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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UMA VISÃO GERAL

Artificial Intelligence: A General Overview


Janderson Gabriel Limeira Fernandes¹, Nathália Alves Martimiano da Silva², Tarik Robledo Brock 3,
Ana Paula Garrido de Queiroga 4, Luciene Cavalcanti Rodrigues 5

¹ Graduando do curso de Engenharia de Produção, UNILAGO, j_fernandes01@hotmail.com


² Graduando do curso de Engenharia de Produção, UNILAGO, nathaliamartimiano@hotmail.com
³ Graduando do curso de Engenharia de Produção, UNILAGO, tarikrobledoo@gmail.com
4
Docente do Curso de Engenharia de Produção, UNILAGO, anaproj.eng@gmail.com
5
Docente dos Cursos de Informática para Negócios, FATEC São José do Rio Preto | Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas,
IFSP Votuporanga - luciene.etec@gmail.com

Resumo: Considerado um ramo da computação, a Inteligência Artificial se caracteriza em simular a capacidade


humana de raciocinar, perceber, resolver e tomar decisões. Sendo fortemente impulsionada com os rápidos
avanços da informática e computação, inovando e criando novas tecnologias. Seu inicio se deu em 1940 sem ser
brevemente dita ‘’Artificial’’, isso porque o princípio era criar novas funcionalidades para o computador advento
da Segunda Guerra Mundial, buscando maiores alternativas no setor bélico. Somente em 1960 começaram a
surgir vertentes nas linhas de estudo da ‘’IA’’(Sigla para Inteligência Artificial), iniciando-se na área biológica. O
intuito era se criar máquinas que poderiam imitar as redes neurais humanas.

Palavras-chave: Inteligência Artificial; tecnologia; conexionismo.

Abstract: Considered a branch of computing, Artificial Intelligence is characterized in simulating the human
capacity to reason, to perceive, to solve and to make decisions. Being strongly driven by the rapid advances in
rapid advances in information technology and computing, innovating and creating new technologies. Its
beginning occurred in 1940 without being briefly called '' Artificial '', because the principle was to create new
functionalities for the computer advent of World War II, seeking greater alternatives in the war industry. Only in
1960 began the study of '' IA '' (Artificial Intelligence Acronym), starting in the biological area. The aim was to
create machines that could mimic human neural networks.

Keywords: Artificial Inteligence; technology; connectionism.

1. INTRODUÇÃO

A partir da década de 1986, foram obtidos grandes progressos na área do paradigma


conexionista. As técnicas dessa simulação auxiliam para melhorar o entendimento de como as funções
mentais são adquiridas, armazenadas e até perdidas.
Os ramos da IA podem ser divididos em quatro, sendo eles:

 Estudo das redes neurais que relaciona com a capacidade dos computadores
aprenderem e reconhecerem padrões;
 Baseado na biologia molecular na tentativa de construir vida artificial;
 Robótica ligada à biologia, buscando construir máquinas que alojem vida artificial;
 Estudos embasados na área da psicologia, epistemologia e à sociologia, que tentam
representar na máquina os mecanismos de raciocínio e de procura.

O paradigma conexionista abrange o campo da cognição, pois oferece respostas alternativas a


antigas questões possibilitando solução para problemas não resolvidos.
O conexionismo, baseado numa inspiração neuronal, significa que o cérebro consiste em um
grande número de processadores, os neurônios, que se encontram maciçamente interligados,
formando uma complexa rede. Tais redes operam simultaneamente e de forma interligada no
processamento da informação. As trocas de informações desses neurônios apresentam comunicar-se
em valores numéricos, ao contrário de mensagens simbólicas. Dessa forma, a rede constitui um
processador distribuído, armazenando conhecimento experiencial a fim de utiliza-lo. Define-se
semelhante ao cérebro por dois aspectos:

1. O conhecimento é adquirido pela rede através de um processo de aprendizagem.


2. As forças de conexão interneuronal, conhecidas como pesos sinápticos, são utilizadas
para armazenar conhecimento.

O conexionismo, diferente de um computador digital, busca projetar computadores inspirados


no cérebro. O número de neurônios desse computador está ligado ao algoritmo de aprendizagem
utilizado para treinar a rede. Estando divididos em três camadas, em que uma camada de neurônios de
entrada se liga a uma camada de neurônios de saída. Entre essa camada existem as unidades
intermediarias, responsáveis pelo processo de aprendizagem da rede.

