virgínia, nesta sex-
ta-feira (20) (Foto: AP)
"Precisamos analisar, avaliar e explorar esta montanha de material de inteligência", disse Obama.
"Assim, hoje todo terrorista da rede al-Qaeda precisa ser vigilante porque vamos rever cada vídeo, examinar
cada foto, ler cada uma daquelas milhões de páginas", disse Obama.
"Vamos seguir cada pista. Vamos aonde isto nos levar. Vamos terminar o trabalho. Vamos derrotar a al-
Qaeda", concluiu Obama. G1 - Globo
Morte de Osama bin Laden
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A morte de Osama bin Laden (10 de março de 1957 — 2 de maio de 2011), um dos membros sauditas da
família bin Laden e líder-fundador do grupo terrorista al-Qaeda, ocorreu durante a Operação Netuno Spear,
codinome usado pelas tropas estadunidenses para referir-se a bin Laden, em 1 de maio de 2011. Nesse dia, o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou em conferência à imprensa que bin Laden havia
morrido[1] na cidade paquistanesa de Abbottabad. Segundo a versão oficial, Osama teria sido capturado e
morto em um esconderijo nos arredores da cidade por forças da Joint Special Operations Command em
conjunção com a CIA[2] e que o governo desse país colaborou para a localização do paradeiro do terrorista.[3]
O cadáver foi mantido sob custódia militar e amostras de ADN comparadas com de uma irmã de bin Laden que
morrera de câncer no cérebro, confirmaram sua identidade, outros métodos, como reconhecimento facial,
garantiram que o capturado era mesmo o terrorista.[4][5][6][7]
Descoberta do paradeiro
Autoridades de inteligência norte-americanas descobriram o paradeiro do terrorista acompanhando as
informações de um de seus mensageiros. As primeiras informações foram recolhidas junto de presos em
Guantánamo, descobrindo que ele era um protegido de Khalid Sheikh Mohammed. Em 2007, as autoridades
dos Estados Unidos descobriram o verdadeiro nome dele e, em 2009, onde morava. Em agosto de 2010, o
esconderijo do terrorista em Abbottabad, no Paquistão. Imagens de satélites e relatos da CIA ajudaram a
confirmar a localização correta de Osama e dos outros moradores da mansão onde morava.
Esconderijo
A mansão onde estava o terrorista foi construída em 2005, era localmente conhecida como Waziristan
Haveli[8] e custou mais de um milhão de dólares. O esconderijo estava localizado a 1,3km da Academia Militar
do Paquistão, no subúrbio de Abbottabad. Na região em torno do esconderijo, havia grande circulação e
habitação de militares paquistaneses.[9] O terrorista estava escondido no local a, pelo menos, cinco anos sem
ser descoberto.
Terminado de ser construído em 2005, o composto encontra-se em um terreno muito maior do que as casas
ao seu redor, embora a sua área seja muito maior e sua segurança exagerada, a casa não se destacava das
demais por seguir o mesmo padrão de construção, sem acabamento e com janelas reduzidas, seguia
arquitetonicamente o estilo do bairro em que estava.
Tem três andares e situa-se próximo dos limites da cidade, num meio urbano e tinha alta segurança. Era
cerca de oito vezes maior que as outras residências em seu redor, era cercada por paredes de arame de
concreto (betão armado) de 3,7 a 5,5 m de altura e arame farpado. Existiam dois portões de segurança e do
terceiro andar uma varanda com 2,1 m de espessura de parede e que garantia alta privacidade. A área total da
casa, aproxima-se de 3.500 metros quadrados e tem poucas janelas. O complexo não contava com ligações à
Internet ou telefónicas para evitar que fosse descoberta a localização do terrorista.[10] Fotos internas da casa
mostram que ela não apresentava luxo ou conforto e que estava desorganizada e com móveis modestos. O
composto tinha uma horta em que estavam coelhos, galinhas e uma vaca.
