Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TIPOS DE EMBALAGENS:
UTILIZAÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E DESCARTE
Componentes:
Fernando Davi Ferreira
Juliana Aparecida da Silva
Karla Stefânia M. De Almeida
Luis Antônio de Souza
Sueli de Mello
1º Módulo Quìmica
Boas Práticas de Laboratório
Junho/2008
Jacareí- SP
Introdução
O conceito de embalagem
Embalagem pode ser definida como sendo o sistema integrado de materiais e
equipamentos utilizado para levar os bens e produtos cliente, através dos canais de
distribuição e incluindo métodos de uso e aplicação do produto. Também pode ser um
elemento ou conjunto de elementos destinados a envolver, conter e proteger produtos durante
a sua movimentação,transporte, armazenagem, comercialização e consumo (MOURA E
BANZATO, 1997, p.10),
Ballou (2001, p. 66) acrescenta outras funções estratégicas logísticas atuais para as
embalagens: facilitar a estocagem e o manuseio; promover melhor utilização de equipamentos
de transportes; fornecer proteção a produtos; promover a venda de produtos; alterar a
densidade de produtos; facilitar o uso de produtos; fornecer valor de reutilização a clientes.
Classificação de embalagens
De acordo com Leite (2003), do ponto de vista logístico e sua função, as embalagens
podem ser classificadas sob três perspectivas principais: embalagens primárias ou de
contenção, embalagens secundárias e embalagens de unitização.
A embalagem de vidro
Nos exemplares datados do final do século XIX e dos primeiros anos do século XX,
observa-se um dos símbolos do laboratório químico daquela época: o frasco de vidro sódico
(fino e extremamente frágil ao choque e ao calor - Figura 1). A partir dos anos 1910, surgiram
recipientes em vidro neutro, em substituição ao vidro sódico, mais resistente a impactos e ao
aquecimento.
Como regra geral, a capacidade (expressa em mL ou cm3) era estampada na base do
frasco, números bem visíveis. Esta prática foi bastante utilizada até os anos 1950. As
capacidades iam de 10 até 3000 mL, sendo as mais comuns: 30, 50, 100, 150, 200, 250 e 500
mL.
Até os anos 1950, o vidro era praticamente a matéria-prima única para a embalagem.
As cores mais comuns eram a transparente e a marrom (âmbar), estas últimas sempre
encontradas quando destinadas ao acondicionamento de produtos sensíveis à luz (sais de
prata, iodetos, reagentes orgânicos, etc).
A embalagem de plástico
A análise do acervo mostra que os primeiros exemplares de frascos deste tipo são dos
anos 1920: feitos de baquelite ou de ebonite, eram empregados no acondicionamento do ácido
fluorídrico (HF), o qual ataca o vidro (Figura 2).
Havia produtos que não eram embalados da forma tradicional: substâncias fortemente
reativas frente à cortiça e hidrolisáveis, como o tetracloreto de silício, o tetracloreto de titânio,
o trióxido de enxofre e o cloreto de tionila, eram selados em ampola de vidro (Figura 5),
normalmente de capacidade 10 mL, indicando que se destinavam a uso único.
Nos anos 1930, a tampa ainda era basicamente feita de cortiça; todavia, no final
desta década, surgiram os primeiros frascos com tampa rosqueada de baquelite. Na década
seguinte, essa tampa plástica passou a ser largamente empregada; assim, iniciava-se o fim da
clássica associação entre a rolha de cortiça e o frasco de vidro.
A substituição da rolha de cortiça pela tampa rosqueada visava facilitar a abertura
do frasco, minimizando também acidentes no momento da remoção da rolha e contaminações
do produto por fragmentos de cortiça. Além disso, no caso de abrir o frasco diversas vezes, a
vedação com a tampa rosqueada era mais efetiva, enquanto que a rolha perdia eficiência
(fissuras, rachaduras, etc), aspecto particularmente crítico para produtos higroscópicos,
oxidáveis e hidrolisáveis.
