Paleste) E LINGUAGEM TEXTO E LINGUAGEM TEXTO E LINGUAGEM#
INTRODUCAO
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TEXTUAL
Ingedore Grunfeld Villaga Koch
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WIOVNONIT J OLX3L WADVNONIT J OLX3L WI)
WIOVNONIT J OLXAL eed W4OVNONT J OLXALIntroducao
Jo deixa de ser um truismo afirmar que a Lingitistica
Textual é 0 ramo da Lingiifstica que toma 0 texto como ob
jeto de estudo. No entanto, todo 0 desenvolvimento desse
ramo da Lingiiistica vem girando em torno das diferentes
concepgoes de texto que ela tem abrigado durante seu per-
curso, 0 que acarretou diferengas bastante significativas en-
tre uma e outra etapas de sua evolugao
E, quanto a esse ramo da Ciéncia Lingiiistica, poderia
mos também nos perguntar, como o fazem Antos e Tietz
(1997), se, nos seus quase quarenta anos de existéncia, a
Lingiifstica Textual desempenhou apenas um papel de
“hdspede” da Lingiiistica, talvez um modismo como tantos
outros, ou, entao, se ela se tornou uma ciéncia integrativa
de varias outras ciéncias (Retérica, Estilistica, Teoria dos Gé
neros, Teoria da Argumentacao, Narratologia etc.), vindo a
constituir uma “Ciéncia ou Teoria da Linguagem” (van Dijk,
1978); ou, ainda, se ela é parte integrante do dominio esta-
belecido da Lingiiistica, quem sabe até do seu nucleo central
[;, se assim fosse, quais os progndsticos que se poderiam
fazer quanto ao seu futuro. Ou sera que se poderia dizer que
lodas essas perguntas por vezes se colocam apenas porque
« Lingiiistica Textual entrou numa fase de consolidagao de tal
forma espetacular que questées sobre a justificagao de sua
introdugio ® XIexisténcia estariam tao fora de propésito quanto, por exem-
plo, quest6es sobre a pertinéncia da Semantica, da Fonolo-
gia ou da Sintaxe? Questées como estas deverao ser escla-
recidas ao longo desta obra.
Concepgées de texto
Entre as varias concepgdes de texto que fundamenta-
ram os estudos em Lingiiistica Textual, poderiamos destacar
as seguintes, ressaltando, contudo, que elas se imbricam
em determinados momentos:
1. texto como frase complexa ou signo lingiifstico mais
alto na hierarquia do sistema lingiiistico (concepgao
de base gramatical);
2. texto como signo complexo (concepgao de base se-
miotica);
texto como expansao tematicamente centrada de ma-
croestruturas (concepgao de base semantica);
4. texto como ato de fala complexo (concep¢ao de base
pragmiatica);
9. texto como discurso “congelado”, como produto aca
bado de uma agao discursiva (c oncepcao de base dis-
cursiva);
6. texto como meio especffico de realizagao da comu-
nicagao verbal (concepgao de base comunicativa);
- texto como processo que mobiliza operagdes e pro-
cessos cognitivos (concepgao de base cognitivista);
8. texto como lugar de interacao entre atores sociais e de
construcao interacional de sentidos (concepgao de base
sociocognitiva-interacional).
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Na verdade, 0 que se péde verificar é que, na época do
surgimento da Lingiistica Textual, na segunda metade da
década de 60, bem como na primeira metade da década de 70,
em fungao do conceito de texto entao majoritario, a maioria
dos estudiosos estava debrucada sobre a anilise transfrasti-
Xs introdugtio
ca e/ou a construcao de gramaticas do texto, de modo que 0
objeto privilegiado de estudo era a coesao, ou seja, a pro-
priedade de cohere (hang together), muitas vezes equiparada
a coeréncia (coherence), j4 que ambas eram vistas como
qualidades ou propriedades do texto.
Uma das t6nicas da década de 80 foi justamente a am-
pliacao significativa do conceito de coeréncia, quando, ado
tando-se uma perspectiva pragmatico-enunciativa, passou-se
a postular que a coeréncia nao constitui mera propriedade
ou qualidade do texto em si, mas que é um fendmeno mui-
to mais amplo, visto que ela se constrdi, em dada situagao
de interagao, entre 0 texto € seus usuarios, em fungao da atua-
cio de uma complexa rede de fatores, de ordem lingitistica,
cognitiva, sociocultural e interacional. Na Europa, vieram a
publico diversas coletaneas sobre o tema (Charolles, Petofi &
Sézer, 1983; Neubauer, 1983; Petéfi, 1986; Sézer, 1985; Conte,
Pet6fi & Sézer, 1989, entre varias outras), além de artigos e
obras individuais. Também no Brasil, as pesquisas sobre coe
sao e coeréncia textuais tiveram grande desenvolvimento,
frutificando em uma série de obras sobre 0 assunto. Podem-se
mencionar, entre muitos outros, os trabalhos de Marcuschi
(1983), Koch (1987, 1989, 1992); Favero & Koch (1983), Koch
& Travaglia (1989, 1990); Favero (1991) e Bastos (1985). Além
disso, a par da coesao e da coeréncia, outros fatores de tex-
tualidade passaram a ser objeto das pesquisas sobre o texto,
tais como informatividade, situacionalidade, intertextuali-
dade, intencionalidade, aceitabilidade (cf. Beaugrande &
Dressler, 1981), contextualizacao, focalizagao, consisténcia
c relevancia.
E nessa década que desponta com maior vigor o inte-
resse pelo processamento cognitivo do texto, perspectiva
que, especialmente a partir dos estudos de van Dijk e Kintsch
(1983, particularmente), vai ganhando cada vez mais terr
no e passa a dominar a cena no inicio da década de 90, ago
ra, porém, com forte tendéncia sociocognitivista .
Desde esse momento, com o desenvolvimento cada
vez maior das investigagdes na area de cogni¢ao, as ques-
introdugao