O composto, analisado por especialistas, mostra-se extremamente seguro e contra pretensos invasores. Foi
classificado como "muito urbano" e "extraordinariamente único". A Associated Press identificou o proprietário
como sendo Abu Ahmed al-Kuwaiti, que comprou o terreno e mais quatro lotes entre 2004 e 2005 pelo
equivalente a 48 mil dólares americanos.[11][12][13]
Construída entre 2003 e 2005, a estrutura estava localizada em uma estrada de terra de 4km a nordeste do
centro da cidade de Abbottabad. O composto foi avaliado por autoridades estadunidenses que confirmaram o
preço da casa em um milhão de dólares americanos, enquanto que as imobiliárias locais diziam que o
composto era avaliado em 250 mil dólares. Relatórios mostram que bin Laden pode ter sido movido para o
composto um ano após sua construção, realizada em 2005. O terrorista, que não fazia aparições públicas, era

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conhecido até 2011, na região, apenas como "mestre", não sendo sua real identidade revelada aos seus
vizinhos da cidade.[14][15][16][17]
Imagens de satélite mostra várias antenas parabólicas instaladas na casa, que também tinha sistema de
vigilância com câmeras distribuídas por todo o terreno.[18] Um dos principais construtores do complexo foi Gul
Mohammed, encarregado de construir uma casa com muitas vedações muros altos. De acordo com o
construtor, ele não havia sido informado de para quem estava trabalhando e dois homens, a mando de bin
Laden, vigiavam a construção do composto. O construtor diz que os homens não eram restritivos com dinheiro
e sempre o forneciam quando solicitado. O homem que mandara construir a casa era chamado apenas por
"mestre". Mohammed diz nunca ter conhecido o homem.[17]
O presidente Obama reuniu-se com os seus assessores de segurança no dia 14 de março de 2011, na
primeira das cinco reuniões de segurança que decorreram segredo ao longo de seis semanas. A 29 de abril, às
8h20min, o presidente dos Estados Unidos reuniu-se com Thomas Donilon, John O. Brennan e outros
assessores de segurança, e autorizou o ataque ao complexo de Abbottabad. O Paquistão não foi informado
desta decisão.
Execução da operação
Abordagem e entrada
Depois da autorização do presidente Obama, o diretor da CIA, Leon Panetta, deu o seu aval ao meio-dia de
1º de maio de 2011.[19] O ataque foi realizado por helicópetros dos Navy Seals[20] do Grupo de
Desenvolvimento Especial de Guerra Naval dos Estados Unidos (DEVGRU) do Joint Special Operations
Command, que, por razões legais, foram temporariamente transferidos para o controle da CIA e paramilitares
da agência.[21]
Os Seals DEVGRU operaram em duas equipes com doze pessoas cada.[22] De acordo com o The New
York Times, na operação havia um total de "79 comandos e um cão".[23][24] O cão era um Malinois belga,
chamado de Cairo, que podia detectar a presença de explosivos no complexo de bin Laden.[25][26]
Papel do Paquistão
Acusações contra o país
Várias alegações foram feitas contra o governo paquistanês.[27] Há acusações de que o governo do país,
que se mostra contra o terrorismo, tenha abrigado Osama.[27] O complexo que abrigava o terrorista estava
localizado próximo a Academia Militar do Paquistão e em um meio urbano, não isolado. Os Estados Unidos
optaram por não avisar o Paquistão sobre a operação que matou bin Laden, atitude explicada por essa
desconfiança quanto ao real posicionamento do país em relação ao terrorismo. O serviço de inteligência do
Paquistão, ISI, também é acusado de facilitar o contrabando de membros da al-Qaeda no Afeganistão para
enfrentar tropas da OTAN. De acordo com documentos vazados em dezembro de 2009, o governo do
Tajiquistão havia dito que muitas autoridades dos Estados Unidos já conheciam o paradeiro de bin Laden.[28]
Em sua primeira entrevista após a operação, o Chefe da CIA, Leon Panetta, disse que a CIA havia afastado o
Paquistão das investigações, temendo que "qualquer esforço para trabalhar com os paquistaneses possa
comprometer a operação. Eles poderiam alertar os alvos".[29]
A secretária de Estado, Hillary Clinton, no entanto, declarou que "a cooperação com o Paquistão ajudou a
levar-nos ao composto em que bin Laden estava escondido".[30]
O senador dos EUA, Joe Lieberman, presidente do Comitê de Segurança Interna do Estado, disse que "este
vai ser um momento de verdadeira pressão sobre o Paquistão para provar que eles não sabiam do paradeiro
de bin Laden.[31]
O acessor-chefe do contraterrorismo Obama, John Brennan, disse que era impossível que Osama não
tivesse apoio dentro do Paquistão e ainda afirmou, "as pessoas têm vindo a referir isso como se eles estivesse
escondendo-se na vista do governo do país, mas nós estamos analisando como ele foi capaz de se esconder