2. OBJETIVOS

Os objetivos deste presente artigo se relacionam no que diz respeito à evolução da Inteligência
Artificial, como a nossa vida tem sido impactada a partir do surgimento da mesma e como poderá
impactar futuramente, visto que é um campo que tem se expandido mais na medida em que se
avançam as pesquisas nos campos tanto tecnológicos, quanto biológicos.

3. CONEXIONISMO
O conexionismo é definido como um paradigma cognitivo baseados na neurociência. Os
processos cognitivos ocorrem no cérebro e a mente nada mais é do que um conjunto desses
processos. De uma maneira mais clara, o cérebro contem milhões de neurônios ligados em paralelo
que formam redes interneuronais. Cada neurônio é constituído de massa central, e de dois tipos de
filamentos, os axônios, transmissores de eletricidade e os dendritos, receptores de impulsos elétricos.
No encontro desses filamentos existe um espaço, onde se processam reações químicas, conhecidas
como sinapses. Essas sinapses são as responsáveis pelo aprendizado.
O cérebro se caracteriza como um computador de alta complexidade, que trabalha diferente
do computador digital. Capaz de organizar os neurônios de tal maneira que consiga realizar
computações mais ágeis que um computador digital. Podendo construir suas próprias regras a partir
de experiências.
Entre o modelo conexionista existe uma teia interconectada de unidade de processamento.
Cada unidade de processamento, neurônio, é ativada por outro neurônio, através das conexões
sinápticas. A atividade de um neurônio conexionista vai depender da quantidade de ativação que lhe
atinge. O padrão de conectividade dessa rede determina a maneira como ela responderá a entrada das
informações vindas de outras redes com que se comunica. Os modelos conexionistas se apresentam
por meio de diversas arquiteturas, cada qual com sua regra e premissas de como o ambiente é
apresentado ao modelo.
Seguindo nesse contexto, foram criadas Redes Neurais para que tais características do
conexionismo sejam expandidas e transportadas para o mundo das máquinas, pois, podemos dizer
que as redes neurais constituem uma máquina projetada para simular como o cérebro realiza uma
determinada tarefa ou função. A rede é implementada normalmente por componentes elétricos, ou
simulada através de softwares, que realizam operações através de um processo de aprendizagem
utilizando uma maciça conexão de unidades de simples processamento.

4. REDES NEURAIS ARTIFICIAIS (RNAs)


As Redes Neurais Artificiais (RNAs) são ferramentas de Inteligência Artificial que possuem a
capacidade de se adaptar e de aprender a realizar certa tarefa, ou comportamento, a partir de um
conjunto de exemplos dados. A aplicação das RNAs junto a tarefas de processamento de imagens
torna-se bastante atrativa dada às características deste tipo de ferramentas, tais como: robustez,
generalização, paralelismo e tolerância ao ruído (Bittencourt, 2000).
Ou seja, a rede neural artificial nada mais é do que um circuito composto por uma quantidade
grande de simples unidades de processamento que foram inspiradas no sistema neural é um sistema
paralelo e distribuído massivamente e composto por unidades de processamento simples que contém
uma capacidade natural de armazenar e utilizar conhecimento.
Elas são consideradas como neurônios artificiais e foram desenvolvidas com base em como os
neurônios realmente trabalham.
Os neurônios são as células que formam o nosso cérebro. Essas células são compostas
basicamente por:
i. Dendritos, que são responsáveis pela coleta de informações do ambiente ou de outras
células;
ii. Corpo celular ou Soma, que são responsáveis pelo processamento de todo o tipo de
informação;
iii. Axônio, que trabalha fazendo a distribuição da informação que foi processada, levando-as
para outros neurônios ou células do corpo.
Redes Neurais são ilustradas na figura 1.
FIGURA 1- Redes Neurais
FONTE: (Facure, 2017)