A vedação dos frascos com tampa rosqueada (Figura 6), inicialmente inexistente,
passou a ser feita do seguinte modo: para reagentes sólidos, apunha-se um disco de papel
prensado ajustado à abertura do frasco e à parte interna da tampa; contudo, ele tendia a se
degradar com o abrir e fechar do recipiente, e a ser atacado por substâncias reativas e
umidade. No caso dos líquidos, recorria-se à colocação de artefatos de plástico (polietileno,
baquelite) ajustados na parte interna da tampa ou, então, à colocação de um vedante plástico
que se ajustava sob pressão na abertura do frasco.
Na década de 1960, a vedação mereceu uma nova atenção especial dos fabricantes
(Figura 6). Regra geral, ao se remover a tampa, observava-se um lacre que podia ser uma
tampa plástica (produtos líquidos e sólidos higroscópicos, oxidáveis, hidrolisáveis ou muito
tóxicos) ou um selo de papel aderido à abertura do recipiente (produtos sólidos estáveis frente
ao ar).
Mais recentemente, a preocupação com a segurança acabou por envolver o
redesenho da tampa (vedação estanque, redução de desperdícios no momento da retirada do
produto, etc).
Deve conter:
• 1. Identificação do produto e da
• empresa
• 2. Composição e informações sobre os
• ingredientes
• 3. Identificação de perigos
• 4. Medidas de primeiros socorros
• 5. Medidas de combate a incêndio
• 6. Medidas de controle para
• derramamento ou vazamento
• 7. Manuseio e armazenamento
• 8. Controle de exposição e proteção individual
• 9. Propriedades físico-químicas
• 10.Estabilidade e reatividade
• 11.Informações toxicológicas
• 12.Informações ecológicas
• 13.Considerações sobre tratamento e
• disposição
• 14.Informações sobre transporte
• 15.Regulamentações
• 16.Outras informações
• Deve obrigatoriamente conter as 16 seções abaixo indicadas (de acordo
• com a Norma ISO 11.014-1/94):
Sem o controle do descarte, no futuro podemos ter áreas com acúmulo destas,
agravando sensivelmente a qualidade do meio ambiente. Um exemplo deste descontrole está
no descarte de pneus velhos, hoje espalhados por toda a cidade. Importante lembrar que há
legislação específica para o recolhimento de pneus, porém recente. Imagine uma situação
semelhante, porém com tambores contaminados com produtos agroquímicos.
É obrigatório fazer a tríplice lavagem após a utilização dos produtos, a inutilização das
mesmas, não permitindo o aproveitamento para outros fins. É necessário observar a legislação
para o descarte de embalagens. As embalagens, após a tríplice lavagem, devem ser destinadas
a uma central de recolhimento para reciclagem.
Os resíduos químicos podem também serem dispostos de forma inadequada por meio
de carga transportada sem qualquer embalagem, contida apenas pela unidade de transporte,
seja ela um tanque, vaso, caçamba ou container-tanque.
Nesse contexto destacam-se também algumas massas falidas, via de regra áreas
industriais fechadas ou abandonadas nas quais no passado foram usadas substâncias nocivas e
que ao encerrarem suas atividades deixaram para trás resíduos químicos perigosos
armazenados de forma inadequada, muitas vezes lançados diretamente sobre o solo ou em
condições precárias de armazenamento e muitas vezes com a ocupação humana nesses locais.
(Figura 9).
• ambiente ventilado;
• ter extintor de incêndio adequado em local próximo e de fácil acesso;
• observar as instruções do fabricante sobre as condições de armazenamento;
• observar para não armazenar no mesmo local produtos quimicamente incompatíveis;
• conforme a NR 16, podem ser armazenados até 200 litros de inflamáveis líquidos e
135 quilos de inflamáveis gasosos liquefeitos. Considerando-se uma empresa instalada
em ambiente residencial, recomenda-se armazenar a menor quantidade possível destes
produtos químicos (isso inclui adesivos, solventes, tintas e botijões de gás);
• instalação elétrica adequada;
• distância de processos que utilizem máquinas aquecidas ou fogo;
• não permitir o fumo nem a ingestão de alimentos neste local;
• usar as embalagens originais e adequadas por tipo de produto;
• manter os produtos químicos identificados.
Cuidados na Manipulação e Uso dos Produtos Químicos