lá por tanto tempo".[32] O senador Lindsey Graham questionou como bin Laden poderia-se esconder por tanto
tempo sem ser notado, levantando suspeitas de que o Paquistão era mesmo comprometido com a Guerra ao
Terror ou se abrigava terroristas.[33] Um oficial da inteligência paquistanesa disse que havia passado por
telefone dados para os Estados Unidos, mas que não analisava as informações, deixando esse serviço para a
inteligência responsável pela caçada a bin Laden.[34]
O Ministro indiano de Assuntos Internos, Palaniappan Chidambaram disse que bin Laden se escondia "no
fundo" do Paquistão. Essa era uma questão grave e preocupante para a Índia e revelou que "muitos dos
terroristas que promoveram os ataques a Mumbai continuam abrigados no Paquistão". Ele pediu para que o
país os prenda, mas não obteve respostas objetivas do Paquistão, que continua abrigado esses terroristas.[35]

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O britânico nascido no Paquistão, Khalid Mahmood, diz ter ficado "perplexo e chocado" após descobrir que
bin Laden estava morando em uma cidade com milhares de soldados paquistaneses, reavivando questões
sobre supostas ligações entre o grupo terrorista al-Qaeda e os elementos de forças de segurança do
Paquistão, mostrando que talvez o país não esteja lutando contra o terror como afirmam seus governantes e
abrigando terroristas.[36]
O jornal Gulf News informou que o composto em que bin Laden foi morto já havia sido usado como um
esconderijo pelo Paquistão e pelo serviço de inteligência do país, Inter-Services Intelligence, ISI, mas já não
estava sendo usado para essa finalidade.[37] O jornal canadense The Globe and Mail informou a polícia local
dizendo que o composto pertencia a Hizbul Mujahideen, um grupo de militantes apoiados pelo ISI que está
lutando na região da Caxemira contra forças indianas.[38]
Resposta do Paquistão
Um funcionário da inteligência paquistanesa informou que dados brutos sobre o paradeiro de bin Laden
eram passados aos Estados Unidos para que fosse analisados.[39]
O alto comissário paquistanês para a Inglaterra, Wajid Shamsul Hasan, disse que o Paquistão tinha
conhecimento prévio de que uma operação iria acontecer em seu território em 2 de maio de 2011, dia da morte
de bin Laden.[39]
Outro funcionário paquistanês afirmou que as forças paquistanesas só tinham autorização para voos de
helicóptero e que a operação foi conduzida apenas pelos Estados Unidos[39] e que, caso algo desse errado na
operação, o Paquistão não seria responsabilizado pelos Estados Unidos.[39]
Confirmação da morte
Identificação do corpo
Acredita-se que, logo após a operação Netuno Spear, que matou o terrorista, seu corpo tenha sido levado
para Jalalabad, no Afeganistão.[40] Os métodos de identificação incluíram a medida do corpo, tanto o cadáver
quanto bin Laden tinham 1,93 metros de altura, um programa de reconhecimento facial também foi usado para
reconhecer o terrorista, uma fotografia de bin Laden morto foi transmitida à sede da CIA em Virgínia, Langley, a
taxa de semelhança com Osama chegou a 90-95%.[40] Exames de ADN também confirmaram a identidade do
corpo como sendo de Osama bin Laden.[41]
Durante a operação uma mulher chamou pelo nome do terrorista auxiliando as forças armadas a
identificarem o corpo como sendo mesmo o de bin Laden.[42]
Sepultamento no mar
Procedimentos
De acordo com um oficial dos Estados Unidos, em 2 de maio, o corpo de bin Laden foi sepultado menos de
um dia após a sua morte seguindo os rituais da fé islâmica.[43]
O corpo foi transportado para o super-porta-aviões USS Carl Vinson (foto), o navio-almirante do Carrier
Strike Group One, que opera no Mar Arábico. Depois, o corpo foi lavado e enrolado em uma toalha branca
seguindo os rituais árabes. Após esses rituais, o corpo afundou no Mar Arábico.[44][45]
O presidente dos Estados Unidos, Obama, disse que os militares foram respeitosos com o corpo e
completou dizendo: "Tomamos mais cuidado com o corpo do que, obviamente, bin Laden tomou quando matou
três mil pessoas [nos atentados de 11 de setembro de 2001]. Ele não teve muito respeito sobre como [as
vítimas] eram tratadas e profanadas". Obama garantiu que especialistas em costumes islâmicos disseram
como o sepultamento deveria ser feito.[46]
Confirmação da al-Qaeda
Para acabar com o ceticismo que ainda alimentava teorias conspiratórias de que bin Laden havia
sobrevivido ao ataque dos Estados Unidos, a rede terrorista de que bin Laden era o líder, al-Qaeda,
pronunciou-se publicamente dizendo que o terrorista está mesmo morto.[47][48] A mensagem foi divulgada
pela internet e os terroristas prometem publicar o último vídeo gravado por bin Laden que ainda não havia sido
divulgado.[49] A confirmação da morte pela al-Qaeda foi divulgada em um fórum utilizado por extremistas de
acordo com o SITE Intelligence Group, grupo que monitora sites islâmicos.[47] A al-Qaeda ainda ameaçou os