Cada neurônio possui um estado interno que é chamado de Activity Level (AC), que é
basicamente uma função de entradas que o mesmo recebe. A partir da entrada de informações, um
neurônio envia o AC como sinal para vários outros neurônios. Por mais que esse sinal seja enviado à
vários outros neurônios, um neurônio consegue apenas enviar um sinal de cada vez.
Como um neurônio consegue realizar apenas um único processamento, em cada entrada feita
ele recebe apenas um tipo de informação, porém pode possuir várias entradas de diferentes sinais.
Dessa maneira, ao ligar vários neurônios similares em rede, é possível fazer com que o sistema
processe mais informações e, consequentemente, ofereça mais resultados.
A operação de um neurônio em rede se resume da seguinte forma:
 Os sinais são indicados na entrada;
 Em cada sinal recebido, multiplica-se o mesmo por um determinado peso, indicando a
sua influência na saída;
 A partir daí, é feita a somatória dos sinais que reproduzem certo nível de atividade;
 Se tal nível exceder um limite, chamado de threshold, a unidade expede uma saída.
No entanto, deve-se também levar em consideração algumas das desvantagens das redes
neurais artificiais (RNAs). Uma das desvantagens mais óbvia é que os modelos que são baseados nesse
tipo de redes são gigantescos, o que consome muita energia e recursos computacionais. Outro ponto é
que se possui uma extrema dificuldade no treinamento de uma RNA, dado o formato não convexo da
função orçamentária, além de que, devido a sua alta capacidade, elas estão sujeitas a se auto
ajustarem facilmente.
Portanto, em termos práticos, quando a quantidade de dados não é satisfatoriamente alta, os
resultados que são obtidos com modelos RNA não costumam ser melhores do que aqueles que são
obtidos com outros algoritmos de aprendizado de máquina.
5. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Para que se possa falar sobre Inteligência Artificial, antes é necessário saber qual o real
significado da palavra “inteligência”. Por mais que tenhamos noção do que tal palavra possa significar,
ainda existe a dificuldade de defini-la em termos que sejam práticos e de forma concisa, precisa.
Então, o que é inteligência? O que podemos definir como um “ser inteligente”?
Algumas dessas definições podem ser encontradas em algumas literaturas, tais como:

1. Definição de Inteligente: Dotado de inteligência, capaz de compreender, esperto,


habilidoso (Larousse 99);
2. Definição de Inteligência: Faculdade de conhecer, de aprender, de conceber, de
compreender: a inteligência distingue o homem do animal (Larousse 99);
3. Definição de Inteligência Artificial: Conjunto de teorias e de técnicas empregadas com
a finalidade de desenvolver máquinas capazes de simular a inteligência humana
(Larousse99);
4. Definição de Inteligência Artificial: A Inteligência Artificial é uma área de estudos da
computação que se interessa pelo estudo e criação de sistemas que possam exibir um
comportamento inteligente e realizar tarefas complexas com um nível de competência
que é equivalente ou superior ao de um especialista humano (Nikolopoulos 97).

A grande dificuldade de integração da capacidade de inteligência humana na inteligência


artificial se dá pelos motivos de que, nós, seres humanos, temos a capacidade de aprendizado, de
tomada de decisões baseadas no uso prático de conhecimentos e experiências. Dentre essas, podemos
citar também:

 Associação de conceitos e ideias;


 Concluir coisas, tomar conhecimento, interpretar;
 Reconhecer e classificar coisas;
 Capacidade de aprendizado tácito e explícito;
 Acúmulo de conhecimentos;
 Raciocínio: lógico, abstrato, dedução, analogia, indução, inferência, síntese, análise;
 Uso de experiências e conhecimentos passados;
 Tomada de decisões;
 Capacidade de ser criativo;
 Saber que sei / Saber que não sei (conhecimento da sua capacidade);
 Interação;
 Comunicação;
 Capacidade de interagir com o mundo através dos cinco sentidos humanos: visão,
audição/fala, paladar, olfato e tato.

Quando falávamos de máquinas, pensávamos em algo físico manipulável, sem vontade própria
com capacidade de resolução de problemas matemáticos, capacidade de armazenamento e
processamento de dados incompreensíveis para a maioria de nós seres humanos, capazes de
simularem os acontecimentos futuros a partir de dados. O surgimento de tais máquinas se deu
exatamente pela limitação humana de processamento desses dados, tanto em quantidade, quanto em
velocidade e precisão.
A Inteligência Artificial surge para tentar difundir toda essa capacidade de processamento de
dados das máquinas, à capacidade incontestável dos seres humanos em aprender, comunicar e se
interar com o meio em que vive, levando em consideração as seguintes questões:

 Adaptação e mudança de comportamento de forma a evoluir (melhorar segundo


algum critério). Todo sistema, biológico ou artificial, que é incapaz de evoluir, se
desenvolver ou de ter uma mudança de comportamento diante de situações que lhe
são propostas é considerado um sistema que não possui inteligência/sem inteligência;
 Correção dos erros cometidos no passado, conhecimento tácito, de modo a não
repeti-los no futuro, por meio do conhecimento proporcionado pela vivência de tal
experiência. Este item está diretamente relacionado ao anteriormente citado, onde o
sistema deve modificar seu comportamento caso o atual comportamento não consiga
satisfazer a algum tipo de exigência, levando em consideração que a sobrevivência
deve ser um dos mais importantes quesitos a serem considerados nos seres vivos;
 Otimização, sendo capaz de conseguir melhorar a performance e o desempenho do
sistema como um todo. O aprendizado pode decorrer de uma mudança do
comportamento que vise como objetivo: a economia no gasto de energia para que se
possa realizar uma tarefa, a redução do tempo gasto numa tarefa, etc. Quando
falamos em melhoria, deve-se levar em consideração que pode haver quesitos que se
contradizem e se opõem, onde deverão se maximizar ou minimizar custos de com
base em algum tipo de critério;
 Interação com o meio. Através deste contato com o mundo do qual somos cercados é
que podemos fazer a troca de experiências e/ou realizar experiência, adquirindo,
assim, novos conhecimentos;
 Representação do conhecimento adquirido. O sistema deve ser capaz de realizar o
armazenamento muito grande de uma massa de conhecimentos, e isto exige uma
maneira de representar tais conhecimentos que possibilite ao sistema explorá-los de
maneira que melhor lhe convenha. Tomando conhecimento da limitação de nossos
recursos, devemos procurar por uma maneira de guardar conhecimentos, pois guardar
tudo seria muito difícil, pois exige uma extensa memória que é dificultada o seu uso
pela lentidão da consulta aos conhecimentos.

As máquinas tão eficientes são apenas instrumentos que realizam tarefas para as quais foram
programadas, utilizando de técnicas de programação, tais como algoritmos, princípios matemáticos
mais ou menos complexos. A técnica mais comum aplicada em IA é o “aprendizado de máquina”
(“machine learning”, em inglês), trata-se de fazer com que um sistema empregando as informações
que lhe foram aplicadas execute a tarefa de modo que obtenha o melhor resultado sem que dependa
da intervenção humana. Simulando os processos de raciocino humano, a “rede neural” (“neural
network”) avalia possibilidades e chegam à um entendimento que apresenta as soluções que
consideram mais adequadas à determinado processo.
Um conceito ainda mais recente denominado “aprendizado profundo” (“deep learning”), une
a técnica de redes neurais com uma quantidade imensa de dados, em diversas formas, como textos,
imagem e voz e a partir daí, a máquina cria “padrões” de reconhecimento que possibilita a
identificação de feições.

5.1 ONDE A TECNOLOGIA É APLICADA HOJE EM DIA


É possível ver a aplicação a cada dia mais da Inteligência Artificial nas mais diversificadas áreas.
Nas áreas militares ou de segurança, em algumas agências como, por exemplo, o FBI que contam com
programas cada vez mais eficientes de reconhecimento biométrico e facial, permitindo a identificação
de suspeitos ou criminosos que se misturam entre multidões.
Por mais comuns que sejam as aplicações, elas se fazem presentes em nosso meio ao decorrer
do dia a dia sem que nem tomemos conta disso. Os Smartphones que são equipados com sistemas
operacionais da Google, Amazon, Microsoft e Apple (entre outras), estão ligadas a soluções de IA que
funcionam como seus assistentes pessoais, conhecidas também como Assistant (Android), Cortana
(Windows), Alexa (Fire OS) e Siri (iOS), que trabalham com reconhecimento de voz, além de também
possuir a capacidade de entender e assimilar aquilo que os usuários dizem e executar as tarefas
ordenadas pelos mesmos. Outro ramo que pode ser citado e que faz uso da Inteligência Artificial são
as redes sociais, pois elas utilizam uma gama de algoritmos que gerenciam todo o conteúdo que deve
ser mostrado nas páginas principais de seus usuários. As redes sociais utilizam o fato de que os
usuários postam uma quantidade elevada de fotos e usam tais informações como fonte de dados para
o desenvolvimento das ferramentas de reconhecimento facial, o que permite que o campo da IA se
desenvolva de maneira mais rápida e eficiente ao ter aliados como as redes sociais.
As empresas de trabalham com vídeos, música e varejo utilizam a IA por meio da rede neural.
Elas observam o comportamento dos clientes e, a partir de tais observações, conseguem assemelhar
certos tipos de padrões e, assim, traçar perfis capazes de relacionar artistas favoritos, produtos mais
procurados, gêneros de filmes e priorizar tais ofertas de acordo com o perfil de cada um de seus
usuários. Empresas como Netfilx, Spotify, YouTube e Amazon estão entre aquelas que fazem o uso
desse tipo de tecnologia para se tornarem cada vez mais conhecedoras dos perfis de seus clientes e os
fidelizarem aos seus serviços prestados.
Outra ferramenta que se pode destacar é o sistema de tradução de idiomas, que, através da
tecnologia de Inteligência Artificial que opera através da mesma, se torna capaz de reconhecer textos,
voz, imagens e até fazer traduções de maneira instantânea.
Existe uma série de aplicações em que a Inteligência Artificial se enquadra, entre as quais
podemos citar:
 Busca heurística e algoritmos de planejamento;
 Técnicas de aprendizagem automática;
 Ênfase na forma de representação do conhecimento e raciocínio;
 Métodos para tratativas automáticas de linguagem natural;
 Visão computacional;
 Redes Neurais;
 Robótica;
 Estrutura e processamento cognitivo da informação;
 Sistemas de diálogo homem-máquina;
 Recursos de extração automática de informação;
 Sistemas especialistas;
 Sistemas de apoio à decisão;
 Modelagem lógica de informações e conhecimento;
 Inteligência Artificial distribuída;
 Cognição distribuída e outros recursos da engenharia de conhecimento.