Estados Unidos e estimulou os paquistaneses a se revoltarem contra tropas do país, eles deveriam "levantar-
se e revoltar-se" contra a morte de bin Laden.[47] Continuaram a mensagem dizendo que a morte do terrorista
será "uma maldição para os Estados Unidos", afirmaram que irão atrás dos norte-americanos dentro ou fora de
seu país.[47]

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O grupo terrorista continuou a mensagem com o anúncio de que os planejamentos de ataque aos Estados
Unidos continuaram "sem cansaço ou tédio" até que um desastre aconteça no país.[47] Os terroristas
prometem vingança pela morte de bin Laden dizendo que seu sangue era sagrado e não podia ser "derramado
em vão".[50] A Casa Branca disse estar em estado de extrema vigilância para impedir que um ataque terrorista,
prometido pela al-Qaeda,[47] aconteça. O porta-voz Jay Carney disse: "estamos muito conscientes da
possibilidade de um ataque terrorista e extremamente vigilantes".[50]
Pronunciamento dos Estados Unidos
Pouco depois da divulgação da notícia, a morte do terrorista foi confirmada oficialmente pelo presidente dos
Estados Unidos Barack Obama em um pronunciamento pela televisão aos estadunidenses.[2][5]
O discurso de Obama foi de extrema importância para o país. Antes da mensagem oficial, havia muitos
rumores e desconfiança quanto à veracidade das informações da morte de bin Laden.[52] O discurso do
presidente dos Estados Unidos também confirmou que ele morrera por militares norte-americanos e não por
outros militares,[53] embora estes tenham sido ajudados por outras organizações e o próprio governo
paquistanês tenha apontado o local onde encontrar Bin Laden.[3]
Reações
Nos Estados Unidos
Minutos depois do anúncio oficial, multidões se reuniram espontaneamente diante da Casa Branca, no
Ground Zero, no Pentágono e na Times Square para comemorar a ação.[54] Durante todo o discurso de
Obama, 4000 mensagens por segundo foram enviadas no Twitter.[55][56]
O ex-presidente George W. Bush disse que "isto marca um feito vitorioso importante para a América, para
pessoas que buscam a paz em todo o mundo, e para todos aqueles que perderam entes queridos no 11 de
setembro de 2001."[57] O evento também foi aplaudido por outros líderes republicanos, incluindo o ex-
governador de Massachusetts, Mitt Romney, o ex-governador de Minnesota, Tim Pawlenty, e o senador John
McCain.[58] O ex-presidente Bill Clinton descreveu o ocorrido como um "momento extremamente importante
para as pessoas em todo o mundo que querem construir um futuro comum de paz, liberdade e cooperação
para os nossos filhos."[59]
Michael Bloomberg, prefeito de Nova Iorque, afirmou que espera que a morte de bin Laden "conforte
aqueles que perderam os entes queridos" durante o atentado de 11 de setembro.[60] Condoleezza Rice, ex-
assessora de Segurança Nacional e Secretária de Estado, caracterizou a notícia como "absolutamente
emocionante", acrescentando que ficou "repleta de gratidão" e que continua a se surpreender com o que
"nossas forças armadas têm conseguido".[61]
Economia
Bolsas de Valores
Logo após o anúncio da morte de bin Laden, as principais Bolsas de Valores da Ásia, entre eles China,
Hong Kong, Cingapura, Malásia e Tailândia tiveram alta na abertura de 2 de maio de 2011. A Bolsa de Tóquio
teve alta de 1,54% e fechou em alta, acima dos dez mil pontos, pela primeira vez desde a metade de março,
quando a notícia do terremoto abalou a economia do país.[62] Essa melhora nas economias pelo mundo é
consequência da aparente segurança que a morte de bin Laden traz para os países ligados aos Estados
Unidos. Muitos governos, porém, já alertaram para o perigo de ataques terroristas em represália à morte de bin
Laden.
Petróleo
O preço do barril de petróleo também caiu devido à morte de Osama Bin Laden, o preço do petróleo ficou
mais de 1% menor. O petróleo tipo Brent caiu 78 centavos enquanto o leve americano 95 centavos. Analistas
dizem que o preço já estava caindo antes da morte de bin Laden, mas que por conta dessa notícia o petróleo
pode ficar ainda mais barato em todo o mundo.[63][64][65]
Organizações militantes
 Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa:
A organização diz ter lamentado a morte de bin Laden e declarou em um comunicado: "A nação islâmica
ficou chocada com a notícia de que bin Laden tenha sido morto pelos não-crentes. Ele deixou uma geração
que segue a educação que ele deu pela Jihad. A perda do líder dos lutadores da Palestina e todo não
impedirão a sua missão e todos vão continuar na tutela de seus senhores. Dizemos aos israelenses e aos
ocupantes americanos que temos líderes que mudaram a história com a Jihad e com a sua firmeza. Nós
estamos prontos para sacrificar as nossas vidas para retornar à paz".

Atualidades 28
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Mais tarde, o porta-voz do grupo negou a declaração.[66][67]
 Al-Qaeda:
Um dos membros da Al-Qaeda disse: "Essa notícia foi uma catástrofe para nós. No início, não conseguimos
acreditar, mas entramos em contato com nosso irmãos no Paquistão, que confirmaram a notícia".[68]
 Hamas:
Chefe do Hamas, Ismail Haniya, diz que condena a morte de qualquer "guerreiro santo" e que pede a Alá
que conceda sua misericórdia a bin Laden. Afirma que, se a notícia da morte de Osama for confirmada,
considera que a ação é uma continuação da política norte-americana de opressão e "derramamento de
sangue" contra os árabes e muçulmanos. Ele ainda afirma que pede a deus que ofereça misericórdia a bin
Laden e aos verdadeiros fiéis a ele.[69]
 Irmandade Muçulmana:
Mahmud Ezzat disse que não é bin Laden que morreu. Ele disse que, se for mesmo bin Laden morto, as
tropas ocidentais devem deixar o Iraque e o Afeganistão.[70]
Uniões internacionais
 União Europeia:
O Presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek disse que "acorda-se para um mundo mais seguro" após
a morte de bin Laden.[71]
 Organização do Tratado do Atlântico Norte:
O Secretário Geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, disse que a morte de bin Laden é um "sucesso
significativo" para a segurança dos aliados à OTAN.[72]
 Organização das Nações Unidas:
O Secretário Gerail da ONU, Ban Ki-moon saudou a morte de bin Laden como "um divisor de águas" na luta
mundial da Organização contra o terror.[73]
Países
 Afeganistão
O presidente afegão Hamid Karzai, falando sobre a morte de Osama, disse "é maravilhoso, excelentes
notícias", ressaltando que Osama "tem sido um dos maiores inimigos da humanidade, da civilização, e tem sido
um grande problema para a raça humana".[74] Ele enfatizou que "o Afeganistão estava certo" ao dizer que "a
luta contra o terrorismo não é nas vilas do Afeganistão, nem entre os pobres do Afeganistão, mas nas
mansões", e pediu ao Taliban para abandonar a luta armada.[75]
 África do Sul
O Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul emitiu um comunicado de que o
governo tomou conhecimento da notícia da morte de bin Laden e reafirmou o compromisso do país em conter o
terrorismo. O Congresso Nacional Africano disse que não se manifestará oficialmente até que provas mais
concretas da morte de bin Laden sejam apresentadas pelos Estados Unidos.[76]
 Alemanha
O ministro alemão para assuntos exteriores Guido Westerwelle felicitou os Estados Unidos pelo sucesso da
operação que culminou com a morte do líder da Al Qaeda e afirmou que "o fato de que se tenha acabado com
as manobras sangrentas desse terrorista é uma boa notícia para todos os homens que defendem a paz e a
liberdade no mundo" e que bin Laden foi "um dos terroristas mas brutais do mundo" sobre cuja consciência
pesavam as vidas de milhares de pessoas. [77]
 Argentina
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, enviou uma carta a Obama em que destacou a
ameaça permanente do terrorismo em todo o mundo e expressou o seu desejo de que a morte de Osama não
atrapalhe a esperança de paz no Oriente Médio. O governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli,
considerou a captura de bin Laden como um passo à frente na Guerra ao Terror. Aníbal Fernández anunciou
que a Argentina levará a sério as ameaças de represália da al-Qaeda.[78]
 Áustria

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O Ministro de Negócios Estrangeiros da Áustria, Michael Spindelegger, disse que a morte de bin Laden "foi
um alívio para muitas pessoas", mas advertiu que isso não deve ser tomado como o fim da Guerra ao Terror, o
país está alerta para represálias.[79]
 Bélgica
País diz temer ataques terroristas em represália à morte de Osama, a Bélgica recebe todos os dias oficiais
da OTAN em Bruxelas, líderes da União Europeia também costumam reunir-se no país.[80]
 Brasil
O chanceler Antonio Patriota declarou que a notícia da morte de Osama bin Laden, divulgada no domingo
pelo governo dos Estados Unidos, tem uma "dimensão interessante e positiva, no momento em que o mundo
árabe se manifesta, do Marrocos ao Golfo, por mais liberdade de expressão, por mais democracia e melhores
oportunidades"[81] Patriota também condenou o terrorismo e se solidarizou com as famílias vítimas da al-
Qaeda.[82]
 Canadá
O primeiro-ministro Stephen Harper disse que a morte de bin Laden "garante um senso de justiça para as
famílias dos 24 canadenses mortos" (no 11 de setembro) e que o "Canadá recebe a notícia da morte de
Osama bin Laden com um senso de soberba satisfação".[83]
 Chile
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, comemorou a morte de bin Laden dizendo que conversou com o
presidente Obama para expressar sua satisfação com a Operação Netuno Spear. Ele disse que estava "feliz
porque todo o mundo aprendeu que, apesar de tardia, a justiça chega, e que os crimes contra pessoas
inocentes em todo o mundo não ficarão impunes".[84][85]
 China