5.2 RECAPTCHA
O RECAPTCHA foi produzido por um cientista da computação, cujo nome é Luis Von Ahn, que
teve auxilio da Sociedade MacArthur para o seu desenvolvimento. CAPTCHA (ilustrado na figura 2) é
um acrônimo que significa Completely Automated Public Turing to Tell Computers and Humans Apart,
que traduzido significa Teste de Turing Público Automatizado para Dizer se você é um Computador ou
um Humano, ou seja, nada mais é do que um programa que identifica e diferenciar se o usuário é um
humano ou não. Os CAPTCHAS são imagens distorcidas e coloridas que costumam aparecer em alguns
sites que contém informações de cadastros. Por mais que não sejam muito agradáveis, eles não são
desnecessários como pensamos muitas vezes.
Aquelas imagens distorcidas não são possíveis de ser lidas por computadores, pois os mesmos
não são capazes de identificar imagens adulteradas, então, dessa forma, ao digitarmos as palavras
“códigos”, esse tipo de programa oferece aos usuários proteção contra spam, spywares (programas
espiões) e também colaboram para a digitalização de materiais antigos de pesquisa como jornais e
livros.

FIGURA 2 – RECAPTCHA
FONTE: (Morton, 2017)
A Google comprou o sistema e as palavras capturadas pelo RECAPTCHA são usadas para livros
do Google Books, Google News Search e central do projeto, que faz o fornecimento das palavras que
devem ser decifradas e digitadas. Tudo isso é feito por meio de uma API em JavaScript, onde o servidor
faz uma chamada de volta para o RECAPTCHA. A partir daí, os textos são escaneados e passam por dois
tipos de programas de reconhecimento ótico de caracteres, conhecido como Optical Character
Recognition (OCR). Em caso dos caracteres serem digitados corretamente, as palavras são comparadas
e se o OCR considerar que são similares aos caracteres propostos pelo programa, o sistema então
permitira que seja concluído, considerando como válido o reconhecimento do usuário como um ser
humano.
Seguem abaixo alguns outros pontos positivos que o sistema CAPTCHA pode apresentar:

 Ajuda na digitalização de materiais como livros;


 O sistema também possui teste de áudio, permitindo, assim, que pessoas cegas
também possam navegar livremente pelo site;
 É um sistema seguro que é utilizado por mais de 100.000 sites, dos quais se pode citar
o Facebook, Ticketmaster e Craiglist;
 É de fácil implementação.

No entanto, algumas mudanças vêm surgindo nesse tipo de sistema e em alguns sites essa
tecnologia já vem sendo utilizada a partir da marcação de uma caixa que permite que o usuário se
identifique como um não robô. A Google está lançando o Invisible reCaptcha (ilustrado na figura 3),
que não solicita mais esse tipo de procedimento dos usuários.

FIGURA 3 – Identificação “I’m not a robot”


FONTE: (Yates, 2015)

O funcionamento dessa ferramenta acontece por meio de uma combinação de aprendizado de


máquina, que faz uma análise de risco avançada, se adaptando às ameaças novas e emergentes.

6. COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AJUDA O GOVERNO A SER MAIS EFICIENTE


Os serviços públicos brasileiros prestados não atendem às expectativas de seus usuários no
país e isso não é novidade, apesar de tantos impostos cobrados, nenhuma qualidade é oferecida no
atendimento. Em pesquisas feitas, o resultado de satisfação dos usuários é muito baixo, estando entre
os piores, ocupando a segunda posição. Para que esse cenário mude, é necessário que os governantes
invistam na tecnologia para que se otimize a produtividade, agilizando os processos e melhorando a
eficácia dos serviços.
Com o avanço, a Internet já nos permitiu construir uma vasta base de dados de grande
importância, e as máquinas cada vez mais inteligentes estão trazendo avanços em diversos setores da
iniciativa privada como na saúde, educação, no mercado financeiro, nas indústrias, revolucionando e
trazendo a Inteligência Artificial para uma nova Era. Segundo um estudo do Ash Center for Democratic
Governance and Innovation da Harvard Kennedy School indica que os benefícios mais óbvios no uso da
IA pela gestão pública são aqueles que possam “reduzir encargos administrativos, ajudar a resolver os
problemas de alocação de recursos e assumir tarefas significativamente complexas” e indica que hoje
os serviços estão concentrados em cinco categorias – responder questões, preencher e pesquisar
documentos, gerenciamento de pedidos, tradução e elaboração de documentos.
É de suma importância que o Brasil se mantenha focado em implementar em serviços públicos
fundamentos pela IA para que atenda de forma adequada seus contribuintes. Diversos governos têm
adotado a IA e os bots são capazes de responder as dúvidas mais frequentes.
Com o ganho de tempo em resolver as mesmas, facilita-se que os funcionários sejam liberados
para atender serviços mais complexos. Vários países já vêm realizando altos investimentos em IA,
estimulando pesquisas e desenvolvimento para que sejam criadas novas tecnologias.
É notável que a Inteligência Artificial seja uma importante ferramenta para que se tenha uma
melhora na qualidade de atendimento da administração pública, porém, também é importante
classificar que estratégias sejam adotadas para a implantação e funcionamento satisfatório, o estudo
da Harvard designa que os gestores públicos estruturem um programa baseado em metas e centrado
no cidadão, receba sugestões do cidadão, desenvolva recursos baseados nos já existentes, cuidem da
privacidade dos dados, eliminem riscos éticos e evitem a total autonomia da IA para tomada de
decisões, e que o número de funcionários seja aumentado ao invés de reduzi-los.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A consolidação da Inteligência Artificial está se tornando cada vez mais concreta e
indispensável no mundo de hoje. Com todas as possibilidades de melhorias que a tecnologia tem nos
proporcionado, maior se torna o leque de amplitude da IA, visto que ela se faz presente em nosso dia a
dia sem que percebamos isso.
Apesar de trazer supostos receios sobre a dominação futura desse tipo de tecnologia sobre nós
seres humanos, não há mais como viver rumo ao progresso sem que façamos o uso dela.
Então, concluí-se que estamos fadados e destinados à caminhar cada vez mais no sentido
direto do desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial, nos envolvendo mais a cada dia que passa e
nos tornando dependentes dela devido à fatores externos que nos remetem ao uso de tal tecnologia.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bittencourt, F. O. (1 de Junho de 2000). Sistemas Inteligentes baseados em Redes Neurais Artificiais


aplicados ao Processamento de Imagens. Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.

Facure, M. (14 de Abril de 2017). Introdução às Redes Neurais Artificiais . Acesso em 5 de Abril de
2018, disponível em Quinhentos: Nove: https://matheusfacure.github.io/2017/03/05/ann-intro/

Morton, J. (3 de Janeiro de 2017). recaptcha2. Acesso em 5 de Abril de 2018, disponível em The


Goolara Blog: https://blog.goolara.com/2017/01/05/captcha-and-release/recaptcha2/

[Nikolopoulos 97] NIKOLOPOULOS, Chris. Expert Systems – Introduction to First and Second
Generation and Hybrid Knowledge Based Systems. Marcel Dekker Inc. Press. 1997.

[Larousse 99] LAROUSSE. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Editora Nova Cultural, 1999.

Yates, I. (13 de Janeiro de 2015). Como Integrar o "No CAPTCHA reCAPTCHA" em Seu Site. Acesso em
5 de Abril de 2018, disponível em EnvatoTuts+: https://webdesign.tutsplus.com/pt/tutorials/how-to-
integrate-no-captcha-recaptcha-in-your-website--cms-23024

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