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu, afirmou que a morte de bin Laden é "um
avanço" para a luta mundial contra o terrorismo.[86] O Governo da China também manifestou o seu apoio ao
Paquistão e à forma como o país luta contra o terrorismo, Jiang disse: "O Paquistão está na linha de frente na
luta contra o terrorismo e seu governo tem se dedicado realmente à causa".[87][88][89][90]
 Coreia do Sul
Diz estar com todos os seus ministérios alerta para uma possível represália à morte de Osama Bin
Laden.[91]

 Dinamarca
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen disse que "parabeniza o presidente Obama e o
povo americano pelo sucesso de terminar com o terrorista bin Laden, uma pessoa sem escrúpulos e que
promovia a desumana violência de destruição".[92]
 Etiópia
O Gabinete de Comunicação Exteriores declarou: "A Etiópia se sente e partilha da agonia e o sofrimento
dos povos que perderam seus cidadãos para ataques terroristas sem sentido", também diz que saúda todos os
que estavam envolvidos nessa operação, elogia os Estados Unidos pela ação anti-terrorista de caçar e destruir
o líder da al-Qaeda. Diz que, embora a morte de bin Laden não signifique o fim da luta contra o terror, é uma
grande vitória para as forças de segurança globais. O governo também lembra que a vizinha Somália sofreu
ataques da al-Qaeda.[93]
 França
O chanceler francês, Alain Juppé, criticou o Paquistão quanto à "falta de clareza" em relação a morte de Bin
Laden.[94]

 Israel
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a morte de bin Laden foi um "retumbante triunfo para a
luta das nações democráticas contra o terrorismo."[95]
 Japão

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O Ministro dos Negócios do Japão, Takeaki Matsumoto, disse que, apesar do líder da al-Qaeda ter morrido,
a Guerra ao Terror não acabou.[96]
 Líbia
O coronel Ahmed Omar Bani, um dos porta-vozes dos militares rebeldes atualmente em confronto na
Guerra Civil do país, disse que ficou "muito feliz" ao ouvir a notícia da morte de bin Laden e que considerava o
terrorista como um inimigo do combate contra Muammar al-Gaddafi. Bani disse ainda que deseja que o ditador
líbio sofra o mesmo que Osama.[97]
 Malásia
O Ministro de Administração Interna da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que espera que a morte de
bin Laden ajude a trazer paz e harmonia por todo o mundo.[98]
 Marrocos
O Ministro das Comunicações Khalid Naciri disse que todos os países "sofriam" pela organização criada por
bin Laden. O governo do Marrocos considera que a al-Qaeda foi responsável pelo bombardeio a Marrakech em
2011.[99]
 México
A Secretária de Relações Exteriores, Patricia Espinosa, disse: "A operação foi de grande importância nos
esforços contra o terrorismo, que ameaça a paz e a segurança, principalmente àquele que lidera uma das mais
cruéis e sagrentas organizações do mundo, a al-Qaeda".

 Nepal
O governo do Nepal disse que a morte de bin Laden é uma vitória na guerra contra o terrorismo. O
Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que o país sempre esteve contra as organizações terroristas.[100]
 Nigéria
O Consultor de Segurança Evawere Oyede disse que havia uma "reação" no país após a morte de bin
Laden. Disse que algumas pessoas viam a situação como um alívio, enquanto outras veem-no como um
homem que estava lutando contra o mundo ocidental, que viam Osama como um herói. O chefe de polícia
Hafiz Ringim declarou alerta vermelho no país após a morte de bin Laden.[101][102][103]
 Nova Zelândia
O primeiro-ministro John Key afirmou que "o mundo é um lugar mais seguro sem Osama bin Laden" mas
que "sua morte não deve significar o fim do terrorismo."[104]

 Noruega
Jonas Gahr Støre, ministro das relações internacionais, alegou que a morte de bin Laden foi um "avanço na
luta contra o terror", mas insistiu que a al-Qaeda ainda é uma ameaça.[105]
 Portugal
O governo português afirmou que a morte de Osama bin Laden "não representa o fim" da Al-Qaida ou do
terrorismo, considerando no entanto que "o êxito desta missão, que culmina uma longa operação de quase
uma década, exprime a determinação do povo americano e seus aliados em combater o terrorismo e o
fanatismo, que tantas vítimas inocentes têm provocado".[106]
 Quénia
Primeiro-ministro Raila Odinga disse que o evento foi "uma grande conquista na luta contra o
terrorismo".[107]
 Reino Unido
O primeiro-ministro David Cameron afirmou que a morte de bin Laden traz "grande alívio" ao mundo.[95]O
ex-primeiro-ministro, Tony Blair, disse que "a operação mostra que aqueles que cometem atos terroristas
contra inocentes serão julgados", ele ainda disse que "a Guerra do Terror agora é mais urgente do que nunca
foi", referindo-se a possíveis represálias à morte de bin Laden por parte de seus seguidores.[108] Tony diz que
tem sincera gratidão ao presidente Obama e pela operação e para todos que participaram de alguma maneira
da morte de bin Laden. Ele lembra do 11 de setembro e diz que nunca deve-se esquecer do pior ataque
terrorista da história e lembrar-se de quem o promoveu, ele diz que o ataque não foi só aos Estados Unidos,
mas direcionado para todos aqueles que compartilham os valores da civilização. O líder de oposição Ed

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Miliband afirmou que "o mundo é um lugar mais seguro após a morte bin Laden, porque ele não está mais no
comando para encorajar o terrorismo".[109] O ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone criticou Obama por não
ter levado bin Laden a julgamento. Ele diz que o assassinato pode significar o aumento do terrorismo com
represálias à morte do líder da al-Qaeda.[110]
 Singapura
O ministro das relações internacionais afirmou que a morte de Osama bin Laden foi um "marco na luta
contra o terrorismo internacional."[111]
 Somália
O primeiro-ministro da Somália, Mohamed Mohamed Abdullahi, elogiou a morte de bin Laden dizendo:
"Congratulamo-nos com a operação de inteligência dos Estados Unidos que localizaram e mataram o líder da
al-Qaeda, bin Laden , que já confessou ser o responsável pelo assassinado de várias massas ao redor do
mundo." Disse ainda que Osama apoiava a Al-Shabaab e que a Somália é a verdadeira vítima da ideologia da
Jihad de Osama bin Laden.[112]
 Turquia
O presidente Abdullah Gül diz estar "muito satisfeito" com a morte de Osama com ajuda paquistanesa.[91]
 Uganda
O governo de Uganda descreveu a morte de bin Laden como "um evento importante". O porta-voz Fred
Opolot disse que o país continuará lutando contra a al-Qaeda e outras organizações terroristas.[99]
Tentativas anteriores de matar ou capturar bin Laden
Fevereiro de 1994: uma equipe de líbios atacou a casa de Osama bin Laden no Sudão. Investigando, o
governo anunciou que eles haviam sido contratados pela Arábia Saudita, embora a esta os tenha acusado de
mentir a fim de fazer com que o terrorista se tornasse mais favorável aos interesses do Sudão.
Agosto de 1998: durante a Operação Infinite Reach, no dia 20 de agosto de 1998, a marinha dos Estados
Unidos lançou 66 mísseis de cruzeiro a um suspeito campo de treinamento que pertenceria à Al-Qaeda, onde
se pensava que bin Laden estivesse escondido. Relatórios posteriores revelaram que cerca de trinta pessoas
morreram durante o ataque.[113]
Ano 2000: operários estrangeiros que trabalhavam em nome da CIA dispararam um lança-granadas-
foguete em um comboio de veículos em que bin Laden estava viajando através das montanhas do Afeganistão,
e acabaram atingindo um dos veículos, o carro em que estava bin Laden não foi atingido e o terrorista saiu
ileso do ataque.[114]
Ano 2001: durante as etapas de abertura da Guerra ao Terror no Afeganistão, lançada nos meses que se
seguiram aos ataques do 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos e seus aliados acreditavam que bin
Laden estava escondido nas montanhas ásperas de Tora Bora. Apesar de ultrapassarem as posições do Talibã
e da Al-Qaeda, eles falharam em capturar ou matá-lo.[115]
Teorias conspiratórias
A alegação de que Osama bin Laden morreu em 1 de maio de 2011 não foi aceita universalmente. O The
Daily Telegraph informou em 3 de maio de 2011 que "vários grupos do Facebook surgiram com títulos como
'Osama bin Laden não morreu'". Surgiram então diversas teorias conspiratórias infundadas, visto que não há
provas de que o terrorista tenha sobrevivido a operação Netuno Spear, enquanto os fóruns de Internet têm
debatido sobre a possível farsa da morte de bin Laden e blogs e outras fontes também sugerem que o governo
dos Estados Unidos falsificou as veracidades da Operação Geronimo.[116] As suspeitas de que bin Laden
continue realmente vivo podem-se dar como encerradas depois do anúncio de sua morte pela própria rede
terrorista de que ele era o líder, a al-Qaeda, que pela Internet, prometeu vingança contra os norte-
americanos.[47] [117]
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|data=2 de maio de 2011 |publicado=Dawn |acessodata=5 de maio de 2011 |língua2=en}
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Carta Maior, 3 de maio de 2011 - Fonte – Wikipédia
Oposição colhe assinaturas para CPI no Senado contra Palocci
23 de maio de 2011 • 12h16 • atualizado às 12h30
Os senadores de oposição começam, nesta segunda-feira, a buscar apoio para a criação de uma comis-
são parlamentar de inquérito no Senado para investigar denúncias de irregularidades no crescimento patri-
monial do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Conforme o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a oposição se
mobiliza para conseguir as 27 assinaturas necessárias para a criação de CPI. As informações são da Agência
Senado.
O parlamentar informou ainda que os oposicionistas também trabalham para aprovar requerimento da se-
nadora Marinor Brito (PSOL-PA) convocando o ministro para prestar esclarecimentos à Comissão de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O requerimento está na pauta da comis-
são, que se reúne às 11h30 desta terça-feira.
A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) também poderá convocar o mi-
nistro. Requerimento do deputado Efraim Filho (DEM-PB) consta da pauta de terça.
Conforme reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, o ministro multiplicou por 20 seu patrimônio
em quatro anos. Em declarações à imprensa, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse
considerar que Palocci já prestou os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes. Terra
Por 2014, empresas ficarão com até 51% de três aeroportos
Luciana Cobucci (31/5/2011)
A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta terça-feira, o modelo de concessão que será usado para os
aeroportos de Viracopos e Guarulhos, em São Paulo, e de Brasília para que as instalações estejam prontas
para a Copa do Mundo de 2014. Será adotado o de Sociedade de Propósito Específico (SPE), em que em-
presas privadas que participarem da sociedade ficarão com até 51% dos empreendimentos. A Infraero será
detentora dos outros 49%.

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A decisão de passar parte do comando dos aeroportos para a iniciativa privada foi tomada após um estudo
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que indicou que dez dos 13 aeroportos não estarão pron-
tos para a Copa do Mundo de 2014.
As empresas privadas ficarão responsáveis por novas construções e gestão nesses aeroportos. Outros
critérios do edital de concessão serão elaborados por empresas especializadas, devendo estar prontos até
dezembro deste ano.
O novo modelo de concessão, no entanto, não isenta a Infraero de dar continuidade aos investimentos
previstos para as obras nesses aeroportos.
O anúncio foi feito por meio de nota, assinada pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner
Bittencourt, que afirmou, ainda, que o governo estuda um modelo de concessão para mais dois aeroportos:
Confins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro.
Brasil precisa acelerar trabalhos para Copa, alerta Orlando Silva
O governo brasileiro concluiu, após reunião com prefeitos e governadores realizada nesta terça-feira, que
será necessário acelerar os trabalhos para a Copa do Mundo de 2014, disse o ministro do Esporte, Orlando
Silva, que apontou a necessidade de rápidos investimentos na área de transportes.
Por outro lado, o ministro do Esporte afirmou que os compromissos do Brasil para sediar a Copa das Con-
federações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 não serão impactados pelas denúncias de corrupção na
Fifa.
"As denúncias que envolvem a Fifa são temas internos da Fifa, examinados pelo comitê de ética da enti-
dade. Isso impacta exclusivamente o trabalho da Fifa", disse o ministro a jornalistas, após reunião da presi-
dente Dilma Rousseff com prefeitos e governadores.
"Os compromissos para a Copa das Confederações e para a Copa de 2014 serão cumpridos plenamente.
Não impacta em nada o trabalho do país", acrescentou, antes de dizer que o tráfego aéreo continuará na
casa de dois dígitos até 2014. Reuters (31-5-2011)
Prefeitura publica alvará e libera construção de estádio corintiano
A prefeitura de São Paulo publicou nesta terça-feira, no Diário Oficial do município, o alvará que libera em
definitivo a construção do estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, na zona leste da capital paulistana.
Antes disso, a construtora Odebrecht estava permitida apenas a fazer os trabalhos de preparação do terreno,
que começaram na última segunda.
O texto, emitido pelo Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) - responsável pela decisão dos
pedidos de licença para construções de médio a grande porte na capital paulista - relata a aprovação de um
relatório de impacto de vizinhança, do termo de compromisso ambiental e da certidão de diretrizes, documen-
tos necessários para a liberação definitiva das obras no local.
Os primeiros movimentos no terreno, cedido em 1998 pela prefeitura de São Paulo ao Corinthians, ocorre-
ram na manhã de segunda-feira. Orientados pela Odebrecht, 20 operários de uma empresa terceirizada, com
duas escavadeiras, dois tratores e dois caminhões, começaram os trabalhos de terraplanagem na área, que
devem durar aproximadamente três meses e precedem as fundações.
A previsão para a entrega do estádio é dezembro de 2013, seis meses antes da Copa do Mundo. Caso a
arena seja terminada no prazo, deve sediar a abertura da Copa do Mundo. Gazeta Esportiva 31-5-2011
Romário convida R. Teixeira para esclarecer denúncias em Brasília
O deputado federal Romário (PSB-RJ) convidou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), Ricardo Teixeira, para esclarecer as recentes denúncias de corrupção que envolvem o nome do diri-
gente. O convite foi aprovado na tarde desta terça-feira pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara
dos Deputados.
Romário destacou a boa relação com o dirigente e ressaltou a oportunidade que Teixeira terá para se ex-
plicar. "Nada tenho contra o presidente da CBF. Tenho até uma boa relação com ele, não de amigo, mas uma
boa relação. Mas a cada dia surgem novas acusações e acho pertinente a presença dele aqui para responder
algumas questões", afirmou o ex-atacante da Seleção Brasileira.
O ex-jogador apontou que o Brasil já está passando por problemas demais com o atraso dos preparativos
para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016. Por isso, não deve se preocupar com mais es-
cândalos.

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"A última coisa que o País precisa é mais escândalos de corrupção para interferir no processo de anda-
mento das obras e qualificação profissional que esses grandes eventos esportivos exigem. Isso deveria ser
feito com a respeitabilidade e a transparência que o povo brasileiro merece", disse.
Por ser um convite, Ricardo Teixeira não precisa comparecer a comissão e, se desejar, pode mandar um re-
presentante qualquer em seu nome. Lancepress! 31-5-2011

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